Estudo clínico
Um quarto dos soldados americanos voltam da guerra com neuroses
Os americanos enviados para o Iraque e o Afeganistão regressam a casa com uma pesada bagagem. Depressões, crises de ansiedade e outras patologias afectam sobretudo os militares mais jovens
O estudo clínico foi levado a cabo por uma equipa de São Francisco, que conclui que 25 por cento dos 103.788 veteranos da Guerra do Iraque e do Afeganistão apresentam uma ou mais perturbações psíquicas.
O diagnóstico mais comum é de stress pós-traumático, embora o abuso de substâncias, a depressão e as crises de pânico e ansiedade sejam também registados entre aqueles que regressam a casa.
Os médicos do Centro Clínico de Veteranos recomenda maior atenção aos militares com idades entre os 18 e os 24 anos, e apela a uma política de «maior prevenção, detecção e tratamento dos problemas de saúde mental».
SOL com Reuters
63 comentários:
Pois é!
É duro!
A sociedade americana, ao contrário de outras, é do tipo individualista...Durante as várias vezes que la fui, tive oportunidade de verificar que o "self made man" constrói-se com muita "endourance" e tress, cujos resultados são avaliados sistematicamente,não só pelo pelo próprio sistema mas pelas próprias pessoas nas suas variadas relações.
A guerra no Iraque é aquilo que tomos sabemos...pela sua pouca consistência, pelo ambiente de extrema turbulência e perigosidade e tambem pela falta de convicção dos que lá estão, parecem-me ser mais que razões para a situação que são apontadas no post.
Deve ser profundamente desmoralizante combater causas perdidas e por vezes sem sentido.
Boa tarde.
Não poderia estar mais de acordo com o título do post.
Voltar vivo acaba por ser, por vezes, um pesadelo que se eterniza toda uma vida.
Não condigo sequer por-me na pele desses soldados. Tudo o que de terrível vivenciaram, presenciar "em directo" a morte de camaradas e amigos, as atrocidades que viram cometer e que também foram "obrigados" a cometer, enfim...compreendo que tudo isso deixe marcas para toda a vida.
Penso que o stress pós-traumático é uma das coisas mais difíceis de ultrapassar, não sei...
E não tem a ver com a "justeza" ou não da guerra. No Iraque, no Afeganistão, mas também na Bósnia,seja onde for, cá com os ex-combatentes do ultramar...as marcas ficam.
Quantos cidadãos pacatos e exemplares vieram totalmente transtornados das ex-colónias?
Quantos lares desfeitos, quantas vidas destruídas...não é preciso irmos à América, infelizmente:(
Errata: "consigo" e não "condigo":)
Mas lá, nos EUA, ainda referenciam o problema, e tentam acompanhar clinicamente, e não só, essas pessoas.
Cá em Portugal foi o desprezo completo pelos ex-combatentes, hoje entre os 55 e os 70 anos +/-, estando alguns em situação bem dramática. Até a instituição militar se esqueceu, com muita ligeireza, que esses homens estiveram nas fileiras OBRIGADOS.
Aquiles,
O que esperavas tu?:(
Eles eram carne para canhão e mais nada. Cumpriram o seu dever pela Pátria, deviam era estar orgulhosos disso.
Stress pós-traumático?
Mariquices de gente de espírito fraco.
Há outras prioridades(?)no país, eles que tomem uns ansiolíticos que isso passa...
:(((
POIS É SERVIRAM DE CARNE PARA CANHÃO E AGORA ESTÃO TODOS MARADOS , NÃO ME ADMIRAVA NADA QUE UM DIA DESTE PEGASSEM NUMA ARMA E SE PUSESSEM NO MEIO DA RUA AOS TIROS ...ELES ANTES DE O SEREM JÁ O ERAM ...MURCÕES E MARADOS!!!
A PENA QUE É NÃO DAREM UM TIRO CERTEIRO NUMA MEIA DÚZIA A PRECISAREM DE UM BALÁSIO NO MEIO DOS OLHOS .CAMBADA ESSES AMERICANOS!!!
BEIJÃO GRANDE
Andorinha
O problema é muito mais sério e grave do que tu pensas. Como dizes "não consigo sequer por-me na pele desses soldados", julgo estares muito arredada deste problema. E as condições dos soldados portugueses eram 100 vezes piores do que a dos americanos da época , no Vietname. Isto não é simples e não está esquecido. E ando a fazer os possíveis para que não se esqueçam desses homens que tanto amargaram, no fundo para nada.
Hello!
Sou suspeita...
Filha de veterano da guerra das ex-colónias e, para cúmulo, filho único... "Combinação perigosa"...:(
Poderá o stress pós-traumático desculpar tudo?
Uma coisa é certa, as guerras marcam toda gente: soldados, civis, novos, velhos, homens, mulheres, crianças... Existências afectadas para toda a vida e às vezes a "troco de nada", apenas e por simples capricho (e gozo?!) de quem pode.
Gosto de Westerns mas sempre me fez confusão que os Índios fossem os maus da fita.
Cresci a ouvir falar de Nazis e de como todos os Alemães foram os maus da fita. Até que conheci e me tornei amiga da namorada Alemã de um amigo. Fez-me confusão que usasse aliança (eles ainda não eram casados nessa altura) e, curiosa, perguntei-lhe porquê. Respondeu-me que era a aliança da avó. O avô morreu com 18 anos na II Guerra Mundial. Mostrou-me a foto dele e era um garoto. Ela tinha então vinte e poucos e o avô dela era mais novo que ela, isto é, ficou para sempre um avô de 18, com cara de menino. Obviamente do lado errado, mas um menino.
Qualquer tipo de violência me faz muita confusão. Não consigo imaginar o que será uma guerra.
Louvar a guerra? - Loucura
Que é preciso arrancar
De quem a quiser sentir!
A humanidade não deve
Atraiçoar a razão
Fundamental de existir.
Punhais, espadas, metralha,
Tudo isso para quê,
Se a vida pode ser bela?
O homem à luz do amor
Chegaria ao infinito
Para tocar uma estrela!
.
Viver na lama sinistra
De uma trincheira atascada
De mortos e podridão,
É perder a consciência
Do que vale para a vida
Ter no peito um coração.
Morrem cem mil? Não importa?
Em nome da Pátria, quantas
Infames negociações!
Soluços! Caem por terra
Nas lágrimas dos vencidos
As mais altas ilusões.
Conquistar novas bandeiras,
Chegar além!..., Mais além!...,
Matar, impor, destruir,
É tombar, ingloriamente,
Na maravilha fatal
Do eterno Alcácer-Kibir!
.
in "Baionetas da Morte"
de António Botto, ed. 1936
Aquiles,
Eu sei que este é um problema sério e grave, longe de mim ridicularizá-lo.
O meu segundo comentário foi escrito em tom irónico, se é a esse que te referes.
Alguma vez me passou pela cabeça que o problema se resolva engolindo uns comprimidos???
Tenho visto e lido entrevistas e reportagens com alguns desses homens que fizeram a guerra nas colónias e portanto, não estou assim tão arredada do problema como dizes.Quando digo que não consigo por-me na pele desses soldados, digo-o porque por mais que leia e oiça, não vivi os terrores que eles viveram.
As condições dos soldados portugueses eram piores do que as dos americanos na época no Vietname?
Isso não sei...mas o stress pós-traumático não escolhe nacionalidades, todos são seres humanos.
...fugindo ao tema (ou até talvez não...), permito-me voltar ao tema focado pelo comentarista no post anterior assinado por "pof"
...a certa altura, escreveu:
...
"...Mas o que me trás aqui é diferente: a intolerância total do círculo de amigos que o acompanha aqui.
Este Blog parece que é de acesso limitado. Aqueles que são seus amigos (ou conhecidos) sentem-se no direito de impedir o acesso a qualquer "estranho", numa manifestação total de intolerância. Essas pessoas. apesar do conhecimento que possuem, não são as detentoras da verdade.
A abertura do Professor contrasta com esta corte de servidores, autêntica guarda pretoriana, que se sente exclusiva dos seus pensamentos.
Para não ser acusado de anonimato informo que me chamo Paulo Ferreira e o meu e-mail é paulo.jorge@netcabo.pt
...
...permito-me discordar pelas seguintes razões:
...clicar no "pof" fica-se sem acesso a qualquer identificação
...escrever para o endereço de email (algo que não farei por não sentir necessidade disso) pode ser uma forma de obter uma resposta mas não uma "identidade" identificativa com os "lacaios" do professor JMV como "pof" diz
...não me considero intolerante excepto no aspecto de não "aceitar" anonimatos (será este facto uma intolerância?...Aceito que possa ser...porém, penso que não mas é apenas o que eu penso...
...este blog parece ser de acesso limitado, diz; claro que não é; entra quem quer; basta ter um nick registado para entrar e não um bilhete de identidade...
...ninguém pode ou consegue impedir o acesso de quem quer que seja; o amigo "pof" acedeu, entrou e disse o que muito bem entendeu; onde está a interdição?...
...não sou "servidor" nem "pretoriano" nem penso que haja aqui alguém que o seja (ainda não os li...)
...não sou dono da verdade; apenas opino e dessa não abdico
...quanto ao não ser anónimo, Paulo Ferreira (até pode ser o meu genro que tem esse nome... como há dias o José Manuel que até podia ser o meu primo), esse nome e esse email não lhe tira o anonimato
...eu posso criar um nick, uma conta de email e vir para aqui fazer o que muitos gostam de fazer: lançar a "confusão"; não estou a dizer que é o seu caso, mas quis apenas fazer vincar que não gostei da forma como se me dirigiu, sendo eu um dos muitos e habituais frequentadores deste blog
...as minhas mais cordiais saudações a quem vier por bem
Filomena,
"Obviamente do lado errado, mas um menino."
Do lado errado porquê?
Só porque não era o "nosso" lado?
Lobices,
Apoiado a 100%.
Concordo totalmente com o teu post.
Paulo Ferreira até pode ser o jogador do Chelsea,:) um nome e um endereço de e-mail qualquer um arranja.
Mas tanto o "pof" como o "josé manuel" já cumpriram a sua função, que era unica e simplesmente fazerem-se notados e tentar desestabilizar.
A partir daí têm participado na tertúlia?
Claro que não, não é isso que lhes interessa. Por aqui se vê a incongruência.
Devem pensar que somos parvos; eu já os começo a topar à légua:)
Como dizes, seja bem vindo quem vier por bem.
Quanto aos outros, podem ir pelo mesmo caminho:)))
Sobre o tema deste post, considero que mais estranho seria se os soldados americanos, bem como todos os outros, regressassem sem quaisquer perturbações. Que, apenas, 25% sejam afectados, será, até, uma vitória. Afinal, sempre é o regresso do inferno.
Sobre o tema continuado do post anterior, devo confessar que a impressão do PF "topado" pela Andorinha, também foi, inicialmente, a minha. Ou seja, que isto seria, aparentemente, um clube fechado. Uma não-tertúlia. Daí, agora, atrever-me a aconselhar todos os desestabilizadores candidatos a jogadores do Chelsea a não se ficarem pelo first sight...
Uma parte significativa dos camones que foram para o Iraque armados em cowboys estão lá por livre vontade. E não me venham falar dos xicanos e cia que não têm outra alternativa de vida: ou aquilo ou os gangs. Desses artistas não tenho pena nenhuma.
Muito mais pena tenho eu dos portugueses que combateram na Guerra Colonial e que foram obrigados a ir para lá. E muitos deles nunca mais bateram bem da tampa do açucareiro desde que de lá voltaram.
E quem quer saber desses homens ? Ninguém ! A não ser um qualquer Paulinho das Feiras que só vê neles é "toicinho do céu" para os seus aproveitamentos políticos...
Fora-de-Lei:)))
Não posso acreditar neste seu post!!:)
Mais parece uma piada dos actualmente afamados "Gatos Fedorentos" :)
Mas curiosamente não deixa de ter uma certa razão pois parece-me que parte do recrutamento feito para a guerra é voluntário e composto por mercenários que são pagos com enorme mais valia em relação às situações que mantinham antes da guerra.Pelo menos isso é referido no tal filme/documentário: "FAHRENHEIT" de Michael Moore.
No entanto não invalida que se considere humanamente insustentável e politicamente condenável manter pessoas na guerra naquelas condições...
Marx,
"Daí, agora, atrever-me a aconselhar todos os desestabilizadores candidatos a jogadores do Chelsea a não se ficarem pelo first sight..."
Excelente conselho:)
Topo-os à légua, não porque seja mais perspicaz que os outros, nada disso, mas porque já ando aqui há dois anos e esse padrão repete-se ciclicamente.
Nota-se logo pelo tipo de abordagem que é feito:)
Também pensaste no início que isto era um clube fechado, uma não-tertúlia?!!!
As aparências iludem:)))))))))
Aqui não há limite de "tertulianos":). Como já disse o Quim e eu reforço, é sempre bem vindo quem vem por bem.
Tem aparecido gente nova por aqui, tu, o Migmaia, o Paulo, a maria estrela, sei lá, tantos outros...que são parte integrante do Murcon tanto como os mais antigos.
Todos vocês são uma mais-valia e daí advém também em grande medida a vitalidade do Murcon; há sempre gente nova que entra e que se sente em casa. Isso é óptimo.
Tenho dito:)
Boa noite :-)
De facto há coincidências :-)
Li, há pouco em http://teresadavid.blogspot.com/
uma história real muito interessante de uma homem que passou a sofrer de um trauma, após a guerra colonial.
Se tiverem oportunidade, leiam porque vale a pena :-)
(Professor, perdoe-me a "publicidade" que estou a fazer mas acho que a leitura sugerida apenas vem ilustrar o conteúdo do seu post)
Um abraço
UM homem... obviamente :-)))
Há casos dramáticos de ex-combatentes do ultramar. Pessoas que nunca mais tiveram a capacidade de se relacionar socialmente, que se atiram para o chão quando ouvem um foguete, que não dormem apenas têm pesadelos.
A nossa sociedade ignora-os. E eles não foram voluntários. E muitos dos nossos jovens de então regressaram num caixão coberto com a bandeira nacional, esperados em imensas procissões.
Esta é uma das imagens que guardo na minha memória e que me chocava muito, como se a bandeira consolasse alguém...
"Uma parte significativa dos camones que foram para o Iraque armados em cowboys estão lá por livre vontade. E não me venham falar dos xicanos e cia que não têm outra alternativa de vida: ou aquilo ou os gangs. Desses artistas não tenho pena nenhuma."
Não é assim tão linear. Devido À não obrigatoriedade do serviço militar lá existem recrutadores, tipo "Mormons", que andam de porta em porta (nos bairros mais pobres, obviamente) a falar nas panóplias de possibilidades que oferece uma vida militar. Já vi um vídeo sobre isso e o discurso é sempre do género: "O que é que tu gostavas de fazer, rapaz? Eu gostava de ser músico!" E diz logo o militar: "Sabias que podes entrar na banda do exercito e ter aulas de borla?"
Eles aproveitam-se da falta de oportunidades que a sociedade oferece prometendo mundos e fundos numa vida militar. Obviamente que alguns só dão despesa meia duzia de meses. É o que é chamado, como foi dito, "carne para canhão".
Num documentário, penso que do Michael Moore, apresentam o cenário de uma forma engraçada. Logo nos primeiros meses de guerra estão a entrevistar uma mulher que está indignada com os manifestantes que estão contra a guerra e ela, tendo um filho nas linhas da frente, acha que é uma falta de respeito pela bandeira e por pessoas como o filho dela que estão ao serviço pela pátria. Uns tempos depois, após o filho ter morrido, entrevistaram novamente a senhora e o discurso já era completamente diferente. Ela já falava mal da guerra, já falava na dor dos que matam e dos que morrem...ela própria já saia à rua com cartazes anti-guerra!
Casos semelhantes se passam actualmente ainda no iraque, com soldados a fazerem vídeos e a postarem no youtube com mensagens anti-guerra. Sobre a estupidez que é a guerra. Pelo menos esta!
Sim...porque apesar de ser completamente anti.guerras sei que há certos tipos de violência são necessárias em alguns casos. A 2ª guerra para mim tem uma razão mais que válida! :|
Caro Lobices/Andorinha
Não pretendia intervir mais neste blog, embora como referi, estaria sempre atento, todavia verifico que as insinuações continuam, e isso demonstra, apesar de vários recados, (inclusive do Dr.JMV.« E se aprecio enormemente a cortesia, garanto-lhe que não tenho pachorra para cortesãos:.», e de ameninadalua «Desde há um certo tempo têm sido aqui apresentadas críticas à intolerância de alguns murcónicos e principalmente daqueles que são mais assíduos, nos quais eu tambem me incluo.Meus caros mucónicos não me parece correcto ficarmos indiferentes. A vida apresenta-nos sinais de não conformidade que nos podem dar sempre a oportunidade de melhoria e desenvolvimento.») a grande intolerância de algumas pessoas, que me parece, que têm como lema de vida a resistência das ideias à avaliação critica.
« Mas tanto o "pof" como o "josé manuel" já cumpriram a sua função, que era unica e simplesmente fazerem-se notados e tentar desestabilizar. A partir daí têm participado na tertúlia?Claro que não, não é isso que lhes interessa. Por aqui se vê a incongruência.Devem pensar que somos parvos; eu já os começo a topar à légua:)»
Esta é a qualidade de omnisciência que referi anteriormente. Mas não é que a andorinha, persiste no erro de considerar todas as pessoas, que a criticam ou que têm opiniões diferentes, como mentecaptas, acéfalas, ignorantes etc..
A única incongruência será a minha, pois voltei a escrever, quando tinha referido que o não voltava a fazer, mas olhe respondo-lhe da mesma moeda, quem não se sente não é filho de boa gente.
Quanto ao tema em questão, e para não ser mais incongruente, acho que os militares, não andarão com mais ou menos problemas, do que os desempregados e pobres deste País, que não sabem como poderão dar a volta à situação desesperante que se encontram.
Os soldados americanos, com todo o respeito que me merecem, pois têm imensos problemas psicológicos, mas garanto-vos que os nossos desempregados e desamparados deste País têm muito mais, do que stress pós-traumático.
Cumprimentos
há um dueto do bush e tony blair no youtube , very funny
triste de quem é induzido a fazer a guerra e não a construir a paz.
não vale a pena comentar se os soldados vão para a guerra porque quer queiram ou não , temos que pensar que eles são seres humanos como nós e seja lá o que for que os motivou , são GENTE, podem estar errados , mas sofrem e amam como todos nós , se continuar-mos assim qualquer dia está tudo louco, tem razão quem diz coitados dos nossos que não tiveram hipótese de fugir á guerra em áfrica , não há dinheiro que pague o custo emocional de uma guerra.
já foram ao utube ver as imagens dos mortos iraquianos , as imagens dos combatentes de 8a anos de arma na mão dos bebes baleados , dos sobreviventes de chernobil, nada dissso vos diz nada , ou será que aquala série de filmes americanos feitos para contestar a guerra no vietnam e os horrores que ela trouxe ás familias era mais verosimel, não sei tudo isto me choca , de há uns dias para cá até os bloguistas habitués se andam a guerrear, nõa sei acho que podiam para e pensar um pouco nestas arvores lindas que povoam o nosso país maravilhoso e por quem todos os dias passamos e talvez nem lhes notemos a vida e explendor , boa noite e bons sonhos
já visitaram a página www.aja.pt? viva o zeca, não era mesquinho
jose manuel, pof ou seja lá o que for,
Recados???? O Dr. JMV deixou aqui recados?
Ah! Tem razão...deixou.
"Mas tenho dificuldade em dialogar(?) com quem me define como um hipócrita que defende a extinção da raça humana. Se um dia cultivar outro estilo menos ofensivo, cá estarei para me regozijar e responder. Até lá, fique bem e apareça sempre que quiser."
"Não pretendia intervir mais neste blog..."
Claro que não, isso já nós percebemos, aliás foi o que eu disse. Já cumpriu a tarefa a que se propôs.
Por mim, a "conversa" termina aqui; gosto muito deste cantinho e gosto muito de conversar; de perder tempo não gosto, tenho muito mais que fazer.
Até amanhã, gente:)
POF
Racionalizando...
Se é economista/gestor, então não leve a mal o conselho:
-Faça uso da metodologia BSC...E ponha aqui a matriz Swot a funcionar.
A saber:
Pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.;);)
Talvez chegasse a uma proposta de "planeamento estratégico" para mandar ao nosso sempre genuinamente estimado Prof. JMV, que é verdadeiramente a "instituição" a preservar.
(posso dar um modesto contributo para identificar os paradigmas prévios de Missão, Visão e Valores:):):) - Que tal?
Isto não são mais do que patologias de "alinhamento". Não concorda?!
(Angie)
Bom dia!
Não estaremos a levar-nos demasiado a sério?
Voltando ao assunto inicial...
É óbvio que tem que se ficar traumatizado numa guerra.
Eu nunca tive conhecimento de uma única guerra com objectivos válidos, nem sequer lógicos. Se calhar é por isso que os traumas são tão grandes. Podemos usar as justificações que quisermos, que podem servir para nos explicar perante os outros, mas para conseguirmos convencer a nós próprios precisamos de muito mais do que boa argumentação.
Nós somos um animal que pensa mais do que os outros, por isso temos obrigações maiores. Responder quando somos atacados é exactamente o que qualquer animal faz.
Andorinha,
Quando escrevi “obviamente do lado errado” estava apenas a dar a minha opinião quanto a essa guerra em particular.
A exterminação de judeus, ciganos, comunistas, homossexuais, tudo o que não “enquadrasse” na mente de Hitler e seus seguidores não pode ser encarada como o “lado certo”. Pelo menos por mim não pode. Com a história, no entanto, quis apenas frisar que ainda que participando no “lado errado” (em minha opinião) cada soldado era um ser humano com a sua história e com família. Naquele caso em concreto fez-me reflectir que houve um “menino” que por vontade própria ou não – creio que era a hipótese não mas a minha amiga tem vergonha de falar nisso – entrou numa guerra.
Penso eu que em geral é fácil para quem está de fora julgar lados certos e lados errados (assumo a minha culpa ao tomar posição) mas, que em concreto, depois de ver caras e antever corações, a coisa se torna mais complicada.
Angie:))
Aplicar a grelha da Matriz Swot até que tem a sua graça:) mas a implementação do planeamento estratégico resultante da metodologia aqui é que eu vejo com alguma dificuldade:) pois o campo de aplicação é demasiadamente turbulento em emoção e baralharia com toda a certeza os dados..:)
Como muito bem diz: o "estimado Prof. JMV, que é verdadeiramente a "instituição" a preservar."...
E é uma pena que não saibamos realmente estar à altura de o estimar e que nos percamos em "espingardias" quase diárias (e isto sem ir tão longe na sua qualificação de "patologia de alinhamento") que interessam muito pouco ao real interesse o qual pelo para mim me fez vir até este blog.
As boas ideias que o professor e alguns aqui lançam, o clima literário, com sentido estético e tocantemente humano com que o faz, o ambiente divertido e descontraído com que muitos aqui se apresentam são de facto as únicas e importantes razões que vale a pena aqui estar.
Talvez fosse importante que tivéssemos um pouco mais presente a noção que e à semelhança do ambiente que acontece na blogosfera, a maior parte de nós não nos conhecemos por isso ninguem está contra ninguem e apenas estamos...enquanto houver respeito pelo professor, pelos outros e tambem por nós próprios.
Laura 3:53 AM
Com ou sem Balanced Score Card o que eu sei é que estás a dar cabo do nosso EBIT... ;-)
Ti:)
"Não estaremos a levar-nos demasiado a sério?"
Se calhar até estamos...
Por isso saibamos sorrir de nós próprios e que venha a descontracção...:)
andorinha 11:58 PM
Andorinha, deixa lá o Zé Manel em paz...
Ameninadalua 10:07 AM
Nice words... peacefully expressed.
Fora-de-Lei:)
Thank you my dear!:)
Mas é só desta vez... porque com você nunca se sabe:)
Bom dia.
Filomena,
"...cada soldado era um ser humano com a sua história e com família."
Penso que é esta perspectiva que muitas vezes se perde na guerra.
Não estava a defender Hitler, estava apenas a defender os peões de brega que vão para a frente de batalha.
No essencial concordo contigo.
Fora de lei(10.26)
Já deixei, não leste?
Prefiro, de longe, falar contigo...e com muitos outros:)
Bom dia
Desde já peço desculpa se vou ferir alguma alma melindrosa. Mas verifico que muitos comentários demonstram uma grande ignorância sobre o tema. Algumas pessoas precisavam de viver uma situação de guerra, convencional ou de guerrilha, para depois emitirem opiniões com conhecimento de causa. Treinadores de bancada e filósofos de café são muito comuns em Portugal e debitam com muita facilidade. Resolver o problema no terreno, e debaixo de fogo, é algo que, quem não viveu, não pode avaliar e muito menos tecer juízos. Se o quiserem fazer sobre as guerras genericamente, tudo bem. Agora tecer comentários sobre a racionalidade das pessoas que se viam obrigadas a combater, e sobretudo a lutar pela sobrevivência, sem se saber bem do que se fala, para além da ousadia da ignorância, não é moralmente decente.
Li no último Expresso que nos hospitais da CUF o aborto e medidas de anti concepção são proíbidos.
Eu sempre disse por aqui que a questão do aborto estava a montante. E o maralhal anda por aqui a debater a lateralidade do problema. O poder efectivo, não o do governo/estado, tem objectivos que os debates aqui no Murcon nunca afloram. O Noise tem a sua razão quando diz que por aqui não há chama para debater. E outras críticas que saõ feitas têm o seu quê. Agora que este espaço é livre é um facto que não pode ser contestado.
...estas guerras são apenas justificações para o negócio (churudo) do armamento, "money talks!";
- naives dos putos que a troco de meia dúzia de dólares e de um sentido patriótico inconsequente, vão parar ao inferno;
- podem até vir com a carteira mais gorda mas com a cabeça cheia de memórias que não se apagam com borracha e que o tempo teima em não deixar cair;
- eu felizmente não sei o que é a guerra, só nos telejornais e filmes para lá do ecran da TV, a única coisa horrorosa que presenciei foi a morte dum homem apanhado por um comboio, e devo ter sido a única pessoa que no cais da estação não foi lá meter o nariz e ver os pedaços, mesmo assim, lembro-me perfeitamente dos sacos de plástico pretos dos técnicos que fizeram a recolha;
- sinto-me uma privilegiada pornão saber o que é a guerra, não sei nem quero saber!
peace!
A propósito das chamadas de atenção do Aquiles:) lembrei-me duma questão:
O Alberto João Jardim disse ontem no telejornal que uma das primeiras coisas que ele vai fazer aquando a sua nova reeleição será contestar na Madeira a aplicação desta nova Lei do Aborto que decorreu do referendo, afirmando que ela é anti-constitucional.
Para esta decisão fundamenta-se no argumento que a lei vai contra o direito fundamental da vida humana defendido pela constituição.
Estas "manobras" de poder tambem elas são perigosas que podem atentar contra os direitos já conseguidos e garantidos...
Quando eu era mais (ainda mais) miúdo realmente tinha a fantasia que só ia À guerra e matava quem queria. Acreditava veemente que um mergulho para o Tejo, a deserção ou mesmo um balázio em mim próprio era alternativa eficaz a matar gente tão inocente quanto eu.
Agora, debruçando-me sobre o assunto, começo a aperceber-me que não é tão simples. Aliás, nada é simples.
Para além da lavagem ter começado na mocidade portuguesa, em cenário de guerra a nossa percepção deve mudar drásticamente ...e o instinto de sobrevivência supera a compaixão pelo próximo.
Como já li por ai, todos nós temos o eros e o tanatos cá dentro, é preciso é desperta-los! O grande problema é que depois, quando já não é necessário na vida em sociedade, é difícil voltar ao ponto de equilíbrio.
Eu apesar de ter algum fascínio pela "história da guerra" e por equipamento bélico...abomino a vida militar. Aliás, como já não apanhei o serviço militar obrigatório nem os pés meti no dia da defesa nacional..
PS- Começo a aperceber-me que algum do conhecimento do professor assenta num base gastronómicas. Já é a terceira associação que conto..hehe :))
ameninadalua::)
A metáfora tentava justificar a conveniência em olhar com saudável distanciamento certas experiências pessoais, que até compreendo bem e acho, aliás, legítimas. Na vida, e justamente quanto mais emotivos somos, mais convém exercitar o olhar analítico. Preserva-nos, ajuda-nos a descodificar as acções e não perpetuar as reacções...
Isto, porque sintonizei perfeitamente o desabafo em causa, sem dar a essa empatia qualquer carga bélica. Já me devia conhecer um bocadinho...:)
Quanto ao resto é como diz: -somos todos diferentes. Acho que é aí mesmo que reside o interesse em trocar ideias. E se não pudermos de todo “trocá-las”, ao menos “expressá-las”...
- Porque não hão-de todos os stakeholders ter voto na assembleia geral?!!!
O que nos mantém, volto a dizer , é o iman em torno do qual tudo isto se processa. Que é o dono do blogue e mais ninguém! :):)
Aquiles (12.16)
O aborto e a contracepção são proibidos como?
Existem dois países? Não existe uma lei a ser cumprida?
Isto pergunto eu na minha habitual ingenuidade:)
"O Noise tem a sua razão quando diz que por aqui não há chama para debater. E outras críticas que saõ feitas têm o seu quê."
Como assim? Podes explicitar?:)
Thora,
Não percebi nada do teu P.S.
Devo estar novamente com um bloqueio mental:))))
Fora-de-Lei
Será mesmo assim? Serei mesmo eu a dar cabo do EBIT?
Mmmmmmmmm..... :):) Mmmmmmmmm...:):)
Por mim diria que cada um tem a sua quota parte em incomes e revenues, e outro tanto em operating expenses. Ora faça lá as contas...:):)
Quanto a “taxes”, já basta o Sócrates!!! Não me obrigue a pagar mais...:):)
andorinha,
é normal. Não descorando, talvez ninguém perceba..nem mesmo o professor entenda! Mas exerci a minha de liberdade de o escrever..lol
PS (mais entendível) - Tens andado fugida! :)))
Angie:)
"A metáfora tentava justificar a conveniência em olhar com saudável distanciamento certas experiências pessoais"
Claro que eu percebi:) percebi e mais, alinhei completamente...:)
Só que fiz como o poeta:
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Já me devia conhecer um bocadinho...:))
Thora,
Fugida, eu?!!!:)
Daqui nunca; do Msn um bocado, não tenho tido muito tempo nem pachorra.
Mas eu volto!
É uma ameaça...e vais ser a primeira vítima:))))))))))))))
Angie 6:27 PM
Chega de provisões, minha cara amiga ! Além disso, o seu budget tem dotações mais do que suficientes para que não fique a dever nem um tostão ao Sócrates. E muito cuidadinho com o EVA...
andorinha 11:17 AM
"Já deixei, não leste? Prefiro, de longe, falar contigo... e com muitos outros."
A forma comparativa como essa tua preferência está formulada não abona muito em meu favor, pois não ?!
Fora de lei,
Abona, pá!
Só gosto de falar com pessoas que eu considere interessantes, logo...se gosto de falar contigo...
Tá melhor assim, buddy?:)))
ameninadalau (10:07)
Gostei muito do seu comentário.
aquiles (12:16)
"Eu sempre disse por aqui que a questão do aborto estava a montante. E o maralhal anda por aqui a debater a lateralidade do problema. O poder efectivo, não o do governo/estado, tem objectivos que os debates aqui no Murcon nunca afloram."
Então, estimado colega de bancada, vá "Directo ao assunto". Seguramente, a comunidade murcónica, cá estará para lhe dar continuidaade.
JFR
O poder raramente é quebrado na sua continuidade. O poder da Igreja, a tradicional, junto com o poder económico, o tradicional, tudo vão fazendo para quebrar as democracias. Nunca foram derrotados. Às vezes resguardam-se dos embates à espera de melhores ventos. E esses ventos estão a chegar. O aumento da mediocridade dos resultados do ensino, são um bom sinal que o aumento do poder sobre o obscurantismo,vai-se impor. Aliás, é esse o lema do meu blog, na inspiração do Carl Sagan.
andorinha 7:22 PM
"Tá melhor assim, buddy?"
Ja, meiner freundin!
AQUILES 9:05 PM
Concordo. Pessoalmente, também penso que não estamos muito longe de uma nova "Idade das Trevas". Já faltou mais...
Andorinha
Posso explicitar sim: Aprofundar os assuntos e não nos cingirmos a debater pela rama, sem jocosidade e para além do telegráfico.
Aquiles,
Isso será complicado num blog "generalista" como o Murcon.:)
Temos agora o Post-it...
Mas também não considero que todos os assuntos sejam aqui debatidos pela rama, embora uns sejam mais aprofundados do que outros, é verdade.
De qualquer modo, já é algo de muito positivo e de aplaudir que se levantem pistas que levem as pessoas a reflectir sobre os mais diversos temas.
Andorinha
Que é positivo, é, e muito.
http://www.releituras.com/jonasqueiroz_estupidez.asp
Idade das trevas...
Mediocridade dos resultados do ensino...
Se na primeira estou em completo desacordo, a segunda frase, parece-me um bom indício.
Se tentarmos ensinar a uma turma de meia dúzia de pessoas conseguimos ensinar mais, mais rapidamente e melhor; Se a turma tiver trinta alunos vai ficar tudo muito mais difícil, mas qual será melhor?
O ensino tem cada vez piores resultados, porque cada vez há mais gente a aprender e a ensinar, o que faz com que a qualidade naturalmente desça.
É fácil criar um ou dois alunos excelentes, é muito difícil fazer o mesmo com dez, mas parece-me impossível fazê-lo com trinta ao mesmo tempo!
Qual será melhor?
Não sei. (Acho que depende do objectivo).
Parabéns pelos temas em debate. O Murcon está bem concebido. O stress post-traumático de guerra é uma realidade, devendo nós um agradecimento especial ao Dr. Afonso de Albuquerque por tê-lo estudado e divulgado. Sabemos um pouco do Vietnam, Kipur, Golfo, Iraque, etc. mas, numa perspectiva do Ocidente. Seria útil o estudo do igual stress nos outros povos, nas suas semelhanças e diversidades. A AMI poderá dar o seu contributo - um apelo ao Dr.Nobre!
Júlio Pêgo
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