quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Sai velharia para evitar os protestos do Sindicato:).

A Penitência


Faltava uma criança.
A frase traduz erro de cronista pouco atento e rigoroso, fazendo o leitor pensar em vitral incompleto, órfão de último vidro colorido que permitisse a entrada triunfante da luz do Senhor. Erro e erro crasso - eram felizes e bastavam-se. Sem precisarem de mensageiro doméstico, bálsamo para feridas conjugais ou herdeiro que lhes permitisse a vida por procuração. Durante o longo namoro, nem palavra sobre filhos, nomes, padrinhos, casamentos ou copos de água, o presente com as suas descobertas sempre os trouxera alegremente ocupados. Não planeavam o futuro, preferiam bebê-lo à medida que jorrava.
Não se arrependeram. Ainda namorados deram consigo no altar, o padre que para o ritual os preparou, sem grande receio pediu, sorridente, a benevolência divina. Para si e para eles, com tanto de maus alunos como de bons cristãos no concreto, abençoou-os com a certeza de que fariam ninho seguro em ramo perto do céu. Não apareceriam muito na igreja…? Deixá-lo, óptimo pretexto para os visitar, ralhete meigo em punho, “então já não se visita os amigos, nem sequer para anunciar a cegonha”?
Namorados continuaram depois do casamento, há quem diga não ser a regra. Nem ponta de desleixo no vestir ou no sentir, ciúme q.b., fins-de- semana ciosamente a salvo de patrões e famílias, as pequenas loucuras indispensáveis à vitória sobre a rotina. Eram uma espécie de Mont de St. Michel à portuguesa - de vez em quando a maré da paixão engolia a estrada e de península acolhedora passavam a ilha. De onde se acena e grita: “agora só há barco amanhã!”. E assim, ao sabor de marés cujo vai-vem eles próprios - e não a Lua… - decidiam, se foram amando.
Até um dia. E manda a verdade admitir que nada de muito heróico ou romântico aconteceu, constipação vulgar os atacou. Defenderam-se com não menos vulgar antibiótico, de médico e de louco todos temos um pouco e a propaganda dos laboratórios faz o resto - primeiro tratamo-nos em casa e só em caso de falhanço recorremos aos Centros de Saúde. ( As listas de espera também incitam a pecados diletantes:(.) Seria exagero dizer que morreram da cura. Na realidade, ele ficou como novo, mas nas entranhas dela remédio e contraceptivo se travaram de razões e o último fez greve. E o incómodo, no dizer da Tia Laurinda, faltando ao encontro no mês seguinte…
Acabaram por levar ao médico não a constipação mas uma surpresa alegremente desconfiada, dois tinham marcado a consulta e de lá saíram três. Cada coisa a seu tempo: visitaram o jardim do primeiro beijo e ofereceram-se um bom jantar, o rapazito que vendia flores teve sorte e foi dormir mais cedo, ficaram-lhe com o ramo. Calarei a noite, por inveja pudibunda. Na manhã seguinte, pelo telefone, anúncio oficial aos recentes Avós, que em casas separadas deixaram escapar em coro um “até que enfim” de alívio. Com esta gente nova nunca se sabe, o tempo ia passando, já basta que o entardecer se aproxime, quanto mais suportá-lo sem o riso de crianças. Aquela, mais do que fervorosamente desejada, foi aceite com alegria tranquila, para ser espelho do amor e não a sua argamassa.
E os nove meses foram vividos ainda e sempre em namoro por acaso legalizado, ele acompanhou-a às consultas e satisfez-lhe caprichos alimentares que os faziam rir. O desejo, ao invés do contraceptivo, não fez greve, uniu as inseguranças de um corpo aumentando, paulatino, às do outro, ávido mas com receio de não ser bem-vindo. Era! Ressuscitando regra matemática, por ambos quase esquecida e agora aplicada à gravidez: menos por menos dava mais. O prazer, invejoso, também parecia obedecer ao preceito bíblico e multiplicar-se.
Ele insistiu em assistir ao parto, vencendo alguma resistência da parte dela. Momento mágico mas também algo inestético, o olhar pode ser cruel e de memória longa, tu é que sabes... Que disparate!, claro que sabia. De mãos juntas - e crispadas, por razões diversas… - o viram chegar. Não cederam a chantagem meiga dos Avós, deram-lhe nome próprio próprio e não herdado, queriam-no com eles e não deles, quanto ao futuro..., aí sim, projectavam vida em fotocópia das suas. Pois não o desejariam também feliz?
Bons pulmões, decretara o médico. Facto era que as noites se enchiam de saudável berraria que só a proximidade da mãe acalmava. Outro facto não desprezível sendo o trabalho, que permite o cheque mensal mas exige olhos abertos e chegada a horas decentes, o pai mudou provisoriamente de quarto, decisão “lógica” de adultos razoáveis (?). E o miúdo chorando, agora avesso e logo agarrado ao peito, sonos caprichosos e um arfar sibilante que obrigou o clínico a fazer marcha-atrás e avançar com diagnóstico pesado: asma.
Ela protegendo o filho, até quase à volta dele se fechar. E quase amante não a desejava o marido, cada vez mais a encontrando mãe e não mulher. O beijo na face substituiu os outros, o espasmo não lhe apetecia, jantares e cinemas passaram a recordações porque nem aos pais confiava o garoto. O miúdo tornou-se um rival, amado embora. A competição envergonhada e não assumida trouxe o amuo clandestino, ao vê-los simbióticos retirava-se, começou a ler todos os semanários e a deixá-la só na cozinha a pretexto do telejornal das oito. Dormiam juntos e acompanhados, o berço à espreita e escuta, suspiros de amor cada vez mais improváveis.
Dar tempo ao tempo à espera de outros tempos. Impaciente, saiu a terreiro escudado em teorias educativas - o infantário esperava. Ela por convencer, mãe de família sem esforço, esforço faz o miúdo para respirar e pouco se esforça tanta gente nesses depósitos de crianças, quanto ao dinheiro…, gasta-se menos. Firme - não fico descansada. Ele não cedeu. Infantário durante o dia e quarto próprio à noite, santa aliança com o médico e os quatro Avós, aquele invocando o saber profissional, estes o de experiência feita ao longo de vidas longas.
A partida ganha. Já podia amá-la em sossego, ela de volta à das fotografias espalhadas pela casa, abraços sorridentes. Santa ingenuidade! Passou a exibir pequenos achaques, a de antes não regressava. Corpo frio; ressentimento fervendo; adultério permanente, com ele mesmo o enganava. Chorando o amante compreensivo que partira, guardou sorrisos e carícias para o futuro homem da sua vida.
Ele não arranjou um ombro no emprego, muito menos fez de paixão por passarinho novo álibi para dizer, como nos carrosséis de infância, “mais uma voltinha…”. Trabalho duro, futebol ao Domingo e remoques de café aos políticos lhe serviram de escape. Ela foi mãe extremosa de criança e adolescente, filha e nora sem mácula, sogra a perfeita distância. Paralelos. Por sua causa ninguém descarrilaria, mas só por ilusão de óptica poderiam ser vistos juntos ao longe. Basta acrescentar duas letras ao epílogo habitual das histórias de fadas para os definir: viveram (in)felizes para sempre. Mas o sempre que abarcamos finda na morte, vou-lhes contar o resto.


Chegaram ao cruzamento da eternidade com pouco tempo de intervalo, para o que nos ocupa não interessa quem esperou por quem.
Pedro leu o processo em diagonal, coisa simples, pergunta retórica, “entram?”.
O Senhor, doçura firme, “não”.
E Pedro, estranhando tal severidade, “mas porquê?”.
“Desiludiram-Me”.
O homem que servira de base à Igreja, conciliador e pragmático, “mas é gente boa, se apenas deixássemos entrar os que cumprem à risca os preceitos religiosos…”.
Calou-se. No ar pairava a fantasia de um Paraíso às moscas.
“Pedro, sabes que o ritual Me diz pouco, à sombra de altares e em Meu Nome foram planeadas e cometidas as maiores atrocidades. Outro é o pecado deles: traíram o amor”.
Pedro, não convencido, brandiu o processo.
“Em nenhuma página se lê relato de ofensa ao próximo…”.
O Senhor sorriu, condescendente.
“Próximos estiveram um do outro e deixaram escapar por entre os dedos tal milagre. Envia-os cem anos para a sala de espera”.
“Para onde?”.
“Para a sala de espera, Pedro, ainda não aprendeste como Roma é volúvel? Depois de os inventar desistiu de Inferno e Purgatório. Pois seja, adoptaremos nomenclatura mais impessoal”.
Pedro de regresso à pele de funcionário diligente.
“Cem anos na sala de espera… Ora vejamos: deve corresponder a cerca de quatro milhões de Ave Marias e ainda vai sobrar tempo para uns Terços, ora se vai!”. E rapou da máquina de calcular.
O Senhor, peremptório: “Nem penses! Não os quero culpados e arrependidos, percebes? Quero-os como antes”.
“Mas então…?”.
“Cem anos a namorar!”.
Pedro petrificado. Recordou o mar da Galileia e a faina da pesca, André a seu lado. O Filho dissera-lhe para O seguir e ele tornara-se pescador de homens. Nunca se arrependera. Mas levara consigo, até à cruz do martírio, a seu pedido fazendo o pino por respeito ao Mestre, memórias doces de mulher. Fins de tarde com barcos órfãos de peixe e uns braços embalando-lhe a tristeza, “amanhã será melhor”. E Simão, chamado Pedro, entrava nela e em porto seguro, de onde se erguia uma vaga imensa que o punha em fogo e…
Cem anos a namorar? De sorriso largo,
“Palavra do Senhor!”.
O Qual soltou gargalhada irónica.
“Por favor, Pedro, não achas que neste caso seria mais adequado um Seja feita a Nossa Vontade?”.
Pedro não O ouviu, ainda na Galileia.
O Senhor, que por definição lhe conhecia os pensamentos, achou de profundo mau gosto separar os corpos dançando na sua cabeça. Iria Ele, de qualquer forma precisava de fazer exercício. Assobiando a Flauta Mágica dirigiu-se ao cruzamento para os informar da penitência que lhes reservara.
Mas não estaria a ser demasiado brando? Talvez melhor duzentos anos de namoro…

17 comentários:

Anónimo disse...

Porque será que, às vezes, os putos arruinam a vida dos pais ? Será porque não estamos mesmo preparados para ser pai / mãe e marido / mulher em simultâneo ? E não será lógico que viremos o nosso afecto para quem é mais frágil ?!

E porque será que há cada vez mais homens com vergonha / "receio" de dizerem: "Para mim, o meu filho(a) está em primeiro lugar." ? Será porque há cada vez mais mulheres a "zangarem-se" com esta afirmação...?!

PS: estamos na presença de post com um texto muito bem escrito... cheio de "balanço".

Alice disse...

Bonito, Dr, belo texto. Ri-me com a penitência imposta ao casal que não soube conservar o amor (é este o seu delito?) e com a sua tirada, saramaguiana, vai-me desculpar, da ida ao médico : "dois tinham marcado a consulta e de lá saíram três".

Anónimo disse...

Porque namorar é tão bom, devia ser obrigatório - com multas altíssimas para quem não o praticasse e ... fomentasse.

CêTê disse...

Ternurento, arrepiante e irónico!

Curioso como podemos "amassar" vidas e histórias diferentes, dar saltos no tempos e brincar ao faz-de conta com os medos e com os desejos. Que bom é poder vê-lo espiá-lo! ;]

Bjocas ;]


- Invejo-lhe a audácia de desafiarem os avós impondo-a a sua vontade a dar nome à cria. (o meu chama-se Felizberto Merda)





LOoooooooool mentira!
O texto é delicioso- Uma gravidez, a perda do desejo, tudo! Eu sou espero... que se outra vida houver seja para poder pecar à vontade e não para me redimir dos erros nesta!

b' disse...

boa tarde

professor, adorei, adorei, adorei!!!

“Não planeavam o futuro, preferiam bebê-lo à medida que jorrava”

...com leite e mel

“Eram uma espécie de Mont de St. Michel à portuguesa - de vez em quando a maré da paixão engolia a estrada e de península acolhedora passavam a ilha.”

não conhecia, fui procurar e :)))))
como é bom passarmos a ilha de vez em quando...

“o pai mudou provisoriamente de quarto, decisão “lógica” de adultos razoáveis (?).”....“Ela protegendo o filho, até quase à volta dele se fechar.”

foi ela que sugeriu a mudança???
por muito desajeitados que os homens sejam ( e esse é um argumento que pode ser demolidor), deve ser melhor partilhar a falta de sono, os banhos, as fraldas, os mimos....

“Corpo frio; ressentimento fervendo; adultério permanente, com ele mesmo o enganava. Chorando o amante compreensivo que partira, guardou sorrisos e carícias para o futuro homem da sua vida.”

esta n percebi... :(((( desculpe

na minha opinião deviam estar em penitência até ao dia do juízo final!!!

aos psis:
que acham da nova revista? psicologia actual

Julio Machado Vaz disse...

b'
Enganava-o com a recordação dele:).

LR disse...

Que bonita alegoria!!!
E cheia de "swing", como alguém disse doutra maneira, ficando assim... tudo dito.

Pois...e com esta "velharia" mais um punhado de verdades arrepiantes.
Também hoje estou ciente (quando faço o diagnóstico post mortem) dessa coisa que noutros tempos acharia absolutamente absurda: os filhos unem e desunem.
A mais valia que trazem cobra juros altíssimos na relação a dois.
Só nunca hei-de entender porque é que os homens hão-de sentir que o afecto mãe-filhos é um sentimento concorrencial. Constatei que esse sentimento existe de facto, mas não perceberei jamais como é possível alimentar tamanhas vistas curtas!
Acresce que há uma contradição enorme na época em que vivemos: somos escravos do tempo e da disponibilidade, fazemos um esforço quase sobre humano para construir uma família "comme il faut", e somos depois completamente "totalitários" em relação as sentimentos. É a regra do tudo, ou nada. Do preto e do branco. Do ser e do não ser.
O equilíbrio fica realmente muitíssimo mais difícil.
E (para continuar com as jazzadas...) acho que acabamos por perder o swing nas relações porque teimamos em querer que a música acompanhe a nossa dança, em vez de sermos nós a swingar conforme a música...
Professor, confesse-nos lá:
- Acredita MESMO nesta coisa da competição entre os amores?!
Gostava de saber se isso é mito, ou se é mesmo verdade universal!


(Já agora, à laia de aparte, e ainda a propósito do texto, tenho para mim que, estando a capacidade de escrita realmente associada às áreas humanísticas - e menos para as áreas técnicas -, quando a excepção surge, normalmente é pela mão dos médicos. Estou ciente de que isto é uma aleatoriedade em que a experiência me induziu, mas não acham?! Se lhes dá para escrever bem, escrevem realmente com excelência, e são um caso irremediavelmente sério!)

Pamina disse...

Boa tarde.

É muito comum. Conheço vários casos semelhantes, alguns que acabaram em divórcio, outros não. Também conheço o "oposto radical", digamos assim: um casal com 6 filhos (3 duma leva, um intervalo de alguns anos e mais 3 quase todos de seguida) que se manteve "eternamente enamorado", até à morte do marido, de tal modo que alguns dos filhos têm ainda a sensação de ter recebido pouca atenção e de que os pais viviam demasiado um para o outro.
Porque é que muitas mulheres depois de serem mães se dedicam completamente ao/aos filho/filhos e deixam de ser amantes, ou melhor, trocam de "amante"? Não sei. Neste caso, a asma poderá ter sido o pretexto, mas não me parece que seja a justificação.
E o homem, também terá culpa? Acho que sim. Alheou-se, quando poderia ter participado mais, batalhado mais, mas para sermos justos, como a história está contada, também era um bico de obra "reconquistar" a mulher.

Alice(1.36),
"O casal que não soube conservar o amor". Está bem sintetizado.:)

Anónimo disse...

Ai professor! estou a escreve mal como o "caraças". Prometo que na próxima revejo... ;] estou a falar dos erros não dos disparates.

Anónimo disse...

Que fazer?
Porque é que quem nos faz,ou quem se prepara para no futuro aplicar pena em conformidade com desempenho, não nos faculta um manual de instruções sobre a melhor, mais saudável e eficaz maneira de gerir afectos, tempos, prioridades, trabalho, birras , horas de sono e de alerta ?
Todos temos necessidade de fantasiar o amor. Todos queremos acreditar que existe algures, alguém que vive assim, bebendo-os, ao amor e à vida, directamente da nascente, na proporção directa do seu caudal...
Ainda sonho com isso... todos os dias...
Mas a realidade é diversa desse sonho, o Dr. sabe disso, todos sabemos. A teoria pinta-se com as cores do arco-íris, a prática carrega-nos de dúvidas, sobressalto e culpa.Sobrecarrega-nos...
Nem era preciso a asma da criança para justificar esse doloroso afastamento do amor apaixonado, não é prof.?
Este é um tema com que poderíamos encher muitas horas de conversa e mesas de chaveninhas de café vazias ...
Vou ficar à espreita. Quero saber o que pensam os outros.
Entretanto... e como sempre que leio coisas suas ,(ando agora a "passear" por Muros ),apetece-me agradecer-lhe que nos deixe acompanhar a sua alma a passear.
Tenham uma tarde feliz!

Anónimo disse...

Sabiam que um cientista norte americano descobriu nos seus estudos que as pessoas que não têm suficiente actividade sexual lêem os e-mails e os posts com uma mão pousada no rato...
Não vale a pena tirar a mão agora. :))))))

maloud disse...

Assim até eu me convertia!

LR disse...

Porque é que a caixa de comentários está a aparecer com 1 formato diferente há uns dias?
Ou o novo alinhamento é para dar sorte ao Benfica?...
(BRIOSA asked)

andorinha disse...

Boa noite.

Abençoada velharia!:)
Esta não conhecia.
Mais um belo post para ler, reler, saborear e reflectir.
"Não planeavam o futuro, preferiam bebê-lo à medida que jorrava."Esta frase marcou-me, gostava de ser capaz de agir sempre assim.

Como já b' disse, deviam estar de penitência até ao dia do juízo final.:)

A Menina da Lua disse...

Preparei-me primeiro antes de ler o seu texto, pondo uma sonata de Mozart porque antevi que ele ia merecer...e não é que mereceu mesmo:))))

E eu acho que tambem mereci ler e ser conduzida na leitura deste seu delicioso texto que "joga" entre o brincalhão e o sério, entre o realista e imaginário mas sempre preocupado com o que é verdadeiramente essencial e que é o amor...
Duzentos anos? o Senhor foi benévolo!!... eu tinha sido mais rigorosa talvez a condenação perpétua...mas Ele com a sua Sapiência lá sabe dessas coisas melhor do que eu:)))

Claro que existem ciúmes dos filhos; todas nós mães em alguns momentos sentimos isso quando perante a emergência (já nem digo prioridade)de atendermos aos filhos, deparamos com a reclamação do proprio pai. O egoismo está sempre presente, não desaparece no amor mesmo no amor pelos filhos mas curiosamente é um egoismo tão frágil que se torna por isso muito fácil de ser ultrapassado:)))

Moon disse...

E pronto...!
Lá me aguardam 510 anos de namoro... Estou feita!:)))))))

Anónimo disse...

exageros … de outros caras ;)

“O Túmulo dos Esposos ” (Museu Etrusco – Roma) de J. P. Moreira da Fonseca

“Não tentes decifrá-los – seria em vão –
eles sorriem pensando em palavras que desconhecemos
Acolhe apenas a alegria que os acende
como se fosse uma flor nos campos de abril cujo
nome ignoras
uma flor apenas
e isso deve bastar