"Os fracassos são parte da curva de aprendizagem. O único fracasso é não tentar".
(Peter Blake, Embaixador da boa vontade para o ambiente da ONU, assassinado em 2001 numa expedição ao Amazonas.)
A frase consta da introdução do livro A Lei do Desejo, Direitos Humanos e Minorias Sexuais em Portugal de Ana Cristina Santos, nossa companheira da blogosfera:))))).
Belo e verdadeiro. Cyrano de Bergerac poderia tê-lo dito enquanto travava o seu último duelo, contra a morte e a hipocrisia dos homens.
91 comentários:
A aprendizagem é uma curva?
O ponto a partir do qual se começa a desaprender é da nossa inteira responsabilidade?
Caro professor,
Acrescentaria, pessoalmente, "essencial". Porque a aprendizagem de/numa experiência perfeita deixa-nos saciados, mas sem saber realmente a sede que ainda temos!
(e esta opinião tem muita fatia de fracasso... assim é o mundo da ciência, e o nosso!)
:)
Eu diria que o único fracasso é sentir o pior inimigo: o medo.
Boas blogadas para todo o maralhal.
Yulunga,
Antes fosse, a Biologia também se mete ao barulho:(.
"A Lei do Desejo, Direitos Humanos e Minorias Sexuais"
Perdoem-me a indigência intelectual da minha pessoa, mas - ao contrário do que terá, por certo, pretendido a autora - parece-me um título bastante desconexo.
Mas, pelo menos numa das parte do título, a autora terá marcado pontos em termos de marketing ao conseguir aguçar a curiosidade dos potenciais leitores.
Teve, apesar de tudo, o pudor comercial de não usar as palavras "minorias sexuais" em vez de "gays" ou "homossexuais".
Mas, porque será a aprendizagem uma curva? E, se não tentarmos, não estamos também a aprender?
Bom, apesar disso, uma boa e bela frase. Já agora, o livro que o professor refere é uma tese de mestrado recente, não é? Aconselha a leitura?
Caros Yulunga, Prof e maralhal,
Não posso deixar de discordar... o medo não é, de todo, um fracasso. Todo o contrário! Evolutivamente adaptativo, o medo foi e continua a ser naturalmente seleccionado na maioria dos animais.
O que crêem que provoca aquela irracional descarga de adrenalina que nos faz dar um salto atrás, com um impulso que nunca acreditámos ter, quando, por exemplo, um condutor alucinado nos passa uma tangente na passadeira? É o mais puro medo, tentando impedir que a tangente seja uma secante! E que, a maioria das vezes, consegue.
O medo é então visto como inimigo já que é frequente não saber lidar da maneira mais correcta com ele, ou com uma das suas consequências mais comuns... a ansiedade (também ela favorável).
E mesmo aqui... voltamos à aprendizagem!
:)
Caro Prof. m8,
Minha vizinha, ao norte, e tudo.;)
Fiz agora uma pequena pesquisa na net e é bom saber que, da Madeira, não nos tocam apenas semelhões. Volta e meia, felizmente, aparecem umas "semelhinhas" com valor.;)
Mas, com sua permissão e a devida vénia, também fruto desta busca na net, um texto sacado ao Pandora's Box, que suponho ser uma transcrição do próprio livro:
"Num tempo de crescentes globalizações, a cidadania sexual assume novos e estimulantes contornos. Hoje a cidadania alia-se à justiça como fonte de reconhecimento da dignidade humana, independentemente da orientação sexual e da identidade de género. No entendimento das principais instituições europeias, os direitos das minorias sexuais são direitos humanos. Partindo desta constatação, a autora examina o percurso do movimento lésbico, gay, bissexual e transgénero português à luz das suas práticas e discursos num Estado-membro da União Europeia, do Conselho da Europa e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. O argumentário dos direitos humanos permite averiguar o modo como uma agenda transnacional suporta lutas que são fortemente condicionadas pelo contexto socio-jurídico de um país. Neste sentido, o movimento pela defesa dos direitos humanos das minorias sexuais em Portugal remete-nos para uma realidade complexa, heterogénea e fluida, onde o respeito pela dignidade do ser humano em toda a sua diversidade permanece um objectivo, mais do que uma aquisição."
Bruno Inglês 8:37 PM
Se não tentar, a sua curva de aprendizagem transformar-se-á numa recta com um valor de y constante...
Caro Prof,
deixe-me dizê-lo... apanhou-me a meio do comentário... e meti mesmo a biologia ao barulho!
Mas o comentário da Yulunga foi um convite deveras apetecível! O tempo para a "festa" é que é escasso...
:)
Stardust,
Tenho o maior respeito pelo medo, grande parte dos heróis sentiram-no, desconhecê-lo é mais típico da inconsciência! Mas ele não nos impede de tentar, pois não? Haverá maior coragem do que vencê-lo? E tem razão: o medo faz parte da aprendizagem desde a mais tenra idade, que o digam os nossos rabos perante a eventualidade de uma boa palmada materna:).
Bruno Inglês,
Homem!, não me apresse, ainda vou na Introdução:)!
Boa noite,
Também fui "descobrir" quem era a autora.
Como diz o Portocroft, é vizinha dele em Leeds, onde está a fazer um doutoramento. Encontrei este ficheiro PDF cuja link também me atrevo a deixar aqui para que outras pessoas possam ler esta dissertação dela facilmente.
Quanto à citação, parece-me o único modo de viver a vida plenamente: tentar, eventualmente falhar, aprender com os erros cometidos, seguir em frente e tentar de novo...
Claro que, por vezes, não é fácil de pôr em prática, mas haverá algo pior do que lamentar aquilo que se não fez?
Hoje discutíamos algo parecido que começava assim: "A escuridão envolve-nos a todos, mas, enquanto, o sábio tropeça numa parede, o ignorante permanece tranquilo no meio da sala."
Anatole France
...o fracasso faz parte da curva da aprendizagem?...
...claro que sim...
...aqui, na aprendizagem, não interessa saber se ela faz curva ou recta ou escada; o que interessa é que, na verdade, o fracasso faz parte dessa caminhada na aprendizegem; o fracasso faz parte integrante do nosso crescimento...
...eu estou aqui e agora, creiam em absoluto, porque fracassei imensas vezes; só dessa forma consegui "crescer" e chegar aqui
...venham eles, os fracassos, para sabermos que o verdadeiro fracasso é exacatmente o não tentar (o que quer que seja)!...
um abração
Tá bom, eu não o apresso professor, leia isso com calma que aqui o maralhal fica à espera da sua sentença.
Não é que já me tinham falado dessa tese hoje... estou muito curioso.
PS: Viva o Benfica! :)))))
Yulunga, 7:58 PM
Lobices, 09.27
..."o verdadeiro fracasso é exactamente o não tentar"... sim!...mas pior ainda, deixar o medo tolher qualquer espécie de tentativa. Para mim, esse é o grande fracasso. Seja como for, aprende-se sempre, e isso é que é fantástico e nos faz crescer.
É claro que há medos e medos. Desde logo, o medo garante-nos a sobrevivência. Mas não é este medo que está na frase. O medo de falhar é algo que "mata" à partida muitas ideias, algumas delas muito válidas. Saber lidar com o fracasso e com a frustração significa aceitá-los como apenas um momento do caminho. Não é nada fácil.
O fracasso ajuda a crescer, assim como a alegria e a tristeza ou mesmo a própria depressão. É muito perigoso pensar-se que se pode escapar aos sentimentos mais duros da vida.
Resiliência - capacidade dos indivíduos de superar os factores de risco aos quais são expostos, desenvolvendo comportamentos adaptativos e adequados.
Sem medos...!
Abaixo o medo !
Se formos a "frescos" (http://frescos.no.sapo.pt), para além de sabermos quais os blogs que foram alvo de alteração mais recente, podemos constatar que - numa parte significativa da blogosfera portuguesa - o medo não se constitui como tema mais tratado (felizmente).
Curiosamente (ou não), o tema mais debatido na nossa blogosfera é o SLB. Neste exacto momento, é esta a hierarquia de interesses / tendências:
1 - Benfica
2 - Governo
3 - Liberdade
4 - Londres
5 - Medo
6 - Terrorismo
E viva o Glorioso !!! Sem medos...
... ái como as prioridades andam trocadas! - escrito a verde... ;)
Realmente, aprende-se com os fracassos, mas o medo pode ser um grande inimigo, sobretudo quando se torna no maior dos sentimentos.
Fora-da-lei
Gostei de o ver apresentar a célebre definição de Boris Cyrulnic.
Você interessa-se por este autor? Se sim, diga mais coisas.
Acho que o assunto interessaria muita gente.
Olá a todos!
Bela frase, Prof. - encorajadora!
Tenho andado "ausente", precisamente por causa de um fracasso do meu filho - é assim pelo menos que ele o entende.
Depois do 11 a Matemática (média 17), não esperado, ficou traumatizado e, além de não querer fazer melhoria, não quer falar mais no assunto.
Talvez o medo de falhar lhe tenha retirado serenidade, não sei.
E eu, em vez de saber lidar com o assunto e ajudá-lo a ultrapassar, também sinto o fracasso como se fosse meu.
Desculpem o desabafo.
Espero recuperar em breve e ficar em condições de vos acompanhar neste blog. Agora sou má companhia!
Saudações.
Débora
Y = f(x) , se x=0 então Y=0 e -infinito < Y < + infinito
Y = aprendizagem = função da experiência
Pensado melhor: a aprendizagem é um processo e nunca o resultado de um precesso. Talvez o saber seja o output.
PortoCroft (a propósito do post anterior),
Você está irascível!!!! :)))
...e eu atrasado nos comentários :((
"Trotter, cirurgião e um dos mais brilhantes filósofos da medicina do século que passou (1932), escrevia que a intuição não é mais do que a inferência a partir de uma experiência armazenada e não evocada conscientemente.
Um acontecimento vivido só se torna, pois, experiência se é digerido e absorvido na substância do que somos;"
João Lobo Antunes, in Memórias de Nova York
"Um acontecimento vivido só se torna, pois, experiência se é digerido e absorvido na substância do que somos;" Que melhor exemplo do que é dito do que o fracasso?
O que Lobo Antunes aplica à aprendizagem da medicina, eu atrevo-me a aplicar a toda a aprendizagem humana,
Também os erros são armazenados.
Além do mais, convém nunca esquecer que os futuros são SEMPRE sonhos de um presente que não claudicou.
Aplicação ao afectos?
Cito o Grande-Chefe: "Desistir do amor será talvez inevitável, mas seguramente obsceno".
Desistirmos da nossa essência, é seguramente obsceno!
Frase bonita, a reter.
Mas todo o fracasso tem um custo. Por vezes, esse custo é-o em muitas vidas humanas.
Ram,
Bom dia.
Acha? ;)))
Dá-me ideia é que Vc. não entendeu a subtileza da resposta do Professor. Ali, já não se falava de Marias. ;)))
Stardust, eu acho que se evolui ousando.
Dr. Murcon e a biologia que não metesse o bedelho.
Yulunga,
Basta o processo normal de envelhecimento para a termos a atravessar-se no caminho da aprendizagem:). Mas nada de desânimos, a experiência também conta! (Acho que escrevi isto para mim e não para si:))))))))).
RAM,
Também você fixou essa frase! Ela persegue-me desde a publicação de Muros... E no entanto, talvez fosse mais correcto escrever "desistir de um amor...". Assumo a dor dos fracassos, mas não penso que eles impeçam um novo amor. Ou até a simples fidelidade à ideia do amor, sem "base pessoal" em que se apoiar:). Isto sem falarmos de amores não românticos, claro.
Dr. nesse caso refere-se apenas ao fracasso fisico, suponho. Acho eu que no processo de crescimento como ser humano, na forma de como lidar consigo próprio e com a sociedade a biologia não fará da aprendizagem uma curva, mas sim uma recta.
Ok que possa ter lá o tal y constante, mas há-de formar algum ângulo
Rataplan, antes que venha a palmatória... Já não faço estudos de funções há muito tempo :-)
Não há fracassos à priori o que, desde logo, tira algum sentido à frase. Já o medo de fracassar é outra coisa, exterior ou diferente do fim.
Anyway... E aprendemos verdadeiramente com os nossos fracassos? Não são eles, mais das vezes, a razão primeira para pararmos de arriscar? Superaremos sempre esses traumas, com ou sem aspas?
Eu penso que quando estamos perante uma decisão, nos lembramos muito pouco do que já passou. Vivemos muito mais o momento do que o momento alicerçado na experiência. Somos mais inconsequentes do que aquela frase sugere. Mas, por tudo, concordo com isto... É melhor sentir a dor de acertar com as ventas no chão do que passar a vida toda a pensar como seria se tivessemos saltado o muro.
"...Desistirmos da nossa essência, é seguramente obsceno!..."
from ram
...
exactamente!
...
o meu habitual desejo de um BOM DIA à tutti
...
...já farcassei muitas vezes
...mas nunca desisti do amor
...nem vou desistir
...continuo em frente
...nem desisto da minha essência; essa desistência seria o meu maior fracasso (a minha essência é amar)
...
...nem a propósito:
...from CITADOR, hoje (frase do dia):
...citação de ARTHUR ADAMOV:
"...A única coragem é falarmos na primeira pessoa..."
Lobices
Muito tu gostas de falar do amor.
Então e os outros fracassos?
Os fracassos amorosos doem c'mo raio, mas quando nos surge outro amor no horizonte o anterior o que deixa é carinho. Agora os outros fracassos que não se prendem com o amor, esses deixam marcas tramadas. Há tentativas que são impossiveis de repetir e há situações fracassadas que são insubstituiveis.
Yulunga (9:22 am)
Claro que sim! E ousar implica, muitas vezes inconscientemente, lidar com o medo... apenas queria tentar desmistificá-lo um pouco. Ele faz parte do que somos e quase sempre é visto pelas desvantagens que causa. Mas, como a própria vida, é um equilíbrio dinâmico, feito de desiquilíbrios!
Stardust, pois fui eu que não apliquei bem a expressão.
Não deveria ter dito sentir o medo, pois isso todos sentimos, mas sim quaquer coisa como enfrentar ou dominar.
Tal como Uxka disse lá para trás: não deixar que ele nos tolhe
Caro PortoCroft,
Reafirmo: você está irascível.
Eu estava a comentar o seu comentário ao meu comentário (arre, pareço quase o Rato Mickey :))))))))): eu sei que sabes que eu sei que tu sabes!
Estava a brincar consigo homem!
Os ares de Londres fazem-lhe mal. Está cinzentão. To much fogg?
Julio Machado Vaz disse...
"Também você fixou essa frase! Ela persegue-me desde a publicação de Muros... E no entanto, talvez fosse mais correcto escrever "desistir de um amor...".
Mais correcto? Não sei... Acho que ambas as versões são válidas, para já não dizer que se sobrepõem.
Quantas pessoas não desistem DO amor, depois de desistirem de UM amor?
Mesmo uma vez cicatrizadas as feridas, nem sempre o resultado é “esteticamente imperceptível”. Por vezes deixam colóides de difícil disfarce. Os fantasmas perseguem, tantas vezes, os protagonistas e influenciam, negativamente, o evoluir/fluir de novas histórias.
Either way, a "obscenidade" é igual em ambos os casos, porque é uma negação da nossa dimensão afectiva.
Custa... claro!
Mas tudo o que é, efectivamente, bom pressupõe sofrimento.
Ou será que ainda há quem acredite nos paradigmas das felicidades permanentes e eternas?!
Fica a questão.
Bom dia Professor e Maralhal
Estava eu aqui a ler a frase do post e parece-me um tanto ou quanto contraditória (fora do contexto em que poderá estar inserida). Eu não chamaria "fracassos" às experiências negativas que cada um experiencia e que são, sem dúvida, bases de aprendizagem de grande valor. Concordo que o único fracasso é não tentar. E aqui (ao não tentar) poder-se-à falar em fracasso.
Mas quando o medo se transforma em fobia e paraliza de tal forma os movimentos que se desiste por antecipação? Poderá ultrapassar-se esse "fracasso"?
Olá Júlio e maralhal.
Os fracassos são muitas vezes a mola impulsionadora que nos faz seguir em frente.
Fracasso é NÃO OUSAR!
I have the right to be wrong, my mistakes have made me strong...
Bela a citação de Anatole France feita pela Salomé.
Zero(10.28)
Existem fracassos em função dos objectivos a que nos propomos e se eles são atingidos ou não, por isso acho que a frase faz sentido.
"É melhor sentir a dor de acertar com as ventas no chão do que passar a vida toda a pensar como seria se tivessemos saltado o muro".
Inteiramente de acordo.
ram(12.26)
Concordo, no essencial, com o que dizes.
Para mim faz mais sentido a frase -"... desistir DO amor será talvez inevitável, mas seguramente obsceno".
Desistir de um ( ou de vários amores) não será inevitável nem trágico se isso não nos levar a desistir DO amor.
Até mais logo, maralhal.:)
Professor, desculpe comentar aqui o post anterior, mas não resisto à frase...
"...queimado em Villerouge-Termenès entre Setembro de 1321 e Novembro de 1322"
Coitado. dois anos e dois meses a arder!!
Já quase parece um inferno terreno.
;)
Zero,
:))))
Você(s) não deixa(m) passar nada.
Que mau feitio em este pessoal :))))))))
Foi um lapsus virgulinius. :))))))
Correcção à matemática anterior:
1 ano e dois meses...
E não, não faço parte dos 70 e tal % que chumbaram.
Resiliente 12:24 AM
Não propriamente... Mas interesso-me bastante pela temática "resiliência" pois acho que - pretensisosismos aparte - tem muito a ver com a volta que eu dei por cima em relação ao ambiente onde fui nascido e criado (não me refiro ao ambiente familiar).
Rataplan 2:03 AM
"Pensado melhor: a aprendizagem é um processo e nunca o resultado de um precesso. Talvez o saber seja o output."
A aprendizagem é um processo com muitos inputs e outputs. O SABER é, por certo, um dos muitos outputs do processo de aprendizagem.
Para além disso, é um processo com muitas malhas de feedback e onde - por isso mesmo - a lógica PDCA (plan / do / check / act) está naturalmente presente.
A sua crónica de Cyrano foi das que mais me impressionou, e foi-me introduzida que por um amigo destas lides de 'Júlio-Machadismo', se bem que ainda recentemente.
Sempre me impressionaram as pessoas que foram apanhadas pela morte na sua actividade, quer fosse perigosa ou não. A Morte serve apenas, julgo eu, para interromper um processo cognisciente que nunca é definitivo, apenas foi o que foi e deu os frutos que deu.
E há sempre essa hipótese, adiantada por si, Professor, de fintarmos a morte vivendo, sem hipótese de reclamar é certo, nos neurónios dos nossos entes queridos, e odiados claro.
Abraço
Se alguém falhar em ser homossexual pode sempre tentar ser hetero...
Fora de lei,
Podemos sempre usar cartas de controlo do processo e aplicar o WV.
Beijos e abraços a todos, vou de férias.
Até ao meu regresso!
Rataplan (loooooooool)
ram,
Não. Vc. estava a comentar um comentário que fiz a um comentário do Prof. JMV. E de forma jocosa.
Apenas respondi ao comentário que fez. Qual a estranheza? Quem é o cinzentão? ;)
Ram 3:55 AM
Pegando nas suas palavras ‘Desistirmos da nossa essência, é seguramente obsceno!’ só me ocorre que, por experiência própria, não consigo desistir, mesmo que queira. A compulsiva autoregulação fisiológica acorda-me e mantém-me viva, apesar das dúvidas e das certezas.
Sem atinar com o valor dos resultados no vacilar/tentativa/erro, ou no vacilar/tentativa/certo, encontro-me sempre sem perceber a ‘essência’ do dilema certo-errado e, portanto, tenho descurado o seu entendimento e negligenciado a classificação do comportamento alheio.
A propósito lembro-me deste ‘escrito’ nas paredes de pedra da Calç. da Glória, que vi durante anos qd subia o elevador: ‘Erase the Slate of Hate’. Há tempos apagaram-no e parece-me que fiquei sem um guia espiritual.
Na parábola dos ‘talentos’ ou do ‘semeador’ (tão perturbante como a frase daquela parede de pedra), que me vem intrigando e perseguindo, disse Cristo: ‘Sereis medidos com a medida que empregardes para medir e ainda vos será acrescentado’ Mc.4.24
E fazer render os nossos talentos do modo que vem descrito nos versículos seguintes torna-se ainda mais paradoxal. Será à ‘essência’ dos nossos talentos que o ram se referia?
Portocroft, tens o teu blog avariado outra vez ;-)
e.,
Lembro-me bem desse graffiti. Bolas, lá ficou vc. a saber que eu subia o Elevador da Glória.;)
Yulunga,
Decidi ficar-me por comentador do Murcon. Acho que aqui sou mais apreciado.;)
Portocroft, a gestão audio-visual deste ocupa-te muito tempo.
Entendo.
portocroft
Tenho fotografias dele. Era um grafitti pequeno, enquadrado, discreto - poucos o viam pq estava no topo, próximo do local onde nos preparavamos para sair a correr para ...
Era de Homem.
Portocroft, mas podias reabrir a xafarica. Olha o mau aspecto fazermos deste blog um chat de conversação de qualidade duvidosa.
Pensa nisso
Yulunga,
Claro. E depois, há os cátaros. ;)
e.,
...ou de mulher. Dependendo de quem o escreveu.;)
Portocroft, já te disse que sobre cátaros não sei nada ;-)
yulunga,
Mais um motivo. Assim, não há razão para existirem dois.;)
Sim sim tb há mulheres q escrevem 'coisas'.
A propósito já viu como são analisados 20 blogs portugueses no 'Indústrias Culturais'?
Yulunga ;) (só ponho este gatafunho pq não aconheço bem)
Na análise acima referida este blog não aparece como um chat de conversação de qualidade duvidosa ;)
Yulunga,
Eu também não. 'bora à Wikipedia? ;)
e.,
A nossa Pamina/Viktor, bem classificados. O Murcon, também.
e.
Estás à vontade para gatafunhar o que quiseres.
yulunga,
E quem disse o contrário? Hajam paredes.;)
Escrevinhador e lutar por novas derrotas? Por vezes temos a consciência de que tudo se vai repetir. Isso é desistir? Que nome isso tem?
PortoCroft,
Tem razão!
Tudo começou com "um comentário meu a um comentário seu a um comentário de JMV".
Pelo facto, por meter a foice em seara alheia, desde já lhe apresento as minhas mais sinceras desculpas, fazendo-o sem qualquer ponta de ironia.
Não aceito, todavia, a acusação de que o fiz de forma jocosa.
Brinquei consigo, sem, todavia, nos unir qualquer laço particular de amizade/intimidade/proximidade pessoal que me permitisse fazê-lo: aí, mais uma vez, errei, por impertinência.
Mas, por favor, distinga atitude brincalhona - ainda que inconveniente - de jocosa, de carácter mais pejorativo.
É isso, escrevinhador. Só é derrotado quem desiste de lutar.
Até diría mais: Mal daqueles que nunca tiveram que lutar por nada.
ram,
Fique calmo. Não há crise.;)
Jocoso, brincalhão, irónico, sarcástico, é tudo igual e é tudo na boa.
Aqui facilmente todos passamos de bestiais a bestas ou vice-versa, por isso deixem-se de tretas e passem à frente.
Debatam, debatam que o vosso debater tem graça
Caríssimo Júlio, é com alegria envergonhada que leio este post e transpiro pela sentença. :)
O importante é que se falem dos temas, sem relegar alguns - curiosamente sempre os mesmos - para a marginalidade, deixando a torre de marfim da academia intacta nos seus saberes. Que se discuta, pois. Que se façam muitas perguntas, preferencialmente inteligentes. Que se exercite o direito à procura e à indignação.
Saudações a todos/as desse lado e obrigada pelo feedback!
Cris, e porque não e também perguntas pouco inteligentes?
O facto de se procurar saber é por si só sinal de inteligência
yulunga, é certo, perguntar é de si uma atitude. Mas a inteligência da pergunta é factor de motivação da resposta... Torna-se, também por essa via, mais útil fazer um esforço de pertinência. Mas é claro que não tem de ser necessariamente assim.
...já agora (e para contrariar o meu habitual voto de Bom Dia) um voto de uma BOA NOITE à tutti
...:)
É difícil estabelecer a fronteira entre o medo racional e o medo irracional. Seja como for, como bem lembrou o Prof. JMV, todo o medo merece respeito. O medo do fracasso está talvez entre cada um dos lados.
Blah,
Não elimino comentários de ninguém:).
To Escrevinhador das 6.40 pm
Sim é essa a frase e é essa mesma frase que eu aplico no meu dia a dia
;)
Oops, só agora li a sua resposta professor. Eu sei, eu sei que não apaga comentários de ninguem e - pasme-se - até os lê.
Infelizmente ainda não atingi esse seu grau de tolerância e ainda estou na fase do Tio Alberto quando dizia: "Only two things are infinite, the universe and human stupidity and I'm not sure about the former". Hei-de lá chegar, à tolerância :)
Cara e.
Atenção: a autoregulação fisiológica concede-nos a muitos (ou a todos) a oportunidade de viver... todavia, tal faculdade muitas vezes se transfigura em mera sobrevivência.
Onde está o sentido paradoxal de fazer render os nossos talentos do modo que vem descrito nos versículos seguintes?
Digo:
“Percorro um caminho
Um percurso
De mim até mim.
De quem fui,
De quem sou,
Até chegar ao Eu!
Decomposição do todo
Re-encontro das partes
... ou, quiçá, de partes.
Partes?
Parti… há pouco...
Estavas lá!
Percorro um caminho ao
Encontro de mim!
Não um eterno-retorno,
Mas a re-construção permanente de quem sou”
A essência: humano!
A essência: pecador – homem/mulher que erra
A essência: a busca do amor!
“Desistirmos da nossa essência, é seguramente obsceno!”
Qual? A nossa essência de homens e mulheres livres, capazes de sermos fiéis a nós próprios, de nos renovarmos, no pressuposto da comunhão e da liberdade plena dos filhos de Deus.
ram
Desculpe, mas talvez ñ tenha conseguido, ainda, entrar bem na sua ideia - ou entrei?.
Qd me diriji a si (6:08PM), queria acentuar que, apesar de mts ensinamentos ('cristãos' e outros), permaneço sem 'realizar' a ‘essência’ do dilema certo-errado. Porque a conclusão da mensagem da tal parábola (q você conhecerá certamente e q tem mt a ver c a ruminação deste post de JMV) é deveras paradoxal.
Diz o ram 'A nossa essência de homens e mulheres livres, capazes de sermos fiéis a nós próprios, de nos renovarmos' - Quererá dizer, assim, que somos livres para usarmos os nossos talentos em ordem a nos renovarmos (no pressuposto de vivermos na comunhão e na liberdade plena dos filhos de Deus)?
Eu penso quase o mesmo, mas substituo 'filhos de Deus' por 'filhos do Caos' (dando o ênfase e grandiosidade que posso a este conceito).
Parecerá que falamos de coisas distintas, mas passarei para o seu blog para acrescentar quanto continuo perplexa com o poder, a violência e a determinação do regime caótico da natureza de que estamos impregnados (não em sentido figurado).
Até
corrijo 'qd me dirigi'
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