Os amantes clandestinos ( I )
Há dias fui abordado por gente simpática que tenciona introduzir o tema da Sexologia num portal da Internet. Pediram a minha opinião sobre os conteúdos propostos. “ Acrescentaria alguma coisa?”, perguntaram. Respondi que não vira nada sobre sexualidade e envelhecimento. Deram uma vista de olhos ao índice e concordaram, surpreendidos. Um pôs hipótese que reputo de verdadeira: “no fundo estamos sempre a pensar nos utilizadores jovens”. E ainda bem!, eles precisam de boa informação e espaços de conversa, lixo já existe de sobra. Mas o esquecimento é natural, vivemos em mundo obcecado pelos números que habitam o bilhete de identidade das pessoas; não ser jovem – ao menos de espírito! – começa a estar perigosamente fora de moda. No dia seguinte um certo mail desaguou no meu computador. Uma organização sem fins lucrativos – é bom salientar estes factos... – afirmava ter um projecto para familiarizar os idosos com a Net. Imaginem para que área desejavam a minha ajuda? Um tipo não deve ignorar sinais dos deuses disfarçados de coincidências. Respeitá-los-ei à vossa custa, preparem-se para duas ou três semanas de artigos sobre sexualidade e envelhecimento.
Comecemos pelas palavras. Não gosto muito das expressões que nós, os especialistas, vimos divulgando. “Terceira idade”, “Segunda metade da vida”, “Idosos”, quem traça os limites? Até eu já me encontro baralhado. Que estou na segunda metade da vida não tenho dúvidas, mas já vivi as duas primeiras idades? Idoso é um sinónimo caritativo de velho? Mas porquê, a palavra não traduziu sempre um estatuto honroso no passado? Prefiro não esquartejar o nosso caminho e manter pedaços de vida em gavetas fictícias, muitos de vocês já descobriram que alma e articulações não envelhecem de mãos dadas. E não utilizei este verbo por acaso, tudo se torna mais simples se nos pensarmos envelhecendo e não velhos súbitos a partir de um certo lusco-fusco. A vida é uma caminhada e, a menos que existam problemas de saúde física ou psicológica, a sexualidade mantém-se fiel até ao fim, está-nos em sangue e sonhos.
Passemos ao título da crónica. Amantes. Triste sociedade esta, de todos os significados presentes no dicionário, em geral apenas recorda o de “pessoa que mantém relações ilícitas com pessoa de outro sexo”. Ignorando outras que recordam paixões e namoros, dir-se-ia que aceitamos, resignados, que palavra orgulhosa de Abelardo e Heloísa, Romeu e Julieta ou Cyrano e Roxanne se veja exilada para o reino do mexerico, “sabes com quem anda fulano?”. Para não falar do “outro sexo”, até o ilícito é negado aos homossexuais!
Imagino leitor impaciente: “está bem, homem, leve a taça! Mas chamar-lhes clandestinos? Isso não é conversa do tempo da outra senhora?”. Há clandestinidades que não dependem da existência de polícias políticas, silêncio ou escárnio chegam. Já repararam que ninguém se escandaliza com uma eventual repressão da sexualidade dos mais velhos? E no entanto… Quando projecto um diapositivo com dois a beijarem-se, escuto risos abafados pelo anfiteatro. Se paro e indago a razão, um dos meus meninos arranja coragem para dizer: “ó Dr., acha natural com aquela idade?”. Por acaso acho, mas o mais grave é que os próprios interessados absorvem a mensagem. Ainda há pouco alguém me dizia que iniciara uma relação e hesitava na palavra para a definir. E eu arrisquei: “não será um namoro?”. Resposta clássica: “ se eu tivesse menos trinta anos seria, agora…”.
Não há maior clandestinidade do que a auto-imposta. Envergonhados, vivemos os afectos escondidos de nós próprios. Amargos, consideramos que chegou o tempo de reforma e saudade. Quando a palavra paixão nos aguilhoa, enviamo-la para o exílio ternurento dos filhos e netos à volta do almoço de Domingo. E contudo, nada obriga a que nos sentemos à mesa com o erotismo perdido nas brumas da memória.
Como tentarei demonstrar na próxima semana. Será que o JN me obriga a pôr bolinha no cimo da página?
37 comentários:
Boa tarde!
É por isso que gosto de vir aqui.;] Pelas "velharias".
Ok, também pela clientela.;]
Muito embora seja sexuada (LOL) gosto da forma como aborda assexuadamente os afectos- torna-nos mais próximos uns dos outros.
Em relação à idade... que coisa fasciante é uma ouvir,ler, ... com uma pessoa que sobrevive à vida com arte, engenho, humor...
Fiquem bem. ;*
Lembrei-me deste cartoon do Quino e resolvi partilhá-lo.
Não passa de mais uma provocaçáo.
Se há paradoxo na nossa época é o da desvalorização dos “velhos” (e a partir de agora vou deixar de pôr aspas, dá mto trabalho…) quando, precisamente, a longevidade é cada vez maior.
Por caso, é algo que me impressiona imenso, e o meu incómodo não é só de piedade fortuita. Sempre que posso, mando umas bocas…ciente de que o discurso é no mínimo insólito e extravagante.
A juventude é um fetiche do nosso tempo, de facto.
E tem boas coisas. Tenho até a certeza que pertenço a 1 geração a quem já foram dadas oportunidades numa fase da vida ainda “verdota” (sobretudo palpáveis no terreno profissional), exactamente porque de repente se começou a apostar no sangue novo e a contrariar a ideia de que a lógica da “subida” é a da experiência e são as diuturnidades.
No plano cívico, também: apanhámos a maioridade aos 18, que sorte!
No plano social/familiar…bem. Aí as coisas são mais complexas e não interessam agora.
Mas as coisas tal como estão, não estão certas. Acho eu.
Um velho é uma pessoa socialmente utilíssima, e (tudo depende, tal como nos novos…) pode ser ainda alguém com enorme potencial profissional.
Mas na velha Europa somos os campeões da buocracia, como diria o Professor. Atinge-se aquele número fatídico no BI e vai-se para a prateleira…
Não hesito a citar uma história que conto e reconto inúmeras vezes. Há uns anos um editorial do Figaro Magazine (normalmente entregue, em cada número, a escritores, jornalistas, figuras da cultura, sempre diferentes) relatava o seguinte (sob 1 título que era mais ou menos “ A riqueza das nações”, parafraseando a obra de Adam Smith).
O cientista (um médico, salvo erro) que descobriu o vírus da SIDA é francês (fiquei a saber, desconhecia).
Integrava 1 faculdade em Paris como docente ou investigador (não lembro já) e atingiu pouco depois o limite de idade. Jubilou, como se diz na gíria académica, mas tinha até já 70 anos (que é tb a idade limite em Portugal nestes casos).
Festa de despedida, homenagens, laudatórios…e o senhor vai para casa estiolar, arrumadinho na prateleira, talvez preparando umas conferências, uns livros, e perdendo o “dedo” para o trabalho prático.
Vai daí os americanos deram por ela…. Caladinhos, contactaram-no, oferecendo-lhe um trabalho de projecto nos States, não sei onde. Davam-lhe laboratório à medida do que ele quisesse, equipa de trabalho, excelente remuneração, inúmeras facilidades (e do vínculo contratual ninguém falava; provavelmente acautelaram a questão de não se comprometer excessivamente na duração, como aliás em todo o regime geral dos “civil servants” nos USA).
O nosso cientista arrumou os sapatos de quarto e o robe de chambre e lá abalou com a mulher para o outro lado do Atlântico. Caladinho, também.
No “milieu”, iam morrendo de escândalo e estupefacção. Especularam que ele teria sido uma 2ª ou 3ª escolha…mas não era verdade. Queriam-no mesmo a ele!
Resumindo: à época do artigo, já estava pelos States há um tempo razoável, dirigindo 1 equipa que tinha atingido não sei quantos ”achievments” notáveis.
Pois é…coisas do velho continente!
Por mim, talvez por ter tido, e ter ainda, “velhos” excepcionais na minha vida, acho que a cultura que grassa é inqualificável. Mais: vamos ser vítimas dela, é evidente.
Quanto ao amor…valem os mesmos princípios. Nada há mais delicioso e inspirador do que esses exemplos!
OBS: O Governo Sócrates acaba de publicar uma alteração ao Estatuto da Aposentação em que proíbe (repito, proíbe) qualquer actividade remunerada aos aposentados, seja ela a que título for. Ressalvam-se os casos em que haja autorização expressa do Primeiro-Ministro. Pensam que é aqui que está o escape? Nada disso. Como sói dizer-se, “cumpriu-me submeter” 3 CV’s notáveis (dois deles bem conhecidos) a autorização, para fins formativos e pontuais, a “recibo verde”…e recebi nega absoluta. E o pior é que não se trata de pessoas facilmente substituíveis: são mesmo barras na matéria, e a matéria é muito pouco corriqueira. Fica o interesse público a perder….
E esta, hem?!
Dreamer,
Aqui também está um dia triste e cinzento, não é de ti.:)
"Quando projecto um diapositivo com dois a beijarem-se, escuto risos abafados pelo anfiteatro".
Como se houvesse uma idade limite para o afecto, a ternura, o amor.
Subscrevo por inteiro o teu comentário.
Tem tudo a ver com a nossa forma de ser e a nossa mentalidade.
Somos pessoas normalmente retraídas, com uma enorme dificuldade em exteriorizar sentimentos e emoções sempre com receio daquilo que os outros possam pensar.
Comparando com outros povos a diferença é abissal, basta realmente vermos os estrangeiros que nos visitam e a forma muito mais solta como se comportam.
Pode ser que um dia cheguemos lá.:)
Bom dia, bom dia maralhal e boa noite para a Andorinha ;-)
Ora aqui está um tema do meu agrado e com o qual convivo diariamente.
Sempre achei que a vida é só uma e que não deve ser dividida por idades, pelo menos em relação à sexualidade.
Após a morte do meu pai se houve coisa que sempre desejei foi que a minha mãe voltasse a encontrar de novo o amor. Até naquele ritual ridículo de pedir desejos com as fitinhas do Bonfim esse era um dos desejos que eu pedia - afinal as fitinhas funcionam mesmo ;-)
E após 13 anos de viuvez, e com 71 anos voltou a apaixonar-se com a mesma intensidade com que era pelo meu pai.
Foi muito criticada por algumas pessoas da idade dela bem como por pessoas bem mais novas.
Palavras como: velho baboso e velha gaiteira, expressões como: olha que bonito, agora depois de velhos é que lhes deu para aquilo, que gente ridícula, são do mais comum de se ouvir.
Do mais comum, do mais ridículo, do mais estúpido são sem duvida este tipo de comentários.
Estão felizes, estão sempre às festas e aos beijos (raios partam os velhos que andam com as hormonas aos saltos) e já não é a primeira vez que olhares de reprovação os criticam onde quer que estejamos. Eu incho o peito, olho com orgulho e altivez e digo com o olhar: É a minha mãe sim. Está feliz. Está viva e merece amar e ser amada enquanto viver. E tenho muito orgulho da “figura” que está a fazer. É um exemplo que a vida só acaba com a morte.
Agora pegando nisto: Quando projecto um diapositivo com dois a beijarem-se, escuto risos abafados pelo anfiteatro. Se paro e indago a razão, um dos meus meninos arranja coragem para dizer: “ó Dr., acha natural com aquela idade?” respondo eu ao menino.
Naturalíssimo meu menino.
Pelas risadas, essas sim ridículas, rogava-lhe só uma praga: a de ficar com uma crise tal de aftas que durante uma semana não pudesse abrir a boca para nada.
Ridículo é também quando o espírito deseja amar e o corpo não permite.
Aliás, o orgulho é tanto e ando tão babosa que espalho aos sete ventos o amor da minha mãe. Por mail, por sms, por telefone todos os meus amigos foram informados do acontecimento do ano. Até ao Dr. Murcon eu enviei uma foto dos pombinhos para ele ver como fazem um dos pares mais bonitos deste país.
Se todos os “velhos” tivessem o apoio incondicional dos filhos em situações destas eram presenteados com o amor a dobrar.
Tenho dito ;-)
P.S. Eles também fazem sexo, sim.
Yulunga,
Que discriminação é essa? Queres dizer que eu não faço parte do maralhal?:(((((
A história da tua mãe é linda e só tens mesmo é que ter orgulho na "figura" que ela faz.
Preconceitos e inveja são coisas a ignorar.
...e viva o Amor!...
Andorinha, passarinha claro que fazes. Foi só uma laracha por me teres perguntado porque insisto em dizer sempre bom dia mesmo à noite.
Só discrimino gente que se esquece que também chegará a essa idade.
Lobices
Viva ;-)
Gosto de ti, porra!
Yulunga,
Eu percebi, aliás ri-me ao ler porque lembrei-me logo do que te tinha dito.
Não esqueces uma, é preciso cuidado contigo.:)))
Como já muito foi dito, a sexualidade nasce e morre connosco.
E não se empanturrem de ovos de chocolate, nomeadamente os chocos, olhem as vesículas...
E às 22.30 na RTP2 "O Evangelho de Judas"...
Beijos, mas não de Judas...
Yulunga, que bom teres ainda a tua mãe contigo. E feliz, a amar!!
Não te importes com o que as pessoas dizem....é dor de cotovelo :)
Isa, não me importo nada com o que os outros dizem. Mas causa-me alguma confusão como as pessoas, e principalmente os mais jovens, que se dizem tão open mind, defenderem coisas como o aborto a torto e direito, legalização de drogas leves e não só, casamento entre homossexuais, adopção de crianças por parte dessas pessoas, sexo em grupo, swinger e depois no que diz respeito á sexualidade de pessoas mais velhas a coisa ser feia, condenável e ridícula.
Os velhos são lembrados quando morrem e na conta bancária existem ainda alguns tostões. Nesse caso é que a velhice é vista com interesse.
Afastou-a à distância de meio braço, segurando-a com a firmeza de quem ama sem dúvidas.
Depois, olhando-a demoradamente, deixou que o olhar lhe falasse em súplica, da forma mais pura e intensa que sabia. Namoravam secretamente à rebelia das suas próprias consciências. Já não era possível esconder a alegria de o reconhecer. Temendo a resposta acabou por dizer impotente "Se eu tivesse, menos vinte anos...".
O encantamento continua preso nesse contrapassao do tempo - Não do tempo que se mede mas do que se trilha e mapeia os percursos da vida- Inflama, inquieta, enternece...
ridiculo é não amar ...
paixão, amante .. belas palavras com belos sentires
amar e ser amado é como apanhar sol dos dois lados, é maravilha:))
jocas maradas de chocolate, feliz pascoa e mais chocolate e mais a.mar
lol Su...essa frase está demais - Amar e ser amado é como apanhar sol dos 2 lados!!
Não me falem mais em xocos...q enjoo!!
Boa Páscoa...com muito Amor...
A P[uta] D[a] I[dade] é lixada.
Yulunga (10:18 PM)
Não sei se os jovens pensam mesmo assim ou se ísso não passa, da parte deles, de encenação do politicamente correcto. Pelo que me apercebo, apesar de serem muito "abertos", acabam por ser mais retrógrados, de tal forma que na minha juventude não me apercebi da existência de comportamentos como os que eles que têm hoje. Não nos passava pela cabeça nos 60 e 70 dizer que não vais de saias. Ou não vestes isso. Ou elas pribirem-nos a eles de estarem no café a tomar uma bebida com uma colega. Não se era tão possessivo como hoje. Há aqui qualquer coisa que não encaixa bem. O discurso não joga em pleno com o comportamento. São muito abertos para a folia, mas depois ... . O único avanço que notei, real, foi a indiferença para a virgindade feminina.
"Mas a juventude morre quando morre a sua vontade de sedução (...)"
(Últimas Tardes Com Teresa, Juan Marsé, Campo das Letras)
Sim, só aí: a idade aqui não entra, como também o mostram a maior parte dos anteriores comentários... mas com destaque muito especial para a Yulunga e a sua Mãe!
Passei para desejar uma excelente Páscoa ao Professor e a todos os que por aqui passam, mais ou menos frequentemente.
E sim. Namorar. Agora. Hoje. Amanhã. Sempre...
Fiquem todos bem. Chocolates, amêndoas e afins...venham eles!!!
Beijinhos grandes pa todos ***
Professor,
Se deixar o posto aberto, eu volto cá dentro de uns anos para contar como foi...! :)
...só para dizer que não há PDI que resista a uma bomba destas:
http://www.ezprezzo.com/crazypics/lamborghini_murcielago.html
Bom dia, boooooom dia maralhal.
Rui, não posso deixar de sentir orgulho pelo destaque. Pareço mesmo uma miúda com um brinquedo novo e muito desejado nas mãos ;-)
Aquiles, mas é que é isso mesmo O discurso não joga em pleno com o comportamento.
Em relação à virgindade olha que tenho as minhas dúvidas. Tenho um grupo de amigos com um leque variado de idades e que vai dos 17/18 até aos 60 e muitos.
Em conversas abertas sobre sexo com os mais novos, eles acham muito cool uma miúda aberta que curte bué, com quem lhe apetece, sem tabus que deixa de ser virgem cedo e tal e coiso, mas quando se pergunta se era nina para namorar, aí já torcem um bocado o nariz e dizem: P’ra namorar? Fonix!!! Isso não isso é uma cena bué séria. Para umas curtes… Ya, tá-se bem.
Namorar é outra coisa que passou a ser uma palavra maldita de se pronunciar. Não sei bem porquê. Não sei a diferença entre andar, curtir e namorar. As coisas que se fazem são as mesmas. Começam cedo porque isso é bem, porque todos fazem mas a cabeça não acompanha os actos.
Yulunga
Há aquela velha cantiga de "a mulher da gente", etc, que explica isso da relação com a virgindade.
Mas já aceitam melhor. Até porque, senão, corriam o risco de não encontrar nenhuma.
Mas eu acho-os mais conservadores do que a minha geração dos idos 60/70', mas a citadina. Era onde e revolução do make love not war tinha implante.
E lá que começam cedo, é bem verdade. E com um empenho exacerbado, possessivo, que é desmesurado para a idade e para o contexto.
Aquiles
Não me refiria a raparigas virgens, mas sim a raparigas com bastante “rodagem”.
Ui, ui, aquilo nos anos sessenta devia ser muito malmequer, muita erva, muito ácido, muito amor e guerra... bem essa era por debaixo dos panos.
;-)
Acho que foi uma época de exageros, mas que abriu muitas "janelas" em muitas mentes tacanhas. Mesmo assim há quem continue muito atrasado principalmente na sexualidade dos mais velhos.
Yulunga
Em relação â sexualidade do velhos há mitos. Eu julgo que as pessoas conforme vão caminhando na adição dos anos, vão evoluindo na vivência da sexualidade e na expressão das emoções. Julgo, eu, que se confunde muito a vitalidade juvenil com o paradigma da excelência sexual. Mas é pura confusão. O Noise será capaz de explanar sobre isso (evitando gabar-se das perfomances) de forma cientifica.
Aqueles anos foram de abertura, sim. Mas em Portugal não foi tanta erva nem ácido, como isso. Sempre era o tal Portugal. O livro autobiográfico da Filomena Mónica demonstra isso, e ela tem mais 10 anos do que eu.
Se os meus pais tivessem manifestações de carinho frequentes, encaloradas e genuínas internava os dois em hospícios diferentes - só poderiam ter enlouquecido.
Poucas vergonhas? Só a mim permito
LOOOOOL
É claro que estou a brincar
(mas não a 100%, infelizmente)
Professor,
Na realidade o amor é para todas as idades. O sentimento de "teenager apaixonada" não é exclusivo dos teenager, eu sou a prova viva disso. Com quase 45 anos estou tão apaixonada como se tivesse 15 ou 16. Será possível que nem com esta idade uma pessoa consiga ser racional ? Acho que pelo contrário, atirei tudo quanto era racional pela janela fora, e aqui estou como uma miuda pendurada, não só no telefone mas também no mail. Choro como uma miuda ... será que estou a ficar senil ?
Eu julgo que as pessoas conforme vão caminhando na adição dos anos, vão evoluindo na vivência da sexualidade e na expressão das emoções.
Julgo que sim, que vão melhorando. Agora não entendo aonde queres chegar com a evolução na expressão das emoções e julgo que o post se refere também a isso, por isso tais os risos abafados aquando do beijo entre o casal.
Por que não há-de também a expressão das emoções nos mais velhos ser a mesma que nos mais novos? Isto para quem pensa assim, claro.
Se é feio ver dois adultos em altas cenas de marmelada também o deveria ser em relação aos mais novos.
Olha, sabes que te digo? Ridículo é reprimir emoções, feio é não condenar o amor e triste é perder a capacidade de amar.
Summerdream
atirei tudo quanto era racional pela janela fora, e aqui estou como uma miuda pendurada, não só no telefone mas também no mail.
YESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!
Choro como uma miuda ... será que estou a ficar senil ?
PFFFFFF! NEM PENSAR
O amor é isso.
Reprimir isso é cortar-lhe as asas.
Obrigada Yulunga!
Apesar de ter atirado tudo pela janela.. sometimes I wonder ..
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