domingo, fevereiro 11, 2007
Para que conste.
Ao princípio da tarde telefonei para a Comissão Nacional de Eleições e perguntei se me podiam dar uma opinião sobre o que se passou Sexta-Feira com O Amor é..., ou se teria de formalizar o pedido. Foram gentilíssimos! Eis o que fiquei a saber: embora se trate de um programa de autor, levando em conta a delicadeza do tema "igualdade de oportunidades" numa situação referendária, a minha interlocutora considerou justificadas as precauções tomadas pela Direcção da Antena1. Mais me foi dito que existia na Comissão uma queixa pelo facto dos mesmos critérios não terem sido aplicados a outros programas (que não da responsabilidade da Antena1). Embora não me agrade ser o único "beneficiário" de uma regra:), a questão é para mim secundária. Continuo em absoluto desacordo com o que aconteceu, mas a resposta da CNE confirmou a que dei a uma jornalista anteontem: não me passou pela cabeça que amigos meus tomassem tal atitude de ânimo leve. Porque acabar um programa de rádio não seria grave; com sorte, outro se seguria, mais mês, menos mês. Mas ter de admitir que amigos tenham sido levianos para connosco pode levar a estradas sem retorno. Fico satisfeitíssimo por não ter de as calcorrear:).
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54 comentários:
Pra que conste,
O tema é tão sensível que até ás 14h menos de 12% dos Tugas se tinham dignado a irem votar. Chuva ou sol, os portugueses querem é o chicote a estalar nas costas e os políticos que têm a pensar por eles. Eu ia dizer que isto é lamentável, depois ia passar para "anedótico". Subscrevo-me porém com um "terceiro-mundista", sempre é mais consensual...
Tenho sido espectadora atenta e assídua do blog, mas hoje resolvi-me a comentar porque não posso deixar de, lamentavelmente, concordar com o que escreveu o noiseformind. É triste a vantagem que a Abstenção sempre leva neste nosso Portugal...
Para si professor, continue. Descobri o seu blog meio por acaso, mas não é por acaso que o seu blog está nos meus Favoritos! :)
Noise
É triste sim!...
É vergonhosa a abstenção!
O meu filho hoje chamou-me à atenção que os defensores do Não ganhariam com a maior das facilidades se estratégicamente apelassem à abstenção; pois o não voto deles na abstenção é bem mais eficaz e garantido do que o Não expresso...
Em democracia isto é profundamente lamentável...
noiseformind 4:31 PM / Ameninadalua 5:23 PM
Isso tem muito mais que se lhe diga...
de acordo fora de lei
Vai rondar os 60%... Ganhe quem ganhar é deprimente:(
Gostaria de deixar o comentário seguinte: a questão é que a escola não ensinou, o passado pesa nas mentalidades, com chuva ou Sol, vem ai o carnaval e num país como este eis o que interessa a essa imensa maioria silenciosa: beber comer e copular, alguns rezar, outros nem nim nem nim. A humildade não me permite sobrenceria intelectual, mas gostaria de lhes poder chamar Bestas, mesmo assim acho que as bestas são mais inteligentes que a imensa maioria dos portugueses-besta que não votou! Afinal não há uma só geração-rasca, há outras, só que mais antigas!
Julio Machado Vaz 5:40 PM
Professor, deprimente foi a opção pelo referendo quando havia na A.R. uma maioria mais do que suficiente para poder exercer a sua responsabilidade política sem surpresas. Isso sim, isso seria tornar o país um pouco mais progressista.
Mas a votação só encerra às 19:00... esperemos por um milagre.
O milagre, FDL, seria aquela malta nova que ontem se empilhou nas discotecas do país sair da cama e de casa e comportarem-se como cidadãos ao menos uma vez na vida...
Uma vez mais insisto de que o problema está na simplificação a que a pergunta remete um problema tão complexo.
O debate centrou-se, fundamentalmente, em questões do foro legal, filosófico e científico. As grandes mudanças sociais que a eliminação do aborto clandestino, poderá e terá de implicar, passaram, quase sempre, ao largo. Ou seja, não houve uma nova motivação dos eleitores. Não existiu uma força congregadora de vontades espalhadas, pelo SIM, NÃO e TALVEZ.
Lamento.
cfreitas 5:42 PM
Guarde o adjectivo de BESTAS para aqueles que tinham mais do que obrigação de prever este tipo de situação mas que - por falta de coragem política - não quiseram ir pela rota certa.
O mais grave é que - a confirmar-se uma larga abstenção neste referendo - os riscos para a democracia são muito mais abrangentes do que tudo aquilo que tenha a ver com uma mera questão do SIM ou NÃO a uma nova lei da IVG...
Fora-de-Lei e Noise
Esse milagre é ainda mais difícil que a transformação do "pão em rosas"...:)
Professor
Concordo plenamente é deprimente, ganhe quem ganhar!
noiseformind 5:56 PM
Até talvez tenhas alguma razão. Mas se vires bem, é tudo fruto daquele ditado popular que diz que "filho de peixe sabe nadar"...
PS: agora só falta alguém das instâncias governativas vir dizer que foi tudo fruto da depressão geral causada pela eliminação do Benfica... ;-)
Os referendos não terão futuro em Portugal... Quem os poderia defender - a maioria da população - não os quer. Depois criticam os políticos em quem delegam todas as decisões, está bem...
Lia-se ontem, na CNN:
"The government has portrayed the ballot as a measure of Portugal's willingness to adopt more modern attitudes."
A willingness lusa fica portanto ao nível dos corais: as medições de crescimento feitas abaixo da centena de anos não são significativas...
FDL,
Por isso é que os 12 ou 13% do PCP contam muito. É que são certinhos. Já quando se espera alguma coisa da malta nova indiferenciada... nada os motiva, nada lhes interessa. A próxima saída, passar as 8 horas na escola ou no emprego, voltar a casa, sentarem-se em frente à televisão, no caso deles ter sorte e sacar à companheira um broche, no caso delas conseguir ver o filme do Lusomundo sem ser incomodada por eles para lhes fazerem um broche... e pronto... tudo muito normal, como na primeira meia-hora de um filme de truffaut. Depois dizem que são modernos pq lá em casa há um livro de swing e já viram juntos um filme porno...
Aliás...
Entrem em www.cnn.com e depois façam copy paste deste link para ver o video (copy paste sem estarem no site cnn n adianta):
javascript:cnnVideo('play','/video/world/2007/02/11/chance.abortion.cnn','2007/02/25');
...(Via Sol):
..............................
Júlio Machado Vaz contactou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE) para obter esclarecimentos sobre a decisão da Antena 1 e adiantou à Lusa que não vai avançar com nenhuma queixa.
«Face aos critérios da CNE o comportamento da Antena 1 foi correcto, não foi um acto discricionário», disse o psiquiatra, mostrando-se «aliviado por verificar que houve razões ponderosas» para a suspensão do programa, embora esteja «completamente em desacordo» com estes critérios.
No entanto, questionou o facto de aparentemente estes critérios não ser em aplicados a outros programas, cujos nomes se escusou a apontar.
«Parece-me completamente anti-democrático haver dois pesos e duas medidas», sublinhou.
Num comunicado divulgado sexta-feira, a direcção de programas da Antena 1 justificava a decisão de suspender «O amor é...», um espaço de opinião de Júlio Machado Vaz e Ana Mesquita, com as posições dos autores sobre o referendo do aborto que «colidem frontalmente com o princípio de neutralidade a que a rádio pública está obrigada e com o imperativo de independência».
Em declarações à Lusa, o porta-voz da CNE explicou que a decisão da Antena 1 surgiu depois de esta entidade ter solicitado à Antena 3 (também pertencente à RDP) que se abstivesse de emitir programas com pessoas que assumissem claramente uma das duas posições que estão a ser hoje referendadas.
A CNE recebeu uma participação contra a Antena 3 por alegadamente ter veiculado propaganda pelo 'sim' no programa «Prova Oral».
«A CNE entendeu que o programa deu um tempo de antena excepcional a um determinado ponto de vista sem que a outra parte tivesse tido a mesma oportunida de, por isso solicitámos à rádio pública que se abstivessem de o fazer novamente», afirmou Nuno Godinho de Matos.
O mesmo responsável adiantou que a CNE recebeu comentários, via correio electrónico, de pessoas que contestaram a dualidade de critérios adoptada face ao programa da Antena 3 e ao programa de Marcelo Rebelo de Sousa transmitido pela RTP.
O PS anunciou sexta-feira que iria apresentar queixa à CNE contra os critérios da RDP (rádio pública) e RTP (televisão pública) na campanha do referendo ao aborto.
Os socialistas dizem que enquanto a RDP optou por suspender a crónica «O amor é...» porque os seus autores eram favoráveis ao 'sim' no referendo, a RTP pelo contrário, manteve o programa semanal com Marcelo Rebelo de Sousa, assumido apoiante do 'não'.
A Lusa procurou contactar a assessoria da RTP e RDP, sem sucess o até ao momento.
Lusa/SOL
Andava eu a escrever no outro post para aquecer. É o que faz um gajo esquecer-se do refresh..
Noise,
um amigo meu está na mesa de voto que corresponte aos eleitores da minha idade e aos recém-recenseados só começou a ter trabalho agora...ao fim da tarde. É a hora de acordar, tens razão..
Prof,
eu sei que o prof não tem de dar satisfações a ninguém sobre as suas decisões, mas obrigado por este post. Deixou-me bem mais "descansado"! :)
...fui votar por volta das 10,30 da manhã
...cruzei-me com um casal (idade rondando os 70 anos) que ia votar; dizia ela para o marido:
...pois, querem matar os velhos e não querem deixar as crianças nascer
.........................
...
...enquanto houver uma (des)informação destas, o País não vai a algum lado
Lobices,
"Os socialistas dizem que enquanto a RDP optou por suspender a crónica «O amor é...» porque os seus autores eram favoráveis ao 'sim' no referendo, a RTP pelo contrário, manteve o programa semanal com Marcelo Rebelo de Sousa, assumido apoiante do 'não'."
Conclusão: o Boss é muito mais subsersivo loooooooooooool loooooooooooool looooooooooooooooool do que o Martelo se safa por n estar ligado a esse espúrio tema do sexú...
Lobices:)
Que horror! :))))
Coitados!
Eles têm razão o caso não é para menos...essa de matar os velhos e não deixar as crianças nascer é uma equação perigosa e grave...:))
Aliás,
Tendo em vista tirar da praça pública os escolhos que impedem o Boss de ser um candidato viável a Presidente da Républica apresentei já ao COPRPVJFI (Centro Orientatilógico Para a Républica Vitoriosa Jacobina e o Fim da Igreja) das Produções Murcon uma proposta tendo em vista apresentar nos próximos programas um lado mais pueril do Boss. Talvez ele a cozinhar um porco com castanhas, ou um tornedó à Marujo! O problema é que o Marcelo tá sempre a falar das chouriças de Celourico, que são inofensivas, enquanto o Boss está sempre a falar das chouriças dos portugueses, que são igualmente inofensivas mas eles não gostam que isso se saiba.
Noise:)
Tu hoje estás péssimo:))))))))
Porem subtil! mais um bocadinho e ficavas quase civilizado...:))
noiseformind 6:18 PM
"FDL, por isso é que os 12 ou 13% do PCP contam muito. É que são certinhos. Já quando se espera alguma coisa da malta nova indiferenciada... nada os motiva, nada lhes interessa."
Mas olha que isso não é assim tão linear. Tenho uma amiga (aí da Invicta) ferrenha do PCP / CDU que ia votar NÃO. E não é católica nem é propriamente uma velhota...
"Os socialistas dizem que enquanto a RDP optou por suspender a crónica «O amor é...» porque os seus autores eram favoráveis ao 'sim' no referendo, a RTP pelo contrário, manteve o programa semanal com Marcelo Rebelo de Sousa, assumido apoiante do 'não'"
Pois ... " Lobices " tens toda a razão ! Há aqui uma clara e gritante diferença de critérios ...
lamentável !
Este assunto carece de melhor esclerecimento !
saudações a TODOS !
os portugueses são convidados a votar entre dois males, mediante uma pergunta de dificil (para não dizer outra coisa) interpretação para a maoiria de nós,o poder sensura quem quer ser claro e sério, o primeiro ministro faz birra e diz que o "depois":isso não interessa nada, depois nós decidimos,(ou seja, mais uma privatização capitalista mais rentavel do que a prevenção),... agora façam de conta que têm o poder de legislar...ha ha ha...
... e depois os portugueses é que são estúpidos!?
democracia?! esquerda?!
Da próxima vez que alguma mulher for a julgamento por prática de aborto clandestino, os cidadãos deveriam ir para a porta do tribunal com um cartaz a dizer “Muito obrigado Sócrates (e Louçã) por tudo aquilo que fizeram pelas mulheres deste país”.
Boa noite.
O panorama é negro, pois é.
Também ouvi na rádio que às 16h só tinham votado 30% dos eleitores.
É deprimente, de facto:(((((
Subscrevo logo o primeiro comentário do Noise. Somos mesmo um país de merda, já nem consigo usar outra palavra...
Concordo totalmente com o comentário de Cfreitas (5.42), somos um país de bestas.
Concordo também com o João malainho, os referendos não têm futuro em Portugal.
Continuo a achar, se este cenário negro se vier a confirmar que o povo português não tem maturidade para referendos; querem é votar em partidozecos que seguem carneiristica e acefalamente.
Milagres? Oxalá, mas não acredito:(
É uma vergonha a abstenção ser superior a 50%!
Mas ainda tenho esperança que não seja, eu votei às 16h30 e estava uma fila grande na minha mesa de voto.
andorinha 7:17 PM
Pareces-me (ingenuamente) surpreendida. Estavas à espera de quê ?!
Fora de lei(7.22)
E estou. A ingenuidade já deve fazer parte de mim, mas tive a esperança de que desta vez houvesse uma maior participação, tendo em vista até o que aconteceu em 98.
Pensei (ingenuamente) que as pessoas tivessem aprendido a lição e também que os novos eleitores tivessem outra mentalidade.
Pelos vistos, enganei-me redondamente:(
Embora eu duvide que a direita cumpra a sua palavra de vir a propor - independentemente dos resultados - a alteração da actual lei nos seus aspectos criminilizantes, seria bom que Sócrates saísse da sua posição tipo birrinha para que as Mulheres não percam tudo...
Bestas foi a melhor palavra do meu educado, que encontrei para a percentagem da abstenção. Concordo perfeitamente que pode ser aplicada aos políticos que se demitiram, mas pelos vistos essa demissão tinha infelizmente razão de ser. Quasi 60% de demissionários dá-lhes, talvez, razão para essa demissão, quanto aos cidadãos abstencionistas, esta pode representar a vontade de não falar e não referendar, não discutir assuntos que não passem pelo futebol, pela novela, pelo entretenimento, pela futilidade, pelos seus interesses imediatos e fugazes, não lhes interessa a comunidade. Mas não quero ofender ninguém. Fico-me por aqui.
Fora de lei (7.14)
Porquê só o Sócrates e o Louçã?
Já vamos começar com julgamentos na praça pública?
A culpa não é dó deles.
Sempre me manifestei aqui contra o referendo, porque se o PS tem maioria na Assembleia da República para alguma coisa seria...mas enfim, quis passar muito delicadamente a decisão para o zé povinho e o resultado é o que está à vista.
Subscrevo o que dizes às 7.28; depois de tanta asneira, espero que o senhor Engenheiro não faça mais essa...
andorinha 7:41 PM
Já vamos começar com julgamentos na praça pública?
Pois claro. Ou pensas que só o Fernando Santos é que deve ser julgado na praça pública quando faz merda ?!
Esse quando faz merda chateia a cabeça de 6 milhões (?) por algo de somenos importância. Em contrapartida, Sócrates fez merda em relação a um povo inteiro num assunto verdadeiramente importante para a vida em sociedade.
Apesar de tudo, o SIM venceu
ao Malainho 8:04 PM
"Apesar de tudo, o SIM venceu"
Já não é chita...
Já ouvi na TV alguns argumentos com os quais não posso concordar. Democraticamente, custa-me muito aceitar que seja imposto o SIM quando os resultados do referendo não são vinculativos.
A mim não me choca a abstenção.
Porque só fazem falta os votos que entram nas urnas.
Não podemos, nem devemos, obrigar um indivíduo a ser "cidadão".
Essa é uma escolha individual.
Para mim, viver em sociedade implica a cidadania, mas ela não deve ser obrigatória.
Um último comentário:
Hoje, enquanto comemoro a vitória do SIM, os apoiantes do não começam a tentar destruir a nossa vitória, exigindo que, com o pretexto de que o referendo não foi vinculativo, o parlamento se mantenha no NIM.
A lata não tem limites, como se viu nos debates e se vê na Rua...
Fora de lei (8.13)
Não te entendo, homem:)
Com uma vitória tão esmagadora do Sim, agora há apenas que legislar nesse sentido.
O referendo é juridica mas politicamente vinculativo.
Até o discurso de Marques Mendes foi nesse sentido.
Aguardo só com curiosidade a intervenção de Sócrates.
Eduardo Leal,
A mim choca-me, a abstenção.É sinal de que tanta gente se coloca à margem de assuntos que lhe dizem respeito.
"A IVG realizada até às 10 semanas, por opção da mulher, em estabelecimento legalmente autorizado deixará de ser crime em Portugal"
José Sócrates
Errata: O referendo não é juridica, mas politicamente vinculativo.
A pressa e a emoção dão nisto, sorry!
Boa noite.
Pena a abstenção ter sido tão elevada (56,4%), mas o resultado é claro. Gostei do discurso do Sócrates. Esperemos que cumpra o que disse.
andorinha 9:02 PM
"Não te entendo, homem. Com uma vitória tão esmagadora do Sim, agora há apenas que legislar nesse sentido."
A sensação que me fica é que aqui todos pensámos que - a partir do momento que o resultado do referendo não era vinculativo - o SIM não teria qualquer impacte legislativo.
No entanto, os políticos (incluindo os "derrotados") parecem ter um entendimento diverso desta questão. Ainda bem para as mulheres que não têm meios para fazer um aborto em condições decentes...
Fico feliz do sim ter ganho, fico triste pela abstenção!
Agora com o caminho livre..vou já marcar 3 abortos (para começar, claro..)! ;))))))))))))))))
FDL,
Então em 1998 o Não ganha, e sem resultado vinculativo respeita-se. E o Sim, agora ganha, e não se respeita. Isso seria a farsa referendária total e chamar parvos aos que deram o corpinho à chuva ; ))))))
Noise,
Tens toda a razão, miúdo.
O FDL de vez em quando distrai-se:)
Tal como a Pamina gostei da intervenção de Sócrates, moderada e sensata.
Já o ministro da Saúde me pareceu um bocado titubeante...
Para terminar apenas digo: como mulher sinto-me feliz!
noiseformind 10:21 PM
O que eu afirmei é que aqui todos (e não apenas eu) pensámos que - a partir do momento que o resultado do referendo não era vinculativo - o SIM não teria qualquer impacte legislativo.
A provar esse raciocínio mais ou menos generalizado esteve a tua "revolta" contra a chavalada que andou na night mas não esteve para se levantar e ir votar, "revolta" essa que teve o apoio legítimo de muitos dos participantes...
Houve até algumas distraídas ;-) que reforçaram ideias alheias anuindo que, de facto, "os referendos não têm futuro em Portugal."
Mas o que interessa é que irão existir menos mulheres a caminho do hospital com as miudezas feitas num oito por causa de abortos feitos em vãos de escada. Foi nesse sentido que votei SIM. Caso contrário, nem saberia muito bem o que decidir...
Professor,
Infelizmente só descobri este seu (nosso) espaço recentemente.
O seu programa de autor tem pelos vistos a autoria da Direcção da Antena 1. Só assim se percebe que os mesmos tenham decidido que não é de todo possível que o serviço público seja possível de ser levado a cabo por pessoas livres e que pensam por si (como autores).
Como aqui tinha prometido, votei em branco. Como aqui há muito tinha previsto, ganhou o SIM. Viva o fim da aceitação do aborto clandestino. Começa, agora, a fase mais importante: o quadro legislativo futuro. Este, em minha opinião, não fica, apenas, pelas limitações da consulta de acompanhamento e do período de reflexão. De forma indirecta, muitos problemas surgirão se não se aprofundarem as consequências da mudança que hoje se inicia. Mudanças sociais.
Nesse sentido - e longe de mim querer ir mais longe do que a figura de mero interveniente neste espaço, me permite - sugiro que possamos aqui, continuar a discutir o devir.
FDL,
Isso do todos calminha. A minha revolta em relação à malta dormente era em relação a possível vitória do não. Deixei bem claro que a minha revolta com a abstenção era por causa de constatar que bastou que nos distanciássemos uma geração desse momento ímpar que fosse o 25 de Abril de 74 para que a malta se transformasse numa cambada de carneiros acéfalos (a Andorinha obviamente pagou-me direitos de autor quando usou a expressão, que isto de ter punch lines de primeira é coisa que se deve respeitar).
Fora de lei (10.38)
Alto aí! Como já disse o Noise, eu também não disse nada disso.
Aqui esta "distraída":) referiu isso, " os referendos não têm futuro em Portugal", por verificar sempre os elevados níveis de abstenção.
Quando escrevi isso, nem sabia o resultado....não teve nada a ver.
Nunca me passou pela cabeça que se o Sim vencesse, mesmo sem um resultado juridicamente vinculativo esse resultado não servisse para nada.
Se assim fosse, andávamos a brincar.
Noise,
Tu tem cuidado, miúdo:)
Qualquer dia ainda te levo a tribunal por usurpação de direitos de autor; não contes sempre com a minha bondade:))))))))))))
ESTE PAÍS É UM ABORTO.
Finalmente SIM !
E agora ... que lei ? Que medidas para a implementar ? Para quando a educação sexual, emocional e outras tantas educações tantas vezes apregoadas e quase sempre, engavetadas ?! Uma questão de cidadania ! De Liberdade (porque tudo se aprende ... tudo se pratica, mas é necessário fazê-lo !)
Blog(abraço) à ILUSTRE comunidade Murcónica que eu, muito recentemente, descobri e que tanto admiro ( Não fosse o mestre tão inspirador !)
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