Virgínia Alves
"Os actuais estilos de vida seguidos pelos jovens - o sedentarismo, a obesidade e a anorexia - podem levar a um decréscimo da esperança de vida nos países desenvolvidos. A acontecer, será a primeira de várias gerações a contrariar uma tendência que se tem verificado nas últimas décadas.
Esta previsão é feita por alguns especialistas ao verificarem o aumento de doenças crónico-degenerativas - a hipertensão, a diabetes e os acidentes vasculares - e o facto de estarem a ocorrer cada vez mais cedo.
"As doenças crónico- degenerativas, há uns anos, aconteciam numa fase terminal da vida. Actualmente, devido aos estilos de vida que são seguidos, essas doenças surgem a meio do ciclo de vida e há pessoas que convivem metade do seu ciclo de vida com estas doenças", explicou Manuel e Silva, professor da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, da Universidade de Coimbra.
Por outro lado, referiu, a tecnologia na Medicina permite "que se prolongue a vida, com alguma qualidade é certo, mas de alguma forma afectada". Isto porque, sublinhou o professor, "o organismo convive bem com um factor de risco, por exemplo a diabetes, mas normalmente esse está associado a outros", pelo que "o combate torna-se muito mais difícil".
Apostar na prevenção
Perante este quadro, Manuel e Silva defende a prevenção secundária para os que já sofrem de algum mal. Mas, "acima de tudo, a prevenção primária, junto dos mais novos, porque é nas duas primeiras décadas de vida que se criam hábitos para que se possa contrariar esta tendência".
"É importante passar a mensagem de valorização da saúde, não como algo que depende da sorte ou do azar. Em particular, na sociedade actual, onde o corpo é visto como uma religião, e se encontram cada vez mais os extremos, a magreza ou a obesidade, esta como uma forma de chocar, de contrariar os valores adoptados pela maioria", salientou o professor.Razão pela qual a prevenção primária deverá apelar a uma dieta equilibrada e à prática de actividade física. "Porque o homem foi feito para ter actividade física e esta tem vindo a ser substituída graças à tecnologia", sublinhou.
A prova disso está num estudo desenvolvido por este professor, com 98 jovens dos 12 aos 16 anos, alunos de uma escola de Avelar, no concelho de Ansião. Do estudo, que avaliou a actividade física dos jovens, conclui-se que, em geral, os rapazes são mais activos que as raparigas e, em particular, no que diz respeito a actividades intensas, sobretudo durante os dias da semana e após horário escolar. Por outro lado, são também os rapazes os que mais tempo passam em frente da televisão ou do computador.
"Estes valores foram obtidos numa população fora de uma zona urbana. Nas cidades o sedentarismo é ainda maior", frisou.
377
mil praticantes de desporto federado em 2004. Apesar de estarmos perante um número recorde, que nunca antes fora atingido, o certo é que representa apenas 4% da população portuguesa.
200 vezes superiores os gastos actuais nos hospitais portugueses para tratar um acidente do sistema cardiovascular, quando comparados com os de há 20 anos. Isto por causa dos meios técnicos utilizados.
Recomendações
Andar
Caminhar mil passos por dia, independentemente da intensidade e da idade, é o critério internacional que está a ser adoptado.
Mobilidade
Abandonar os meios motorizados e optar por caminhar ou fazer os percursos de bicicleta.
Lazer
Optar por actividades físicas e menos pelas que estão associadas de alguma forma ao sedentarismo.
Estratégias Numa ida ao supermercado, estacionar o carro nos lugares mais distantes da entrada. A caminhada de ida e a de regresso com os sacos de compras representa exercício físico.
Truques
Sair do transporte público uma ou duas paragens antes do destino já representa algum exercício.
Desporto
Praticar qualquer desporto em qualquer idade, de acordo com a sua condição física.
Crianças
Praticar actividades ao ar livre com elas. Fazê-las caminhar um pouco todos os dias, por exemplo o percurso para a escola ou parte desse percurso".
Pois, a Prevenção... Qualquer técnico que, como eu, trabalhe na área das toxicodependências, não evitará um sorriso. Todos sabemos que a Prevenção enche os discursos, mas acaba de bolsos vazios. Porque os seus resultados não são espectaculares e imediatos, não alimentam telejornais. E por isso, na hora de distribuir recursos financeiros ou técnicos fica a perder. E por isso, quando os cortes são indispensáveis, como agora em Portugal, está sempre na primeira linha para lhes sofrer as consequências. Mas não é só nas toxicodependências. Falta-nos uma cultura preventiva a todos os níveis. Estamos habituados - e isto inclui a Medicina... - a esperar as nossas pequenas tragédias e depois precipitarmo-nos com o Credo na boca, o Terço na mão, a praga na cabeça, o medo e a saudade antecipada no coração para as valências curativas.
Que rebentam pelas costuras...
40 comentários:
O 'aligeiramento' do DN, com mais imagem, menos texto 'pesado', mais 'vivacidade', faz-me lembrar o programa da Oprah que tanto sucesso faz nuns EUA obesos e cansados.
Ouvi ontem parte dos seus conselhos, sempre acompanhada do seu mentor de saúde que disse exactamente o mesmo que os autores citados neste postal - e mostrando exemplos de gente gigantesca, como não se vê em Portugal, que se sujeitou a ser filmada e mostrada em público, com as entranhas a melhorar, aos poucos, de aspecto.
Para quê?
Para comunicar, para sair da depressão, da diferença de ser descomunal, de não ser saudável,
diziam eles e a Oprah.
Há 40 anos, criança de 10 anos chegava a casa, depois de pular na escola, não via TV, nem jogava no PC, comia 3 carcassas com marmelada e ia chatear a vizinhança ou ficava a roer as unhas, a ler o Cavaleiro Andante de sábado até ao jantar, onde comia açorda e pataniscas de bacalhau.
Hoje, de diferente, a criança apenas encontra ecrãs pela frente e grandes ensinamentos sobre a forma correcta de se entreter.
Será isso que a faz mais pesada, menos endiabrada?
Talvez apareça no DN um artigo sobre tal.
Bom dia a todos
Mas não acreditar na prevenção e apenas apostar nas velencias curativas não é "entregar o ouro ao bandido" sem oferecer resistência??
Eu, talvez ingenuamente sei lá, acho que o mal começa com a falta de educação. Conhecendo todos os dados conhecendo todos os caminhos é mais facil decidir é mais facil tomar a atitude certa!
Mesmo com a alimentação e comportamento dos jovens ... talvez seja ingenuo eu sei ... vivendo e aprendendo ... mas eu tenho a ideia que depois do vaso partido dá bem mais trabalho a consertar que fazer um de novo !!
Talvez ainda tenha muito que aprender é isso !!
Abraços e sorrisos
Ana Afonso
Prof. JMV
Peço a sua benevolência, mas a propósito de uma prevenção que não foi feita, e respondendo a vários comentários do post anterior, gostaria de dizer algo.
Por causa do sedentarismo e do comodismo não nos prevenimos contra a ocupação de lugares da condução política por pessoas não qualificadas a todos os níveis, desde o técnico ao ético, para desempenharem as funções com a devida competência. É evidente que há razões que os historiadores vislumbram bem, mas não podemos eternamente estar a falar do passado, de uma tal glória efémera que tivemos durante um muito curto espaço de tempo. Além de que nunca exercemos o “imperare”, a não ser na Índia, e por exclusivo mérito de alguns vice-reis, durante 60 anos. E é decepcionante que, desde o Presidente da República até ao Presidente da Junta de Freguesia, se fale a propósito de qualquer coisa sobre com fomos grandes e demos novos mundos ao mundo. É só passado. Não falam do que vamos ser. Porque não sabem ou não há nada para dizer.
Talvez Fernando Pessoa tenha vislumbrado o cerne do problema quando disse que “a crise central da nacionalidade portuguesa deriva da sua impotência para formar escóis, pois uma nação vale o que vale o seu escol”. Todos somos culpados, não me tenho cansado de o referir aqui, nem que seja pela demissão. Senão aplaudimos também não contestamos. Simplesmente amochamos. Refugiamo-nos no anedotário brejeiro e cáustico, mas em reservado, pois não vá alguém ouvir. Não temos garra, nem orgulho e nem querer. O Noise disse no anterior post (01:12AM) que “também aproveitaria se estivesse lá. Era igualzinho a eles. Eu queria era ter o meu pedaço, e esses tipos vão para lá para o mesmo”. Pois parece que todo o país pensa assim. Toda a gente pensa mamar da teta do estado numa altura propícia. Faz-se o culto da não honestidade, da não integridade, etc. Quem consegue enganar o estado e meio mundo é que é o herói. É o exemplo para as juventudes. Lembro o caso dos alunos do 12º ano em Guimarães em que os pais os induziram à falcatrua. Isto é muito extenso. E não quero abusar.
Andorinha
Disse, e digo que é necessário ter esperança, pois sem ela não se vive. Senão é o suicídio. Mas que estou mesmo muito pessimista, estou.
MT
Disse que “Portugal precisa dos nossos génios entre portas, para fazer evoluir a nossa tecnologia, a nossa educação, a nossa cultura”. Mas há aqui um problema. É que os portugueses não querem ninguém que evolua. O pior que pode acontecer é uma pessoa tirar uma licenciatura, ou então se for um mestrado piora. Um doutoramento é suicídio para o mercado de trabalho. Eu sei de jovens que tiveram de esconder que eram licenciados para arranjar trabalho. Eu sei de indivíduos que se licenciaram, já a trabalhar, e que foram simplesmente “entalados” nos empregos pelos colegas. Há locais em que nenhuma chefia é licenciada, o que não é obrigatório, obviamente, mas que sempre que há promoções nunca se “repara nas pessoas mais qualificadas, não só academicamente, mas também profissionalmente. E a mensagem que se passa para os jovens é a de que não vale a pena estudar porque em Portugal isso é contraproducente. Todos os jovens, que eu conheço, que tiraram doutoramentos no estrangeiro em áreas de engenharias, não conseguiram emprego em Portugal. E os que estão a tirar não vão conseguir. A mesquinhez impede a evolução.
Ontem pus um comentário que ninguém abordou e que agora repito:
O único problema de Portugal é a mediocridade. E o dar-se mérito à mediocridade é um suicídio social.
Tudo o mais deriva em catadupa desta constatação simples.
E pensar que muitas pessoas (até com um certo nível cultural) não praticam qualquer actividade física porque têm vergonha de vestir um fato-de-treino: "Isso dos fatos-de-treino é para os caramelos...". É tudo uma questão de atitude perante a vida. Viver dá trabalho.
Júlio, seu tratante...
Então e o sexo puro e duro? Onde está aí nessa lista anti-maleitas contra a obesidade????????? Snif, Snif, Snif...
: (((((((((((((((((((
Isto da falta de cultura preventiva a todos os níveis, tem muito que se lhe diga.
Tem "todíssima" razão quando alerta para as "profilaxias posteriores" que são o Credo na boca, o Terço na mão e a praga na cabeça. Concordo, quando lembra, que na hora de distribuir recursos financeiros ou técnicos a prevenção fica a perder. E na hora de educar, alertar, promover e divulgar, nomeadamente na comunicação social pública, tal como a RTP ou a RDP, onde o suposto serviço público, justifica a taxa de radiodifusão que todos pagamos, disfarçada na conta da electricidade, ou os custos de produção e emissão da RTP, que sai do OG do Estado, estes órgãos de comunicação, passam ao lado!
Cádê os "autistas"? Onde estão os "iluminados" que fecham cinemas e teatros e abrem Centros comerciais, mais ou menos espanhóis? Bem haja, Professor JMV. A sua postura, quase "apostolado", deveria ter seguidores...mas não tem. Há anos que muitos de nós o acompanhamos, primeiramente na "televisão", onde derrubou, pelo menos deu a cara em assuntos "tabu" (passe a utilização abusiva do termo) por outro professor (este com letra pequena). Mais recentemente na "telefonia". Obrigado pelo exemplo de coragem, quase mecenática, porque, acredito eu e muitos, não é pelo que lhe pagam que se expõem aos olhares do pagode. Até porque não me lembro de o ter visto, recentemente na capa da "Caras" ou da "TV Guia", ou nas "rentrés" algarvias ou nortenhas. Tem toda a razão Professor, os resultados da Prevenção não são espectaculares e por isso, não alimentam telejornais. O contrário sim...a negligência, o descuido, o facilitismo, isso sim...as televisões agradecem.
Teve você mt razão o-sical, nas constatações que fez.
e na conclusão 'dar-se mérito à...............' -
Tudo o mais é uma série de colapsos que não sabemos (ainda) onde irá chegar.
Que fazer qd as agremiações partidárias e outras que tais premeiam o 'faz de conta' e o 'sucesso show'?
Qd ninguém liga à singularidade de uma ambição sem adjectivos nem honrarias... apenas um 'desejo', um sussurrar de 'crença'?
A geração actual é provavelmente a mais preocupada com comida saudável de todos os tempos. Está em alta ser vegetariano, eliminar a carne vermelha da ementa e preferir produtos com o rótulo diet. Nesse estilo também vale a regra do bom senso: excessos fazem mal à saúde. Quanto mais variada, mais saudável é a alimentação. O maior perigo mora nos maus hábitos, que tendem a se perpetuar. A comida gordurosa não faz mal para quem está crescendo. Mas, com o fim da adolescência, o metabolismo desacelera e o corpo pára de queimar calorias com a mesma eficiência. Se um jovem adulto continuar a comer a mesma quantidade de comida da época de adolescente, será inevitável que fique gordo.Mas os portugueses já adquiriram o hábito dos ginásios, porque hoje em dia temos mais necessidade pois deixamos de fazer aqueles exercícios simples como os de ir a pé a muitos sitíos compras sem levar carro que antigamente era só para alguns mas que na actualidade se tornou indispensável.Antigamente quando os jovens diziam está frio os avós diziam vai ali rachar uma lenha que aqueces...
Dentro de dez anos
Ministro das Finanças diz que pode faltar dinheiro para pagar as reformas
10.01.2006 - 10h16 PUBLICO.PT
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu que poderá não haver dinheiro para pagar as reformas dentro de uma década se nada for feito para inverter a situação financeira da Segurança Social.
"A Segurança Social, do regime geral, tem de ser reformulada. A sustentabilidade da nossa segurança social está comprometida porque a manter-se a dinâmica populacional que temos e o esquema actual de financiamento, em 2015 o fundo de estabilização financeira deixará de ter dinheiro para pagar reformas", disse Teixeira dos Santos no programa "Prós e Contras", da RTP1.
Os números indicam que, actualmente, 17 por cento da população portuguesa tem mais de 65 anos de idade, mas dentro de 45 anos este grupo etário representará cerca de 34 por cento, o que põe em causa a sustentabilidade da Segurança Social.
PEDE-SE AOS SENHORES PENSIONISTAS E FUTUROS PENSIONISTAS QUE TENHAM SENTIDO PÁTRIO E MORRAM NOS PRÓXIMOS 10 ANOS. O ESTADO PORTUGUÊS AGRADECE ; ))))))))))
Sical,
Tens toda a razão ; ))))))))) mas entre roubar e ser medíocre vai uma grande distância. Se roubassem e fizessem o país andar para a frente eu queria lá saber! ; ) eu e toda a gente ; )
Caro Professor
Tendo isso em conta (refiro-me aos 1º parágrafos deste post) e com uma taxa de natalidade reduzidíssima, um dia destes Portugal será apenas paisagem.
Realmente é urgente incutir uma cultura de prevenção nos mais jovens e não só. Do meu ponto de vista é contraproducente poupar em áreas como esta que põem em cheque as futuras gerações de um país.
P.S. Afinal o Sousa é uma personagem e pelo que vi já ganhou vida :))
Ah e imagino que conduzir também seja um prazer para si...para quê um motorista!
...ontem a rtp 1 no seu habitual e, diga-se de passagem, sempre bem elaborado, Prós e Contras, o espectro negro do futuro ficou bem patente... acabaram-se as ilusões; há que fazer algo...
...falta, como sempre, saber o quê e ter tomates para decidir; já lá dizia não sei quem: "Mais vale uma má decisão atempada que nenhuma"
...porém, noto um desalento generalizado e parece que estamos todos à espera de um milagre; não há milagres... há transformação... nada se cria, nada se perde, tudo se transforma; é preciso, pois, transformar também a sociedade, é preciso transformar também a nossa forma fatalista de olhar o acidente na estrada e parar para ver interrompendo o resto do trânsito; das duas uma: ou se sai do carro e se vai prestar socorro ou se avança para não aumentar os prejuizos dos outros que querem avançar... e esta decidão é sempre dificil de tomar e então fica-se sempre á espera que alguém ligue para o 112...e depois o 112 demora a chegar e todos dizem que isto não funciona, etc e tal...
...sou Democrata desde muito antes do 25 de Abril mas estou consciente que é preciso alguém com força para tomar decisões; não falço em presidenciais nem outras que tais; falo em cada um de nós; falo nas decisões que cada um de nós tem de tomar e ir em frente e não ficar à espera que apareça o médico para me curar; tenho, primeiro, de o chamar e depois tenho de ir aviar a receita dos medicamentos, mas tenho de me mexer e se não me puder mexer tenho de arranjar alguém que o vá fazer por mim... mas tenho de tomar essas decisões... tenho de avançar, de mudar, de transformar
...é muito fácil, eu sei, escrever isto ou aquilo e tudo o mais que os outros escrevem ou dizem
...é, é muito fácil
...mas, se todos fizessem um pouco, se todos nós fizessemos um nadica de nada, todos juntos faríamos alguma coisa
...é isso que falta; um objectivo
...que cada um de nós trace o seu próprio objectivo e avance contra ventos e marés mas, pôrra, avance!
...uma boa tarde para todos
...neste momento, tomei uma decisão: vou fazer o almoço, porque tenho uma mãe de 90 anos para cuidar!...
abreijos
Onde está o livrinho amarelo? Pois bem... neste laboratório nós ratinhos-cobaias, (eu pelo menos na minha gaiola não tenho), não temos rodas para exercitar a musculatura!!! E a verdade é que a plasticidade cognitiva é uma coisa que não salta à vista de um comum rato, como uma vantagem no emparelhamento... :]
“Falta-nos uma cultura preventiva a todos os níveis.”
Ninguém duvida. E cultura preventiva é educação. Com a abstenção da educação, deixando que estereótipos e manuais se substituíssem à obrigação efectiva e humana dos educadores reais, as sociedades modernas caíram na massificação. A educação é individualidade. Não é geralidade. A Ana Afonso tem muita razão quando afirma: “ mas eu tenho a ideia que depois do vaso partido dá bem mais trabalho a consertar que fazer um de novo!!” E o Zante quando se refere à 40 anos atrás, o que já vem sendo reiterado por aqui.
E se cultura preventiva é educação, então há necessidade de se educar realmente, e exercer-se educação, não demissão.
Pois é Andorinha, a esperança, só que com muito pessimismo. Vaso partido para consertar ……….
E ontem o Ministro da Economia, Sua Ecelência, dixit:
"(...) daqui a dez anos não vai haver dinheiro para pagar as reformas"...
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E vamos nós preocupar-nos com estilos de vida?
Em termos de "exercício físico", as coisas cá por Portugal até nem vão mal de todo, nomeadamente para os mais velhotes. Já imaginaram a "ginástica" que a maior parte dos nossos reformados tem que fazer para não passar por debaixo da mesa à hora das refeições ? Alguns velhotes até dão saltos mortais de fazer inveja a muitos ginastas do leste europeu...
E, neste contexto, o futuro até se apresenta risonho. Ainda ontem à noite, no "Prós e Contras", o Ministro das Finanças perspectivou - já para daqui a 10 anos - uma verdadeira actividade olímpica por parte dos futuros reformados. Portanto, não nos podemos queixar de falta de planeamento estratégico do governo no que diz respeito às actividades de "exercício físico" para a nossa população.
Mas, vendo bem as coisas, tudo isto seria mais do que suficiente para pôr de sobreaviso toda uma pandilha que ainda não percebeu esta "inevitabilidade" incessantemente repetida pelos nossos governantes. De facto, há por aí uma mole imensa de totós que devia ter começado a pensar em 'planos de poupança e reforma' há muito tempo mas continua a acreditar no estado social. Mas eu não sou assim. Para que todos saibam - e porque acho a Fernanda Serrano boa como o milho - vou já ali ao BPI alinhavar o meu PPR...
Aliás... porque não fazem todos, por exemplo, como o meu grande amigo Vitor Constâncio que aufere mais papel ao fim do mês que o director da Reserva Federal dos EUA ? Ponham os olhos nesse homem... esse é que um gajo avisado que já começou a preparar a sua reforma há muito tempo. Apenas com um ligeiro senão: enquanto que os outros reformados se tornarão realmente saudáveis por via do "exercício físico" a que eles próprios se obrigarão, este meu amigo pode vir a ter problemas de saúde decorrentes de uma quase total inactividade. Mas também não se pode ter tudo, não é assim ?!
Ou seja, o mal está realmente nos portugueses. São - no fundo - uma cambada de camelos que não sabe preparar devidamente a velhice e que, depois, ainda tem a lata de recear a ocorrência de um AVC... AVC esse que, ainda por cima, custa um balúrdio aos contribuintes em termos de cuidados hospitalares. E gastando este dinheiro tão mal gasto, como pode depois haver dinheiro para os mais avisados poderem atempadamente preparar as suas reformas ? Façam mas é ginástica e deixem-se lá de tretas...!
É por causa disso que eu vou votar em Cavaco Silva. Porque os portugueses avisados (como eu) precisam de quem os ajude a preparar as suas reformas. Cavaco Silva pode ajudar-me ! Ou pensavam que era só o meu grande amigo Vitor Constâncio que tinha esse tipo de atitude pró-activa ?! Não... nada disso... eu também sou um homem avisado. E como não sou reactivo mas sim assertivo e pró-activo, voto em Cavaco Silva. Porque ele me pode ajudar... ou melhor, porque ele pode ajudar Portugal !
...ainda a propósito da prevenção. O meu irmão que morreu com 37 anos, dizia: mais vale viver pouco e intensamente, que arrastar o corpo numa via sem paisagem.
Sical,
Não sei se concordo muito, porque penso que ter uma licenciatura hoje, é igual a ter a 4ª classe há 30 anos atrás, na época das pós-graduações, mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos, ter uma licenciatura é sobejamente pouco.
Também conheço gente que apresenta diplomas do 12º, para arranjar emprego, e que têm licenciaturas.
Mas penso que, enquanto não encararmos a educação como uma prioridade(mais nunca é menos) este pais não avança, é necessário criar uma cultura de excelência e não uma cultura em que quanto menos se fizer melhor, e quanto menos estudos se tiver melhor.
Não posso concordar com isso!
MT (1:22 PM)
Atenção, que eu não faço a apologia de uma não educação/instrução. O que eu constato é que isso não é valorizado, e como tal torna-se um mau exemplo para a incentivação dos jovens. Quando um jovem acaba o secundário e vai trabalhar aos 18 anos é uma situação. Quando outro vai tirar uma licenciatura, mestrado, doutoramento, e depois tem de esconder as habilitações para arranjar um trabalho, verifica que andou (pensa ele, não eu) a perder tempo da sua vida porque podia ter entrado para o mercado do trabalho aos 18 anos sem tanto esforço nem dispêndio, de tempo e de meios. Ficou em desvantagem em relação ao outro (pensa ele).
E depois verifica-se que há por parte dos colegas um "cerco" aos que prosseguiram os estudos de modo a nublarem as suas actividades.
E aí verificam que os estudos são contraprudecentes. (pensam eles, não eu). Já tenho 52 anos e estou fora dessas ansiedades, mas conheço bem o problema.
Isto é matéria para se reflectir bem.
Há pouco tempo abriam os telejornais com uma aflição: em Portugal só 19% eram licenciados. E depois? O empresariado não os quer. Para quê mais? Só a função pública é que absorve licenciados. E nem vou entrar por aqui.
Lobices
Estou em sintonia.
Noise
Essa do sexo foi uma falha imperdoável do prof.Há lá exercíco eficaz mais gostoso?
Noise disse:
"Se roubassem e fizessem o país andar para a frente eu queria lá saber! ; ) eu e toda a gente ; )"
Pois é, mas são mediocres. E isso é culpa nossa, de todos, porque os deixamos catapultar para lá, os mantemos lá, e não fazemos exercício fisico para os expulsar de lá para fora, substituindo-os por gente competente. Não sei é se há. O Pessoa disse que as élites portuguesas foram-se com as caravelas por esse mar afora.
Se calhar não há mesmo. Restam só os palavrosos como nós, sentados a ouvir esta boa música, e nostálgicos de uma memória futura.
Falta uma argumentação apoiada num rigoroso tratamento de dados cuidadosamente recolhidos por entidades externas e credíveis. Num complexo jogo de interesses onde o que há para distribuir é escasso os factos tem que ser apresentados com uma grande pureza. Se são as verbas que condicionam as escolhas é nesse formato que as coisas têm de ser quantificadas- até aso cêntimos!
Boa tarde!
"Os actuais estilos de vida seguidos pelos jovens - o sedentarismo, a obesidade e a anorexia - podem levar a um decréscimo da esperança de vida nos países desenvolvidos..."
Por outro lado, o aumento da esperança média de vida trouxe um acréscimo de doenças do foro psicológico (demências, alzeimer, etc...) que antes não eram tão notórias. Logo, vida com menos qualidade e maiores encargos com a segurança social.
Isto está complicado...!
Mourir cela n'est rien
Mourir la belle affaire!
Mais vieillir....vieillir...
Cáváco Silvá?
Bien sûr que je le connais ....c'est celui qui riait le plus lorsque je leur ai dit que s'ils n'avaient plus de pain...et bien qu'ils mangent de la brioche!
o problema do futuro das reformas é que os que recebem mais também vivem mais tempo... normalmente
Programa eleitoral:
- Em todas as modalidades desportivas, haverá uma "cota" mínima de verdadeiros portugueses em jogo. Estratégia: aumentar o investimento na formação desportiva
- Os impostos poderão ser diminuidos mediante investimento dos lucros das entidades desportivas a nível local: construção de percursos de manutenção, acompanhamento desportivo,...
- Uma percentagem dos impostos autárquicos será utilizada na criação e manutenção de espaços verdes com caracterísiticas que permitam uma segura e polivalente pratica desportiva. Sendo essa percentagem determinada por uma equipa pluridisciplinar e multipartidária nunca inferior a 20%.
- Obrigatoriedade de criação e manutenção de espaços verdes/desportivos em função da densidade populacional- tempo de permanência- índice de criminalidade.
- Garantir a pratica desportiva em todos os graus de ensino.
- Publicitar estudos sobre a rentabilidade no trabalho vs saude alimentar, pratica desportiva, ...
- Obrigatoriedade de construção de espaços seguros para a pratica desportiva e devidamente equipados bem como de espaços verdes em todos os estabelecimentos de ensino.
- adopção de meios ecológicos e saudaveis de deslocação: exemplo de sucesso foi a buga em Aveiro, cujo relevo o permite.
(bem, vou fazer umas piscinitas, não vá ficar roliça! ;]]])
E se me permitem, exponho o seguinte, porque não se preveniu.
Por aqui vê-se muito um pai a inscrever-se num partido que valha a pena, dentro da alternância democrática, para garantir um emprego ao filho no futuro. Começa por colar cartazes e servir cafés, lá na sede. Depois vai-se insinuando na estima. Quando o filho acaba o secundário entra, de certeza, para a função pública na modalidade recibo verde. Anda 6 anos assim, e depois abre um concurso PÚBLICO só para regularizar os que por lá estavam a trabalhar efectivamente. Assim nunca há provas, exames, enfim, qualquer forma de se fazer uma avaliação das candidaturas de forma a se aquilatar das capacidades das pessoas. Pode haver melhor e que quisesse prestar a provas. Mas isso não convém ao cartel que domina toda a administração. Aquilatar da qualidade? Livra !!!
E é assim há vinte anos. Só entram por cunha. Tirando médicos, professores, oficiais das forças, enfermeiros tudo é cunha. E mesmos nestes….
Valorizamos o quê?
Damos exemplo de quê?
O que é que a juventude tem de ambicionar?
Vale a pena lutar?
E quando alguém luta, fá-lo sozinho, porque os outros ficam todos atrás a ver como param as modas e de onde sopra o vento?
Ingenuidades? Não.
Espero não dizer mais nada para não abusar do espaço simpático do professor. Por hoje julgo que já ultrapassei o número de palavras aceitáveis pela paciência. Desculpem-me.
E gostaria que me provassem que estou errado. Se gostaria.
P.S. A Filomena Mónica na semana passada falou de alguns doutoramentos em Portugal. E toda a gente conhece um caso ou outro.
Até aí, na universidade. Mas também elas são Portugal, e ccom tal têm de exprimir o que é geral.
Boa tarde.
Depois de ler os comentários, noto que, na sequência do Prós e Contras de ontem, se tem estado talvez a falar mais do estado do país do que do tema do post propriamente dito. Também não é para menos. Só vi a parte final, mas fiquei com a impressão com que fico ultimamente quando vejo este tipo de programas ou entrevistas com políticos: ninguém sabe o que fazer.
Já todos vimos aqueles filmes de guerra passados em submarinos, onde o capitão, impávido e sereno, apesar de andar tudo aos tombos e entrar água por todos os lados, dá aquelas ordens com eficiência, para ir arranjar isto e aquilo, mesmo com o submarino quase a afundar-se e o que é certo é que a coisa resulta e conseguem salvar-se. Imagine-se agora como é que ficaria a tripulação, com um capitão e imediato todos atarantados, a darem ordens contraditórias e a transmitir a ideia de que não percebem nada do assunto. É assim que eu me sinto.
Quanto ao post, claro que vale mais prevenir, neste caso a saúde, do que remediar. Penso que em teoria toda a gente concorda. Não sei se o problema está só na falta de recursos financeiros, julgo que, como em outros aspectos, todos, Estado e indivíduos, temos muito aquela mentalidade do "deixa andar". Prefere-se gastar mais numa grande reparação uns meses depois, do que ir logo com o carro à oficina. Porque, "tenho que tratar disso, mas ainda não tive tempo" e, entretanto, o tempo vai-se passando.
Relativamente ao ponto específico dessas doenças aparecerem mais cedo, já me tinha interrogado sobre as causas. Será que é fundamentalmente o sedentarismo e a alimentação? Realmente anda-se muito menos a pé e come-se muita porcaria, mas percebo o ponto de vista do/da Zante (10.26). Lembro-me das 3 carcassas com marmelada e também que em todos os cafés havia chupa-chupas enormes e aquelas caixas onde se fazia um furo para sair uma bolinha que dava direito a um chocolate. E como sobremesa comia-se pudim-flan com molho de açúcar caramelizado. Estará então a grande diferença no andar menos ou haverá outras causas?
(a notícia não é do DN, mas do JN, não é?)
Pelo que se vê o pessoal está à rasca.
É difícil ouvir alguém que confesse fazer exercício (físico), no entanto a maioria dos frequentadores dos ginásios são os cotas e os que para lá caminham (mesmo sem saber).
Os putos ou estão a jogar futebol ou a jogar computador (no intervalo bebem refrigerantes açucarados, pizzas gordurentas e restos de carne picada)
Já me esquecia, também se encontram muitos candidatos a ginastas nos corredores das urgências dos hospitais (normalmente a descansar).
Razão teve o Dr. Miguel Beleza ontem na tv ao dizer que a solução do País está em morrerem todos aos 65 anos!...
Pois é... a prevenção. Aqui no reino Unido estão sempre a fazer simulacros de incêndios: nas escolas, creches, centros comerciais e outros locais públicos, é uma constante a que as pessoas já estão acostumadas.
A prevenção para a toxicodependencia, nas escolas, começa na primária. Já falei sobre isso no meu blogue aqui.
Não, realmente a prevenção não é das prioridades do nosso país. E não quer dizer que aqui as coisas funcionem a 100% (não funcionam) mas que fazem muito mais por isso, fazem.
Sical,
O Pessoa enganou-se.
As élites portuguesas morreram em Alcacer Quibir.
Mariana
Acho que o maior mal dos seres humanos é a ansiedade com que esperam pela reforma!! Só posso concluir que o fazem porque estão mortinhos para que a vida que levam acabe depressa. Aí é que está o grande mal, que nos leva a ter todo o tipo de maleitas: o passarmos uma vida inteira a fazer aquilo que não gostamos. É claro que é também por isso que queremos que a esperança média de vida aumente. Para começarmos a viver depois desta sobrevivência miserável... se acham que exagero reparem bem na cara de entusiasmo das pessoas enquanto esperam pelo autocarro de manhã. Mas o pior é quando se aproximam da idade da reforma e descobrem que a parte que lhes cabe não dá nem para pagar os bens essenciais... aí a vontade de morrer aos 120 anos desvanece-se de vez e começam a surgir todo o tipo de maleitas. Passam o dia a queixar-se e a correr para as filas do centro de saúde na esperança de que lhes encontrem alguma doença que os leve mais depressa. E assim passa a vida da maioria das pessoas... não aprendem nada na juventude porque acreditam que isso é pura perda de tempo. e, quando chegam a velhos, constatam que, enquanto novos, se se tivessem esforçado um bocadinho mais talvez tivessem uns anos para "curtir" bem mais porreiros. É mais difícil encontrar uma pessoa em idade de reforma em Portugal que não se queixe da vida difícil que teve, do que petróleo no quintal. Falta-nos entusiasmo! Vontade de decidirmos aquilo que queremos para as nossas vidas, independentemente do politicamente correcto, de dançarmos a noite toda, bebermos uns whiskies, namorar muito, viajar pelo simples prazer de conhecer coisas novas, comer... o problema de saúde das populações nas sociedades modernas, o que afecta a esperança média de vida, é somente a inexistência de felicidade nas suas vidas. Está na moda estar deprimido porque esse é o único escape que as pessoas têm para se sentirem importantes. E eu acredito, realmente, que a maioria das pessoas entre em depressão profunda. Eu, por exemplo, se me visse numa situação em que tivesse de trabalhar em horários rígidos, com uma salário de 500euros por mês, com a prestação da casa, do carro, dos móveis e sabe-se lá mais do quê para pagar, sem qualquer perspectiva de ter um momentozinho que fosse para me divertir, concerteza que também andava a correr para a cadeira do psiquiatra com uma depressão profundíssima ou, em alternativa, para a do nutricionista por ter estoirado com a balança. Talvez o meu ponto de vista seja realmente simplista, mas era mais fácil se houvesse tempo mental para tudo.
Pois...a velha questão da Prevenção.
E ainda por cima transversal, porque toca a saúde (e os cuidados de saúde), mas toca outras tantas áreas da vida, onde as taxas de mortalidade ou incapacidade atacam forte e feio: acidentes de viação, acidentes de trabalho...
O panorama é todo o mesmo!
Começámos tarde e a más horas a acordar para esta questão da prevenção, e muita legislação que foi produzida (anos 90) foi por questões de mero cumprimento da agenda europeia; em nome da convergência imposta de fora. E depois, já se sabe: como a reforma não é feita de baixo para cima (como deveria) mas ao contrário... não há mudança de práticas, porque ninguém muda as mentalidades por decreto.
Todos sabemos!
A cultura de prevenção é apanágio das sociedades evoluídas. Porque compreender que “mais vale prevenir que remediar”, como o povo diz há séculos, custa. E é como diz JMV: tudo porque os resultados não estão à vista no imediato! Ora é precisamente na “ausência de consequências” que se traduz a prevenção, e como esta operação cognitiva exige conhecimento apriorístico...continuam a ganhar os comportamentos que só vergam “no depois”, isto é... depois do caldo entornado!
Só que aquilo que realmente não se entende é como é que a prevenção perde a guerra dos apoios económicos!
Só perde porque o Estado tb. é o primeiro a dar um mau exemplo de raciocínio.
Porque, mesmo financeiramente, é mais lucrativo investir na prevenção do que na cura (ou na reparação). Mais lucrativo para o Estado que promove o SNS, mais lucrativo para os patrões que subsidiam as pensões dos sinistrados, mais vantajosos para os cidadãos que vão ter mais saúde, para os trabalhadores que sofrem menos acidentes laborais, para os condutores que preservarão mais a sua integridade física e a de terceiros (para não falar das belas máquinas...)...etc, etc
Acho que só há mesmo uma entidade que ganha com a velha ordem: as seguradoras (ih, ih!)
Mas passemos adiante porque aqui tb há muitos polvos...
Nisto tudo só não concordo com uma coisa: que as gerações continuem a repetir os erros do passado.
Depende. Há de tudo! O que eu vejo é que desde a escola que os miúdos são mentalizados para a guerra ao tabaco (e depois seringam os pobres pais até doer, fala uma vítima que perdeu guerra durante 7 anos), e até para a “roda dos alimentos”. Noto que a malta nova come muito mais “com a cabeça” do que no meu tempo, sempre preocupados com a linha (mesmo que de uma maneira equilibrada).
Só que depois, como em tudo, há excepções, e talvez aí sejam então mais gritantes que antigamente.
Mas sempre houve pessoas excessivas e pessoas moderadas. Ou não?!
Só mais uma boca acerca da hipocrisia e da ambiguidade do Estado nesta matéria.
De um lado, o Estado legislador, que cria as leis e regulamentos (e são às centenas!) para impor às empresas, obrigando-as a criar serviços e mecanismos de prevenção de acidentes e doenças profissionais.
Do outro lado, o mesmíssimo Estado, mas agora patrão, que não zela um centímetro pela prevenção da doença dos seus próprios trabalhadores: os funcionários públicos!
Verdade, verdadinha, podem crer!
"Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço...." parece ser o lema da nossa nação!
- SOUSA, O QUE É QUE ACHA DISTO TUDO?
Ó homem, você não me durma a conduzir, veja lá! Eu sei que a conversa é chata, mas então encoste lá um bocado e passe pelas brasas...vamos lá pôr em prática a cultura de prevenção do acidente!!!
....E a propósito...
- Sousa?
Você tem feito os exames periódicos? Olhos, etc? E já substituiu o extintor? Não se esqueça de que precisamos de 4 triêngulos, da última vez íamos provocando um choque em cadeia!!!
(Ahhhh, e é verdade...tem feito as revisões à limousine? E aplicado a cera na chapa exterior? Não quero que lhe falte nada, temos que a tratar com todos os cuidados, ó Sousa, veja lá isso!)
Hoje concordo (finalmente) com o Noise; falat o sexo nessa listinha de "como viver mais e melhor"... ;)
Depois, apenas digo: Pai, foste inteligente, as bicicletas foram o melhor presente de Natal, para as míudas "fugirem" da Playsation nos fds em Coruche!!! :D
Por qualquer falha técnica falharam dois comentários meus, de resposta.
Maçã
as pessoas andam numa ansiedade de reforma para garantirem algum valor à sua reforma. Se forem despedidas, e há um esforço das empresas para se desfazerem dos que têm mais de 50 anos, essas pessoas correm o risco, pelos anos que irão levar até à reforma, de se verem a braços com um valor residual de reforma, que não se coaduna com o que descontaram. Lembro que os trabalhadores têm um cálculo de 80% sobre a média dos melhores 10 dos ultimos 15. Se os ultimos forem no desemprego, faça os cálculos.
Boa noite.
Falta-nos, de facto, uma cultura preventiva a todos os níveis.
"É importante passar a mensagem de valorização da saúde, não como algo que depende da sorte ou do azar."
Mas isto é tão óbvio, será que as pessoas ainda não tomaram consciência disso? E que a prevenção primária deverá apelar a uma dieta equilibrada e à prática de actividade física penso que também ninguém contesta.
E esta prevenção deve ser feita por cada um de nós, por isso não vejo que esteja dependente, neste sentido, de parcos recursos financeiros ou cortes orçamentais.
Essa desculpa aqui não colhe, quanto a mim.
Os conselhos que são dados, o andar a pé, o lazer, o desporto podem ser seguidos por qualquer um.
Claro que como já foi referido pelo Noise e pelo Sical há um elemento primordial que não foi referido - o sexo.
Pergunta o Sical - "há lá exercício eficaz mais gostoso?"
Não é tão bom juntar o útil ao agradável?:)
Sical,
Partilho o teu pessimismo.
Como dizes, existe a esperança, só que com muito pessimismo. Vaso partido para consertar...
Zante (11.27)
Essas são questões pertinentes e sobre as quais todos devíamos reflectir.
Não me parece um problema apenas nacional, apesar deste nos afectar mais directamente.
Segundo Pino Apprile, que não me canso de trazer aqui "A nossa espécie» segundo um autor alemão, Ernst Jonger, «sofre de hipertrofia das funções intelectuais e perdeu por completo qualquer harmonia com as forças naturais». A estupidez restabelece o equilíbrio.
Eis como o número dos seres humanos começa a aumentar, ao mesmo tempo que a massa cerebral dos indivíduos permanece estável ou, até mesmo, diminui (há qualquer coisa de sério na lei de Murphy que diz: «A população aumenta, mas o nível de inteligência permanece constante»). (....)
"se a nossa espécie tende para a estupidez, o juízo acerca do imbecil deve ser revisto: é um precursor, e não um atrasado; não compreende nada, mas está a postos para o futuro. O génio, que compreende tudo, não se deu paradoxalmente conta, todavia, de que a sua inteligência é uma ferramenta antiquada, hoje obsoleta. E perigosa."
Acho que o autor neste pedacinho diz tudo. Nunca li um livro que tão bem definisse o que hoje somos todos nós :o) Uns por defeito outros por excesso. Se todos o fossemos por excesso, era-nos mais fácil viver.
Um abraço
MJ
Boa noite:
Pelo post e comentários concordantes que se seguiram, todos a fazer a apologia da prevenção da obesidade e afins, prevê-se que no próximo jantar do MURCON a dieta seja essencialmente vegetariana (para compensar eventuais estragos anteriores).... ;););) Cohérence oblige hihihi.
Quanto às declarações de ontem do Ministro das Finanças, eu só as entendo como forma de preparar a opinião pública para eventuais medidas ainda mais restritivas a surgir num futuro muito próximo. (Como noo discurso da "Tanga"...)
No final do programa sublinhou-se o facto de termos gente a mais na Administração Pública... Mas não sei (porque não vi o programa todo)se se chegou a tocar, mesmo ao de leve, na questão dos ordenados milionários e reformas escandalosas dos gestores públicos e acessores, dos carros topo de gama à disposição, dos cartões de crédito, etc, etc....
Perante isto, acho que nos devemos preparar para futuras reduções do número de pessoal intermédio e subalterno, na administração pública e para mais umas nomeações de "pessoal de confiança" para cargos de chefia... :(:(:(
Lena b
Ps: E quanto às reformas, só me ocorre o que disse a um amigo: "Espero nessa altura estar a fazer alguma coisa tão entusiasmante que não me apeteça reformar-me..."
Até lá, continuo a andar a pé e a fazer levantamento de peso quando vou ao supermercado...
Lusco_fusco
Bellissimo comentário
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