Um estudo da Associação para o Planeamento da Família, a ser apresentado na quarta-feira, conclui que um terço das mulheres que fizeram Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) teve necessidade de recorrer a um serviço de saúde para completar o aborto.
O estudo, realizado com base sobre as práticas do aborto em Portugal e que recorreu a inquéritos a 2.000 mulheres, conclui que cerca de 14,5% das mulheres entre os 18 e os 49 anos já fez uma IVG.De acordo com os dados apurados por esta associação, entre 346 mil a 363 mil mulheres portuguesas já realizaram abortos. No último ano foram realizados entre 17.260 a 18 mil abortos.A Associação para o Planeamento da Família conclui ainda que a grande maioria das mulheres fez um único aborto e que cerca de 73% das mulheres que realizaram IVG fizeram-no até às 10 semanas de gestação.
Correio da Manhã.
17 comentários:
No espaço de dez minutos dois posts!
Bolas, nem há tempo para se reflectir sobre as coisas.
Isso é para se redimir das longas horas em que por vezes nos deixa aqui abandonados?:)))))))))))))
Se um terço das mulheres que fizeram abortos teve de recorrer a um serviço de saúde para completar o aborto é porque os abortos provavelmente não foram feitos nas devidas condições e por pessoal médico competente.
Logo, a necessidade premente de alterar a lei.
Penso que um facto também positivo é o de a grande maioria das mulheres ter feito um único aborto.
Isto demonstra que as mulheres não se tornam "viciadas" em abortos, ao contrário do que certas más-línguas pretendem fazer crer.
Na notícia que ouvi às 19:00, na TSF, foi dito que a maioria das mulheres que votariam SIM tinham formação superior e uma fraca "inclinação" religiosa. Em contra-partida, a maioria das mulheres que votariam NÃO detinham o Ensino Básico
Foi também dito que a maioria das mulheres que defendem o SIM já fizeram um aborto e que a maioria das mulheres que defendem o NÃO nunca o fizeram.
Com esta amostragem de universo estatístico algo duvidoso fica-me a ideia que, na maior parte dos casos, o aborto nem tão pouco é feito por razões de carácter económico. O que me entristece / constrange ainda mais...
Concordo plenamente (com a Andorinha, claro está), e mais não acrescento, senão daqui não mais saio..!
Sem querer fazer concorrência a ninguém, até porque não faria sentido não só porque cada um tem os seus compromissos e opiniões, como porque estamos todos na mesma luta, mas não podia deixar de fazer a sugestão: http://www.medicospelaescolha.pt/
O meu abraço para o professor e um beijo para a andorina, e cumprimentos para todos os restantes visitantes!
Não podia também deixar de ressalvar o professor que mesmo já não me dando aulas, continua-me a ensinar! Obrigado e parabéns!
Boa noite.
Exactamente Andorinha (10.39), foi isso mesmo que pensei, quando estava a ler.
Também em termos de custos, para os que vêm dizer que nós todos vamos ter que pagar "as fodas mal dadas dos outros" (fim de citação, conheço algumas pessoas, inclusive médicos, que o dizem), fica demonstrado que na presente situação já há custos para o SNS, os quais, em caso de complicações, poderão ser muito superiores. Quanto às sequelas de um aborto mal feito, nem falo.
Andorinha
Olhe que não é má-vontade contra si... mas de novo acho que com a sua exclamação "bolas!" de que o Prof. colocou 2 comentários em 10 minutos, está de novo mesmo que subconscientemente a cercear a liberdade do Prof. no seu próprio blog.
Creio que o Prof. JMV não tem aqui hora e dia para postar. Não velo aqui afixado o "Horário do Blog".
Para horário, já lhe deve bastar que tem lá na faculdade....
além disso há para aí blogs e mais blogs, uns onde os autores postam de meia e meia hora.. e outros uma vez por mês ou nem isso...
a blogosfera no meu entender, deve ser um espaço completamente livre, até nos horários... desde que não se colida co a liberdade alheia, claro.
Peço perdão por algumas gralhas no comentário anterior, e isto apesar de me estar a dirigir a uma Andorinha... ;))
Quanto à candente questão do post, infelizmente, creio que, como muitas outras neste país, as coisas vão continuar a funcionar(?) mal... obrigado.
Quanto a mim, foi uma pena o 1º de Dezembro de 1640.
Hpje podíamos ser uma região autónoma de uma Ibéria civilizada, de que Lisboa dada a sua situação de cidade litoral poderia ser a segunda capital e teríamos um nível de vida, social e cultural como o dos "nuestros hermanos"... não creio em nacionalismos jarretas, o que interessa é a maneira concreta como as pessoas vivem quotidianamente... e neste cantinho muito orgulhoso do seu passado histórico... vive-se mal no presente e com hipõteses elevadas de o futuro ser pior...
:(
Pamina
Quanto à curiosa citação que transcreve e atribuída a médicos, acho que deveria ser alterada para "as fodas bem dadas dos outros"... pois se produziram efeitos (indesejados, claro)!...
;)
Errata: "o Prof. colocou 2 comentários"...
como é evidente será "colocou 2 Posts"...
...bom dia a todos
...o que eu vou escrever não tem relação com o teor do post e, se calhar, até tem: ontem, na Um, ouvi o MEC
...durante cerca de uma hora deu a sua (dele) opinião sobre quem somos, o que somos, como somos
...sorri, gargalhei
...mas
...concordei
...na verdade, por muito que me custe (ou nos custe) ele tem razão
Boa tarde.
Mais vale,
Bem, agora já começo a achar que isto é perseguição:)
Acabei de te responder no post anterior e agora tenho que te "aturar" novamente aqui?
Acabo por não perceber se estás a falar a sério ou se só estás a implicar comigo, tão descabido me parece isto tudo.
Em relação ao que dizes agora nem vou responder porque tudo o que dizes não faz qualquer sentido, desculpa.
Agora sou eu que te digo: pensa um bocadinho antes de escreveres a primeira coisa que te vem à cabeça, ok?:)
És novato aqui, mas não precisas de marcar território com essa força toda. Há aqui espaço para todos, vai com calma, homem:)
P.S. Tu não entendes o conceito de brincadeira???
A acreditar neste estudo, reforço a opinião que aqui deixei, há algum tempo atrás, de que, muito mais importante do que o resultado do referendo, é que os defensores do SIM e do NÂO, respondam ao que pensam se deverá alterar no quadro legislativo para responder a questões várias de que, neste momento, destaco a seguinte:
A lei vai configurar penas para as mulheres que abortem após as dez semanas, usando os meios clandestinos? E esses meios terão penas mais duras pela utilização desses meios, num ambiente legal mais aberto e que procura eliminar, se possível, a prática clandestina?
É que do estudo se extrai que 27% das mulheres fizeram abortos para além das 10 semanas, logo, fora do futuro quadro legislativo/regulamentar que a pergunta do referendo define.
Volto a dizer se o estudo tiver alguma validade, teríamos cerca de 4800 mulheres em risco de serem criminalizadas!
É isto que pretendem os defensores do SIM e do NÃO? Se não é, então em vez de nos massacrarem (ambos) com os argumentos estafados de "a mulher é dona da sua barriga" ou "somos pela vida", entre outros, digam, claramente, sem tibiezas e hipocrisias como pretendem responder a este e outros problemas.
Sem essas respostas, o referendo é apenas uma formalidade. Como muito do que passa em Portugal.
Mais vale, etc. (3.14),
Só para que não haja mal-entendidos, o que eu quis dizer foi que em conversas com conhecidos, alguns dos quais são médicos, notei uma grande preocupação com os custos, razão pela qual essas pessoas não concordam com a alteração da lei (e não por razões éticas/religiosas). A frase foi dita por uma delas.
Andorinha
1:16 pm
Não é perseguição, cara amiga! É que os meus comentários antecedentes foram postados todos ontem... e tarde e a más horas!...
Portanto antes de ver a sua resposta no Post anterior...
Quanto a ser novato aqui... como comentador, sim, como leitor, olhe que não...
E olhe que para brincadeiras, eu até sou danado!... Sempre com o devido respeitinho, claro... ;)
Fique bem.
Pamina
3:51 pm
Minha cara eu compreendi o conteúdo do seu comentário... apenas ironizei com essa frase dita por uma pessoa da área da saúde, no sentido de que "o sujeito dessa frase, que no caso era uma acção começada por f... tinha sido bem praticado - ou seja, eficazmente praticado - porque tinha (infelizmente!!!) tido uma consequência, no caso uma gravidez...
ora se aquela dita acção não tivesse sido bem feita, não teria dado azo a coisa ou consequência nenhuma...
Desculpe lá - parece que estou a brincar com coisas sérias - mas o que eu não pude foi deixar de desconstruir, semanticamente, aquela frase!
;)
Mais vale,
Há algum problema em fazerem-se comentários no teu blog?
Já tentei por duas vezes e não consigo, não me aceita a password.
Bem,
Vou dar uma de génio e assumir-me como a segunda pessoa que teve conhecimento da tal sondagem. No nível que isto está, é quase quase como sair do armário ; ))))))))))))))
"Pergunta - Qual foi, então, o dado mais inesperado?
Duarta Vilar - Há um dado muito interessante. Se se cruzarem os números, percebe-se que são as mulheres com maior religiosidade que fazem abortos mais tarde. E isto acontece porque acabam por hesitar mais. [Quanto às mulheres em geral], a maior parte das gravidezes não desejadas ocorrem sobretudo por descuido ou então em situações de transição - ou as mulheres tinham tido um filho há pouco tempo, ou iniciaram uma nova relação, ou não tinham parceiro fixo. São, aliás, as mulheres casadas que fazem menos abortos."
As associações pelo Não, conhecidas pela sua cientificidade quando a coisa toca a garantir-nos que o feto sofre, está vivo e até se masturba no útero, aqui já rejeitam perguntas tão perniciosas como por exemplo "realizou uma Interrupação voluntária da Gravidez" ou "em que situação estava quando realizou a sua interrupção voluntária da gravidez?" ou então a temível "pq é que interrompeu a sua gravidez?". Perguntas todas elas elucidativas (só não vê quem não quer!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) da atitude totalmente perniciosa destes estudos.
Já divulgar em parangonas que os gajos SE pudessem engravidar 75% diria que não abortariam é um estudo prenhe de base científica. Pq um dia os homens EVENTUALMENTE vão poder engravidar e pq é sempre giro meter os gajos em papéis femininos, como se viu com o sucesso do Joaquim Monchique ; ))))))))))
Mas eu acho que há aqui qq coisa que está a escapar à malta lusa, e isso é... estranho. Isto é, não é tão estranho como o Parlamento estar a orçamentar verba à 4 anos para realizar um estudo sobre o aborto (esses adiantamentos já comeram 300.000 euros e o estudo real custou 50.000 mas estamos em Portugal, o país em que a Casa da Música custou 10 vezes mais o que estava orçamentado). Isso não é estranho, é normal e as pessoas nem repararam.
O que eu acho estranho é que se eu meter as mulheres portuguesas consideradas férteis pelo INE ficámos com 2.850.000 gajas em idade fértil... tipo... e temos 363.000 abortos dessas 2.850.000 mulheres... tipo...12,7% das mulheres portuguesas em idade fértil já abortaram!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Pelo menos!!!!!!!!!!!!! (se aplicarmos o factorial multiplicativo que os espanhóis usaram nos primeiros estudos sobre o aborto nos anos 70 ficamos com 550.000 abortos e a taxa dispara para os 19,2%. Tipo: entre 12,7% e 19.2% das mulheres portuguesas EM IDADE FÉRTIL foram sujeitas a uma intervenção médica ilegal??????????? Tipo, desculpem-me lá mas se esta merda fossem cirurgias plásticas a ordem dos médicos n mandava era licenciar isto tudo e mandar para os países de origem os praticantes cranianos e brasileiros? Trata-se de uma intervenção médica. Praticada em entre 363.000 e 550.000 mulheres, para a qual existem meios e procedimentos à mais de 2000 anos e que é acessível legalmente para 92% da população dentro do espaço da União Europeia. 92% das mulheres da União Europeia podem aceder à interrupção voluntária da gravidez praticada por médicos que fazem o mesmíssimo julgamento de Hipócrates que fazem aqui. E mais! Há mesmo um conjunto de clínicas espanholas já prontas a abrir na Tuga dispostas a implementar o modelo espanhol, que se tem revelado modelar, com 3 mortes atribuídas directamente ao procedimento médico aborto em 21 anos!!!!!!!!!!!!!!
Bem... ok... e 19% das mulheres dizem que não vão votar no referendo? E 73% são a favor de que o aborto seja discriminalizado. E só 8% dizem que deveria ser criminalizado. Ok malta... engraçado. Isto quer dizer que a REDE ILEGAL de abortos é tão eficaz em dar vazão ao trabalho disponível que AS PRÓPRIAS MULHERES acham que n é preciso quem faça melhor o serviço. E ainda acham que isto é coisa de vão de escada? Acham mesmo? Com tanto desinteresse das mulheres acham que é assim tão difícil aceder a um aborto na Tuga? A um aborto de qualidade, a um aborto em que intervenham profissionais de saúde? E por outro lado, com 363.000 abortos e falecimentos anuais de média nos últimos 20 anos (3 no último ano) o aborto é assim uma prática tão perigosa e complexa?
Imenso, por isso é que até existe este site: http://www.womenonweb.org/ é tão complicado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E digam-me uma coisa: 100% dos médicos de repente são católicos praticantes? N me parece. Sabem o que esta treta de os médicos invocarem razões morais para n realizarem os aborto? (pelo menos no público, que no privado vão aparecer com cogumelos). Faz-me lembrar aquela história de os médicos n serem obrigados a dizerem ao cônjugue que a pessoa com quem está casada e com quem faz sexo tem uma doença mortal. Pode, caso assim o entenda, pedir o levantamento do sigilo médico, o que quase de certeza impedirá a pessoa não infectada de ser infectada. Em Portugal, desde que essa possibilidade existe no código deontológico médico, sabem quantas vezes um médico pediu o levantamento desse sigilo? UMA VEZ!!!!!!!!!!!! Como, se esse tipo de informação pode salvar uma vida? Pois é... há vidas e vidas... vidas ideais e vidas já realizadas ; ))))))))))))
Inté malta, vou-me dar uma corridinha a ver se acalmo... tou on fire ; )))))))))
Enfim... se o Governo ainda não percebeu... é porque tiveram todos o mesmo professor de matemática do Engenheiro Guterres!
sem comentarios..........
jocas maradas
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