sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Se já postei esta velharia peço desculpa.

Dos silêncios


Chego de férias. Que os Machadinhos tornaram meigas, pese embora o meu lendário ódio a areais abrasadores, para nos conservar juntos ficaria mais algum tempo. E contudo, ambivalente e irracional por humano, descuidado por feitio, deixo cair no chão o saco gravidérrimo de roupa suja, com o sentimento de estar no sítio certo - no meu canto, comigo, sombra projectada no cheiro e silêncio do covil. As narinas abrem os braços - tanto quanto o permite um desvio de septo congénito! - a um odor cozinhado pela mão da empregada, que ontem passou a dar uma limpadela. E por livros rindo-se das minhas alergias, sabem que jamais receberão ordem de despejo como a alcatifa, são indispensáveis como o ar que respiro. O último tempero, mais esquivo, decreto-o cheiro próprio, sobrevivendo a quinze dias de ausência. Os olhos passeiam-se em redor, satisfeitos por verificarem que a metódica desarrumação permanece virgem, não saberia mexer-me ou trabalhar de outra forma. Os dedos afloram... Ah, para quê perder tempo?, a festa maior é a dos ouvidos, encantados pelo silêncio leve que reina e me recebe com a ternura distraída reservada a admiradores fiéis, quase vassálicos.
Não foi sempre assim. Da infância recordo – ou imagino?, é tão difícil decidir... - silêncios amuados face ao poder discricionário dos adultos, reza a crónica familiar que eu era uma gralha! E o que invadia os longos corredores da casa, ainda por cima vestido de luto, nunca o assobio foi tão indispensável a um pivete que avançava, receoso, lutando contra a tentação de recuar ou pedir auxílio. O mais temido de todos aos Sábados à noite, quando os meus Pais iam ao cinema e a Avó Sorgue ressonava beatificamente, sem conseguir exorcizá-lo; a ele e aquela sensação de perda e ameaça que só amainava ao ouvir o carro entrar na garagem. A infância é, de resto, um longo silêncio, a memória não ajuda e os que a contavam morreram. Sou eu agora a contar-lhes a idade adulta, nesta passagem de testemunho está contida a história de famílias e mundo, seremos pó quando ninguém contar a história de ninguém. Sobretudo das crianças e suas malfeitorias, que tão mal impressionavam Agostinho, já não simples homem mas candidato a santo. Suponho que, ao chegar lá acima, Francisco de Assis lhe terá explicado não ser obrigatório diabolizar os humanos para honrar o Criador.
Divago, como sempre. Ah, sim, o silêncio. Na adolescência usei-o para mirar o espelho da insegurança, o qual, com profissionalismo cruel, exibia borbulhas e timidez; pedi-lhe abrigo quando me escondia atrás da cabeça do colega da frente à espera que o professor escolhesse uma vítima para ir ao quadro; fingi-o para uso externo, escutando rock em altos berros nos auscultadores, olhos cegos pousados nos livros de estudo. Uma vez por outra, vesti-o para atrair a atenção de quem mo estranhava ou como porta-voz de revoltazinha burguesa e inconsequente, ensaiava a resistência passiva sem nunca ter ouvido falar de Gandhi. Bêbado de liberdade, respirei-o com deleite e a plenos pulmões Europa fora, tomando-o – pobre ingénuo! – por testemunha de uma autonomia falsa como Judas, porque a confundia com quilómetros de distância, não aprendera ainda que levamos connosco as agridoces grilhetas dos afectos. Saboreei-o, olhos varrendo o mundo pendurados nas janelas do Sud-Express. (Excepto quando me juntava ao frango e ao tinto dos emigrantes – “você é um gajo porreiro, não protestou por os catraios berrarem a noite toda. Vai comer com a gente - prefere coxa ou peito?”.)
A mesma pergunta não me faziam as garotas no barco para Inglaterra... Com a boca seca de experiência e saliva, mas afogada em desejo canhestro, lá metia conversa, atabalhoado. E elas, raparigas que Verão e línguas estrangeiras transformavam em divas exiladas de Hollywood, riam-se, complacentes, cotovelos na amurada. Para lá de costas arqueadas, coxas espreitando por baixo de mini-saias e cabelos soltos, a Mancha enternecia-se, oferecendo rara moldura azul a cena tão adolescente.Talvez já adivinhasse o silêncio delas em resposta às minhas cartas, sempre tive a mania de entrar por Setembro dentro com amores de férias debaixo do braço, devo ter uma dificuldade neurótica em lidar com separações. Neurose-psicanálise-associação livre, não é preciso recordar o divã para saltar da palavra separação para lutos mais reais, há pessoas não revisitadas porque morreram e as acompanhámos à “última morada”. (Que mentira!, pois não nos ficam em regime de pensão completa na cabeça?) Mas é preciso cumprir rituais, silenciosos nas primeiras filas e galhofeiros na cauda dos cortejos. Eu sei, já tive o meu quinhão de alamedas de cemitérios.
Tantos silêncios pelo caminho! O que invade o quarto se, envergonhados, fazemos amor na ausência do amor; o de igreja, que tememos interromper por a celebração dos corpos ser tão perfeita que até um suspiro de puro gozo poderia estragar a cerimónia; o das relações acabadas por acabar, que nunca mais acabam por medo, preguiça ou teimosia; o da vingança servida gélida, os remorsos vêm depois, muito a tempo do perdão da consciência ou do Senhor; o dos momentos antes de aulas, conferências ou programas, quando um fulano teme não ser capaz, por o discurso fluido se vir tornando entrecortado, à conta da fadiga que assenta arraiais; o do medo supersticioso antes de enviar à editora um livro acabado, as palavras são fugidias e o que procuram descrever também, não basta o álibi de não ser escritor com certificado de garantia; o do consultório, enquanto pessoas, amarguradas e a contragosto, me oferecem sinopses de vida na esperança de ouvir uma abordagem nova do problema que as incinera, como diz García Márquez; o meu, a abarrotar de culpa, nas magras visitas ao do Alzheimer que amordaça minha mãe.
Este silêncio é diverso. Não traduz exaltação ou simples (?) paz, respiro-lhe a harmonia, o ondear, a tranquila arrogância, poderíamos ensaiar um abençoado tango pecaminoso sem desiludir Borges ou Piazzola, afinal a música é o silêncio travestido de som gentil. No passado temi-o; utilizei-o; sofri-o; quebrei-o. A idade trouxe a convicção de ser irmão gémeo de uma parte de mim que, pelo menos a espaços, necessita dos outros à distância para os conseguir amar ou apenas suportar. Não creio que o facto seja motivo de orgulho ou auto-flagelação, sou assim e ponto final.
Ouço a banda sonora de Hable con ella, um filme em que a palavra dialoga com o silêncio. Mudo mas não surdo, muito menos morto. Recordo o título de policial famoso – The big sleep. Porque privilegiamos o sono como metáfora do depois? Para nele nos sentirmos ainda vivos... Que teimosia acriançada e ternurenta! A morte não passa de um retorno ao silêncio primordial que a existência, traquina, interrompe brevemente. Por isso o vou sentindo cada vez mais familiar, à medida que os anos correm e me atrevo a gozar um pouco a vida. Com o respeito parcimonioso reservado a garrafas de colheitas já raras na adega; aos crepúsculos sanguinolentos que antes não passavam de dados adquiridos; ao riso de crianças que não bajulam; enfim, aos corpos das mulheres, inexorável e magnificamente solitários, mesmo quando colados ao nosso.
Envelheço e mergulho de costas no mar do silêncio, olhos e mãos acariciando a praia. Não coberta pela insuportável areia, mas por gente amada e recordações que proíbo de amarelecer. Vai daí, embora as vagas me abracem, maternais, e a curva do horizonte prometa o eterno retorno ao ponto de partida, não alargo a braçada - perderei terra de vista quando a maré a tal obrigar.
Nem um (precioso) segundo antes.

27 comentários:

Anónimo disse...

Um velado medo da morte e/ou uma pena imensa de, um dia, termos todos que morrer...

Maite disse...

Não me lembro de ter postado esta "velharia" e se eu não me lembro é porque não postou :)))))))))

Mas agora lembrei-me que ontem à noite continuei a ler os seu livro "Muros"(leio aos bocadinhos)

"A meiguice não vai chegar, não depois de abrir portas dentro de si, ver sair lamentos e sonhos, aceitá-los, aceitar o risco como inevitável."
Só para dizer que vou aqui mesmo na leitura do livro.

Bom dia :)

Moon disse...

Hello!

Eu já li esta velharia, se não me falha a memória, na revista "Adolescentes". Aqui no Blog não sei, só comecei a ler em Outubro. Mas também não há nada a desculpar:)

"Quem pode haver tão insensato que se deixe morrer sem ter dado, pelo menos, uma volta à sua prisão?
...O mundo é grande."
Marguerite yourcenar

Anónimo disse...

Boa tarde Murcons.
Continua a ser saboroso vir aqui. Neste cantinho em que os sentimentos de uns se transferem aos outros.
Prof.: obigado pelo conforto

Anónimo disse...

O mundo a ferro e fogo e os nossos 'heróis do mar' perdem o santo tempo a debitar pieguices uns aos outros!!! É preciso ser muito portuga, mas do tempo anterior a Feliciano de Castilho...
Ó inclemência! Ó martírio!
Que mal fiz eu ao mundo, meu Deus, para ter nascido português.

Carmo da Rosa (Amesterdão)

Anónimo disse...

Deram-me um livro seu. O único seu que tenho. Mas é aqui que gosto de lê.lo - aqui nada cheira a bafio - porque o acaso não existe. Escreve "belssissimamente" bem. Gostava já muito de o ouvir falar, de o ver rir e sorrir e docontramponto do seucorpo. (Não: não é uma declaração ;P) Ainda não li o seu livro que espera como um gato por um mimo. Mas o curisoso de tudo são as coincidências.

1- (com)braço! ;]

A Burra Nas Couves disse...

É pena que não te apercebas que essas "pieguices" são algumas das coisas realmente importantes da vida, Carmo. O "mundo a ferro e fogo" é só para manter o pessoal com medo e a viver como ratos, àvidos de perder as miseráveis possesões materiais. As possessões espirituais, pelo contrário, nunca se perdem ganham-se sempre, como o tempo, que só é dinheiro para quem vive dependente dele.

LR disse...

Mais outro texto para a minha também "gravidérrima" pasta "DOCS JMV".
Isto está a correr bem!
Professor:
- O próximo "bookin" é o quê exactamente? Pode levantar o véu?
Ou os direitos de autor (leia-se, de escravatura, como dizia a Marguerite Duras) que assinou com a editora, impedem-no de revelar?

NÃO SE ESQUEÇA DE FAZER A VERNISSAGE DO LANÇAMENTO AQUI NO MURCON!

E agora, peço desculpa pela diversão temática. Mas aqui fica,com data de hoje, de um outro blogue tb.da 1ª divisão (mas um bocadito mais a sul)

«BREAKING NEWS!: As representações diplomáticas da China, os restaurantes e os bairros chineses estão a ser atacados em várias cidades dos EUA e a bandeira da China é cuspida e espezinhada por multidões em fúria. Motivo? O filme western gay Brokeback Mountain, realizado pelo chinês Ang Lee. Num país em que o cinema é a religião, o Marlboro Man é o seu ícone mais sagrado e a população não aceita que venha um chinês infiel abastardar um símbolo viril, duro e rude, e transformá-lo num homossexual.
Já foi decretado um embargo aos crepes, a Winchester oferece munições grátis a quem quiser integrar uma patrulha de vigilantes contra o perigo amarelo e já se fala em Ang Lee como o próximo ?cliente? de Guantanamo. O Governo português já veio a público condenar a monstruosidade de que o Marlboro Man foi alvo, reprovando o abuso da liberdade de expressão e considerando que figuras sagradas como o Marlboro Man, a Virgem Maria, Jesus e Maomé não devem ser apoucados desta maneira tão aviltante e irresponsável.»
...............

E estamos assim: o cinema é uma questão de Estado!

papu disse...

O silêncio é onde moram as sementes de todos os sons do mudo. Pequenas pérolas brancas, grãos de areia minúsculos, espalhados no vento, acordados em música nos nossos ouvidos.

Linda, esta sua velharia :)

Anónimo disse...

o silêncio
tão metódico
e tão disperso

que bem lhe fica

o silêncio

Anónimo disse...

... melhor
que bem lhe fica
este texto:)

Vanda disse...

Professor, agora que o descobri aqui -mais vale tarde do que nunca;)- já nem preciso sair para ir à Fnac ;))

Continue a deliciar-nos...

A Menina da Lua disse...

Professor assim não vale!

Sinto-me presa na emoção que tive ao lê-lo...
Estas suas "confidências" deixaram-me assim...tocada...

São algumas coincidências mas é principalmente aquele constatar que a vida é tambem este estar nostálgico e melancólico que a lucidez carrega...levando-nos muitas vezes a um balancear entre a tristeza e a solidão mas tambem entre o "conforto" e a serenidade de sermos e de gostarmos dos nossos silêncios...

Gostei de lê-lo...muito mesmo.

Su disse...

gostei de ler. reli. imaginei, recordei, vivi.
jocas maradas de silêncios

Pamina disse...

Boa noite.

Também penso que o texto ainda não tinha sido publicado aqui. Gostei dele. Porque está muito bem escrito e por ser muito pessoal, muito sentido.
O Carmo da Rosa (4.11) critica o post por se alhear da situação de violência que se tem vivido em certos países, nos últimos dias. Compreendo a preocupação dele, ainda por cima estando num país onde vivem cerca de 900 mil muçulmanos.
Aqui, no Murcon, tem havido espaço para tudo, desde os textos mais introspectivos aos que abordam assuntos actuais, realmente mais focados na realidade portuguesa do que nas "grandes questões internacionais". Não sei se estaremos a meter um pouco a cabeça na areia, afinal é aqui que vivemos.
Voltando ao post, no Verão passado, já tinham sido publicados alguns posts sobre o pouco carinho pelas praias algarvias e o desejo de regressar à paz do campo. O princípio deste texto prossegue esse registo e fez-me lembrar, com um sorriso, a frase "home, sweet home". Depois, o texto "aprofunda-se" e entra por terrenos muito intímos. Reconheci-me em algumas frases. O Fora de lei, lá em cima, no 1º comentário, resumiu o final muito bem. Mas o "bicho ainda mexe" e propõe-se resistir. Então, lembrei-me do poema do Dylan Thomas, "Do not go gentle into that good night" ou, aqui, "I will not go gentle into that good night". Fui buscar o livro e copiei os primeiros versos:

Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.

Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

Bom fds para todos.

Julio Machado Vaz disse...

O Fora-de-lei e a Pamina disseram tudo com maior elegância e ascetismo do que eu - I shall not go gentle into that good night:).


Angie,
A Editora não me proíbe nada. O próximo livro é uma tentativa de ligar meus Pais a meus netos através... de mim:). Chama-se O Tempo dos Espelhos.

Anónimo disse...

Angie,
E posso garantir-lhe que o livro é "Júlio Machado Vaz" no seu melhor:)

Anónimo disse...

Sério? O Tempo dos Espelhos...

O Harry Potter e o espelho, viu-o professor?

ou

Nós vistos pelos outros, ou reflectidos na montra,... tão diferentes por vezes da nossa auto-imagem.

ou

Nós (pais) neles (filhos) e eles (os nossos pais)em nós. Saltam os gestos e os génios gerações revelando a eternidade que ultrapassa a morte.


Então era por isso que o professor há tempos andava um tanto deprimido? ;]]


fora de horas:
Ouvi dizer que se aproxima uma chuva de meteoritos. ;]]]]

(gostei de ler o papu);)

andorinha disse...

Boa noite.

Hoje só consegui chegar aqui a esta hora:(, mas ainda a tempo de me deliciar com esta velharia.
Nunca a tinha lido e gostei muito de ler os silêncios, no seu estilo muito próprio.:)
Todo o texto é excelente; como já foi referido pela Pamina pelo seu cunho muito pessoal e sentido.
Como já referi noutra altura, textos assim são para ler, reler e saborear com calma.
Tem passagens encantadoras e que nos fazem pensar. Não vou destacar nenhuma, pois teria que destacar quase todo o texto.:)))

Como diz a ameninadalua, assim não vale!:)))))
A emoção é muita e as palavras não saem!
Obrigada por estes momentos, é só o que me ocorre.

Fico ansiosamente à espera de "O Tempo dos Espelhos".:)

Julio Machado Vaz disse...

Isabel,
Houve um momento em que pensei realmente não publicar este livro. Mas depois pus a questão ao contrário - por que não publicá-lo? Ou não aprendi nada em trinta anos de psiquiatria ou muito do que lá está é comum a tanta gente!
Boa noite, maralhal:).

Vera_Effigies disse...

Mahatma
O senhor é um poeta!
Prosa poetica linda.
MJ

Anónimo disse...

Imprimi. Aguarda para leitura oportuna, quando o silêncio do sossego dos queridos que me são próximos se fizer ouvir. Obrigada pela partilha.
Bom fim-de-semana,

Anónimo disse...

"Houve um momento em que pensei realmente não publicar este livro."
Isso é lá coisa que se pense? NEVER
Publique tudo... não nos prive das suas "ruminações" de breves pensamentos a volumosas obras- primas. Se não noutro lado... aqui! O Maralhal até cria uma editora, se necessário for! ;]

Bom fds para todos. Gozem bem para que os discursos fluam se Seg a Sex.
LOL

"Jocas marada" ;]

Até loguinho se acontecer!

andorinha disse...

Bom dia!

Li pela quarta vez o texto e continuo a deliciar-me!

"I shall not go gentle into that good night"
Júlio, gosto de o sentir assim, cheio de energia e entusiasmo.:)

Bom sábado, gente.:)
Até mais logo.

_Stardust_ disse...

(silêncio)

LR disse...

«...sempre tive a mania de entrar por Setembro dentro com amores de férias debaixo do braço...»

E aqui está tudo aquilo que se sente e não chegamos a verbalizar, sem mesmo ter a certeza que este seja afinal um sentimento assim tão universal!
Meu Deus,o travo de Setembro...
Fica agarrado a nós mesmo depois de passadas as histórias e historietas dos verdes anos. Porque será?
Porque será que ainda hoje é assim: Agosto, mês de sair da casca, mês de mudar de pele, mês de desbaratar os velhos sentimentos e de aforrar os novos, mês de luz, de fim e de começo....e Setembro, cálido e comedido, equilibrado, brando, a braços extremosos com aquele capital sobrante de novas emoções, novas pessoas e outras perspectivas, novos laços (há lá coisa melhor que isso, do que os laços? Que depois nos perseguem?) sem bem saber, no fim, se tudo aquilo são réstias moribundas, se embriões de mudança?
Pois é! É tal qual assim que acabamos por atirar tudo para trás das costas, com um qualquer
«... devo ter uma dificuldade neurótica em lidar com separações...».

Professor: aprendeu mesmo muito "em trinta anos de psiquiatria", porque consegue dizer de facto aquilo que "é comum a tanta gente"...
- Por isso tudo, GOD BLESS YOU!
(sei que não gosta, mas uma benção a mais, bem intencionada, não lhe fará mal nenhum!)

Anónimo disse...

Sempre gostei de o ouvir apesar de nem sempre concordar mas ter a oportunidade de o ler no seu blogue é uma experência diferente. Obrigada pela alma de Poeta que nos mostra