O enxovalho
Por Deus!, quem assim enxovalhou a minha Galiza?
Sim, quem; não falem das culpas de navio com nome de cartão de crédito, os lemes não decidem a solo que vagas sulcar. Muito menos invoquem petróleo, fuel, crude e outros negrumes pelos quais os homens matam, numa avidez que os faz chamar-lhes ouro negro. A amargura que pressinto nos olhares, os espaços vazios na garagem do hotel, as juras angustiadas acerca do marisco no restaurante cheio de mesas órfãs, o “almejas no hay”, não nasceram de rotas enlouquecidas e inundações de asfalto marítimo. Não, aqui houve mãos de homens, displicentes e criminosas. Homens que dormem como justos sobre a miséria de outros, transformados em capachos feitos de lágrimas, pragas, suor e medo; ilusionistas, que despem o sofrimento de emoções e lhe penduram ao pescoço hipócritas números estatísticos; cobardes, que tentam fazer esquecer a sua ausência do local da tragédia com anúncios espampanantes de apoios futuros; censores envergonhados, que minimizam a dimensão dos factos em declarações raquíticas e impessoais.
A minha Galiza mudou - há revolta nas faces, o vento uiva de dor e também de raiva, parece chamar às armas. Não das que disparam, matam e – felizmente! - se gastam. (Mas são substituídas por outras, filhas de homens sem nome que dirigem fábricas com nomes inocentes, em cujas linhas de produção trabalham pessoas sem nome que não vêem um cêntimo dos lucros que mortes longínquas geram.) Não, como armas apenas possuem gargantas roucas e camionetas em direcção a Madrid, auto-colantes dizendo “nunca mais” nos vidros dos automóveis, a coragem anónima e exausta que os leva, teimosos, a praias de luto pesado e viscoso.
Luto estranho, porque não morreu ninguém com enterro vulgar, cortejo lento e choroso, sinos dobrados pelo desgosto. Não morreu ninguém e morreram todos um bocadinho, por isso rosnam impropérios, pudessem eles morder as mãos que se não estenderam quando precisas! Mas que regressarão, esquecidas e bem abertas, quando for tempo de vindimar votos. Porque a democracia – imagine-se! – continua, imperfeita e maçadora, a impor fingir escutar a voz do povo de x em x anos para assumir o estatuto de seu representante. Os papeizinhos caem nas urnas, e, mal contados, lá ficam: quedos; mudos; paleolíticos; ridicularizados; inúteis.
Os acontecimentos da Galiza exemplificam tristemente o desencanto da pessoa vulgar em face do corte da ligação, suposta umbilical, entre eleitores e eleitos; a sua crença de não passar de um peão, de uma baixa prevista na luta pelo poder político ou entre as televisões pelas audiências; a sensação de revolta impotente que fragiliza a democracia e a torna mais vulnerável aos ataques dos que lhe utilizam os direitos na esperança de um dia os abolirem.
Talvez seja necessário encher mais camionetas, e não só rumo a Madrid. Nas manifestações de rua, barulhentas ou mudas, imperiosamente ordeiras, é preciso lembrar aos que governam em nosso nome - e não apesar de nós! – que exigimos ser ouvidos. Sobre as decisões que tomam e as aflições que ignoram, não basta afirmarem-se à mercê do próximo acto eleitoral na Galiza, em Portugal ou nos Estados Unidos. Os rituais básicos da democracia não devem ser invocados para silenciar no entretanto a voz da gente de carne e osso que, ao menos teoricamente!, ainda lhe serve de ponto de partida e chegada. E digo teoricamente porque já me interrogo se o sistema funciona para defender os interesses dos votantes ou apenas para os utilizar como biombo púdico, que esconde reuniões dos conselhos de administração de multinacionais.
Na Galiza deram à costa o crude, a tristeza e a impotência, mas sobretudo o enxovalho feito de desprezo e indiferença. Infelizmente, não se trata de um episódio isolado, mas de outro sinal do exílio da democracia para as suas dimensões formais. Processo que a tornará, se não tivermos cuidado, num esqueleto patético, fora do armário por simples razões de cosmética e oportunismo.
33 comentários:
Boa Tarde...
Hoje entrei porque ainda não estava cá ninguém.
Bom fim de semana, Professor.
(agora vou lê-lo ;-))
Bjs
Subscrevo a incredulidade perante a inércia, perante a inacção de quem tem poder e dever face ao povo galego.
Subscrevo os ataques a quem não tem consciência da desgraça e tragédia que provocou.
Subscrevo as suas e acertadas palavras.
Seria bom que mais pessoas com voz pública a levantassem para levantar questões realmente importantes, como esta.
Maracujá
Como diz, estupendamente, JMV: “… como armas apenas possuem gargantas roucas e camionetas em direcção a Madrid, auto-colantes dizendo “nunca mais” nos vidros dos automóveis, a coragem anónima e exausta que os leva, teimosos, a praias de luto pesado e viscoso….” e “…já me interrogo se o sistema funciona para defender os interesses dos votantes ou apenas para os utilizar como biombo púdico, que esconde reuniões dos conselhos de administração de multinacionais. …”
Ou, como disse, igualmente, Agamben *: “Qual é, de facto, a estrutura do bando soberano, senão a de uma lei que vigora, mas não significa! Por todo o lado os homens vivem hoje numa situação de bando em relação a uma lei e uma tradição que se mantêm unicamente como ‘grau zero’ do seu conteúdo, que os inclui numa pura relação de abandono”
* Agamben, Giorgio, “O Poder Soberano e a Vida Nua”, Presença, 1998, p 56,57
Professor, as suas palavras estão carregadas de razão. Mas já se terá questionado porque carga d'água - e não muito tempo depois da tragédia do derrame de crude - o Partido Popular ganhou as eleições na Galiza, apesar de as ter perdido a nível nacional ?
Sim. Porque quem ganhou as eleições na Galiza foi esse mesmo PP que - a nível nacional e LOCAL - deixou o povo galego ao abandono na luta contra as consequências da tragédia. Então, afinal, para onde foi "canalizada" a revolta do povo galego ?
É giro. Fica-me a clara sensação que o povo galego é, realmente, nosso irmão. A similitude de comportamentos é, de facto, enorme. O mesmo não se passa com castelhanos, catalães e bascos. Para bem deles, penso eu de que...!
Boa tarde!
Presumindo que (por ser uma velharia) esteja a falar do "Prestige" e, sendo eu uma romântica inveterada, temos que admitir que a tragédia beneficiou pelos menos duas pessoas:). E que se não fosse o caso, Espanha não teria a assinalar uma bela história de amor em que um príncipe desafiando as "regras" e as convenções desposou a sua princesa e fez nascer uma princesinha.:)
Agora a sério.
Foi triste, assistir impotente, à actuação politica no caso da Galiza e ver toda a dimensão da tragédia (aqui a dois passos) e o sofrimento daquela gente (alguns a subsistirem exclusivamente do seu trabalho no mar).
Para quem lá vai frequentemente e passa férias no Norte de Espanha, ainda é possível ver as marcas. Em vigo, nas varandas de alguns prédios ainda estão afixadas faixas alusivas ao incidente onde as palavras "Nunca más" figuram.
Felizmente, a minha praia preferida - Praia América - não foi afectada mas as ilhas Cies (reserva protegida) foram.
Pouco tempo depois o governo Espanhol foi penalizado, mas todos sabemos que a memória é curta...
Esperemos que o exemplo sirva de alguma coisa. Há que ter fé.
Não vale a pena ficarmos muito tristes com o que aconteceu. Não voltará a acontecer. Depois disso já me fartei de vêr portugueses a comer marisco na Galiza, sem falar claro nos autóctones que tem mais dinheiro para isso.
Quem gostar de visitar um dos maiores portos de pesca de pesca europeus é só ir a Vigo, já agora aproveita para comer as famosas ostras live e ao vivo.
Por supuesto
Politiquices...
O Mapa-Mundo é como um complexo tabuleiro híbrido de xadrez-monopólio jogado por crápulas! Treinam-se e resgatam-se parceiros que depois fazem motim vitimando inocentes- gente, comuns mortais que nada percebem do jogo nada conhecem das verdadeiras regras e que ignoram os pactos de grude-uranio (e sei lá mais o quê). Imagino que sejamos personagens de um qualquer Matrix em que só os alguns chefes de estado deslumbraram alguma coisa- Não muito para não saberem mais do quem herda o lugar na mesa sobre o tabuleiro.
meninadalua: Quanto às minhas discrepâncias... ;] ... deve ser um sinal de múltipla personalidade. No mínimo!!!;]Já para não alegar diagnose fatídica da AstoLogia.
Boa tarde.
Post de uma actualidade impressionante!
"...pudessem eles morder as mãos que se não estenderam quando precisas! Mas que regressarão, esquecidas e bem abertas, quando for tempo de vindimar votos."
Na Galiza, como aqui, como em tanta parte no mundo...só nessa altura se lembram do Zé povinho, infelizmente.:(
Durante a crise do "Prestige" os galegos sintonizavam a televisão portuguesa para saber o que se estava a passar. Faz lembrar outros tempos deste lado, não?
OPSSS!Antes que venha aí o corrector ortográfico (ainda bem que o sintático exige maior categoria- pois a esse (LOOOL) estou certa que nem o professor escaparia;P)deixem-me corrigir:
crude-urânio
Quem sabe,... um dia, me dou ao trabalho de divagar sobre a origem/causa dos meus erros ortográficos?! Verdadeiramente estéreis de conotações sexuais- sem interesse portanto;]
Mas que venham as correcções que eu leio e encaixo!No problem!
CoffeBites para todos!
As democracias actuais não são mais do que “coito” onde se refugiam ditadores mascarados de democratas.
Boa noite.
Para sancionar os que o traiem o que o Zé ou o Pepe povinho pode fazer é realmente não lhes dar o seu voto. Depois de ler o comentário do Fora de lei (1.31), fui ao Google (desculpe, mas pareceu-me inacreditável). Realmente, o PP, embora tenha perdido o governo da Galiza, obteve em Junho de 2005 45% dos votos (51,6% em 2001), contra 33% do segundo partido mais votado (21,8% em 2001). Não se pode dizer que não foi penalizado, mas uma descida de apenas 6,6% é efectivamente pouco significativa.
Costuma ouvir-se nos debates televisivos os políticos fazerem a seguinte afirmação:"o povo não é parvo". Pois, parece que é, ou que se ilude com promessas demagógicas, sei lá.
Bom fds para todos.
Pois!
Quando aconteceu o "acidente" lembro-me de ter pensado: Pois! o pior está para vir... e o pior é isso que o professor refere: a desolação, a constatação da incapacidade para actuar mas principalmente o presenciar da "morte" com o relembrar de tudo aquilo que já foi vida...e esse contraponto é tão dificil de aceitar...tão dificil mesmo...
Quanto aos votos! eu não acredito ainda, nos "War games" mas tenho como assumido dentro de mim que se não houver uma posição mais afirmativa, de força e principalmente de responsabilização por parte de quem vota, corremos o risco de sermos meros pretextos de acrobacias e jogadas de interesses sejam eles econónicas ou políticos...talvez mais dificeis de combater do que aquelas "antigas" das ditaduras que por terem "pés de barro" eram mais fáceis pelo menos ideológicamente de combater e contrariar...
gostei de ler essas palavras cheias de sentimento...
"não morreu ninguém e morreram todos um bocadinho"
jocas maradas de luto
"Sai velharia!"
Ainda bem que o professor escreve bem!
Ou será que queria dar a velhada dar uma voltinha?- Sai, velharia.
Ou sai, velha ria.
????
É verdade que só se lembram do Zé Povinho em alturas de eleições, mas isso é porque ele não se mostra. É muito confortável deitar um papel numa urna e resmungar durante quatro anos. A generalidade das pessoas tem vidas cada vez mais confortáveis, e por isso vai tendo cada vez menos vontade de intervir. Em cada eleição há um mínimo de 30% de abstenção. Um valor que acho obsceno, mas no qual ninguém parece reparar. Por isso sabe bem ver uma pedrada no charco de vez em quando, como a do movimento cívico das últimas eleições presidenciais. Mesmo que não se concorde com as ideias propostas por esse movimento, é bom ver que numa democracia ainda são as pessoas que mandam. Basta quererem.
Andorinha,
Ainda bem que te vejo comentar rapariga!
Pensei que o "Sai Velharia!" fosse o Boss a fazer uma limpeza étnico-etária ao blog e só ficassem os de sub-30 ; ))))))) ; ))))))))) ; ))))))))))))) ; )))))))))) ; )))))))))
Em relação ao Prestige acho que foi bom para nos começarmos a treinar. Quando formos uma província espanhola não vamos ser melhor tratados que os galegos. Só se lhes dermos o Ju, e isso o Maralhal não permite ; ))))))))))))
Claro que a injustiça de ficarem só os sub-30 no blog, miúda, era tu ficares de fora só por teres feito recentemente 31 ; ))))))))))
"Comment moderation has been enabled. All comments must be approved by the blog author." Estranho!!!!!
Há muito que não vinha ao seu blog, fui surpreendido por esta nova abordagem aos comentários.
Aproveito para fazer publicidade (abusiva?) ao blog do meu afilhado, o Prof.MV vai gostar sobretudo do texto "Olá Jacob", acho que mexe com alguns dos seus valores ateístas :-) . Irmandade Inquisidora
Desejo que da próxima vez que por aqui apareça, possa ver o meu comentário publicado instantaneamente.
É sempre um prazer! Obrigado!
O Supremo italiano decidiu em favor do arguido Marco T que apresentou um pedido de redução de pena baseado no facto de a enteada a quem obriou a fazer-lhe sexo oral não ser virgem. Como já tinha tido experiências sexuais, "o dano para a sua integridade foi menor". Acho muito bem, já agora pq não eliminar do Direito a figura da violação para mulheres não-virgens? Poupavam-se imensas chatices aos tribunais, que já estão tão sobrecarregados. Imagino os criativos advogados dos argidos do processo Casa Pia já na Segunda-Feira: "Oh Sôr Juíz, aquela miudagem já estavam mai do que damaged goods, os arguidos aqui é que são as vítimas pq o Silvino lhes disse que eram virgens e afinal...". Por falar nisso, Paulo Pedroso continua a ser citado em TODOS os testemunhos das vítimas, os tais testemunhos que levaram Carlos Cruz & friends ao banco de arguidos mas em relação a Paulo Pedroso eram "conjectura e fantasias gravosas". Pelo sim, pelo não, Pedroso está a trabalhar na Roménia (já fui verificar, não tem acordo de extradição de nenhum tipo com a UE para casos de abuso)
Estava aqui a ler esta sua "ternurenta descrição" da sua querida Galiza (salto essa coisa desgradável do "derrame" porque hoje não me apetecer escrever sobre coisas tristes ;)e lembrei-me de Maria que fez uma viagem enorme num carro "super velho".Ó Professor, bem que lhe podia ter providenciado um carro melhor para aquela viagem tão importante. Para além das aflições que a afligiam (passe o pleonasmo), tinha também de se preocupar com a máquina e imagine se a deixava numa estrada deserta assim sózinha (que maldade!). Estava aqui também a pensar se eles se vão encontrar (parece estarem tão perto)de Muros (um do outro). Eu espero um happy end para estes dois. Mas a literatura não gosta de happy ends, pois não?! Mas pode ser que desta vez eu veja um happy end:). Não...não me conte o final. Eu quero saborear o livro até ao fim :)
Bom fim de semana :)
O café encontra-se em desparasitação?
Serei eu uma "cheaper" (LOOOL)?
Qual o intervalo do conjunto "Velharia"? espero que seja [99, +00[.
Bemmmmmmm... vou-me com estas perguntas existênciais! Boa terça para todos (ihihihii)
Pamina 8:40 PM
"Depois de ler o comentário do Fora-de-Lei, fui ao Google (desculpe, mas pareceu-me inacreditável)."
Não tem que pedir desculpa... fez muito bem em desconfiar. Ao fim e ao cabo, quem é que confia num desacreditado fora da lei ?! ;-))
"Realmente, o PP - embora tenha perdido o governo da Galiza - obteve em Junho de 2005 45% dos votos (51,6% em 2001)..."
Talvez valha a pena acrescentar que o PP perdeu a maioria absoluta por "culpa" dos votos dos 300.000 emigrantes galegos e não por via de qualquer revolta eleitoral dos galegos residentes. Aliás, não deve ser por acaso que a Galiza foi a única região de Espanha que manteve um sinistro franquista (Fraga Iribarne) no poder durante tantos anos...
MANUEL FRAGA IRIBARNE (PP)
Líder nato, Fraga Iribarne é polémico e provocador por natureza. Gaba-se de nunca ter usado um preservativo e afirma que os casamentos homossexuais vão envelhecer a população. Apesar do seu passado franquista, e aos 82 anos de idade, 20 dos quais na chefia do governo da Galiza, esteve à beira de conquistar mais um mandato, o quinto consecutivo.
Boa tarde.
Noise,
Já reparaste que se só ficassem os de sub-30 o blog perdia imensa qualidade?:)))))
E que perdia quase todos os comentadores?
Ai, ai...miúdo, à sexta-feira não dizes nada de jeito. Loooooooooool
O maralhal espera que esteja tudo bem consigo.
O professor:
( )- Está a comer côcos;
( )- Está está com dores no côco;
( )- Foi rapatado pelos Serviços Secretos;
( )- Tem o PC em FDS;
( )- Está a testar o grau de resistência dos frequentadores do laboratório à falta de estímulação;
( )- Ficou excêntrico!
( )- Foi a casa da vizinha e ainda está amarradinho à cama!
Pelo menos já corrigi 1/2 de uma turma!
Vou ao café da concorrência!
SOOOOOOOOOOOOOOOOOOOUSA! Homem de Deus diga-nos o que se passa com o seu patrãozinho.
pois é mais um detalhe que nos torna um pouco mais irmãos dos espanhois - votar em quem nos lixa a seguir... grande fado casado com o flamenco :)
maria de são pedro
Cêtê, tenho que te apresentar o prontuário .
Sei que vais comê-lo com os olhos...mas pronto, eu deixo. Também tenho feito o mesmo com os teus...
LOOOOOOOOOOOOOOOOL
Boa tarde, MURCÓNICOS.
(O professor desculpe: faz-de-conta que é o barulho de fundo com um bando de aves)
Tu por favor: NÃO ME APRESENTES MAIS NINGUÉM! LOL. Não tenho tempo para ler livros de nenhum tipo de etiqueta nem ortográfica nem sintáctica nem de nadica. Mas estás à vontade: podes sempre "correctar-me" desde que não te armes em "Edite Estrelaceae"- se não publico aqui mesmo a teu dicionário de gíria (ilustrado)LOOOOOL
Eu não percebo esta depressão!
Não foi por causa do crude do Prestige que N.Srª de Fátima teve mais uma oportunidade de “milagrar”? O Portas não agradeceu em tempo próprio e em nome do Estado Português, Ela ter afastado aquela pegajosidade das nossas praias?
De certeza que o veremos hoje na terra da dita Senhora, ainda grato, de joelhos, com a cara entre as mãos. Se um camaraman fizer um zoom o homem entra em êxtase.
Eu compreendo a solidariedade com os galegos. Mas depressão? Ó valha-me N. Srª de Fátima!
O Professor pôe-nos a pensar!
Todos, de uma forma ou de outra, o subscrevem.
Também se lembram - concerteza - de que pensar faz bem ao ginasticar-nos o cérebro.
Obrigado Professor!
Eu tambem o subscrevo e subscrevo ainda o amor à Galiza...Finisterra...à vista?
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