Voos CIA começaram durante a presidência Clinton
Condoleezza Rice afirmou que os EUA não autorizam a tortura e que todas as acções da CIA no estrangeiro se enquadram na luta contra o terrorismo e são feitas em coordenação com os países envolvidos
O controverso envio pelos Estados Unidos de prisioneiros para países terceiros, devido à suspeita de torturas, começou ainda no tempo do Presidente Bill Clinton, afirma um antigo responsável da CIA em entrevista ao Die Zeit.
Questionado pelo semanário alemão sobre o início do "sistema" de "entregas" de prisioneiros suspeitos de terrorismo a outros países para serem interrogados, Michael Scheuer, antigo chefe da "Unidade Bin Laden" da CIA, diz que o "presidente Clinton, o seu conselheiro de segurança Sandy Pastor e o conselheiro para as questões do terrorismo Richard Clarke, pediram no Outono de 1995 à CIA para destruir a Al- Qaida.
Perguntámos ao Presidente o que devíamos fazer com os detidos e ele disse-nos que o problema era nosso, acrescenta numa entrevista a ser publicada quinta-feira.
"Sabíamos perfeitamente que os países não libertariam ninguém. E não podiam ficar nos Estados Unidos, porque o Presidente Bill Clinton não queria", salienta Michael Scheuer, precisando que se concentraram em membros da Al-Qaida que eram procurados nos seus países de origem ou já tinham sido julgados à revelia.
"Estabelecemos uma lista. Depois era só encontrar a pessoa e um país pronto para cooperar connosco. Por último, a pessoa devia ser de origem de um país que estivesse disposto a aceitá-la de volta", sublinha Schleuer.
"Foi um processo incrivelmente complicado para um grupo muito limitado", acrescenta, dizendo que a "operação teve 90 por cento de êxito".
Os agentes da CIA são, por exemplo, suspeitos de terem organizado o envio para Milão, em Fevereiro de 2003, de um antigo imã conhecido por Abu Omar, que depois terá sido entregue ao Egipto.
O escândalo sobre os alegados voos da CIA rebentou em meados de Novembro com notícias divulgadas em vários jornais de referência da imprensa norte-americana e europeia.
Jornais de vários países noticiaram a passagem de aviões ao serviço da CIA por dezenas de aeroportos europeus, transportando detidos para alegadas prisões secretas, onde seriam submetidos a práticas ilegais segundo as convenções internacionais sobre direitos humanos.
8 comentários:
ProfMurcon lava mais branco! A culpa do que está a acontecer ainda vai ser da Mónica!
é caso para dizer que a cowboyada lhes está nos gen(io)e(s). mesmo assim o bush saiu mais "puro" dentro da raça "marca pistola".
Carlota Joaquina
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Beijinhos e boa sorte:)
Carlota
Ah, é verdade também tem de ter e-mail, que lhe será pedido onrigatoriamente, mesmo que não seja divulgado publicamente.
Deixei-lhe mais notícias no "Olho Seco".
Beijinhos e boa sorte:))
Boa tarde.
Está com receio dos serviços secretos americanos???:)))))))))
E não é que isto não deu para comentar durante um bom par de horas? Mete-te com o bush, mete-te, depois não te queixes...
Pelos vistos eles raptaram os blogs para interrogatório por umas horas.. :)
Em relação ao tema,
penso que o problema de os norte-americanos terem como premissa que tudo o que se faz para a segurança do povo Americano ão é ilegal. A pena de morte não deixa de ser um crime tão violento só por ao olhos da lei ser "legal". Aliás, na minha opinião ainda é pior pois é feito pelo consentimento da "sociedade". Uma má lição para quem afirma que é um dever moral, cívico e judicial nunca "pagar" um com a mesma moeda qualquer afronta à nossa pessoa. As cortes que condenam à morte não deixam de ser diferentes do Jeffrey Dahmer, a única diferença é que fazem tudo na "legalidade"!
Acho acho que está ai, as pessoas põe sempre (ou quase sempre) a segurança à frente da liberdade, dos direitos.
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