quinta-feira, janeiro 19, 2006

Pois...

Saúde



Portugal no topo da gravidez adolescente e VIH
Portugal é o segundo país da Europa Ocidental com maior número de mães adolescentes e o primeiro na infecção pelo VIH, alertam os promotores de um simpósio sobre educação sexual que começa quinta-feira em Lisboa.

A gravidez na adolescência e os comportamentos de risco associados à sexualidade são alguns dos tópicos que vão ser debatidos até sábado no «4º Simpósio de Sexologia da Universidade Lusófona de Lisboa», este ano dedicado à educação sexual.
De acordo com Américo Baptista, promotor do encontro e especialista em sexologia, o objectivo é «tentar perceber como estamos em educação sexual e quais os caminhos que devemos seguir».
«Pretendemos avaliar como nos situamos em termos de educação sexual em relação aos nossos congéneres europeus» e além de especialistas e entidades portuguesas, foram convidados peritos estrangeiros na matéria que vão abordar a situação em Espanha, Itália e Inglaterra, explicou.
Em termos comparativos, o especialista indicou que Portugal «está mal» no que respeita à gravidez na adolescência, com 22 casos em cada mil jovens entre os 10 e os 19 anos, muito longe de países como Espanha, Bélgica, Itália ou Suíça, todos com uma taxa de gravidez abaixo dos 10 por cada mil adolescentes.
Nesta matéria, Portugal só é superado a nível europeu pelo Reino Unido (30,8), Eslováquia (26,9) e Hungria (26,5), de acordo com indicadores da UNICEF, publicados em 2001.
Também quanto ao VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), Portugal é citado pelas piores razões, sendo o país da Europa Ocidental com maior taxa de incidência de infecção.
Com 27.013 casos acumulados desde 1983, Portugal registou 1.174 novas notificações só no primeiro semestre de 2005.
No entanto, Américo Baptista sublinhou que o país evidencia as mesmas tendências evolutivas verificadas no resto da Europa, como o crescimento da transmissão entre heterossexuais, a diminuição de casos associados à toxicodependência e o aumento de casos de SIDA entre os 45 e os 54 anos.
Para prevenir os comportamentos de risco, «o conhecimento é fundamental, mas não chega», segundo um estudo conduzido por Américo Baptista junto de 1.018 estudantes universitários portugueses, que será apresentado pela primeira vez no simpósio.
De acordo com a pesquisa, «a relação entre os conhecimentos e o comportamento foi praticamente nula», o que significa que «quanto maior foi a prática de comportamentos de risco mais os jovens estavam conscientes daquilo que estavam a fazer».
Por isso, o estudo conclui que as campanhas de sensibilização têm uma eficácia muito limitada junto da população.
O especialista defende que a educação sexual nas escolas não deve apenas transmitir conhecimentos sobre os riscos associados à sexualidade, mas também motivar os jovens «a querer e a ser capaz» de adoptar uma atitude realmente preventiva.
A formação dos professores em educação sexual, o papel da comunicação social ou as disfunções sexuais são outros dos temas do simpósio, que reúne responsáveis de entidades como a Associação para o Planeamento da Família, a Liga Portuguesa Contra a Sida ou a Confederação Nacional das Associações de Pais.
Diário Digital / Lusa

25 comentários:

MT disse...

Nem sei que dizer, é o país que temos...infelizmente aparecemos sempre no topo das piores tabelas.
Aos anos que andamos a falar de Educação Sexual nas escolas, na utilidade e urgência dessa medida, não consigo compreender porque é que ainda não existe.
Enfim...é o deixa andar...

Anónimo disse...

O que esperar da população jovem de um país quando a sua população adulta é aquilo que todos nós sabemos ?! Filho de peixe sabe nadar !

Cada vez me mete mais nojo ver os nossos governantes impávidos e serenos perante um quadro em que Portugal não pára de catapultar-se para o "podium da desgraça" ao nível europeu, seja em relação à gravidez em adolescentes, aos infectados com HIV, ao distanciamento entre ricos e pobres, ou seja lá o que fôr.

Só espero não ficar ainda mais enojado na próxima 2ª feira...

Olhar disse...

E o que é que dará pernas ao "deixa andar" consciente! que promove a relação entre os conhecimentos e o comportamento ser quase nula?
Hmm..., não sei..., tive o primeiro filho com 19 faço parte de alguns dos números...
Olho para outros e reparo, adultos preocupados com a relação tida no dia/noite anterior, sem preservativo, às vezes até, com ele no bolso...
Eduquem-se os pais?

noiseformind disse...

Oh santinho, ainda a pregar (lê-se prégar) no deserto? ; )))
Então não sabes que vem aí o milagre da Educação para a Saúde? Adolescentes grávidas vai ser coisa do passado (vão começar todas a parir certinho a partir dos 21) e já nem falo nos verdadeiros milagres em relação à SIDA. Está a ser negociado com o Santuário de Fátima (sei por via de uma pia freira com quem ando a dar umas pinocadas) um Milagre Geral em relação À SIDA. Todos os que não forem sodomitas, adúlter@s e/ou tenham pelo menos visitado uma vez o santuário de Fátima nos últimos 30 anos que estiverem infectados com o HIV serão curados a 13 de Maio.

Para homem do mundo, andas pouco informado ; )))))))))))))))))

Quanto ao job aplication lamento mas ainda só tenho hotéis em S. Tomé. Mas isto é como o Monopólio, vai-se comprando aqui e ali. Ainda me calha comprar um em Carcassone ; )))))

Andorinha,
Ao preço que está o gasóleo, já te disse ontem ao tele, o ideal é ir viver para um país tão pequeno em que as distância medidas em tempo percorrido a pé não passam nunca da hora em linha recta ; )))))

Julio Machado Vaz disse...

Noise,
Para Carcassonne..., é que é já a seguir!

A Menina da Lua disse...

Bom dia!

Professor!

Eu sei que não lhe vou dar nenhuma novidade...mas para outros eventuais interessados, hoje sai uma nova colectânia de poesia de Eugénio de Andrade , a propósito do aniversário do seu nascimento...

É curioso...de manhã quando ouvi a notícia desse Encontro, lembrei-me logo desta possibilidade; de o Professor colocar aqui um post alusivo ao tema e às imensas preocupações que os "efeitos de risco" que a sexualidade pode trazer...
Os indicadores falam por si...
Contudo parece-me que já há muito que eles nos dão essa realidade mas no entanto muito pouco foi ainda feito no sentido de os contrariar...
O Conhecimento e a informação não bastam para a mudança de comportamentos. Esta convicção alarga-se a tudo e tambem às práticas sexuais; de facto torna-se sempre necessário que esse conhecimento seja "interiorizado" dentro de cada um...daí como refere que sendo as campanhas apenas de informação pouco eficazes, seja necessário sensibilizar para :"«a querer e a ser capaz» de adoptar uma atitude realmente preventiva."

A Menina da Lua disse...

Noise

Quanto a Carcassone, fiquei invejosa...eu tambem quero...:)))

Adoro essa vilela medieval que vista ao longe e iluminada à noite parece verdadeiramente o "palácio da Cinderela":)))

Anónimo disse...

A educação sexual nas escolas seria de facto uma mais valia, mas ainda assim, não sei se com resultados “estrondosos” a curto prazo, quando a cultura enraizada no país aponta para outro norte. Quem nunca ouviu algum amigo ou familiar (mesmo o supostamente mais consciente) a gabar-se de ter "papado" determinado "mulherão". E à pergunta - Preveniste-te? - a resposta é sempre a mesma. - Não pá, não me dou com o preservativo... É pá, não é a mesma coisa... Nestas coisas ou é tudo ou nada. Também seria muito azar acontecer qualquer coisa... E a "gaja" tinha bom aspecto... Nem posso pensar nisso. Qualquer dia tenho que fazer análises, já viste se tivesse alguma coisa e infectasse a Maria... Não conseguiria viver com esse peso...
É a cultura que temos, uma perspectiva de “sexo-troféu”. E a taça vai para aquele que marca golo, não para o que deixou a bola à boca da baliza... E o peso da responsabilidade vem sempre no dia a seguir...
Mas esta perspectiva pode ser mudada e daí a importância da escola. Os hábitos mudam-se e até se aprende a gostar de coisas que se pensava nunca virem a ser possíveis... A moda tem também as suas virtudes. Quem não se lembra dos aparelhos nos dentes serem um motivo de vergonha e chacota na escola? Pois hoje em dia é “fashion”. Porque não arranjar estratégias “fashion” para o uso do preservativo, para a prevenção da gravidez na adolescência?...
Falta talvez uma pitada de humanismo nas decisões do Estado, bem como trabalho no terreno. Não é nos gabinetes que se resolvem estes problemas.

noiseformind disse...

Mas pronto, não posso deixar passar em branco esta oportunidade de termos um "assunto sério" para fazer algumas considerações mais cá a puxar a brasa À sardinha da classe ; )

Somos, por definição, um país de paninhos quentes. Tenta-se sempre mudar o máximo incomodando o mínimo de pessoas. Esta situação é visível na forma como se combate o défice. Com aumentos e "caça aos infractores", não com a reorganização dos sistemas para corrigir as injustiças que geraram os infractores.

Em termos de sexualidade, o Estado sabe que vai mexer com muita coisa e portanto, a mentalidade "instalada" na lei, punitiva ou que ignora, mantém-se não por ser preferencial mas sim por causa fundamentalmente de que mudá-la implica que os poucos que estão servidos por ela reclamem a sua supremacia moral por serem "os bons da fita". Os bons da fita do costume.

Assim, que de dê medicamentos a esse pessoal com SIDA, que se arranje aí umas casinhas para essas meninas adolescentes e é deixar a coisa rolar. ORa esta necessidade de "esconder" as questões ligadas À sexualidade através de não-intervenção é uma marca inerentemente retrógada e muito mais abrangente qeue apenas a forma como são tratadas estas ou aquelas franjas da população. Mostra essencialmente um país que não consegue viver com a sua própria liberdade, envergonhado dos novos limites que surgem com a responsabilização individual.

Não há mês em que, surgindo o tema da SIDA, alguém me venha com essa verdade LaPlaciana: "Mas oh Peter, conheces alguém pessoalmente que tenha morrido de SIDA". E eu respondo logo: "Se tivesses SIDA dizias a alguém?". E el@s calam-se... Ter informação, como no caso da população homossexual se tem verificado (haverá população que tenha recebido mais atenção em termos de informação?) não é meio-caminho andado para sítio nenhum, se com isso não houver uma percepção de risco associado. Se o conhecimento se estrutura, como diz Milken, "num conjunto de premissas protectoras de receios primários então temos criado um receio secundário que se baseia na dissociação do receio primievo. O conhecimento é estruturante na estabilidade do indivíduo. Saber equivale a ter a certeza da permanência num determinado estado ou ate mesmo a aspiração a um estado de confiança superior. Mesmo que essa informação não seja praticamente condicionadora, o seu efeito de magismo está correlacionado com factores primários de associação".

Outra questão aqui é a forma como muitas vezes se confunde Educação Sexual com Trabalhos Manuais do Sexo ou (num outro extremo) com Conversas em Família. Impiedosamente, a Educação Sexual deveria ser um ponto de partida para a Responsabilização para o Prazer no Sexo, sendo que apanhar SIDA ou uma DST não deve excitar ninguém, muito pelo contrário ; )))))

Boss, é disto que o pessoal gosta, temas de conversa para nos esgadanharmos todos ; ))))

noiseformind disse...

Ameninadalua,
Resumindo e concluindo, lemos todos O Público, o que só mostra que temos bom gosto.

E já agora faço o anúncio também cultural de que estreia "Onde está a Verdade?", que considero a obra prima até ao momento de Atom Egoyan. Mas para quem não quer saber de obras primas, podem ir ver só pelas cenas de trio entre o Colin Firth, Kevin Bacon e Alison Lohman ; ))))))))))))))))))))))))

E para quem, como eu, gostava de ter uma Scarlett Johanson só sua temo-la no novo filme desse pedófilo culturalmente aceite que é Woody Allen ; )))))))))))

Anónimo disse...

Diga isso a estes senhores:

http://bananasdarepublica.blogspot.com/2006/01/fodrt.html

Que está bom, está...

Anónimo disse...

noiseformind (12:52)
Em cheio.

E já agora, se a memória não me falha, das aulas de um grande senhor, que foi o Dr. Almerindo Leça, recordo a, de então, definição de saúde da OMS: Saúde é não só a ausência de doença, mas também a existência de um progressivo bem estar fisico, psiquico, moral, sócio-politico e económico.

Se não há um progressivo bem estar de um ou mais destes elementos, é absolutamente certo que a sociedade, ou parte dela, está sem grande saúde.

Os valores da gravidez em adolescentes e do HIV não me surpreendem. Se bem conheço o país o milagre, Noise, está nos números não serem bem piores.
E é um GRANDE milagre

andorinha disse...

Boa tarde.

Continuamos, infelizmente, no pelotão da frente em tudo o que é negativo. Um tema que é debatido há anos e onde continua a ser tão difícil alterar comportamentos.
Aliás do texto ressalto a frase "a relação entre os conhecimentos e o comportamento foi praticamente nula...". Isto é assustador!
Quando se tem a noção dos riscos e apesar disso se insiste em determinados comportamentos não sei o que se possa fazer...a não ser continuar a remar contra a maré.

n figueiredo(12.45)
Plenamente de acordo com o que dizes. É necessário implementar a educação sexual nas escolas até para se fugir a essa tal perspectiva ainda muito presente no homem português de "sexo-troféu".
É pena que em pleno século XXI muitos homens ainda encarem o sexo nessa perspectiva.
Vão acumulando taças e só depois é que se preocupam (quando se preocupam) com a Maria que têm em casa.:(
"Mas esta perspectiva pode ser mudada e daí a importância da escola. Os hábitos mudam-se..."
Penso que o caminho é por aí, mas não é só nos gabinetes, por muito boa vontade que haja que estes problemas se resolvem; é necessário agir no terreno.

Noise,
Concordo contigo. A educação sexual deveria ser um ponto de partida para o prazer no sexo. Se o sexo é algo de bom ( e é:)))))), então vamos usufruí-lo ao máximo, sabendo ao mesmo tempo como evitar os seus perigos.

Este é um tema de conversa para nos esgadanharmos todos???!!!!
Porquê? Acho até que é um tema bastante consensual.

Anónimo disse...

Quantos ao contexto escolar, lamento mas sou descrente! Sabiam que raramente se mostram preservativos nas aulas onde os métodos contraceptivos são estudados? Pois é! Só em imagem. È que os pais e os outros colegas não apoiaram nunca um professor se aquilo der para o torto! Parece que não mas esta situação é um bom indicador do constrangimento que ainda existe. Sabem o que se faz? Convidam-se técnicos de saúde. Não porque saibam mais do assunto mas porque eles estarão menos sujeitos a pressões.
Sobre peste assunto vem-me à cabeça uma recomendação de um técnico de saúde (por acaso com uma excelente capacidade de comunicação) que se referindo assim aos preservativos disse assim aos alunos (e confesso que nestes termos não seria capaz de o fazer: “com medo, claro”: “Meus rapazes, aos primeiros de muitos preservativos devem ser para queimar na mão”
Em relação à SIDA que pena é haver pudor em mostrar as mazelas dérmicas e em especial as genitais aos meninos, para poderem ter a verdadeira noção dos riscos que correm. Como poderão eles temê-la e protegerem-se se os infectados têm sempre um ar impecável?
Quanto à abordagem das sexualidades e dos afectos nas escolas … apetece-me dizer: “deixem-me rir…”. Medidas boas… isso sim… (e claro que estou a emitir a minha opinião) seria a criação, manutenção de gabinetes com um técnico de medicina geral e de psicologia com integração nos centros médicos locais.

Anónimo disse...

Agora fora de brincadeiras... sabem que ando desconfiada que a maioria dos casos de gravidez em contexto escolar acontece após aulas em que é dado o funcionamento do sistema reprodutor? LOL A sério! A curiosidade precipitará os acontecimentos quando ainda não foram interiozidos e adoptados os comportamentos de prevenção pretendidos.

Pamina disse...

Boa noite.

Quanto às tendências relativamente à SIDA, já tínhamos visto mais ou menos o mesmo, no outro post. A percentagem no grupo dos toxicodependentes ainda era bastante alta. Se está a baixar, é bom.
Também saliento esta parte do texto:
"De acordo com a pesquisa, «a relação entre os conhecimentos e o comportamento foi praticamente nula», o que significa que «quanto maior foi a prática de comportamentos de risco mais os jovens estavam conscientes daquilo que estavam a fazer».
Por isso, o estudo conclui que as campanhas de sensibilização têm uma eficácia muito limitada junto da população."
Parece que, hoje em dia, o cerne do problema está menos na falta de informação do que em conseguir que as pessoas ajam em conformidade.
Curioso a taxa de gravidez do Reino Unido ser tão elevada. Será por causa da Irlanda do Norte? Provavelmente.

Noise(12.59),
Seu sádico, a desinquietar o maralhal com ideias libidinosas…zzz. Como é que eu me vou agora concentrar no trabalho com a imagem do Colin Firth todo peladinho na minha cabeça?:) Vou querer ver o filme com certeza. Do Atom Egoyan só conheço aquele filme com o Ian Holm, sobre a cidade onde morreram as crianças no acidente com o autocarro.

_Stardust_ disse...

É incrível que, com a quantidade de informação que existe- mais do que suficiente para quem a quer ouvir e inútil por ser ouvida mas não escutada pelos restantes- estejamos no cume da desgraça europeia. E talvez ainda mais triste que a Europa esteja a seguir o rumo de países como o Brasil, onde a SIDA atinge em grande percentagem casais heterossexuais de meia-idade, com um dos parceiros a não perceber muito bem o que é que se passou "na sua ausência"! :/ Isso sim já mexe com uma malvadez atroz.

Anónimo disse...

É necessário implementar a educação sexual nas escolas até para se fugir a essa tal perspectiva ainda muito presente no homem português de "sexo-troféu".
É pena que em pleno século XXI muitos homens ainda encarem o sexo nessa perspectiva.
Vão acumulando taças e só depois é que se preocupam (quando se preocupam) com a Maria que têm em casa.:(
"Mas esta perspectiva pode ser mudada e daí a importância da escola. Os hábitos mudam-se..."
Penso que o caminho é por aí, mas não é só nos gabinetes, por muito boa vontade que haja que estes problemas se resolvem; é necessário agir no terreno.
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Santa ingenuidade! Eu já fui troféu tantas e tantas vezes de mulheres casadas.
2006

A Menina da Lua disse...

Noise

Não li nada no Público...nem faço ideia do que foi escrito sobre Carcassone no jornal!
Aquilo que eu disse foi mesmo "ao vivo e a cores":))
Quando visitei Carcassone, observava-se uma vista parorâmica distanciada da cidadela que de noite e iluminada, Carcassone parecia mesmo o "castelo da Cinderela" aliás muito à semelhança mas para pior e construido muitos séculos mais tarde, o famoso Castelo de Luis da Baviera que, esse sim, serviu de base para os famosos filmes Disney da Cinderela e da Branca de Neve...que quanto a mim é um grande "mamarracho" de pedra em cima duma colina altíssima.
Carcassone consegue manter através duma rigorosa preservação histórica, aquela ambiência rústica própria da Idade Média mas mantendo na mesma vida própria... Não serve apenas para "turista ver".

Manolo Heredia disse...

Noise,
Então e os Kamikase? também vão ter atenção aos comportamentos de risco sabendo que mais tarde ou mais cedo vão explodir com a bomba?

O amor à integridade física e à vida já não é o que era. Até porque muita gente pensa que se apanhar Sida ainda vai a tempo de ser curada pelo medicamento que está quase a ser inventado!

noiseformind disse...

Sical,
Não digas isso que o Boss diz já que se a pessoa estiver remediada e prazenteira não temos nada de lhe ir mostrar o oásis orgásmico e acicatar calores looooooooooool loooooooooooooooool : ))))))))))))))

Pamina,
E se eu te disses que ele acaba por tentar enrabar o Kevin Bacon, ainda manténs essa imagem intocada dele? Vai ver, vai ver, vai ver, é fabuloso (logo a seguir ao Match Point, claro)

Andorinha,
O "esgadanhar" era no sentido penetrativo-fodal-sado-masoquista da palavra. Ai, ai, ai, se tu não me conheces... quem mais????????????????????? ; )

dadalux,
Junta-te aqui ao pessoal que precisámos de homens à altura da beleza das mulheres que por cá habitam. E traz uma amiga feiosa para eu ter por aqui finalmente uma alma gémea ; )))))))))

noiseformind disse...

Manolo,
Bem-vindo de volta pá!!!!!!!!! ; )
Kamikase? Não sei, não conheço. Assim parecido só conheço os da Kawasaki e eu não gosto de motos. Explica lá isso melhor, com coentrada e queijo derretido por cima dos pimentos padron ; ))) e já agora manda vir mais um jarro de sangria e umas setas para mim ; ))))))))))

lena b disse...

Boa noite:

Não deixa de ser pereocupante o facto de, após muito se ter falado sobre a educação sexual nas escolas, ainda estarmos nesta fase:

"De acordo com Américo Baptista, promotor do encontro e especialista em sexologia, o objectivo é «tentar perceber como estamos em educação sexual e quais os caminhos que devemos seguir»."

Como estamos? A resposta, segundo consta nas directivas do Ministério da Educação, é: "Transversais" - ou seja, vamos caminhando, na horizontal, espraiando este assunto por todos os currículos disciplinares. O que o Ministério não explica é como se aborda o tema, por exemplo, nas aulas de matemática: um mais um é igual a três?
Para quando a adopção de uma postura vertical, com a criação de uma disciplina de frequência obrigatória na qual este tipo de conteúdos possa ser alvo de uma avaliação eficaz, sem se cair na suspeita anedótica sobre eventuais "exercícios práticos"?

Quanto à minha prática lectiva, confesso que nas aulas de português, sempre vai dando para focar a questão da sensualidade, dos afectos, das paixões, a propósito dos textos. Mas como falar de prevenção da gravidez ou das DST a propósito de Fernando Pessoa ou de Camões (agora até já retiraram as "Cantigas de Amigo" e Bocage do programa!)?
Como directora de turma, vou um pouco mais longe e forneço mais alguma informação aos alunos. Valham-me os "sites" da Universidade do Minho, que estão bem feitos e são de consulta acessível, com uma linguagem adequada às idades dos alunos do secundário e, além disso, não têm certas posturas pseudo-moralistas que se vêem às vezes. Até agora, ninguém achou estranho nem se queixou de que eu estava a tentar "subverter" os moçoilos e as moçoilas... Será apenas uma questão de sorte? Ou será porque eu também não tento "impingir" esse tipo de informação, esperando (provocando é mais o termo - mas nem sempre eles reagem como se espera...) a oportunidade?
É também arriscado, esperar que sejam eles a manifestar interesse para lhes falar do assunto, até porque às vezes se dá o caso de eles pensarem que já sabem tudo, como é próprio dessas idades... Mas a tal questão da "transversalidade curricular" também não nos deixa com muita margem de manobra, apesar de ser um conceito pomposo que deve ter deixado quem o inventou com o ar balofo de quem pensa ter inventado a pólvora seca!
Estamos todos fartos de estudos sobre esta questão. Entretanto, da minha varanda (que fica perto do hospital) vou vendo as adolescentes passar, cada vez mais novas, cada vez mais grávidas, a caminho das consultas de planeamento familiar...

Lena b

Anónimo disse...

ameninadalua
não desmerecendo no encanto, principalmente simbólico e patrimonial, que nos atrai a Carcassonne, nem na justiça da classificação da Unesco em 1997, permita que lhe indique as referências que em http://fr.wikipedia.org/wiki/Cit%C3%A9_de_Carcassonne, são feitas à sua recuperação quase integralmente ‘imaginada’, onde, se faz alusão ao controverso ‘restauro’ que Viollet-le-Duc e seus discípulos ‘infligiram’ ao carácter genuíno das suas ruínas.
Desculpe o anfitrião não me referir ao tema do seu post mas é tão ou mais complexo que o do 'restauro' de ruínas.

andorinha disse...

Olá a todos.

Noise,
Quanto ao "esgadanhar", estou esclarecida.:)))
Mas quanto tempo demoramos nós a conhecer alguém???
Deves saber isso melhor do que eu...:)))))))))

"E traz uma amiga feiosa para eu ter por aqui finalmente uma alma gémea."
ILoooooooooooooooooool
Mas olha que a verdadeira beleza é invísivel...acredita em mim, miúdo.:)


Lena b,
Cara colega:),
enquanto não houver uma política definida e directrizes concretas, as coisas vão sendo feitas por carolice e motivação nossa, não é?
E assim vamos tentando remar contra a maré...