domingo, maio 15, 2005

De volta ao trabalho

Depois de roer as unhas!. A estrelinha acompanhou-nos, só desejo que connheça o caminho para o Bessa e não falte ao encontro:).

Preparo um programa sobre fantasias eróticas. Leio posições feministas que analisam o perigo de "fantasias de submissão" por parte das mulheres. Sheila Jeffreys: "Se a opressão te excita será muito mais difícil combatê-la". Para outras autoras, o sexo é uma área de jogo em que tudo é permitido, desde que não desague em práticas quotidianas. Dou o exemplo que sempre faz aquecer as discussões: pode uma mulher sentir prazer ao "levar à cena erótica" uma fantasia de submissão com um homem sem se tornar cúmplice da ordem patriarcal que rejeita e eventualmente combate?

51 comentários:

Sérgio A. Correia disse...

Caro Prof

Penso que sim. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não faz sentido confundir fantasia com ideologia.

Anónimo disse...

Boa tarde:)

Na minha opinião, pode! Como a palavra o diz, fantasia não é realidade. Desde que os dois separem isso, tudo é permitido.

Anónimo disse...

Professor,parabéns pelo seu SLB.
Quanto à questão...então não?!
Boa tarde

La fille disse...

Será que as mulheres (ou os homens!) controlam o que os excita?
Não será um campo escuro, a fonte de todas as fantasias?

andorinha disse...

Não acho que seja tão linear assim, que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Acho isso uma visão, de certa forma, simplista.

Também concordo que o sexo é uma área de jogo em que tudo deve ser permitido.
Penso também que se poderá dissociar fantasia da realidade, mas só até um certo ponto.
Se uma mulher só tiver prazer e só procurar na "cena erótica" reproduzir fantasias de submissão, ao transformar isto num padrão de realização e satisfação erótica, será complicado não agir num esquema de submissão e "inferioridade" em relação ao homem noutras esferas da vida.

Haverá ainda mulheres que só funcionam neste esquema, que é o único que lhes é "permitido", e aí nem sequer questionam o domínio do macho, mas isso é outro problema.

Como uma fantasia que se concretiza esporadicamente, não vejo problema; como algo de recorrente, já tenho sérias dúvidas;aí penso, sinceramente, que será depois mais difícil combater outro tipo de submissões.

Uma vez tem graça, muitas vezes é perigoso.:)

Anónimo disse...

Concordo com M. João - e com Manuel B. que vai embora pra Pasárgada e se marimba para qq ordem da prosa, ao fugir para a sua poesia e a sua fantasia: "Lá a existência é uma aventura - De tal modo inconseqüente - Que Joana a Louca de Espanha - Rainha e falsa demente - Vem a ser contraparente -
Da nora que nunca tive"

Anónimo disse...

retirado do blog de crazyjo cita-se um pouco de uma anedota "iluminada":

.....* "Meu filho, Eu creio que tu aprendeste a lição, e ficarei muito feliz, em restabelecer as coisas, tal e qual como estavam antes, mas é preciso esperar 9 meses... É que tu ficaste grávido ontem à noite!!!"
A
_______________________________________
looooolllllllll"

Anónimo disse...

Não estou bem a ver uma mulher a ter uma fantasia erótica de submissão e ser em simultâneo uma acérrima defensora de iguais direitos da mulher na sociedade em que vivemos.Se bem que certas fantasias eróticas, permaneçam sempre no reino da fantasia, e não sejam nunca levadas à prática na cama... acho difícil que a mulher se coloque numa posição tão dual, fantasiando uma submissão que na vida quotidiana não aceita.

Anónimo disse...

No Público de hoje:
"Os Verdes" querem que a AML recomende à câmara a reciclagem dos jornais gratuitos diariamente distribuídos nos meios de transporte da capital, assim como das bocas foleiras que pretendem fazer propaganda aos blogs dos comentadores, revelou hoje o partido ecologista em comunicado.

Anónimo disse...

Quem diria que desejei uma sessão de "fantasia", quase uma hora de perfeita agonia! Nem sei porque embarquei nesta sessão de sevícia física, juro que não sei! Será que sou uma sádica insolente e desconhecia-o? E no fundo até regozijo com isso? Se bem que a sensação final é deliciosamente bela, isso sim! Mas dores terríveis, lancinantes, um terrorismo cruel no meu corpo que tão bem estimo. Lá deambulei até à sessão que estava marcada. Afinal eu nunca desisto de nada mesmo! Nem dormi nada na noite anterior, tal era a nervosidade.
Nem chá algum aliviou. Falei com algumas amigas sobre a minha aventura, os meus receios nesta sessão de fantasia.., e foram de uma tal amabilidade a dar-me a coragem necessária, que cheguei a ficar comovida. E foram essas palavras de solidariedade que, apesar de não ter dormido bem, fizeram com que enfrentasse o dia e decidisse com firmeza que iria sim a essa sessão.
Não iria esquivar-me agora. Mas fiquei com a nítida sensação de que alguns deles, estavam a dizer nas entrelinhas; vai lá vai, e já vais ver o que é bom para a tosse! 0 nervosismo era tanto que fui de taxi, não ia conseguir conduzir directa à tortura e muito menos depois de sofrer as mazelas. Estava uma bela mulher à minha espera, parecia um filme, daqueles de qualidade do Rocco, porque era toda messalina. Daquelas que o meu pai diria: já comi pior e não me fez mal! Bem, eu nunca trinquei uma tentante daquelas mas... Nasty... Nasty.
Ela tinha um charme tão intenso que a tornava apetecível. Tinha uma presença tão enigmática que a tornava desejável. Senti um calafrio de prazer enérgico quando as mãos dela tocaram no meu corpo, delicadamente, ao ajudar-me a despir, como se explorasse algo. Quando isto aconteceu, dei por mim com vontade de a beijar. Eiiii, que é lá isso de pensar que sou safista? Apesar dos preconceitos e tabus que ainda persistem, a verdade é que as fantasias eróticas existem, são parte integrante da vida sexual de homens e de mulheres, estimulam a libido e despertam os sentidos para obtenção de novas e excitantes sensações. E era precisamente isso e muito mais que aquela safada aos poucos parecia estar a fazer, mas só de imaginar a tortura que se seguia..
Num gesto delicado pega-me pela mão e indica-me uma tarimba, num cenário onde o branco imperava e um minimalismo confortável se fazia notar. Engraçado...Eu imaginava um cenário em vermelho, nem sei bem porquê. Ainda faltavam uns minutos para a hora marcada e eu já estava apavorada. Todos os objectos ali eram belos e mesmo as velharias não fugiam de um encanto particular, mas confesso que pouca atenção lhes prestei.
Estava a congeminar outras coisas para despistar o meu nervosimo. Sentia que tinha o destino marcado com as exigências de uma vida novinha em folha. Era mais do que um simples desejo, era uma necessidade! Ainda assim, foram mais que muitas as vezes que a olhei sem querer. De qualquer das formas, pouco ou nada mais havia para dizer entre nós. Plena de doçura, disse que me daria todo o tempo que precisasse para me libertar do que me afligia, que esperava o necessário, desejava-me livre.
Libertei-me, fantasiei carícias, beijos e confissões obscenas abandonando-me em mãos desconhecidas, suaves, oferecendo o meu corpo a caprichos para não pensar no momento seguinte nutrido de sadismo. Teria no rosto a expressão sofredora de quem tem um orgasmo violento?
O tempo passou demasiado depressa e eis que chega o momento que eu estava, de alguma forma, a evitar no pensamento. Desta vez o olhar dela tornara-se observador.Retribuí a viragem de olhos e fiz de conta que não era nada comigo. Pegou-me na mão, num gesto muito meigo, meio ternurento, senti um pulsar diferente e o meu ritmo cardíaco alterou-se por inteiro, oh se alterou. Cá entre nós, eu estava apavorada!!!!! Senti os lábios dela mexerem-se perto do meu ouvido, tão perto do meu pescoço, tremi e quase me fui abaixo quando ela disse para ter calma, que não iria doer nada. Mas o pior estava para vir...
Poucos segundos depois, tão poucos que fiquei baralhada, aparece uma outra, as mãos dela grandes e avassaladoras, seguram-me os ombros e de seguida a cabeça. Fiquei sem ver!
Ela sussurrou-me qualquer coisa ao ouvido que o nervosismo me impediu de escutar mas recordo-me perfeitamente de ter dito que sim. Estava mesmo tudo tramado, queria fugir dali. Mas já não era possível. Estava naquela alhada e teria de suportar. Só sei aquilo que ainda hoje recordo e que se acentua. Sentira-me triunfante e não mostraria qualquer arrependimento e muito menos medo. Quando ela se aproximou um pouco mais de mim, consegui sentir-lhe a respiração e o seu corpo quase em cima do meu e, bruscamente, esticou e afastou as minhas pernas.
Despoletei um reboliço de sensações. Até a música parecia hipnotizar-me. Mas depressa voltei à realidade.
Fechei os olhos para evitar sentir a dor e o sadismo daquelas mãos no meu corpo, quando vi uma espátula de madeira naquelas mãos que minutos antes me tinham acariciado tão gentilmente e ao sentir aquela cera quente colocada entre as minhas pernas sem piedade alguma, umas pancadinhas e de repente um puxão violento que fizeram saltar as lágrimas dos meus olhos, numa vontade louca de gritar insultos, calúnias e demais impropérios, característicos de pessoas de pouco nível, quando ela diz: vês, não custou nada! Levantei-me, paguei e vim embora. Estava a depilação feita...

Um sorriso:)

Anónimo disse...

Cenário: o homem que apetece, a mulher apetecida. Sentidos despertos. Beijos inquietos, nervosos, exigentes. Cresce o abandono lânguido, suave, deixando partir os corpos à conquista mútua. Sem reservas. Aflorados os seios, provado o sexo quente pronto a dar e receber, ela mordisca-lhe os dedos, passeia neles a língua inebriada de prazer. Trocados os dedos pelo que é devido e sentindo-o entumescer, inicia diálogo com a outra - a consciente do seu papel mundo - que nela habita e dali devia ter arredado. -“Francamente! Aí estás tu de cócoras, deleitada com suaves ou profundos sorvos do que ao masculino pertence, assim negando o teu voto de insubmissa.”
- “Não vejo que deitada mude a substância da questão!”
- “Humilhas-me ao aceitares o papel de criatura pronta a receber o que do homem transborda!”
- “Transborda? Qual torneira avariada?”
- “Como escrava do prazer alheio, sim.”
- “E o que sinto enquanto na boca o recebo? Atraiçoa-te também?”

Diálogo improvável. Louco. Mulher que é mulher e tem gosto de o ser, apaga regras e limites ociosos. Manda às malvas o que supostamente é ou não de bom tom. Uma feminista exacerbada, em tudo lendo submissão ou controlo masculino, faz do Kama Sutra um Borda D’água de algibeira. Pode chegar para os gastos, mas quanta penúria...

Tati

amok_she disse...

...não faço a mínima ideia se pode, ou ñ pode!...nem perderia mt tempo a pensar nisso!...

...o conceito de submissão faz-me sempre muitas cócegas, pelo q ñ me imagino a ser submissa!, tal como desprezo pessoas submissas... ora, como depreendo q as fantasias (nos) "servem" para (nos) trazer (tanto qt possível, na medida da nossa capacidade para fantasiar e, posteriormente, concretizar)o q mais desejamos, ñ estou a ver(me) a desejar o q odeio...:->

Anónimo disse...

"pode uma mulher sentir prazer ao "levar à cena erótica" uma fantasia de submissão com um homem sem se tornar cúmplice da ordem patriarcal que rejeita e eventualmente combate?"
- Talvez se for masoquista. Logo, a minha opinião é não.

Helena disse...

deprimente, essa fantasia, chiça :]
tenho outras bem mais interessantes... 8)








ganhámos! ehhhhhhhh! :D

Bastet disse...

Na minha opinião é claro que pode. Muitas mulheres têm fantasias de submissão e nem por isso desejam ser submissas "fora da cama" ou mesmo sempre submissas na cama. Se assim não fosse não existiria fronteira entre a fantasia e a realidade o que, muito provavelmente, levaria à necessidade da fantasia contrária.

Bastet disse...

AH e VIVA o NOSSO BENFICA!!!! :)

andorinha disse...

Júlio,
E qual é a sua opinião a este respeito? O maralhal gostaria de saber...
Isto não deve ser unilateral - fica a conhecer as nossas posições em relação ao tema e nós não conhecemos a sua. Não é justo.:)

Anónimo disse...

Ser benfiquista é gostar da montanha russa!
Quanto à submissão. Ela é apenas uma face da entrega.E esta uma face do amor. O sexo é algo demasiado sério para ser uma simples brincadeira.No amor não há gatas pegadas à corda pelos tigres da Malásia.Um abraço.
PS: O PROGRESSO DE GONDOMAR está, com a sua compreensão, (compreenson) a publicar extratos seu do Murcon.

Anónimo disse...

Se uma feminista desejar pôr em prática uma fantasia de submissão é porque tem recalcamentos profundos. Esses tratam-se no divã do psiquiatra.

amok_she disse...

(...)uma fantasia de submissão é porque tem recalcamentos profundos. Esses tratam-se no divã do psiquiatra.(...)

ora bem!, acho q "a coisa" passa mesmo por aqui...algo q mexe mais com patologias q com desejos ...ou ñ tivesse sido trazida aqui pelo Prof... Psi...:->...palpita-me q houve uma certa "batotazinha" do Prof... ou estará ele a "testar" a nossa sanidade mental?!?...:->

andorinha disse...

to henrique doria,
Discordo.
O sexo às vezes é sério e outras vezes é uma brincadeira. E não é tão bom brincar?!

Anónimo disse...

..."pode uma mulher sentir prazer ao "levar à cena erótica" uma fantasia de submissão com um homem sem se tornar cúmplice da ordem patriarcal que rejeita e eventualmente combate?"


Pode sim Professor, mas, parece-me que isso da submissão é válido para ambos,(tanto para mulheres, como para homens),todos temos dias..., e mais..., sem que nos caiam os parentes na lama!!!:))Bom. Uma coisa, parece ser o que se diz,ou escreve,(vulgo defende...), e outra...,um daqueles"sem-limites" quando enroscamos o olhar nos abraços carinhosos uns dos outros. Conheço casos:)))
Digníssimos e convictos combatentes e defensores de causas, e, na intimidade,( quando não lhes falta a coragem de o confessarem), ainda, e muito dignamente, do outro lado! Quanto a mim, nada contra.

Ó caraças!,e se..., Ai! por outro lado quer dizer que na intimidade delegamos fácilmente convicções e linhas de vida?, Ná..., linhas de vida não!!! isto dava pano para mangas, não dava?...:)Chega.
Cala-te bico!!!:)))

andorinha disse...

to anónimo das 10.26
"Se uma feminista desejar....tem recalcamentos profundos."
Valha-me Deus - que frase tão taxativa!
Se no sexo tudo deve ser permitido, também qualquer fantasia deverá ser permitida.
Eu posso ter uma fantasia de submissão com determinada pessoa, uma fantasia de domínio com outra, as duas com a mesma (está isto confuso?) e isto não é sinónimo de qualquer recalcamento nem me deve levar ao consultório dum psi.
Só quando essa fantasia é recorrente e é única, então sim, pode conduzir, ou até já indicia, na minha opinião submissão a outros níveis.
Se não, é apenas mais uma fantasia, nem "melhor" nem "pior" nem mais nem menos "patológica" que qualquer outra.

amok_she disse...

ehehehe, lendo alguns comentários até parece q as fantasias sexuais se compram assim ao kilo, ok! para alguns às gramas!:->, e, assim sendo, as mesmas surgem do nada ...quer dizer: do nada ñ será bem o caso, surgem assim a modos pq estão "in"; pq fica bem ter fantasias; pq dá mais "cor" ao sexo; pq é preciso dar alento a algo meio-morto... enfim, pq se quer e ñ por quaisquer razões obscuras da mente, ou do sub-consciente, ou mesmo do inconsciente, sei lá!, eu ñ sou psi! (por isso é q considerei a tal "batotazinha" do Prof)...e até nem tem nada de estranho uma pessoa fantasiar com algo q lhe é completamente oposto, claro q ñ tem...ó balha-me santa ingracia:->

...bons son(h)os!...e ñ sonhem mt com fantasias dessas - daquelas q surgem do nada!:-> ou ñ tardam e estão no divã do Prof!!!:->

noiseformind disse...

Ai ai ai… prof prof prof… eu aqui a ser porreirito para ti e vens-me com uma história de fantasia sem orgasmo? Tipo… brother… eu gosto mesmo muito de ti, mas não ter aí a palavra orgasmo, portanto não definindo a fantasia como fetichista ou funcional tipo… custa-me… não me custa muito… custa-me só.
É completamente diferente falarmos de uma trela À volta do pescoço e uns gritos de “ladra, és uma cadela, ladra” da parte dele, que são puro fetichismo e portanto podem traduzir compensações da parte dela, a tipa pode até “precisar de um psiquiatra” como se diz por aí e falarmos de uma actividade sexual que passa por duas mãos À volta do pescoço dela em que a dificuldade em respirar, misturada com o pânico da asfixia irão diminuir o oxigénio fornecido ao cérebro e potenciar o CO2, e sendo este melhor condutor eléctrico, ampliar os orgasmos dela caso o estímulo dele seja digno de monta e se insira na CRS dela. Olhando assim para o seu texto fiquei assim a olhar tipo duuuuh. Já estou aqui a pensar naquela teoria engraçada que se aplica às pacientes de 60 e tal anos que não conseguem ultrapassar a dor inicial causada pelo estímulo tardio de um clit não condicionado em que se orienta a paciente para um “prazer de remedeio”. Ok, seja, nada de nos contentarmos com fetichismos, atalhando assim no tratamento fundamental, que passa pelo orgasmo. Eu sei que é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um homem português alterar a sua dinâmica sexual em virtude de ajustar o seu tempo de actividade sexual ao dela e os terapeutas que se metem por esses caminhos são menos que poucos ;) oh pá, mas eu não sei porquê, gosto de ser optimista. Acho absurdo a hipótese da humilhação pura e simples num acto sexual sem ideia de estímulo. Sim, uns palavrões nunca fizeram mal a ninguém, “puta” “foder” e “cona” ganham singularidades próprias dentro do acto sexual e podem demonstrar apenas intensidade e não insulto por si próprio (claro que ao abrigo disto há muitos homens potencialmente violentos que aproveitam para libertar os fantasmas, mas estamos aqui a falar do prazer delas, não das motivações delas ; ))) ).

Nem vamos pela celeuma da discussão, vamos já directamente pela dificuldade que muitas mulheres têm em lidar com a ejaculação precoce dos seus parceiros (este sim um problema real do dia a dia de qualquer sexpsi e não apenas uma discussão fracturante). Claro que, a eterna complacência de certas mulheres levará a que quaisquer jogos de dinâmica sexual pré-incidentes em relação ao acto sexual, mesmo que com cambiantes de alguma vexação, sejam aceites, nem que seja como forma de assim conseguirem uma forma de elas próprias se excitarem um pouco mais. Trata-se de uma estratégia, não de um desejo. Freud dedicou-se quase exclusivamente ao fetiche feminino, falsa libertação antes do tempo encenada entre-portas germânicas. Hoje em dia o fetiche é predominantemente masculino, apanhados na insegurança de um tempo em que a maré definitivamente mudou para este parasita associado há 2100 milhões de anos ao cromossoma X ; )))) a “formatação sexual” do fetiche surge da incerteza face ao acto. Substituindo o acto sexual pelo fetiche procura-se chegar através de rituais exactos ao prazer que não se tem segurança de atingir. No início do Sec XX tínhamos a fantasia do prazer feminino, o neurótico controlo parecia contribuir para a estimulação desse prazer, ainda desconhecido e despadronizado. Hoje em dia temos a “incerteza de performance” masculina, o terror que milhares de homens criados para serem “homens a sério” encarnam depois de perceberam que as mulheres já não se contentam com palavrinhas doces, o cinema ao Sábado à noite e a rapidinha no carro que até é boa para transmitir DST’s porque na pressa de arranjar posição não há tempo para formalidades como o preservativo. Mas pronto Boss, ficou-te essa falha de não dizer se se tratava de uma fantasia puramente fetichista ou se estamos a falar de certas e determinadas características de um certo acto sexual intenso e conducente ao orgasmo ; )))))
Fraco Boss… fracote… mas pronto… sabes que digas o que disseres nós amamos-te não sabes (atenção, para contas de repasto ainda te amámos mais ;)))))))))))))))))))))) )


Peter

noiseformind disse...

P.S.
Quanto ao Benfica e ás 5000 que perdi com o jogo de Sábado, vou dar uma de irremediável jogador e apostar mais mil no meu FCP para a semana. Eu sei, estavam melhores investidas em prostituas para o árbito que é mais ao gosto dos dirigentes do meu clube, mas pronto, tenho mais fé no Paddy ;)))))))))

Dinheiro de jogo é para jogar!!!!!

pita disse...

Afinal o sexo é isto tudo?
Chego à triste conclusão que ainda sou virgem!
Não dou os parabéns pelo benfica, não por ser mal educado, mas talvez por ter falta de sexo!

noiseformind disse...

Pita, darling ; ))))


Mais vale ser virgem do que não ser e toda a experiência sexual ser feita de "violações consentidas". O ponto 0 do conhecimento sexual não é o pior, lembre-se que há sempre o ponto
-39 e por aí fora, consoante o que se pensa que se sabe misturado com a ignorância trazida por praticas insatisfatórias e auto-ilusões piedosas.

Considere-se pois então afortunado na sua virgindade ; )

Peter

M disse...

Faço minhas as palavras do Sérgio A. Correia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra e eu estou farta de feministas estúpidas e ignorantes acharem que as mulheres do mundo lhes dão carta branca. Elas não falam por mim nem pelas outras mulheres, só falam por si próprias -- e as mulheres não são estúpidas nem ignorantes.

Tão só, um Pai disse...

... quem é mulher, que se pronuncie ... nós os homens não podemos ter a presunção de julgarmos saber o que lhes vai no mais fundo da sua alma ... no entanto, os jogos do sexo podem ser "ardilosos" ... podem, podem ...

Anónimo disse...

ANTEVISÃO
“Diário de Notícias”
Órgão Oficial do PS
1 de Janeiro de 2006
“O Primeiro Ministro decidiu esta manhã, depois de ter reflectido durante toda a noite com um especialista, a distribuição gratuita de vibradores masculinos, pelos elementos passivos dos agora legalizados Casamentos GAY.
- É o início do Choque Tecnológico que prometi – disse ao nosso Jornal”
Mais Notícias em : www.riapa.pt.to

Tão só, um Pai disse...

... e, em havendo preconceitos desta ordem, existe muita coisa que tenta substituir o "macho" ... se consegue ou não ... elas o dirão ...

Anónimo disse...

Pensava não voltar a este post de JMV mas fiquei impressionada com a veemência do seguinte comentário (de há dias) de alguém que se destaca do que apelida "povaréu":

"Muito a aristocracia da psiquiatria se diverte com o povaréu:-)))))... Faz bem em divertir-se porque é para isso que eles servem. São os seus bobos da corte privados. Oh tristeza....das tristezas! Quo Vadis meu Portugal?
Felizes tratamentos ....mas não há pachorra para tanto povaréu!:-)))"

Como membro do povaréu, apetece-me acrescentar o que disse o tal engenheiro sábio: "As nossas maiores imbecilidades podem ser muito sensatas."

lobices disse...

...um BOA TARDE a todos
...desejo que tenham tido um bom fim de semana e que este início de uma nova tenha tido um com começo
...
...quanto ao tema, penso, que já se "falou" dele aqui há uns posts mais atrás, em cujo tema eu "falei" do dito cujo "poder" do macho sobre a fêmea que nada tem de anormal numa relação pois é apenas o lado instintivo animal que temos e que devemos preservar
...o sexo é bom
...o sexo deve ser praticado
...o sexo é tido após a ordem que vem do cérebro
...daí o desejo, a excitação e o posrteior e final orgasmo
...para se sentir desejo é necessário que o líbido funcione e para este funcionar é preciso que se lhe dê "asas" para voar
...é preciso dar "largas" à nossa imaginação e tentar criar no real aquilo que o nosso líbido "inventou"
...se
...o facto da opressão é um factor de excitação, "ceda-se" a essa opressão pois ela vai-nos dar prazer
...se
...ela te excita, claro que vai ser mais dificil combatê-la e, consequentemente, vai ter de haver o tal ponto de "aceitação" e "submissão" pois essa aceitação natural e normal numa fêmea apenas a torna mais excitada e mais excitável
...o macho "exerce o poder" fálico da sua necessidade de erecção para "submeter" a fêmea e esta "exerce a fraqueza" de se submeter e nessa submissão ela está apenas a fazer o seu papel de instinto animal e NUNCA a submeter-se ao poder do macho
...faz parte do "jogo" sexual
...faz parte do animus
...faz parte do modus faciente
...faz parte da elaboração do acto e da sua consumação
...o sexo é, na verdade, uma área de jogo em que tudo "deve" ser permitido desde que não desague em práticas quotidianas
...certo
...ou seja, desde que esse jogo não seja repetitivo o que o iria tornar num "contra-jogo" e aí, sim, numa submissão de um dos parceiros ao interesse do outro; aí sim, violam-se todas as "leis" desse jogo
...o exemplo que o Júlio dá e que diz aquecer as discussões, está prenhe de razão, ou seja:
...a mulher PODE sentir prazer quando leva à cena erótica uma fantasia de submissão com um homem sem ser cúmplice da "ordem patriarcal" que rejeite e combata DESDE que essa fantasia de submissão lhe dê prazer: se lhe dá prazer, ela não se está a subjugar ao poder patriarcal do homem cujo poder possa combater mas, pelo contrário, ela está a exercer a sua VONTADE porque está a exercer e a levar a efeito um acto que lhe dá prazer...
...por isso, ela não se torne "cúmplice" dessa ordem patriarcal; ela passa a fazer parte da "ordem matriarcal" pois, nessa altura é ela que está a "comendar" porque a exercer uma fantasia sexual que lhe dá prazer
...se uma fantasia sexual de submissão não dá prazer a "essa" mulher ela apenas a poderá levar a cabo se quiser dar prazer ao seu parceiro sexual mas aí ela estará apenas a "ceder" por livre vontade a uma fantasia sexual do seu companheiro
...se a fantasia sexual de submissão não lhe dá, de todo, qualquer tipo de prazer, o melhor é não a levar a cabo
...mas
...nunca se esqueçam que o instinto animal é o único que sempre prevaleceu, que prevalece e que ainda prevalecerá numa relação sexual de macho e fêmea (para além de todos os outros, como é lógico)
...nunca se esqueçam que devem apenas "fazer" aquilo que o vosso líbido provocar no desejo e que se devem excitar com as consequências desse desejo e que se devem deixar "levar" pela onda da sensualidade que o corpo e o espírito comandar
....nunca se esqueçam que o sexo deve ser "ritualizado" para ter mais "sabor" e se, esse ritual, for aquele que o casal aceitar ter, ele deve ser cumprido
...logo
...a mulher pode combater a ordem patriarcal
...logo
...a mulher pode levar à cena uma sessão de submissão sem que com isso se esteja a tornar cúmplice dessa ordem que rejeita e combate
...se lhe dá prazer, porque recusar esse prazer?
...tenha-o e, depois, continue o combate contra essa "ordem patriarcal"...
...qual a incongruência?
...

Anónimo disse...

nenhuma incongruência, por sinal.

C.C. disse...

Professor,
Em jeito de comentário, permita-me deixar aqui esta bela letra de Pedro Barroso:
Excesso
Há amores estranhos fundos sem razão
- são secretos vivem na cumplicidade
indizíveis nas palavras que aqui vão
são impróprios de viver em liberdade
levaram a ternura ao exagero
e a um excesso saboroso a nossa pele
só compreende quem sente o latejar
bem mais dentro que os olhos do olhar,
há amores que não posso aqui explicar
pois quer queiram quer não inda vivemos
na pré-História de um Futuro de cem mil anos
nas grutas de um sentir que não sabemos

há uma palavra escandalosa e proibida
quando se fecha a porta e começa a fantasia
e me sento no sofá e desligo-me da vida
e fico Senhor completo do teu corpo
e o código começou e tu me ofereces
o máximo que alguém nos pode dar
e a guerra não tem hoje nem tabus
são duas vontades grandes que ali estão
e mais que as mãos e a boca e o Futuro
e o vício de dois corpos seminus
amarro em ti a vida que me escapa
e acordas-me explicando o mundo todo
e cedo a esta raiva que me mata

e sinto em ti Mulher, Mulher de mais
e houvesse aqui, agora, já, um altar
e eu casava-me contigo poro a poro,
casava-me contigo em todos os rituais
se é que não estou exactamente assim casando
o ontem com o presente e o infinito
e a cada jogo beijo salto ou grito
pressinto o chão fugir e o mundo longe
e há um abuso consentido que não peço
e tu olhas-me plácida e tremente raiva e calma
e a tormenta desabrocha e sai de nós
pela porta escancarada do excesso
(letra e música de Pedro Barroso in LP/CD "Longe Daqui" 1990)
Cumprimentos.

Raquel Vasconcelos disse...

Bolas... primeiro achei q era... depois devo ter encontrado um post generalista e pensei que não era... e depois afinal até era!

Ainda bem que é :)

Belíssimos programas se me é permitido :)




---
Aqui fica uma ideia "engraçada"...
Com uma depressão de caixão à cova, o psiq. resolveu tentar entrar em outros campos...
"Não... pois... o toque..."
Enfiada rapidamente num sexologista, em que raramente se falava de sexo... sp se perguntou se o outro psiq. teria alguma questão por resolver ou se não tinha respondido correctamente à pergunta... Ou se ele acharia que depressões de caixão à cova se tratam na área de sexologia...

PortoCroft disse...

Caro Prof.,

A estrelinha da sorte já acompanha o Benfica desde o momento em que, por vias travessas, o Sporting comprou o Ricardo, assumido benfiquista, ao Boavista. Como lhes estamos gratos. ;)

Quanto ao resto do 'post', por ser um absoluto leigo, no que respeita ao objecto de estudo, resigno-me à minha insignificância e ao quesito digo nada. ;)))))

Ale (mestressan) disse...

Relação sexual está diretamente ligada ao momento de cada indivíduo! Hora gostamos de dominar, hora de sermos dominados! Esse fato de fantasiarmos uma situação não significa, ou mesmo, não incentiva uma ideologia de relacionamento social! Masculino e Feminino, na hora da relação tornam-se apenas UM! Se na cama um mulher assume um pesonagem de uma prostituta não significa que ela acha que toda mulher tem que ser assim a toda hora...é um momento dela...haverá momentos que ela vai querer ser tratada como uma flor é tratada por um biólogo, com o máximo de carinho e singeleza possível, na cama! Resumindo: O momento individual conduz a relação sexual e isso é livre de conceitos ou préconceitos! Bom dia a todos (Ale)

Ale (mestressan) disse...

Moon_Shine: Concordo com você!

Anónimo disse...

Creio que mulheres "dominadoras" de personalidade e p.e. profissionalmente poderão achar muita "graça" a jogos eróticos de submissão.
Relativamente à pergunta, a minha resposta é que pode - mas que poderá com um parceiro e com outro não.
E pergunto: não pode um homem sentir prazer ao "levar à cena erótica" uma fantasia de submissão com uma mulher sem se tornar cúmplice de uma qualquer intenção e/ou movimento feminista?

Anónimo disse...

"pode um HOMEM sentir prazer ao "levar à cena erótica" uma fantasia de submissão com uma MULHER sem se tornar cúmplice da ordem patriarcal que defende e eventualmente impõe?"
:-)
A resposta a esta pergunta é idêntica á que coloca... Haverá homens ou mulheres que podem, outros não...Generalizar é proibido... Gozar é o objectivo...
Mas tenho cá para mim que haverá mais homens que mulheres...apenas um palpite... ;-))

Anónimo disse...

Posso colocar a questão noutros moldes? Poderá um homem que valoriza a ordem patriarcal dar-se ao luxo de se submeter a uma mulher subjugando-se dessa forma a um poder que, intimamente, ou não reconhece ou teme reconhecer? E depois, findo o acto sexual, como é que ficamos? "Foi a fingir, mulher, não abuses."?

Anónimo disse...

"E depois, findo o acto sexual, como é que ficamos? "Foi a fingir, mulher, não abuses."? "

Nã..... Dá-lhe um ensaio de porrada para continuar a mostrar que ele é que manda...
;-)

Anónimo disse...

Perfeitamente. E digo mais, tanto posso eu, mulher, fantasiar (e brincar) com a submissão na área do sexo, sem que na vida real seja uma escrava do dito "sistema patriarcal" (que, a meu ver, escraviza homens e mulheres: homens de saia já ;) ), como posso fantasiar (e brincar) eu, mulher, com a submissão do homem, sem que isso seja afirmação de feminismo radical ou de desigualdade entre mim e ele. Recuso-me a que o sexo, e os afectos (que para mim não pode haver sexo sem afectos) seja um campo político. No sexo, e nos afectos, posso ser livre sendo escrava, ou posso tornar outro livre fazendo-o escravo...

Anónimo disse...

I'm back...

amok_she disse...

Peter

2:34 AM


...ai q porra!!! tanta palavra - e eu a tentar ler tudo, chiça! tive de meter o turbo, ou adormecia antes do fim!:-> - para dizer o q eu disse numa só palavra: batotazinha, a do Prof, claro!:-> ...caramba!, isso deve ser deformação profissional, caro...na impossibilidade de "aguentar" a clientela a hora q justifica o pagamento integral, toca de fazer render o peixe...:->

amok_she disse...

Mariana disse...
(...)e eu estou farta de feministas estúpidas e ignorantes(...)e as mulheres não são estúpidas nem ignorantes.


...só as feministas, claro!:->

amok_she disse...

Recuso-me a que o sexo, e os afectos (que para mim não pode haver sexo sem afectos)

...ora aqui estaria um outro bom tema para a discussão...ou a desconstrução ...de mitos, por exemplo...Sexo sem afecto...ou, ñ necessáriamente associado aos afectos...já houve "tempos" em q acreditei nisto, hj ñ!... sem q isso implique, como ñ implicava antes, uma avaliação de qq das situações...

amok_she disse...

Diálogo improvável. Louco. Mulher que é mulher e tem gosto de o ser, apaga regras e limites ociosos. Manda às malvas o que supostamente é ou não de bom tom.

...hummmm, como é q isto me passou despercebido, de certo modo, pois li o comentário, mas só ag dei conta desta pequena pérola...

Tati, ñ vejo onde possa estar o improvável...pouco frequente, ainda, admito...mas, improvável?...nem tanto, nem tanto...

E tb. ñ vejo, ali, qq indício de submissão...de parte a parte...a Tati vê? (:->)

Qt à última frase - o mandar às malvas, eu mandaria antes à urtigas!;-) - plenamente de acordo!... gaja q'e gaja 'ta-se marimbando para os bons tons...ainda mais se supostos!...se os mesmos forem contra os seus próprios desejos...

Roberto Iza Valdés disse...
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