SIDA: Governos não seguem mesma política, diz médico
Descontinuidade de políticas dos sucessivos governos no que diz respeito ao combate à SIDA, foi uma crítica lançada esta manhã pelo médico e catedrático da Universidade de Coimbra, Meliço Silvestre.
01/06/2006
Meliço Silvestre
(16:41) Na sessão de abertura do sétimo Congresso Nacional de Bioética, que até amanhã, decorre no Porto, o especialista criticou as diferentes políticas dos governos e apelou, ainda, para um maior investimento na educação para a cidadania.
Preocupante é, também, para Meliço Silvestre, o cada vez maior número de idosos infectados com o vírus HIV.
A SIDA está assim em debate, hoje e amanhã, no Porto, num congresso que tenta traçar novos desafios para o século XXI em matéria de combate ao vírus HIV, e à discriminação dos seropositivos, sobretudo no acesso ao mercado de trabalho.
18 comentários:
Boa Tarde
Pois é... mas muitas vezes as pessoas sabem o que devem fazer em teoria... não conseguem é pôr em prática. Há alguma panaceia para ajudar a fazer a ponte? Afinal a Razão e a Emoção estarão assim tão ligadas? Às vezes não parece, desculpe-me, Prof. Damásio. Era preciso fazer estudos de campo, na escola, no escritório, nos festivais de rock, etc.
Até logo...
O título deste post faz-me imaginar um velhote, já todo marreco e de bengala, a entrar no Elefante Branco e a balbuciar: Dou 500 Euros a quem me fizer um "bico" !
A grande falha, para a SIDA e para tudo, é a falta de formação civíca.
Em simultâneo, a falta de informação geral.
A que se junta a falta de formação académica, ou a debilidade dessa formação, o que para o casi vem a dar no mesmo.
E como não há uma actuação, a nivel geral, sobre estes aspectos, o problema da Sida não vai ter melhoria, como vai piorar. Por falta de formação e de informação o número de infectados vai aumentar de forma dramática.
Eu sei que sou pessimista. Se alguém for optimista em relação a este tema que exponha o seu ponto de vista.
"para o caso" queria eu ter escrito.
Boa tarde.
Está-se constantemente a apelar para um maior investimento na educação para a cidadania, mas pouco se faz...
Não havendo uma política consistente e continuada de combate à Sida é evidente que é complicado melhorar a situação.
Mas isto é tão obvio...só os nossos políticos parecem não o entender.:(
Concordo com a Aspásia: há uma grande distância entre a teoria e a prática.
Sobre a citação:
...E porque não vale a pena, é perda de tempo,a velhice é o fim da vida.
O foco da minha monografia de licenciatura foi, precisamente, o fenónemo do Ageism (já se encontra em uso o neologismo português “etarismo”), i.e., o preconceito etário, desta feita face aos idosos (porque o há nos dois sentidos), e com os objectivos de apurar a sua prevalência nos próprios idosos em relação aos seus pares, nos seus cuidadores e também o “preconceito percebido” pelos idosos, com o secundário fito de estabelecer correlações com a satisfação de vida.
Pese embora o meu contexto de eleição fossem os idosos residentes em lares de terceira idade (discutindo-se também a questão da desinstitucionalização e da institucionalização integrativa e separatista – de indivíduos funcionalmente autónomos e indivíduos dependestes), muito encontrei, en passant, referente a este tipo de preconceito (forte e progressivamente sentido na sociedade ocidental) noutros contextos, nomeadamente nos cuidados de saúde (cruzando Ageism ou Attitudes + Toward + Old/Elderly + Health Care surge-nos um mundo!) e aos mais variados níveis: SIDA, consumo de substâncias, saúde mental, participação em ensaios clínico, cuidados de enfermagem, questões de ética, etc., etc.
Por exemplo: Linsk, N. L., “HIV Among Older Adults: Age-Specific Issue in Prevention and Treatment”, AIDS Read 10(7):430-440, 2000. (Caso alguém precise!...)
Seja como for, não quis deixar de partilhar convosco uma curiosidade que considero interessante: é que em nenhuma das escalas existentes para medir o etarismo (OP - Old People Questionnaire, Tuckman and Lorge, 1953; Attitudes Toward Old Person Scale, Golde and Kogan, 1959; FAQ - Facts on Aging Quis, Palmore, 1977; AD - Ageing Semantic Diferential, Rosencranz & McNevin, 1969; FSA - Fraboni Scale of Ageism, Fraboni, Saltstone and Hughes, 1990) nos é dada a oportunidade de testar a existência de preconceitos em relação à sexualidade dos indivíduos idoso.
Dando como exemplo a FSA [baseada no conceito de Ageism do seu preconizador, Butler (1980) e nos níveis de preconceito definidos por Allport (1954)], alguns dos preconceitos que a integram são: na sua opinião, os idosos podem cuidar de crianças? São mais felizes na companhia de outros idosos? São forretas? Vivem apenas no passado? Podem ser pessoas muito criativas?, etc.; mas NUNCA algo como: (…) é natural que os idosos desejem manter actividades sexuais? Os idosos têm o direito de ver as suas escolhas sexuais respeitadas?, por exemplo.
Ou seja, é como se se tratasse de uma dimensão totalmente inexistente.
Bem hajam,
Paula
PS - Hoje, entre o entrar e o sair de diferentes salas, "pareceu-me" ouvir o Prof. JMV a dar o contacto deste blog na Antena 3 ;-)
uma sugestão de leitura:
http://www.learnenglish.org.uk/magazine/magazine_home_old_age.html
Boa noite.
Acho interessante o ponto levantado pela APC.
Pensei que a sexualidade dos mais velhos fosse ignorada, e não poucas vezes reprimida, apenas a nível familiar (sempre que se fala neste tema, lembro-me do filme do Comencini "Buon natale, buon anno", de que já falei várias vezes, e que retrata muito bem a atitude de completo desprezo por parte das filhas dum casal menos jovem pela sexualidade dos pais) e/ou pela comunidade onde estes se inserem (vizinhos, pessoal dos lares, etc.). Fiquei surpreendida com o preconceito da não inclusão de perguntas relativas à sexualidade na lista dos preconceitos dessa tabela FSA. Se até os cientistas a ignoram...
(Já agora, quem é exactamente o/a Fabroni? Psicólogo/a?)
Quanto à prevenção da SIDA, claro que não sei que tipo de campanha é o mais adequado para os mais idosos, mas com certeza que haverá bons técnicos desta área com cuja colaboração o/s governo/s poderá/ão sempre contar. Assim haja vontade política e menos verbas mal gastas.
Bom fim-de-semana para todos.
Boa noite!
Desconhecia esta realidade :(
Este site http://www.aidscongress.net/pdf/50_anos_abstract_233_comunic_266.pdf
foca a realidade portuguesa.
Fora de Lei a velhice nesta idade ainda vem longe... :( não precisa ir de bengala... Isto está a complicar-se :(
Este e os demais governos preocupam-se com os Impostos,não como a maneira de aplicá-los; preocupam-se mais com quem os paga, não aos que deles fogem, esses têm abébias.
NA hora de aplicá-los na saúde, aplicaram-nos em sinais de riqueza como foi o caso dos estádios.
Bola servida em terrinas de ouro aplaudida por adormecidos, com uma vida, muitos deles, sem sentido ou qualidade, onde extravasam a raiva que acumulam na semana.
Mataram dois coelhos de uma só cacetada:
- Ocuparam-lhes as cabeças no fim-de-semana; e
- Apaziguam-nos para a nova semana de trabalho que se aproxima sem riscos de pensamentos canalizados para o dia-a-dia lastimoso, que os cerca (se é que não os abrange);
E, não há tempo para pensar no sistema.
Factura pesada a da saúde, que se paga com a vida.
MJ
Errata
"Factura pesada, a da saúde, que se paga com a vida"
Um aparte: O Roger Waters está um bocado cansado. Mão sei se não preferia ficar com a "outra" visão do SENHOR!
Reformulo: A voz do SENHOR Roger Waters está um pouco cansada mas a sonoridade que o acompanha é a mesma! Não sei se me importo..hehe :)))
Sempre são 61! E cá com um style! :-)
Bom dia, boooooom dia maralhal.
Dr. Murcon sobre a sexualidade dos idosos nem me vou pronunciar.
Já sabe a minha opinião.
Então ontem andaram a para aí a esgatanharem-se?
Ah, malucas!
Condimento das relações humanas, pois então.
Sr. Fora da Lei
Se faz favor inscreva-se no jantar.
Tenho muito que te esgatanhar.
Ah, pois!
Linda figura fiz eu no lançamento do livro a correr atrás dum senhor Fnac fora e a chamar-lhe Fora da Lei pensando que era V.Exa.
Muitas agulhas temos para acertar, olá se temos.
Dr. Murcon
Parabéns pelo Tiago ;-)
Aquieacola
Parabéns pelo anagrama genial! Não sei se o visado leu...
:))
Ó Dr. Murcon
Estava aqui a falar com a Andorinha.
Afinal o Tiago já nasceu, ou vem a caminho?
Seja como fôr os parabéns pelo Tiago eu não retiro ;-)
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