sábado, maio 21, 2005

21 anos depois.

Li com interesse o Expresso de hoje. O Professor Duarte Vilar decidiu escrever um artigo intitulado "A quem serve o medo?" em resposta à reportagem da semana passada e o Ministério da Educação publica um comentário à mesma. O Expresso complementa-os com um esclarecimento jornalístico, um editorial e um texto na rubrica "Máquina da Verdade".
O primeiro não passa de um "recuo em boa ordem".
O segundo brinda-nos com uma versão empobrecida dos argumentos de Santo Agostinho para condenar o sexo e termina com esta pérola: "Quanto às crianças, deixemo-las viver tranquilamente a idade da inocência. Na certeza de que não é daí que vêm os riscos: os comportamentos de risco têm causas sociais profundas e não decorrem da falta de informação". Dois coelhos de uma cajadada: a completa recusa de uma educação que não castre a dimensão sexual para ser completa - e não com objectivos "meramente" preventivos! - e a insinuação de que a informação não serve para nada, a pretexto das "causas sociais profundas". Ambas as afirmações denotam a mais absoluta ignorância acerca do desenvolvimento psicossexual e dos objectivos de uma educação global das crianças.
O terceiro, intitulado "Um ataque às crianças", é, digamos assim, o mais "emotivo". Insistindo em algumas das falsidades denunciadas nos artigos do Professor Duarte Vilar e do Ministério da Educação, junta-lhes a deselegância a céu aberto: "...esta gente que destrói completamente a ideia de amor (ou de qualquer relacionamento emocional) nas relações sexuais, o que é um atentado a todas as pessoas saudáveis".
"Esta gente"... A acusação é falsa, obviamente! Mas o estilo diz tudo sobre o respeito pelos outros, crianças ou adultos. Por que não gentalha? Perversos? Criminosos? O autor prefere outra expressão: "Parecem burocratas saídos do 1984 de George Orwell". E eu sorrio com tristeza. 1984... A Lei de Educação Sexual foi aprovada nessa altura.
Estamos em 2005...

36 comentários:

lobices disse...

...amigo Profe:
...1984...2005...= 21 anos
...antigamente não era aos 21 anos que se atingia a maioridade?...
...LOL
...pode ser que seja desta vez que se consiga implementar a lei...
...(mas tenho dúvidas, muitas dúvidas)
:)

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Em primeiro lugar um pequeno reparo que me perdoará com toda a certeza: O título do livro a que se refere é "Mil novecentos e oitenta e quatro" (George Orwell fazia finca pé de que fosse assim, pois dizia: Queria um título para o livro e não apenas uma data). ;)

Sobre a polémica, lamento não poder ler o Expresso, ao menos, em tempo útil. Gostaria de mergulhar nas argumentações que, pelo que nso diz, são falaciosas quando não despidas de conteúdo.

Vinte e um anos depois? ;) Caro Prof., afinal de que se admira? Nós, portugueses, conforme artigo que um dia escrevi: Andamos há mais de 8 séculos numa relação incestuosa com a pátria. Não a construímos, deixamos acontecer.

Pamina disse...

Ficou surpreendido com os textos?
Então não sabe que quantas mais gravidezes na adolescência e jovens infectados com SIDA houver, melhor?

As frases que citou, palavra que parecem mesmo anedota ou retiradas dum livrinho bolorento do tempo da "outra senhora".
Lembra-se daquele texto chamado "Carta a uma jovem portuguesa" publicado no jornal Via Latina em 61? Uma associação de estudantes de Lisboa tornou a imprimi-lo por volta de 1969/70 e por acaso no outro dia encontrei esses papéis.
Os estudantes foram, claro, acusados de depravação sexual, etc.

Parece que tudo o que tenha a ver com sexo continua a meter muito medo a "essa gente" tão defensora da moral e bons costumes.

andorinha disse...

Júlio,
Depois de ler o seu post fiquei novamente a pensar quando se poderá andar para a frente.
Ainda não li o Expresso pois tenho estado toda a tarde a corrigir testes:( mas, pelo que li, já fiquei com uma ideia do panorama.
Às vezes fico sem perceber se as pessoas são estúpidas mesmo e fazem gala em exibir a sua estupidez ou se pura e simplesmente nem pensam no que estão a dizer( o que será grave de qualquer forma) É que me custa a crer que seja possível dizerem-se tantas barbaridades de uma assentada.
E ainda por cima se acham no direito de julgar os outros.
Eles é que estão certos e nós estamos errados; quando nós admitirmos isto, acaba a polémica.
O que se poderá fazer com este país?

Anónimo disse...

O problema é que todos se julgam uns aos outros; não são eles que se julgam no direito de julgarem os outros; nós também não temos o direito de os julgar; não são eles que se julgam com razão e que nós é que estamos errados; nós também podemos pensar que eles é que estão errados e nós é que estamos com a razão.
O problema não é de saber de que lado está a razão.
O problema é saber que "educação" se deve ministrar.
O problema é saber "quem" é o dono da verdade e do saber que tipo de programa implementar.
O problema é saber se é possível generalizar a dita e propalada "Educação Sexual" no âmbito de uma espécie de Ciência Exacta como as outras.
O problema é saber "se" os Professores têm "formação" para educar (imagine-se um professor com tendências homosexuais a leccionar educação sexual) (imagine-se um professor heterosexual a educar uma criança com tendências -porque não genéticas- homossexuais) (imagine-se um liberal a educar um comunista) (imagine-se um bloquista a educar um centrista)
O problema está em saber, em primeira instância, se a Sexualidade pode ser tema de "Educação", se a Sexualidade pode ser generalizada num programa de ensino global.
O problema não é leviano, não.
O problema é sério.
O problema é deveras muito grave.
Não sou a favor do sim ou do não à educação sexual.
Não sou contra a educação.
Mas tenho muito medo da "Educação", da forma como se "Educa", da forma como se formam os vindouros, aqueles que um dia serão com nós e se um dia eles não irão julgar quem os educou duma forma que eles não desejaram, duma forma que eles não procuraram, duma forma imposta, como robots alvos de um programa de software em disco hardware.
Tenho medo do que está por detrás dum programa de Educação Sexual.
Tenho medo do que os actuais legisladores pensam sobre o sexo.
Tenho medo da forma como se pode educar os educandos em termos de posicionamentos arcaicos face a um futuro ignoto e ingrato porque nunca possivel de prever.
Tenho medo de educar algo que não deve ser educado!
Tenho medo de estar a cometer um erro pensando que a minha forma de pensdar é que está correcta!
A Sexualidade nasce em cada Ser e desenvolve-se por instinto.
Descobrir o meu corpo, descobrir a minha sexualidade, descobrir as formas de ter prazer e de dar prazer, descobrir como amar ou como fazer amor talvez ainda seja a forma mais natural de se ser humano!

lobices disse...

...to the Anonymous at 8.28 PM:
...
...
"...Descobrir o meu corpo, descobrir a minha sexualidade, descobrir as formas de ter prazer e de dar prazer, descobrir como amar ou como fazer amor talvez ainda seja a forma mais natural de se ser humano!..."
...
...gostei dessa...
...
...mas olha que não estou preocupado com aquilo que vão ensinar aos meus netos; estou preocupado é como eles vão entender o que lhes for ensinado e se o irão entender e de que forma irão entender...
...mas também concordo que, na verdade, não é um tema fácil...
...mas isso mais assunto para o nosso amigo Profe...

andorinha disse...

Concordo que até pode não ser um tema fácil mas por isso vai-se fugir a ele???

Anónimo disse...

amiguinha crazy
vá lá desta vez passa mas anedotas parvas contam-se no seu blog.
Adeus amiguinha.

Anónimo disse...

esqueci-me de pôr muitos lllooolll como a amiguinha costuma pôr.

Anónimo disse...

Dos outros, entenda-se. Aos mesmos a quem serve a ignorância.
Dos outros, claro está.
Voltemos aos tempos da Inquisição. Será que evoluímos assim tanto desde então? É tão relativo...
Recorda-me aquela brincadeira de infância, Sr. Tenente, Sr. Tenente, um passo atrás, um passo à frente.
Professor, sorria, mesmo que o seu sorriso seja triste, "porque mais vale um sorriso triste do que a tristeza de não saber sorrir". Lembre-se de "O Nome da Rosa".
Um abraço,

SaoAlvesC disse...

e tenho que entrar no chat... mas isto incomoda-me, pra já incomodam-me os comentários anónimos... e depois incomoda-me que pensem, sendo eu professora, que um homossexual educa para a homossexualidade ou um heterossexual para a heterossexualidade... isto é ridiculo e o anónimo está a confundir as coisas!

tanto medo até me assusta, mas mais me assusta a desinformação... o considerar as matérias escolares como ciencias exactas é retirar ao acto pedagógico toda a sua componente afectiva, emotiva e intuitiva, é desconhecer o que é estar perante uma turma de 28 individuos diferentes... a educação não é nem nunca foi uma ciência exacta... e thank god for that!

Anónimo disse...

Para a "Pandora" das 3.41 AM:
Penso que estas suas palavras que cito se dirigem a mim, o anónimo negrito como a Circe se me dirigiu:
-
tanto medo até me assusta, mas mais me assusta a desinformação... o considerar as matérias escolares como ciencias exactas é retirar ao acto pedagógico toda a sua componente afectiva, emotiva e intuitiva, é desconhecer o que é estar perante uma turma de 28 individuos diferentes... a educação não é nem nunca foi uma ciência exacta... e thank god for that!
- a querida amiga Pandora acaba agora mesmo de confirmar a minha "teoria": "toda a sua componente afectiva, emotiva e intuitiva perante 28 alunos diferentes... e a educação não é uma ciência exacta e, ainda bem!"
- repara: coloca-te agora como educadora da disciplina curricular chamada "Educação Sexual"; foste "formada" por quem? Não interessa; forte formada para dar aulas de Educação Sexual. Perante 28 crianças diferentes em todos os sentidos, como te vais alhear da componete afectiva, emotiva e intuitiva perante o tema e perante eles? Vais "educar" passando a informação? Que informação? A tua? Aquela que o programa diz para dares? Aquela que a tua emoção ditar? Aquela que a tua afectividade conceber? Aquela que a tua intuição aconselhar? Como te vais "livrar" da tua própria formação e do teu próprio saber sobre a tua sexualidade para dares aos alunos uma visão diferente da tua; imagina que o Programa é diferente da tua concepção? Que sexualidade vais ensinar? O que vais tu "educar"?
- Não é medo da educação
- Referi isso muitas vezes já nos meus escritos aqui sobre o tema
- Sou a favor da educação
- O meu medo é em relação ao "que" se vai dizer; ao "quem" vai elaborar as regras programáticas; ao "como" se educam sensibilidades diversas sobre um tema comum
- o meu medo é sobre a forma e não sobre o conteúdo
- o meu medo é "inventarem" um programa sobre um determinado ponto de vista sexual de iluminação vinda de não sei quem sobre um tema tão delicado porque individualizado ao sentir de cada ser humano
- como vos ATREVEIS a dizer que eu laboro em erro quando digo que tenho medo?
- como vos ATREVEIS a imaginar que é possível "educar" a sexualidade?
- alguma vez, vós, avós, mães, de hoje, foram educadas sobre a vossa sexualidade? Sôis, porventura, más avós, más mães? Não foi o vosso percurso que ditou as vossas regras? Não foi o vosso percurso de descoberta que vos iluminou?
- tenho medo, sim! tenho medo que maia dúzia de iluminados inventem um programa de educação que provoque uma "igualdade" de olhar a sexualidade e, amanhã, ela ser mais um "hamburger" de marca a ser "vendida" às nossas crianças sem que elas tenham a vontade de provar os seus próprios alimentos através da descoberta dos seus sabores
- digam-lhes que este tipo de cogumelo não pode ser comido porque é venenoso mas não lhes digam que cogumelos comer, entendem?
- é esse o meu medo. Que pseudos iluminados sobre sexo criem um programa à sua medida sem entenderem que as "medidas" em sexualidade não existem porque são individualizadas e genéticas.
- mas a escolha será sempre de quem? Não será uma escolha Politica? E que políticos vão fazer a o programa? Quem me garante que o programa é bom para as crianças que, com ele, vão passar a ver o sexo todos da mesma forma, como uma equação matemática!

São Rosas disse...

Não é possível um diálogo racional com quem vê o sexo como pecado e coisa vergonhosa. As falácias são mais que muitas e, como escreve um amigo meu num livro de gestão fresquinho - «Persuacção - o que não se aprende nos cursos de gestão» - se não estivermos prevenidos, caimos sempre em armadilhas da argumentação falaciosa.
O livro não é erótico :-) mas recomendo.

Anónimo disse...

Na Ant.1, ouço agora JMV reconhecer o difícil q é manter-se descontraída(o) e prazenteira(o), qd se tem a cargo um recém-nascido.

Bastaria esta 'sabedoria' para crer na competência deste estudioso para educar os educadores na matéria das sexualidades.

Diz ele q a medicina, q é 1 instituição para lidar c a vida&morte e c o amor - mas ñ c o prazer - tende a esquecer a dimensão do prazer em toda a sua extensão.

Para ele, ñ estar a mulher sp disponível, naquela 'circunstância', é simples de entender: a sensação de estar a ser pouco ajudada, o bloqueio da excessiva responsabilidade e... a nível fantasmático, o facto de o nº 3 numa relação ser terrível e a nova criança ser, efectivamente, o nº 3, mesmo numa relação do casal bem conseguida.

E, p concluir, ninguém garantiu ao casal q havia razões para haver problemas a nível da sexualidade, nestas circunstâncias.

2005.05.22 - 11:55

Anónimo disse...

Bem... já que estamos em maré de velhas gordas feias e más, releia-se a história da branca de neve, que engoliu a maça que a bruxa lhe deu, mas acordou com o beijo do príncipe, casou com ele e foi feliz para sempre, livre da bruxa má que caiu de um penhasco e MORREU.

MORRAM as bruxas feias e más!
VIVAM as princesas lindas e boas!

Porque o mundo é das princesas felizes.


Bem... já que estamos em maré de velhas gordas feias e más, releia-se a história da branca de neve, que engoliu a maça que a bruxa lhe deu, mas acordou com o beijo do príncipe, casou com ele e foi feliz para sempre, livre da bruxa má que caiu de um penhasco e MORREU.

MORRAM as bruxas feias e más!
VIVAM as princesas lindas e boas!

Porque o mundo é das princesas felizes.

Anónimo disse...

MORRAM as bruxas feias e más!
VIVAM as princesas lindas e boas!

Porque o mundo é das princesas felizes.

Anónimo disse...

no meio disto tudo, continuo a achar que a educação sexual não deveria ser leccionada como mais uma disciplina, mas dada a conhecer abertamente em tom menos formal em workshops de frequência obrigatória, alguns inclusivé com comparecência de pais. desmistificar o assunto.

tirando o educar desta questão, há que informar uma série de crianças, jovens e adultos primeiro antes de se passar à fase da educação. (e aqui separo o informar do educar, porque no nosso sistema de educação infelizmente muitas das vezes estas duas vertentes não andam de mãos dadas), se isso alguma vez irá ser possível, visto que a sexualidade é tão vasta quanto o ser humano.

e é claro que não estou a ver professores a distribuir a informação da mesma forma, a imparcialidade é um mito na educação, seja ela qual for.

informar sim, de inicio sob uma forma de esclarecimento sexual, de comportamentos, orientações, modos de lidar com a sexualidade e ser sexual, contraceptivos e consequências,etc. porque de uma forma ou de outra as bases são as mesmas... o desenvolvimento da sexualidade é que pertence a cada um.

e se tal não acontecer, sobre a forma de um esclarecimento e não sobre a forma de uma imposição disciplinar aí sim continuará a criar problemas de aceitação quer por alas conservadoras quer pelos pais.

Anónimo disse...

Para o "sb" das 12.50 PM:
-
parece que "tenho" finalmente alguém que concorda comigo!
- Exacto!
Informar, NUNCA educar!
- Não transformar a sexualidade numa preversão ditada por uma Disciplina Curricular chamada de Educação Sexual!
- os "velhotes" não se lembram da malfadad disciplina de Religião e Moral? (ainda por cima leccionada por Padres?)
- Desejo que as crianças de hoje não tenham uma Educação Sexual mas sim que os INFORMEM
- Desejo que as crianças de hoje não recebam uma Educação sobre a sua exclusiva sexualidade sob o prisma de um determinado ponto xde vista de meia dúzia de iluminados!
- Desejo que eles cresçam livres e não "subjugados" a uma fórmula mágica de sexualidade!

Anónimo disse...

anonymous, 'a' sb ;)
e acima de tudo, o comentário que fiz, é um ponto de vista.

SaoAlvesC disse...

A formação de professores nesta área é absolutamente desejável... enquanto não a tenho, é claro que uso o meu bom-senso e tento ajudar os alunos que me procuram (pq como deves calcular não vou atrás deles para falar de certos assuntos) ou aqueles cujos comportamentos me levantam preocupação, mas sempre ouvindo muito mais que falando. Nem todos serão assim, nem todos terão a mesma atitude, mas devo dizer-te que no meu caso, já aevitei alguns problemas graves, já dei resposta a algumas dúvidas, já tratei nas minhas aulas de formação cívica, enquanto directora de turma, situações bastante delicadas e saí-me muito bem. Não sou perita, podes acreditar que não, nem pretendo ser.
Aliás, creio que nenhum professor se atreveria a leccionar semelhantes conteúdos sem formação para o fazer, nem eu lecciono nada disso, até pq ainda não existe de forma efectiva nas nossas escolas. Mas que deveria existir, talvez não de forma obrigatória, isso deveria, nem duvides que faz muita falta a muitos meninos e meninas deste país.

Anónimo disse...

Para a Pandora das 3.18 PM:
-
Mas que deveria existir, talvez não de forma obrigatória, isso deveria, nem duvides que faz muita falta a muitos meninos e meninas deste país.
-Claro que sim; claro que deve existir informação, lá esta, não obrigatória, claro que faz falta a muita criança.
Totalmente de acordo.
O problema do meu "medo" portanto está exactamente num Programa "Exacto" de Educação Sexual que possa vir a ser implentado!
Quem o vai implementar?
Que critérior?
Que matéria?
O que vai ser "educado"?
O que vai ser "metido" nas cabeças das crianças?
Quem serão os Formadores?
Que formação terão eles para formarem?
Que formarão os Formadores?
Como educar sexualmente algo que não pode ser objecto de educação?
Bolas! O meu "medo" é esse.
Sabes a história da vacina contra a gripe que "deve" ser tomada todos os anos antes do inverno? Pois, não a tomo. E não tenho gripe e há quem a tome e tenha a gripe!...

andorinha disse...

to Pandora,
Cara colega:)
Subscrevo o que dizes nos teus diversos comentários.
E acrescento que se se ouvissem mais as pessoas que trabalham no terreno, os professores e outros, talvez as coisas avançassem mais depressa.

to São Rosas,
"Não é possivel um diálogo racional com quem vê o sexo como pecado e coisa vergonhosa."

Exactamente

lobices disse...

...to amigo Profe:
...a very good result for your SLB
because
...I wish a very good result for my FCP
...que ganhe quem tiver de ganhar
...e que não haja ACVs
abraço

amok_she disse...

"Não é possivel um diálogo racional com quem vê o sexo como pecado e coisa vergonhosa."

...neste campo - o da (in)formação sexual, prefiro ao 'educação sexual'! - tal como na questão da despenalização do acesso ao aborto, acho q a frase citada diz tudo!

PortoCroft disse...

Somos Campeões Prof. m8! ;))))

andorinha disse...

Somos campeões!:)))

VIVA O BENFICA!

amok_she disse...

PARABÉNS...AOS LAMPIÕES!:-)

Anónimo disse...

♥♪♥

Anónimo disse...

ganhámos o campeonato, carago
benfiicaaaaaaaaaaa

:))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))



(laura fora de casa ;)***********

Anónimo disse...

O Viciado

"Não vejo porque é que um político como Ferro Rodrigues não possa ser considerado um bom candidato presidêncial" - Francisco Assis

"Gostar de estar escondido atrás das cortinas a ver um amigo a papar um Franguinho, não é um bom cartão de visita" - Quitéria Barbuda

www.riapa.pt.to

Tão só, um Pai disse...

Concordo com:

"parece que "tenho" finalmente alguém que concorda comigo!
- Exacto!
Informar, NUNCA educar!"

Há que acrescentar: ... e discutir. De facto, o acto de informar é-o, também, de educar. O acto de educar pode não ser o de informar.

SK disse...

É por estas e por outras que já não compro o Expresso...
Se fossem só estas as asneiras que esse jornal publica... Mas estas são tremendamente graves. Prefere-se nadas na ignorância, varrendo tudo para debaixo do tapete em noem de uma qualquer capa de decência bacôca a fazer lembrar outros tempos...
Enfim, triste...

Raquel Vasconcelos disse...

Estava eu no primeiro ano do ciclo, actual 5º ano, e vindo do nada surge um filmezito sobre gente miúda como nós. (Ia jurar que durante uma aula de trabalhos manuais, ora vejam bem!)

Tenho uma vaguíssima ideia que devia falar sobre inicio da menstruação e (fazendo um esforço de memória) acredito q um nadinha de anatomia menina/menino.

No final eram só risinhos...
E dizer "chicas" provocava ainda mais risinhos...

Ou seja, chocados não ficáramos (ano de 1978), afinal tinha sido uma variante, mas a verdade é q se “faláramos” de algo raro em termos conversa professor/aluno (acho q o/ professor/a n abriu grandemente a boca). Só que qs nada restou nas nossas cabeças a n ser o raio das "chicas"... Tabu, imagino, era falar de que as meninas tinham menstruação (à frente de meninos), e n nas diferenças de anatomia.


Se este tipo de aulas (mais bem estruturadas) tivesse continuado, os risinhos teriam deixado de ser uma constante.

Continuo a achar q na nossa cabeça é tudo levado a extremos. Ninguém quer ensinar “coisas” a mais a crianças. Apenas não se quer continuar (gostaria eu q assim fosse) a esconder dos livros de ciências, extrapolando p aulas com maior de diálogo, o que até agora é feito sistematicamente.

Não sei se vos sucedia, mas nós naquela época comentávamos se “é agora que vamos aprender sobre bebés e gravidez etc?” Porque com estas idades já todos percebemos que os pais “omitem muito texto” e o que vem nos livros de um professor poderá ser mais verdadeiro. E é um bom pretexto para ir confrontar o papá ou a mamã que andam a fugir com o rabo à seringa há muito tempo.

Anónimo disse...

É a igreja, professor, é a igreja.
Temos que saber perdoar aos pobres beato(a)s...
Já lhe perdoamos as fogueiras, o apoio ás ditaduras, as campanhas a favor da propoagação da SIDA, as campanhas a favor da gravidez infantojuvenil...
Como católico, vou tentar continuar a perdoar, são uns pobres beatos e se calhar nem sabem que o são. Pelo menos os do Expresso

Anónimo disse...

Pois,...que dizer?
1 - Uns estão de má fé e ainda por cima organizados e ainda por cima insistem (se eu fosse jurista diria que dá pena agravada... ;))mas não sou e não falo do que não sei!(ao contrário de alguns juristas que agora percebem muito de EDUCAÇÃO... ;))) ;
2 - Outros são tolinhos e acreditam piamente em tudo o que os jornais publicam (mas ser tolo não é crime...);
3 - O Pior é que entre tolos e gente de boa fé que não pensa, resulta uma multidão de carneirinhos a engrossar uma lista de assinaturas... (que pena é que isto dará? Que agrava a dos primeiros lá isso deve agravar... mas sempre poderão alegar loucura).

Por agora terei de ser mais uma anónima.

Helena Martins disse...

É, é... e pôr exas ideiazzz...hmmmm... na mente das criançinhas, hmmmm... que por si só, hmmmm não têm acesso à tv cabo dos papás, à internet, hmmmm, ao e-mule... and so on... lololol... enfim... é mais ou menos como a questão do aborto, não é? Se não vemos, não existe... enfim... *