terça-feira, junho 20, 2006
A França...
... parece adormecida e amuada. Nunca navegara por aqui em Junho e estou pasmado - em teoria tudo funciona, na realidade o "País Cátaro" espera por Julho e Agosto. Da restauração à oferta cultural as portas fechadas sucedem-se. As aldeias imitam o dia inteiro as castelhanas à hora do almoço. A população parece-me envelhecida e amarga, alguns comentários sobre o empate da França giravam à volta da juventude dos sul-coreanos e da velhice... da Europa! Se se discute os acontecimentos mais recentes, um enorme desejo de "democracia musculada" não demora a vir à superfície. Os imigrantes dividem-se entre os portugueses - trabalhadores, honestos, blá-blá-blá - e os outros. Por acaso, ontem jantei no restaurante de um. Vinho verde, abraços, endereços lusos trocados. E um discurso amargo sobre racismo encapotado... Dir-se-ia que muitos franceses pararam no tempo e acham espantoso que outras nacionalidades não lhes mostrem o respeito devido a quem deu ao mundo a Revolução. Nado e criado na cultura francesa, pesa-me um certo odor a decadência, mas não o nego. A pedido de Chirac, Jean Nouvel desenhou um novo museu que abre as suas portas em Paris. Mas, se não arrepiar caminho, pode ser o país inteiro a encaminhar-se para apresentar o passado como principal cartão de visita.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
20 comentários:
...existe um post no meu blog, em Agosto de 2004, a dizer que não gostei de Paris...
...na altura, parece que houvera dito uma heresia
...não, não gostei de Paris; que fazer?...
Boa tarde.
O quadro de desencanto que pinta, parece-me poder ser aplicado à maioria dos países da Europa.
É certo que também nunca andei por aí em Junho, mas sendo esse o panorama...não é mesmo nada animador.
"A população parece-me envelhecida e amarga..."
"Se se discute os acontecimentos mais recentes, um enorme desejo de "democracia musculada" não demora a vir à superfície."
"E um discurso amargo sobre racismo encapotado..."
A quantos países se aplicariam estas frases? Penso eu que a quase todos da Europa. A Europa é hoje um continente envelhecido e triste.
Quanto aos franceses nem o futebol lhes serve de lenitivo...
Mas desforrou-se no vinho verde e não só (de certeza):)
Essas saudades da comidinha portuguesa...:)
Lobices,
Eu gosto imenso de Paris, mas o facto de tu não gostares, não faz de ti um herege.:)))))))))))))
boa noite
a frança envelhecida ...numa europa envelhecida.
culturalmente
já não seria mau que, em tempo de crise mundial, conseguisse fazer a manutenção de toda a sua riqueza passada, mas pelos vistos, nem isso.
gosto da dualidade de paris.
A História sem turismo ... ou o Turismo sem história
Desloquei-me recentemente a França e não fiquei com a mesma impressão quanto à “paralisia” francesa. E, apesar de ter andado por várias “aldeias” (Eze, St. Paul de Vence, Grasse), adorei o relativo sossego existente, sem privação ao nível da restauração e oferta cultural.
Penso que a diferença está nos locais. Onde estive (Cote d’Azur) a História surge como complemento de outras atracções turísticas (o mar, o jogo, um aeroporto com voos a custos muito baixos) para além da proximidade de locais que, não sendo de sonho, fazem sonhar muitos dos novos turistas. No local onde “peregrina” o professor Júlio é, fundamentalmente, a História que se oferece. Para além disso, paisagens de sonho que não fazem sonhar muitos dos actuais turistas. E, a tudo isso, se junta uma necessária boa forma física e algum espírito de sacrifício para poder calcorrear esses caminhos carregados de História.
Em suma, nos tempos que correm, a História, só por si, não vende turismo. Os tempos actuais são mais propícios ao Turismo sem história.
Quanto aos franceses, sempre partilhei a opinião de serem arrogantes. Sempre se entenderam como o farol, senão do mundo, pelo menos da Europa. E, hoje, quem navega não necessita grandemente dos faróis. A sua luz já pouco importa. Servem sobretudo para serem contemplados. Gosto muito deles. Tal como gosto muito de França.
Bon voyage professeur.
Da Miopia, do Direito à Indignação e de uns Óculos de Valgínia Lolofrígida
A frase é do segundo Soares, se bem que ainda durante o arrastar do primeiro Cavaquismo: restava, ao cidadão, "o direito à indignação".
Objectivamente, desde então, tudo piorou.
Ouvi, por alto, acontecer qualquer coisa como uma recondução, hoje, do Lambedor de Solas como Governador do Banco de Portugal, e de uma previsão de redução de 70 e tal por cento das pensões, daqui a uns quantos, poucos, anos.
Obviamente, isto é uma questão menor, perante os espasmos do Deco, as cuspidelas para a relva do Cristiano Ronaldo, o vómito do Hermann-S.I.C., ou as contorsões matinais de Cláudio Ramos, um dos mais célebres "heterossexuais-passivos" da nossa cena.
Obviamente, dói-me mais que me desliguem uma tirada da Lili Caneças, ou uma das célebres "putativas boutades" de Asco Falido Poluente.
Obviamente, como grande parte dos Portugueses de bom senso, começo a estar francamente nauseado, com este diário atropelar de direitos e desrespeito pela mais elementar cidadania.
De facto, começa a ser tempo de alguma coisa acontecer: se essa coisa, chamada Segurança Social, cujo sentido profundo, de facto, desconheço, não está a cumprir os seus objectivos, se o chamado "Governo de Portugal" se esticou, ao ponto de perder o respeito por si mesmo, e de ousar violar tudo e mais a própria Constituição, e se toda a gente acha bem, e até põe a bandeirinha à janela, eu deixaria aqui uma sugestão: ninguém, no seu perfeito juízo -- a não ser que seja masoquista, ou Português --, continua a investir num processo fracassado, pelo que, doravante, deve, aquele que contribui para o sistema falido, ser livre de guardar o dinheiro dos seus descontos, para o depositar, ou investir, onde melhor entender, menos nessa coisa chamada... "Segurança (sic.) Social".
Em Itália, por altura idêntica, puseram uma carga de plástico por debaixo do carro onde ia entrar o equivalente àquele ministro do olho descaído, velho amigo do Sócrates, Ferro e Pedroso. A nós, que somos obviamente de costumes mais brandamente disfarçados, resta o Direito à Indignação, que, do meu limitadíssimo ponto de vista não se deveria, mesmo, deixar ficar por um pequeno enxerto de porrada.
Não foi a França em si.
É a civilização ocidental que envelheceu, definhou e se esgotou. O que se vê agora pela França é a pele mirrada de uma sociedade anquilosada. Como eu já venho repetindo, revejam bem A Queda do Império Romano.
Lobices
Não desgosto de Paris. Mas a minha cidade na Europa é Praga. E o JMV também adora Praga e o jazz na Ponte Carlos.
Mas depois também gosto muito de Mértola, do Douro e da Ribeira do Porto. Gosto de localidades com calor humano.
Pena que a solarenga peregrinação conducente a algum apartamento (afastamento) momentâneo das coisas mundanas, não fique de todo imune à realidade pardacenta desse inelutável train-train vacancier de Juin au Pays des Catares...
À bout de souffle... il vaut miex me taire.
Bon dodo à tous...
Nos últimos anos tenho acompanhado aqui a sociedade francesa. Tem sido por assim dizer a minha janela para a realidade francesa como a pensam os franceses. Em 2003 li este este texto que muito mudou a minha perspectiva em relação À coesão francesa. Parecia haver uma negação de direitos consciente aos emigrantes negros e magrebinos de 2ª e 3ª geração e isto perturbou imenso a ideia que tinha da República Francesa, que tinha sido muito alimentada por aquele universalismo da ideia da Legião Francesa. Voltei a relê-lo, com a certeza de ter estado em contacto com uma profecia, estas palavras na altura dos confrontos e revoltas de jovens:
"S’il est souvent difficile, au cas par cas, de produire des preuves, il existe en revanche des indices multiples qui permettent d’établir l’existence massive de cette discrimination. Au-delà des témoignages de victimes, qui sont innombrables, certains chiffres sont parlants :
- le taux de chômage est actuellement trois fois plus élevé chez les étrangers non-européens que chez les Français (29,3% contre 9,5%) ;
- chez les jeunes de 22-29 ans dont les deux parents sont nés en Algérie, il est près de quatre fois plus élevé que chez les autres Français du même âge (42% contre 11%) [3] ;
- de 1975 à 1990, 40% des postes de travail occupés par les étrangers dans l’industrie ont été supprimés, ce qui correspond au licenciement de plus d’un demi million de salariés ;
- de 1980 à 1984, le chômage a augmenté de 5% pour les Français et de 18% pour les étrangers."
Lá está. Explicada a "inserção" portuguesa. A procura de pequenos negócios que determinaram que a perda de empregos em indústrias não-tecnológicas não afectasse tanto os portugueses.
E li (e comprei o album!!!!!!!!!) do grupo La Rumeur depois de ler esta entrevista na qual se destacava esta resposta:
Pergunta - A plusieurs reprises dans l’album Regain de tension, vous prophétisez l’émeute, un noircissement des mœurs, une patience qui ne durera pas. Faut-il y voir l’expression d’un souhait ou d’une menace ?
Resposta - Des deux. D’un souhait et d’une menace. On parlait récemment des syndicats de routiers qu’on a menacés de retrait du permis de conduire s’ils en venaient à des mobilisations persistantes. Face à ce genre de situation, je ne vois pas d’autre alternative que de descendre dans la rue et de tout casser. A l’heure actuelle, ces états de fait s’accumulent. Et le fait que Hamé ait été attaqué en justice pour l’article « Insécurité sous la plume d’un barbare » nous conforte d’autant plus dans cette position : se faire attaquer pour un texte aussi référencé, aussi écrit, avec des véritables données sociologiques, c’est une infamie. Si aujourd’hui tu n’as pas le droit de dire cela et de surcroît en ces termes, je pense que c’est une situation qui nous conduira au chaos, aux émeutes. Quand un jeune se fait buter par un flic, je ne suis pas pour la conciliation, à plus forte raison quand tu peux déjà anticiper le résultat du verdict, qui va rarement dans le sens des victimes.
A partir do momento em que um país teme um dos seus cidadãos não há condições para haver igualdade de tratamento em relação a esse grupo de cidadãos. E passado meio ano... foi o que se viu!!!!!!!!!
E que dizer das palavras de Saïd Bouamama quando ele afirmava em Maio de 2005:
"A défaut d’offrir stabilité et sécurité sociale, les gouvernements libéraux tentent de produire un sentiment de supériorité et de valorisation de soi par le biais d’une mise en scène idéologique. Construire une « unité nationale » qui dépasse les classes sociales en construisant un « autre » en difficulté d’intégration ou constituant un danger pour la république, est un autre point de ressemblance avec l’époque coloniale. C’est la raison pour laquelle nous parlons de la construction d’un « racisme respectable » autorisant des attitudes et des postures jusque là positionnées dans l’impossible et l’inacceptable."
Gosto deste site. Tem sido uma boa companhia para recursos de textos de pessoas que, de uma forma ou de outra vão pensando e problematizando a França. Espero que ajude o debate de ideias sobre a França não só agora mas no futuro ; ))))))))
Pq, como é lema desse site, deve-se "ler para compreender"...
E deliciem-se com a lucidez universalista (em termos ocidentais) destas palavras proferidas em Março de 2001 (ainda não tinham batido aviões nenhumas contra edifícios nenhuns...
L’utilité de l’appareil pénal à l’ère postkeynésienne de l’emploi d’insécurité est donc triple: il sert à discipliner les fractions de la classe ouvrière rétive au nouveau salariat précaire des services; il neutralise et entrepose ses éléments les plus disruptifs ou considérés comme superflus au regard des mutations de l’offre d’emplois; et il réaffirme l’autorité de l’Etat dans le domaine restreint qui lui revient désormais et comble au passage le déficit de légitimité des gouvernants du au fait qu’ils prêchent désormais l’impotence en matière économique et sociale. De uma lucidez obscena, diria eu ; (((((((
Volto a repetir em português bem claro o último sublinhado do meu comment:
A utilidade do aparelho penal é tripla: disciplinar as classes baixas e sujeitas a perder utilidade económica pelo carácter cíclico dos seus postos de trabalho, neutralizar os elementos disruptivos ou supérfulos que reagem a essas oscilações na oferta de trabalho e reafirmar junto dessas classes a autoridade do Estado.
Assustador... assustador malta... pq sabemos bem que usar uma cadeia como símbolo social costuma dar asneira (a tomada de uma Bastilha quase sem presos mas altamente simbólica para o povo é disso marca indelével na história francesa)
Resvalando para a impressão francesa... bem... estive em Avignon 8 vezes o ano passado e senti o centro histórico um pouco abandonado em relação à importância do local. Lá em cima, nos jardins suspensos, muito pouca gente, as confeitarias da Praça do Relógio cheias de iguarias gigantes (com preços europeus a condizer) sem ninguém que as levasse. Mas faltam-me anos e anos de visitas para poder julgar correctamente. Olhem que já em Arles foi um regabofe. A casa ao lado daquela onde morreu Van Gogh tem em baixo um café pertença de um dos membros dos Gipsy Kings que faz lembrar qualquer gorduroso café luso de aldeia (e estava cheio de gente a pedir autógrafos ao tal membro da banda) e o Coliseu Romano/Praça de Touros transbordava de sadias adolescentes americanas (tb devia haver por lá sadios americanos, mas não os vi...). Já dizia o santo do meu avô materno, paz à sua alma: "Dias não são dias" ; ))))))))
Boss,
Para quando relatos tórridos das tuas experiência confratenizantes com as nossas irmãs gaulesas????????????????? Snif, snif, snif. Não me digas que te andas só a cansar com as caminhadas! ; )))))))))))
Olha que se por um lado a população te parece "envelhecida e amarga" não serias tu rapaz para levar, pelo menos no que à fatia fêmea da população diz respeito, um pouco de osmozisante (new word alert!!!!) carinho e retemperante afecto de origem lusa? Estou só a perguntar, e perguntar, claro, não ofende ; )
NOISE
O Boss está em viagem como retiro espiritual. Não retires ilações.
se conviveu foi meramente no plano espiritual
Houve tempos em que o glamour alimentava as almas de si convictas e alienava a restante falta de carisma. Mas, e agora?...
Bom, agora-agorinha mesmo, lembrei como adoraria fazer uma viagem de comboio por terras de Champagne. A sós ou muito bem acompanhada (sendo que, por vezes, uma é a outra;-)
Faça o favor de viver umas férias mais bonitas que qualquer postal!
Ó Noise, ó Noise!!!
Então tu queres ser mais papista que o Papa... ou menos cátaro que Belibasto?
Apenas ao foro íntimo do Prof. competem as decisões quanto a possíveis refrigérios espirituais e consorelizantes (fratello - irmão; sorella - irmã) com as servas do Senhor...
Quanto ao neologismo, deverá ser osmosizante, visto ser derivado de "osmose"; e o sufixo será "zante" tal como em electrizante ou fascizante (raio de exemplo, mas foi o que saiu). O menino assim vai chumbar no exame de Neologia. Mas salva-se em Retórica Pós-Moderna pelo artigalhaço sobre De Pacem Gallica... está muito bem urdido.
Adieu...
Sorella Aspásia e Fratello Aquiles,
O nosso luminar caminhará até aos limites (ou, para ser mais preciso, ás bordas) da confratenização sem ultrapassar os limites da pregação murcunita. E se a fé empurra o que prega a fé deve seguir, mesmo que transpondo-se a si mesmo. Eu próprio já fui apanhado nessas aparentes armadilhas da religiosidade. Deve-se seguir em frente, ou seja, além das bordas ; ))))))))
Pois... Também ia a dizer que tinha lido ali um pseudo-neologismo (como é bom adir prefixos!), mas como a lição está dada, e bem dada, resta-me o meu cavalo de batalha diário: a questão da contracção da proposição "a" com o artigo definido feminino do singular "a", que resulta na preposição "à" (com função sintáctica de complemento indirecto), excepcionalmente acentuada de forma aguda (ela e seus derivados, claro: àquilo, àquele/a, àqueloutro/a; e nada mais).
É que eu ainda não tinha dito que sou chata, e não estou aqui para enganar ninguém :-)
Bem-hajam***
Mas eu tenho sido claríssimo nisso, minhas caras. Penso (e já partilhei isso com vários dos participantes na caixa de comentários) ser dever murcónico dar uma média de 3 erros por 500 caracteres de mensagem pelo menos. Julgo que, como participantes activos e com ideias a expressar, é importante deixarmos qualquer coisa para que aqueles sem opinião formada ou possibilidade per se de desenvolverem participação crítica extensiva no blog obterem alguma satisfação servindo de correctores ortográficos humanos (aliás, basta perquisarem "correctores ortográficos humanos" para perceberem o que digo). Ao início acrescentava todos os erros dados num PS (como poderão confirmar facilmente pesquisando "correctores ortográficos") mas isso desencorajava e tirava sentido aos correctores ortográficos humanos, que se sentiam melindrados após o momento triunfal de descoberta do erro verem as suas expectativas frustradas. Chegaram aos meus castos ouvidos (Aliás, todos os orifícios em mim são castos) rumores de que tinha mesmo habido tentativas de suicídio devido ao facto de eu colocar todos os erros em PS no fim das mensagens. Sendo assim, e depois de muito me aconselhar com Ele, que trepa aos castelos como quem sobe para um passeio numa rua, decidi deixar de usar os PS e assim extender os prazeres triunfalistas dos correctores ortográficos e assim convidá-los a participar activamente na nossa comunidade. E foi bom ver que a nossa irmã APC, por exemplo, teve mais a dizer do meu erro (mesmo que repetido em parte em relação à nossa irmã Aspásia) do que do post do Jú propriamente dito. E isso é bom, e é certo, pq é bom termos um sentido na vida. Umas pessoas lêem várias coisas e sintetizam-nas em ideias suas, outras usam ideias de outras pessoas mas que ninguém sabe que não são delas próprias e depois temos esta casta muito especial dos que, não tendo propriamente nada a dizer, confirmam a realidade humana de que ambas as outras formas de vida intelectual não se limitam a fazer copy paste dos sies, escrevem mesmo textos com os seus dedos ; )))))))) da minha parte terão sempre doces erros para vos manterdes bem nutridas e fortes em Jú ; ))))))
Como disse ainda à pouco tempo num retiro à nossa irmã Lusco_Fusco:
-Passa-me o sal
E que fez ela? Cogniscientou-se do sal! O meu pedido, além de ser um poderoso dínamo de acção para ela, fez com que ela se apercebesse de uma nova e maravilhosa interacção com os cristalinhos. E é por isso que eu digo:
-Não há marcas de preservativos que nunca furem.
Pensem nisto e guardem isto bem fundo nas vossas mentes: sem o maroto espermatóido encontrar o buraquinho no preservativo o buraco em si não representa liberdade nenhuma para os espermatóides oprimidos. É preciso testar as barreiras para saber que elas existem. E vejo esperança, APC, eu vejo esperança. Vê como a nossa irmã Aspásia consegue estar nesses dois patamares, repara. Ela corrige, mas... repara... tb existe como pessoa capaz de ter ideias e opiniões próprias. Não é bonito, não é exultante? É tudo uma questão de equilíbrio. Pensa nisto como um imenso 69 em que tanto podes estar por cima ou por baixo, mas lá está! Em ambos os casos tens de mamar no membro do homem que está contigo para SER um 69. Pq caso não o faças estámos diante de outra coisa que não um 69, estámos diante de um caso de duas pessoas que estão apenas deitadas de forma oposta uma à outra.
E continua a corrigir-me, eu darei erros bastantes para te manter satisfeita e preenchida, pq eu tb já estive nesse 69. E eu já estive por baixo e eu já estive por cima, e eu já mamei e já fui mamado e eu sei que estas coisas fazem sentido vividas sob a égide da reciprocidade. E se eu sei que gostaz de erros, pq não dá-los, se me custam tão pouco dar? Não sou orgulhoso, não sou vil, Meu Deus, sou apenas um ser humano normal e sem grandes posses, posso facilmente, muito facilmente dar-te esse pequeno prazer. Pq eu sei que estámos juntos neste 69 e agora que sei o que te dá prazer, acredita que te quero dar prazer. E acredita que me dás muito prazer tb. E a Aspásia sempre que quiser tb se pode juntar a nós. E eu mamo a Aspásia como antes te mamei a ti pq para mim o importante é saber que estámos a comunicar e que essa comunicação frutifica ; ))))) e mais!!! Mesmo que nesta ligação cósmica não me mamem a mim eu continuarei a mamar-vos a vós, pq nós somos muito mais que família, somos perfeitos desconhecidos e isso é bom, pq a família já temos motivos bastantes para não nos metermos com eles e com perfeitos desconhecidos ainda não sabemos se ao conhecer essas pessoas vamos ter motivos para as ignorar. Ibrigada por este momento de partilha, é bom saber que alguém nos entende... obrigada por este momento de partilha :.............)
Mas, Noise, que injustiça essa!, se tão antes de detectar a tua piquena imprecisão, eu comentara, pois sim, o post do Excelso Senhor Doutor! À minha maneira, claro, nem mais nem menos do que fui capaz, mas com um daqueles afectos incontidos (!), que realmente só voltou a ter igual quando vi ali o teu "á" - tadinho, tão perdido na vida e sem sentido... Oh, sabes lá o que me doeu isso! E que cristã seria eu se o não houvera ajudado a entender a sua função no mundo das palavras, diz-me lá tu?...
BH! :-)
Enviar um comentário