segunda-feira, novembro 07, 2005

Mail e género.

Trabalho de investigação americano. População: os habitantes de uma daquelas aldeias exclusivamente para idosos que não estão ao alcance das bolsas comuns. Análise dos mails em busca de diferenças de género. Os homens enviavam e recebiam mails curtos e funcionais, a e de amigos e familiares (género "todos bem?").Estavam satisfeitos com a estadia e com os amigos feitos na aldeia, com quem partilhavam actividades lúdicas. As mulheres escreviam mais mails, mais longos e mais saudosos. Afirmavam-se mais dependentes dos contactos com familiares e amigos que tinham deixado para trás. E sentiam-se muito mais responsáveis pelo que se passava no local de origem depois da sua partida. Conclusão do estudo: maior dependência emocional e manutenção do estatuto de "mulher cuidadora e responsável pelo bem-estar afectivo da malta". Uma pescadinha de rabo na boca cultural...

101 comentários:

Anónimo disse...

As mulheres, as doces, as graciosas, as multifacetadas mulheres...
E o que é que os "meninos" faziam sem elas? Pois......
Claro que há excepções, para confirmarem a regra!!!!

E, claro, há o nosso querido professor e o que é que nós faziamos sem ele????
POIS...

lobices disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Defenir-me como anónima não é muito o meu género, mas dadas as alternativas (ou à minha ignorância)é a única onde julgo poder encaixar.
Não vou fazer nenhum comentário, apenas dizer como o meu fim de tarde ficou muito mais bonito depois de ter "descoberto" este blog.
No que diz respeito ao Professor só queria dizer um obrigada ao quanto animou a minha vida tê-lo ouvido, lido e fazer-me pensar, especialmente depois de ler o Sexo dos Anjos; tantas opções que foram tomadas depois de o ler- mas sempre é melhor do que aquelas que deixamos que tomem por nós, porque aquelas qua a vida toma por nós é que são inalteráveis!!!)
Ainda não ouvi as músicas todas, mas para ficar perfeito só falta o Porto Sentido- mas quem quer algo perfeito?
Como diz um outro Mestre nas palavras: " Ai eu estive quase morto no deserto e o Porto aqui tão perto...
A foto do Porto é bonita, também como poderia não o ser?!!!
Quanto mais longe estou da Invicta, mais bonita a acho- esperemos que o Professor não faça já uma análise qualquer...
Mais uma vez obrigada por me ter feito o favor de ser mais feliz!!!
Assunção- a sulista mais portista

(não foi com intençáo, mas tenho um canídeo, que se chama murcão...)

noiseformind disse...

Aqui fica a transcrição do testemunho do Boss no livro "ecografias do Porto" da Areal Editores, 22E no Continente de Gaia, comprado este fds. Depoimentos tb de outras personalidades portuenses entre as quais Belmiro de Azevedo, Rui Reininho e um meu amigo já de alguns anos e companheiro de plateia e discussão de cinefilia e teatro: Augusto Santos Silva ; )))))))))))


P- As relações emocionais da infância e da juventude influenciam a acção e o conhecimento, sendo os afectos a matéria-prima da vida. Como é que os lugares de ensino que frequentou fazem parte dessa matéria-prima?
R- Fiz todo o meu trajecto escolar no Colégio João de Deus. Agnóstico por tradição familiar e posterior opção, tive a felicidade de ser ali “presenteado” com uma visão do Cristianismo psssível de inspirar todos e não apenas os católicos. Essa mensagem de aceitação de uma via exclusivamente humanas para a busca da transcendência marcou-me profundamente, não por acaso escrevi vários textos sobro o Colégio e aí regressei para visitar amigos. O Ensino propriamente dito- de óptima qualidade! - e as relações adolescentes de amizade ladearam com sucesso tal privilégio.

P- Como é que a vivência das emoções desses lugares influenciou as escolhas profissionais em que se notabiliza?
R- Muito tardiamente. Sempre fui encarado pelos meus professores como um futuro homem de letras e acabei médico. E no entanto, a pouco a pouco, da Sexologia Clínica deslizei para a construção histórica do conceito de Sexualidade, hoje em dia “ganho” mais tempo com a Antiguidade Clássica do que com as revistas sobre terapêutica sexual. E acabei, por volta dos quarenta anos, por arranjar coragem para escrever e publicar.

P- De que forma a sua presença nesses espaços e o modo como os corporizou determinaram as condições de um sentimento de si, como contentor de sensações e de desejos, que se manifesta na vida de todos os dias?
R- Nunca estive interno, morava a duzentos metros do Colégio. Recordo sobretudo a camaradagem entre nós, a boa relação com os professores (padres e leigos) e as longas esperas pelos bailes em conjunto com o colégio da Esperança. No João de Deus aprendi uma certa forma de “ecumenismo laico”, uma forte convicção de que tudo é passível de ser discutido com todos, que encaixou ás mil maravilhas com a educação republicana recebida em casa. O resultado foi surpreendente; um tímido extrovertido, um agnóstico sempre fascinando pelas religiões, não acreditando na noção de pecado, mas vítima de um super-ego feroz.

P- Os lugares de ensino con-formam, in-formm o corpo, enquanto lugares de experiências na constrição de um imaginário pessoal sobre si e sobre o mundo. Como fez a vivência dessa con-formação?
R- Não tive consciência da formatação em curso, vejo-a hoje com indiscutível nitidez. Ou das formatações! É preciso dizer que no Colégio todos me incitaram a seguir Letras e eu desaguei em Medicina por subtil influência materna. Apenas para quarenta anos viver mais rodeado de estantes de que de doentes… Voltei, de certo modo, ao ponto de partida, mas com pouco tempo para encetar a viagem. Não me rebolo em autopiedade, fiz outras, que nem por sombras foram inúteis!


Ju, que posso dizer em minha defesa? O Maralhal é do piorio, não respeitam direitos de autor, nada. Fazem tabula rasa do respeito pelos autores do fantástico "ecografias do porto" da Areal Editores e metem aqui as tuas palavras com todo o desmando. Mas tu és sábio e piedoso, espero que a tua fúria seja tão lenta como a do Rui Rio para com os arrumadores da mesma cidade ; )

Vera_Effigies disse...

Boa noite!
Que posso eu dizer de nós?!....
Um dia escrevi

Mulheres Portuguesas

De calças ou saias
Bonitas ou feias
Do campo ou urbanas
Trazem na cabeça labuta
Sem festas profanas.

A lida da casa
O ser pai e mãe
A luta pela vida
Que o homem não tem.

Marido emigrante
Aqui e além
Desbrava sózinha
Terra de ninguém.

As lágrimas lavam
Saudade com dor
Esperam da vida
Um DAR sem amor.

Mas, não será assim a mulher universal?
Saudações
MJ

Anónimo disse...

Essa era uma questao comum nos exames do Professor. Pena que quem não fazia copy-paste dos textos recomendados tinha 14 em vez de 18! (algo que me surpreendeu... O certo é que quem leu mais bibliografia sobre os assuntos leccionados e procurou não "dar palha ao burro pra este não enjoar", não só não foi minimamente valorizado, como foi provavelmente um pouquinho prejudicado). Ou então não é só o Prof que corrige os exames. :)
Ex-Aluno (há alguns anos já...)

andorinha disse...

Só os americanos para se lembrarem duma investigação destas.
Qual o interesse? Porquê andar sempre a tentar encontrar diferenças de género?
Confesso que não percebo...

Júlio,
"Uma pescadinha de rabo na boca cultural..."
O que quer dizer com isto? Não percebi.:(

noiseformind disse...

Ex-alunos anónimos?
Os gansos do ICBAS! ; )))))))))))))))
Atenção Ju, o passaporte está em dia? Tens algum dinheiro na Suiça?
Be aware

noiseformind disse...

Andorinha... cá está uma das minhas fantasias. Estar por baixo de ti... ; )

Anónimo disse...

Noise, uma das minhas: Ficar sempre por cima, UF!

Julio Machado Vaz disse...

Noise,
O artigo é deste ano:).

Andorinha,
Se as mulheres são convencidas pela cultura a serem cuidadoras, sentir-se-ão como tal. Logo...

Anónimo disse...

Júlinho, doce Júlinho...
Estás aí!
Hoje andava às voltas. E não resisti comprei o último disco do Paul - Chaos and creation in the backyard -. Mimei-me e apaixonei-me logo por This never happened before e anyway - uma delícia!

Boa noite a todos.

Julio Machado Vaz disse...

Anónimo,
Diria mais:)))): uma delícia!

andorinha disse...

Júlio,
Obrigada pelo esclarecimento.:)
9 horas na escola dão este resultado.

Anónimo disse...

:))))))))))))))))))))))))))))))))))

andorinha disse...

Noise (10.34)

Miúdo, olha o respeito.
Tenho que te dizer como aos alunos, brinca mas não abuses???:)))

Anónimo disse...

Ò querida andorinha, ele só pode mesmo ficar por baixo de ti. Então se tu andas lá em cima!

amok_she disse...

Anônimo disse...

Essa era uma questao comum nos exames do Professor. Pena que quem não fazia copy-paste dos textos recomendados tinha 14 em vez de 18! (algo que me surpreendeu... O certo é que quem leu mais bibliografia sobre os assuntos leccionados e procurou não "dar palha ao burro pra este não enjoar", não só não foi minimamente valorizado, como foi provavelmente um pouquinho prejudicado). Ou então não é só o Prof que corrige os exames. :)
Ex-Aluno (há alguns anos já...)

10:06 PM


Seria (muito!) interessante (para mim, pelo menos...) que o Prof partilhasse algumas ruminações sobre este assunto, ou melhor: sobre a dificuldade q sempre se tem qd se pensa pela própria cabeça (ou pelo menos se tenta, mesmo com pouco resultados); qd se foge, um pouco q seja, às orientações superiores em busca doutros caminhos q ñ os da linha recta; qd se tenta alastrar o pensamento para lá do q nos é proposto...

...estas pessoas são sempre (muitoooooo!) chatas; irritantes; desagradáveis; antipáticas; agressivas ...e são das q dão muitooooo trabalho aos profs destas últimas fornadas ...formatar; normalizar é q 'tá a dar!:->

...era (é!) suposto o Prof ñ ser "destes"...por isso mesmo é q eu gostaria mt de aqui lhe ler algumas ruminações sobre o tema...

[é claro q ñ me reporto, única e exclusivamente, ao comentário em si mesmo q pode ter alguma da subjectividade orientadora com q os alunos gostam, sempre, de classificar as más notas (ou as menos boas) obtidas...]

Anónimo disse...

Noise, como eu te compreendo!
Vem a meus braços!! (estilo Astérix e Obélix)

Julio Machado Vaz disse...

Amok,
Com prazer:). Antropologia Médica foi sempre uma disciplina "caída do céu" no curso de Medicina. No terceiro ano a carga horária é bárbara e rapidamente me apercebi que no ciclo clínico o que eu ensinava era "letra morta" para os assistentes de medicina e cirurgia. Tive alunos que me contavam histórias de colegas meus a interpelarem-nos da seguinte forma: "são esquisitices do Julinho, aqui não há tempo para isso". Bem ou mal, tomei uma decisão: deixei de marcar faltas e os exames eram tão fáceis que as perguntas eram tiradas dos títulos e sub-títulos do livro de texto. Com os vinte ou trinta que apareciam nas aulas discutia Antropologia Médica, os outros faziam a disciplina e seguiam em paz (excepto uma minoria que conseguia chumbar, o que sempre me maravilhou!). Como compreende, não foi difícil elaborar uma sebenta, decorá-la e debitá-la. Um esclarecimento: se a resposta estava certa e também continha uma dimensão original ou de mais pesquisa, como é óbvio, o aluno saía favorecido. Agora quando a "originalidade" consistia em responder ao lado, que podia eu fazer? Os alunos - e doentes de enfermaria... - que pensam pelas suas cabeças dão mais trabalho, mas também muuuiiittooo mais gozo:). Sobretudo numa disciplina como Antropologia, em que tudo, por definição, faz parte da matéria. Ainda esta semana um antigo aluno me foi visitar à aula do primeiro ano que ministrava e eu pensei no privilégio que aquela visita representava. Qualquer professor lhe dirá o mesmo:)))).

. disse...

A cultura dos géneros, é mesmo isso, cada vez me dou mais conta de como é contingente e convencionada a "natureza" humana, sobretudo a dita feminina/masculina. Ainda fará sentido procurar as diferenças entre géneros? Creio q seria mais interessante procurar as construções culturais q estão por detrás dessas diferenças q tantos insistem em ver como naturais para dar cabo da viciante, viciada e viciosa pescadinha de rabo de boca ;)))

andorinha disse...

Júlio,

Um comentário maior do que muitos dos seus posts.:)))))))))))))))
Confirmo: os alunos que pensam pelas suas cabeças dão mais trabalho, mas sem dúvida, muito mais gozo.
São estes que vão mantendo a chama acesa!:)

P.S."Qualquer professor lhe dirá o mesmo", é optimismo a mais.

andorinha disse...

rosebud,

Eu também acho que seria muito mais interessante, mas se calhar aos investigadores não lhes interessa tanto.

amok_she disse...

Anônimo das 10:06 PM... esclarecido?, satisfeito?;-)))

...em todo o caso...os chatos podem dar, a par do mais trabalho, tb mais gozo, mas...não a qualquer professor!...ao Profs com "esquisitices" (e q conseguem inventar o tempo q não há!) são cada vez mais raros, raríssimos...e Profs q se guardam na memória pelos anos fora, acho q já (quase) nem existem...

...e deus me livre de perguntar o q quer q seja a "qualquer professor" de hoje...arrisco-me a levar com um rosário das queixinhas mais longo, no meio de rosários longos q os portugueses gostam de coleccionar, de todos...

Agora do que eu tenho, realmente, pena é que os Profs que ainda tentam vingar nesta selva do ensino português se vejam atolados pela corja de "paraquedistas" que caiu no ensino de há uns anos a esta parte...ao menos os antigos podiam ser maus professores por estarem convencidos que ensinar era "fazer cabecinhas à medida do poder"...os actuais são maus quando e porque não sabem fazer mais nada!

[o Prof desculpe lá, mas ñ lhe vou pedir desculpa pela linguagem desbragada q aqui uso...e obrigada pela explicação...era mais uma ruminação" o que lhe pedia, mas ...achei importante q o ex-aluno se sentisse...ouvido!;-)]

Anónimo disse...

Coitada da andorinha se ficasse por debaixo de tanto peso... Seria então caso para dizer que, mesmo assim, "não acabaria a Primavera".

Anónimo disse...

O que é interessante é imaginar a mudança de papéis. Não duvido que, em regra, o homem se sinta desorientado se tiver que ser ele a cuidar ou, do mesmo modo, a mulher, se for ela a receber os cuidados.

Não deve ser fácil ser mulher, a culpabilidade é algo que é transmitido no início e que pode durar toda a vida. Por outro lado, sou da opinião que essa dependência emocional impede as mulheres de terem uma capacidade de adaptação semelhante à dos homens. Acresce ainda que a ideia de transcendência, sobretudo na paixão, é feminina, o que gera uma insatisfação crónica nas relações((. Ao invés, têm uma resistência, em especial à dor física, muito superior à do homens. Não digo com isto que o papel emocional e social do homem é fácil, longe disso! Se é certo que não lhe é incutida a ideia de culpa, pelo menos na mesma quantidade da mulher, a verdade é que lhe é exigido o papel do herói, o que também não é tarefa nada simples((. Este tema dá pano para mangas(.

andorinha disse...

Júlio,

Não vou dizer mais nada por hoje, os meus neurónios fundiram de vez.:)

Ignore p.f. o meu P.S. Numa primeira leitura interpretei-o mal, agora já me apercebi que se referia ao facto de um antigo aluno o ter ido visitar à aula.
Há dias em que não se deve sair de casa e outros em que não se deve abrir a boca ( neste caso, escrever):))))))))))

Anónimo disse...

"O resultado foi surpreendente; um tímido extrovertido, um agnóstico sempre fascinando pelas religiões, não acreditando na noção de pecado, mas vítima de um super-ego feroz."

Vítima de um super-ego feroz? Será que é isso que nos resta quando não há o suporte tabelístico da religião? enfrentar o nosso super-ego? Enfrentar a triste sina de que somos nós os responsáveis pelo que nos acontece? Mas há sempre uma religião laica, maralhal e Professor, é a religião do Outro. A religião de que o Outro conspira, o outro anseia pela nossa desgraça. Que acaba por ser outra justificação tão sólida para a nossa passividade como outra qualquer ;)))) mesmo sem Deus lá em cima ou Inferno lá em baixo

amok_she disse...

[hummmm...pensando bem, ruminando melhor...não!,não!,não!...não foi tanto o esclarecer o ex-aluno q me motivou o pedido de ruminações!, não! ...o q estava a tentar fazer era preservar a imagem de Prof-herói - o gonçalo é q despoletou esta minha confissão com aquela do "papel de herói";-) - q lhe inventei!...esta minha mania de interpretar nas entrelinhas levou-me, sempre q o ouvia, a achá-lo com a pinta de Prof e não de "qualquer professor"...lê-lo, aqui, pouco (ou nada) confirmava essa invenção minha, mas isso era o menos...agora q me aparecesse um ex-aluno a dar-me cabo do "retrato", bem...isso era demais!...não q eu ache q ser Prof obrigue a ser herói - embora alguns o sejam! - nem q o exercício de ensinar deva (ou necessite) ser considerado, nos tempos modernos, como uma missão, mas...do bem ensinar, ou mau formatar, podem depender muitos sucessos e fiascos do nosso (e mais deles, jovens) futuro...]fim de ruminações, por hj!grrrr

Anónimo disse...

A página tantas na entrevista o Professor diz:
" E no entanto, a pouco a pouco, da Sexologia Clínica deslizei para a construção histórica do conceito de Sexualidade, hoje em dia “ganho” mais tempo com a Antiguidade Clássica do que com as revistas sobre terapêutica sexual. E acabei, por volta dos quarenta anos, por arranjar coragem para escrever e publicar."
E nós só podemos dizer: bem-aja por essa coragem ;)

E já agora rectifico o meu comentário (mas não o meu idealismo em relação ao Professor) e dou os meus parabéns (finalmente, dirão eles!) ao Noise e ao Vic pela música. Realmente hoje foi a primeira vez que vim a este blog e não sabia que tinha colaboradores assim tão entendidos, mas como disse no meu primeiro comentário gente boa rodeia-se de gente boa.

Boa noite a todos.

Pamina disse...

Boa noite,

Retirei do post as seguintes ideias:

1-Os/aqueles homens adaptaram-se melhor à mudança e fizeram amigos mais facilmente do que as mulheres.

2-Os homens (em geral, pois o estudo também fala dos e-mails recebidos) têm tendência para escrever mensagens mais curtas e menos sentimentais.

3-As/aquelas mulheres, embora ausentes, preocupavam-se ainda com a vida dos familiares e amigos.

Quanto ao 1º e 3º pontos, acho que seria estranho que o resultado fosse outro. Não sei a que geração pertencem estas pessoas (se o estudo for recente, terão hoje provavelmente cerca de 70 anos) e qual o seu estilo de vida anterior, mas, uma vez que o "lar" é caro, presumo que muitas dessas mulheres, agora viúvas ou divorciadas, terão sido "donas de casa de luxo" e os homens empresários ou altos funcionários/profissionais liberais de sucesso, provavelmente do género que quando não estava a viajar estava a jogar golf.
Assim, é lógico que eles sintam menos saudades da casa, que se relacionem mais facilmente com outras pessoas e que participem mais com os novos amigos nas actividades do "lar". No fundo, estão a fazer o mesmo que faziam com as suas "business relations." Quanto ao cuidar, também me parece lógico que as mulheres continuem a tentar fazer à distância aquilo que sempre fizeram (muitos genros e noras dirão:"esta nem no lar nos deixa em paz").

Relativamente ao 3º ponto, não sei se se poderá generalizar. Se olhar para a minha própria experiência, tenho que admitir que haverá uma tendência para os homens ausentes de casa ou separados de familiares/amigos enviarem mensagens menos frequentes, mais curtas e mais "práticas", mas acho que depende muito do homem.
Estou-me a lembrar de cartas de amor de escritores ou músicos famosos e da correspondência entre Voltaire e Frederico II, por exemplo, mas claro não é bem a mesma coisa.

Quanto ao comentário do Noise(9.19), gostei de ler esse bocadinho do livro. Pelos vistos, os professores do Prof.JMV viram logo que dali ia sair escritor.:)
Gostei especialmente desta frase: "No João de Deus aprendi uma certa forma de "ecumenismo laico", uma forte convicção de que tudo é passível de ser discutido com todos, que encaixou ás mil maravilhas com a educação republicana recebida em casa." Que bom poder dizer isto.

Uma noite descansada e boa semana para todos.

Anónimo disse...

Júlio:

«Ainda esta semana um antigo aluno me foi visitar à aula do primeiro ano que ministrava e eu pensei no privilégio que aquela visita representava. Qualquer professor lhe dirá o mesmo:)))).»

Eu apenas sorrio. E como é bom, nessa 'visita', sentir que esses alunos foram além daquilo que acreditavam inicialmente que seriam capazes, porque alguém acreditou neles e lhes disse isso.


Amok_she:

«...em todo o caso...os chatos podem dar, a par do mais trabalho, tb mais gozo, mas...não a qualquer professor!...ao Profs com "esquisitices" (e q conseguem inventar o tempo q não há!) são cada vez mais raros, raríssimos...e Profs q se guardam na memória pelos anos fora, acho q já (quase) nem existem...»

Posso dizer, assim, sem mais introduções, que gosto muito de ti?
Gosto.

Tens a noção exacta da dimensão destas tuas frases? Que bom que é continuar a aula (troca de ideias, perspectivas, anuências, discordâncias...)pelos corredores, às vezes até à máquina do chocolate quente em copo de plástico bebido a correr(antes da próxima aula)ou que nem se chega a beber, porque o(a) aluno(a)nos motiva a continuar a 'partilhar'.

Este é o meu dia-a-dia. E é uma maravilha.

Há quem dia 'Boa Sorte' aos alunos antes de iniciarem a resolução de um teste ou exame... eu costumo dizer 'Surpreendam-me, pela positiva! São capazes. Todos.'

E não é que surpreendem?

Mas também me queixo. Queixo. Mas isso é... une autre chanson.

Nina

Anónimo disse...

Sei quem são os meus, são os turras, e que país combato, o meu. Defendo este reduto, tentando abafar o meu vergonhoso passado com poemas, mas não passo de um raso, um ser humano raso.Algures alguém me reabastece , é o Alpeida Santos, aquele que trouxe tudo e mais alguma coisa de Moçambique, enquanto os portugueses foram despojados de tudo. Quanto ao Só-Ares, combinou com o José que se ele avançasse com a Ota, onde ele é proprietário de muitos terrenos, ele dava-lhe uma ajuda nas Presidenciais.

Manuel Gay

Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas
www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

E o mundo será mais habitável quando as mulheres deixarem de ser as "zeladoras"?

Quem fará as teias das relações?

Quem fará lar do sítio para dormir?

Se é verdade que as mulheres têm de deixar de sentir-se as responsáveis pela construção e manutenção dos ambientes afectivos - e têm de o fazer em nome delas próprias, da sua paz interior, uma vez que passamos a vida a recriminar-nos e a sentir culpas por tudo o que à nossa volta não é...perfeito -, não é menos verdade que os homens precisam de assumir novos papeis também nesse domínio...
Não se trata de mais uma divisão de tarefas...trata-se de viver.
Com mais harmonia, com mais emoção.

Não me seduz esse relatado mundo masculino das mensagens curtas, das relações curtas, das conversas curtas...seco.

Manolo Heredia disse...

Os homens são aleijados, as mulheres bengalas!
Recuso-me a aceitar esta interpretação da realidade.
Os homens, na tropa, na caça, etc. cozinham, pregam botões, fazem a cama. Quando regressam a casa ficam aleijados... porque elas gostam.
A vida é um teatro, cada um desempenha o seu papel.

Anónimo disse...

O género feminino a cuidar do bem-estar-afectivo da malta? Baaahhhh
Desta vez, discordo, completamente ... das conclusões americanas e da interpretação de JMV. Talvez uma rasteira, não JMV?

Ao contrário, conheço uma maioria de homens que se empenha (demasiado) em desdramatizar o que considera serem as 'cenas' femininas e uma maioria de mulheres aguerridas na denúncia (por voz ou por mail) de situações de injustiça e de acomodação.

Aliás, que de outra forma se poderia traduzir a ainda patente sujeição do genero feminino ao paradigma do discurso masculino?

Anónimo disse...

manolo
Mas quanto ao teatro ... concordo

Anónimo disse...

As diferenças dos comportamentos entre homens e as mulheres encontradas e concluídas no estudo resultam quanto a mim, doninantemente de uma questão cultural,educacional e tambem do papel vocacional que desde sempre, estava destinado à mulher. As novas gerações femininas tendem contudo a alterar esta situação; socialmente hoje esse papel de cuidador está muito mais diluído pelos dois lados feminino e masculino. Tanto mais que me parece que o esquema de funcionamento psicológico que leva uma pessoa a ser ou não "cuidadora" tambem depende não só duma questão cultural mas da sua própria experiência e crescimento individual ou seja podemos encontrar mulheres que não são de todo nada cuidadoras e verificarmos isso em muitos dos homens.
Quanto à questão de a "mulher cuidadora e responsável pelo bem-estar afectivo" poder causar dependência e nomeadamente dependência afectiva, digamos que são os riscos que todos nós corremos de sermos aquilo que somos e vivê-lo com autenticidade; o segredo estará talvez em nós termos a consciência e a lucidez disso e tentarmos encontrar os nossos próprios equlíbrios...

Anónimo disse...

O universo estatístico em causa será constituído por homens e mulheres de 60 e tal - 70 anos, dos quais muitos serão viúvos e outros serão casados.

Para chegar a estas idades ainda casado, é absolutamente necessário que as mulheres e os homens sejam tal e qual o estudo revela.

Com as "manias" que muitas das mulheres hojem apresentam, este tipo de aldeias exclusivas para velhotes serão, no futuro, apenas povoadas por divorciados.

Vai uma aposta?

Anónimo disse...

Gonçalo

Concordo imenso consigo ao referir e analisar os aspectos particulares que podem "ferir" ao homem e à mulher quando se dá uma mudança de papeis socialmente desde sempre assumidos...o que prova que as mentalidades e em particular os sentires e de cada um não se mudam do dia para o outro como varinha mágica...

Anónimo disse...

Eu não faço camas desde que, pela n-ésima vez, ela refilou por ter ficado uma rugazinha na colcha!

Anónimo disse...

Eu só faço o almoço e o jantar ao sábado porque é a única maneira de ter uma boa noite de sexo!
Está estabelecido, embora nunca tenha sido assumido.

noiseformind disse...

Eu tb sou apostador e como não encontrei nenhum estudo parecido em termos de lidar com idosos (apenas este com pessoas etariamente mais jovens)

Most of the participants in our samples
were middle class, highly educated, white Americans, married, between 35 and 55 years
old. Men and women other than middle class and white appear to have different gender
ideologies and different patterns of personal relationship maintenance and styles of
relating to others (e.g., Franklin, 1992; Hensen, 1992).

Mas em todo o caso parece ir de encontro aos dados desse estudo, apesar de ser de há 10 anos. O problema aqui parece-me ser a dificuldade em alterar papeis a partir de uma forma única de comunicação. Dou o exemplo do amiguinhos.com. A novidade lá para mim foi mulheres casadas usarem-no para encontrarem amantes, porém mantinham-se desempregadas e dependentes financeiramente dos maridos e sempre preocupadas com as crianças. Portanto para mim a questão é de que as pessoas tenham real independência e aí sim poderão alterar os padrões de actividade, seja de email, seja os de actividade social. A ideia de "mulher reprodutora social" é pago todos os dias com milhares de mulheres solitárias sozinha ou acompanhadas, muitas vezes com filhos a cuidado que geram hercúleas tarefas diárias. Como não poderiam ser essas mulheres reprodutoras sociais? Casadas ou divorciadas, são elas a manter a estrutura do lar depois do matrimónio extinto. Como não se poderia verificar isso na comunicação de pessoas mais velhas?????????

Além disso não esquecer que as doenças degenerativas do intelecto atacam (para idades iguais e não para o geral pois aí estaríamos a obnibular a maior esperança de vida feminina) mais os homens portanto parece-me óbvio que nessas comunidades os homens triquem emails mais curtos ; )))))))))))))))

noiseformind disse...

Além disso esse estudo pode ter uma subversão. A mulher pode estar "encarregue" de trocar correspondência com a família dentro do casal ; ) Gostava de ver o que esse estudo diz da comunicação de viúvos e solteiros e como essas diferenças de comunicação se esbatem... ou não ; )

Anónimo disse...

Quando se fala de género desata-se logo a falar da parte técnica: tarefas e outras...
Quanto o que ressalta do texto é a parte emocional, a sensibilidade... E isso não é exclusivo só do feminino! Me parece!

noiseformind disse...

SJSM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! NÃO PERCAM MARALHAL MOURO!!!!!!!!!!!!!!!! PASSEM PELO BLOG DO JANTAR DO MURCON E INSCREVAM-SE. DIA 12 NÃO FALTEM!!!!!!!!!!! ANÓNIMOS TB ESTÃO CONVIDADOS MAS PODERÃO SER ESPANCADOS ; )))))))))))

Anónimo disse...

Pronto! Já não vou. E eu a pensar ir... Com essa ameaçada, desisto!
Mas és tu que ficas a perder, querido.....=D

Anónimo disse...

Eu também já não vou... e ele não se rala nada!
Pai ausente, mão autoritária, filho gay! lol.

Anónimo disse...

Interessante a discussão, o eterno "contraste" homem/mulher... houve um tempo em que me envolvia em longas e acaloradas discussões feministas, para mostrar que as mulheres tinham as mesmas capacidades que os homens. Actualmente já não o faço, efectivamente, está comprovado, as mulheres têm as mesmas capacidades intelectuais que os homens, sendo capazes de desenvolver trabalho igual, mesmo a nível braçal. No entanto, acho que mulheres e homens, nos seus relacionamentos, atingirão mais facilmente os objectivos se se completarem nas suas diferenças (somos todos diferentes, ou não?) caminhando lado a lado... e sim, é verdade, tanto os homens como as mulheres têm essa capacidade de serem "cuidadores" estando, devido a pressões sociais e distribuições de tarefas feitas no passado, mais desenvolvidas na mulher.
Perdoem o “discursus”...

Anónimo disse...

pedrasolta,
estás perdoada... mas não repitas!

Anónimo disse...

"Mail e género.
Trabalho de investigação americano. População: os habitantes de uma daquelas aldeias exclusivamente para idosos que não estão ao alcance das bolsas comuns. Análise dos mails em busca de diferenças de género. Os homens enviavam e recebiam mails curtos e funcionais, a e de amigos e familiares (género "todos bem?").Estavam satisfeitos com a estadia e com os amigos feitos na aldeia, com quem partilhavam actividades lúdicas. As mulheres escreviam mais mails, mais longos e mais saudosos. Afirmavam-se mais dependentes dos contactos com familiares e amigos que tinham deixado para trás. E sentiam-se muito mais responsáveis pelo que se passava no local de origem depois da sua partida"

CONCLUSÃO:O que o homem diz numa frase, a mulher necessita de escrever um tratado!))))

Bom dia Maralhal

Lobo das Estepes

Anónimo disse...

Penso portanto, que estamos na presença de uma questão genética, isto é biológica.

Lobo das Estepes

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Lobinho:
Que seria desta humanidade sem a poesia, sem a arte, sem a música, sem a beleza, sem os "tratados"...?
Não serão os tais "tratados" que muitas vezes emprestam doçura, soltam emoções e dão aquele gostinho à vida?
E isso, como já foi dito, não é "feudo" exclusivo do género feminino.
Todos diferentes todos iguais...

Anónimo disse...

Lobinho:
Que seria desta humanidade sem a poesia, sem a arte, sem a música, sem a beleza, sem os "tratados"...?
Não serão os tais "tratados" que muitas vezes emprestam doçura, soltam emoções e dão aquele gostinho à vida?
E isso, como já foi dito, não é "feudo" exclusivo do género feminino.
Todos diferentes todos iguais...

Anónimo disse...

Noise:

A propósito do SJSM...
Não te esqueças:

- "DUREX", SED LEX -

Be a good boy

Anónimo disse...

anonymous (1:34 h)

Subscrevo as suas palavras e acrescento... "o mais difícil é amar"

Unknown disse...

Bom dia maralhal.
Completamo-nos não é?
E para que isso aconteça tem que haver algumas diferenças.
"Prontos"! :-)

Anónimo disse...

Anónimo:

O meu comentário, não diz que a coisa até nem seja poética, e grosso modo, é um atributo feminino, embora possa haver homens,apologistas da verborreia, não o nego,contudo a excepção só confirma a regra.

Lobo das Estepes

Unknown disse...

Manolo 9,43
"Quando regressam a casa ficam aleijados... porque elas gostam"

Pois, pois... Fala.
Abençoada a que tens em casa que te põe a dobrar meias e cuecas.

Manolo Heredia disse...

Olá Yulunga! por cá? Confesso que já tinha saudades tuas!
Dobrar meias é "moleza" para mim, e dá fartos dividendos!
Então, hoje estás no turno da noite?

Anónimo disse...

mas que vale a pena ser mulher vale...e com os anos ainda é melhor.sofialisboa

Anónimo disse...

olha que pena eu tenho de os homens não serem culturalmente convencidos por coisa nenhuma...
ganda tanga, senhor júlio machado vaz - se estivéssemos nos states já tinha um processo para debitar indemnizações a pelo menos metade das velhinhas da dita aldeia.
o que lhe vale a si é o perdão, que nem sequer é católico neste caso...
quanto a alguns comentários aqui feitos, jasus, nem o redentor lhes passava a benta da água.

Anónimo disse...

Cheguei tarde, com mais de 60 comentários, que só passei por alto. Vi lá um sr. Lobo (não me comas)muito sobranceiro de ter pila e encéfalo bahado de testosterona. E deve haver por lá mais especimens desses.

Dados do post:
-Sociedade americana
que é muito conservadora, ao contrário do que se pensa.
-Velhotes com Dinheiro
que de certeza nunca pensaram em "gender".

Estes dois dados condicionam in limine tudo o que virá a seguir.

Parece que a Nancy Reagan (boa mãe de família e 1.º dama conservadora e burra)
e a Marilyn Monroe
(a sensual desprotegida baby, that fucs with Mrs. Presidents continuam a ser poderosos símbolos.

Mais aquele: WANTED DEATH OR ALIVE.

Anónimo disse...

"Dead or alive", baby.

Anónimo disse...

Ó miga, então eu a falar de sociologia americana e de científicas hormonas e tu "agarras-te" logo a uma pila do não sei das quantas? Vamos lá ter nível. SAenão
és igual aos e às para quem o paradigma do pensamento é a pila.

Anónimo disse...

Trobadore

O meu caro ou minha cara, é useiro e vezeiro em discursos, qual politicos com cargos ministeriais, cheios de sabedoria de gabinete, isto é, sem conhecimento adquirido no terreno.

Lobo das Estepes

LR disse...

Não chego a perceber bem se a conclusão do dito estudo baseado nos mails se deve circunscrever às diferenças de comportamento entre os géneros. Ou se se fica pelo meio mais circunscrito da classe género + a classe das pessoas em fim de vida (não activos).
Isto porque ainda há tempos li um artigo na ''Time'' em que se analisavam as comunidades imigradas no Reino Unido. Que viviam em ''guetto'', separadas do resto do mundo quer pelo desejo de não se misturar (o efeito repulsivo das distâncias culturais) quer pela objectiva discriminação de que eram alvo.
Pois bem: o que o estudo revelava é que as tendências registadas na inversão deste modelo e na ''desconstrução'' da segregação/ auto-segregação eram todas baseadas num único fenómeno: o papel integrador exercido pelos elementos femininos do grupo imigrado. As mulheres, sem tirar nem pôr! Elas aprendiam mais facilmente a língua inglesa, elas faziam pontes inevitáveis com a sociedade (trabalhando nas casas dos ingleses e absorvendo quase inconscientemente a sua cultura), elas promoviam a compreensão dos outros e a sobrevivência.
Não é isto contraditório?
Ou os ''ambientes de estudo'' são apenas diferentes, manifestando-se em ambos os casos o mesmo reflexo do ''dever de cuidar''?
Não sei...continua a parecer-me contraditório.
Eu também não sei bem se não exageramos nestas leituras sexistas, por bem intencionadas que sejam.

Anónimo disse...

Olá professor, alertada por um amigo que me enviou um mail a dizer que tinha voltado às manhãs da Antena 1, lá colei o ouvido ao radio. Mas confesso que fiquei um pouquinho desiludida: faltava a paródia de outros tempos. A energia contagiante. Ainda estão a descongelar, pensei eu. Será?
De qualquer modo, seja bem vindo é sempre um prazer ouvi-lo. Um dia destes ainda me apaixono...
My Cyrano....

Anónimo disse...

Concordo,com o essencial. Mas acho que as mulheres, pelo menos as urbanas, cada vez vão mais à "grande superfície" e menos ao talho e à mercearia de bairro, logo essa tese está cada vez menos pertinente.

Anónimo disse...

Aqui está tudo divertidíssimo!
Queria ver é se amanhã os meus amigos chegassem ao carrinho e ele tivesse ardido todo! como em Paris!

Anónimo disse...

Tens razão pá! Mas vamoa aguardar que o Patrono dê o mote sobre "identidades culturais, marginalidade, xenofobia,desintegração, falência de sistemas de previdência europeia, véuzinhos, poligamia e muitos filhos (e respectivo abono de família, pago pelos países de acolhimento). Pessoal de pele escurita que também fez em Lisboa, a Ponte 25 de Abril, o CCB, a Expo.....TUDO MUITO COMPLEXO!

Vera_Effigies disse...

Li o post e assumi que somos diferentes.Gosto das nossas diferenças "mais dependentes dos contactos com familiares e amigos que tinham deixado para trás." Não vejo nada de anormal.Ser humano não é assim?!!!(ihihih)
Apesar de tudo isso ter a sua quota parte de cultura adquirida ao longo dos tempos,não me parece que sejamos iguais em muitos e variados aspectos. A única igualdade por que sempre o feminino deve lutar é pela igualdade de oportunidades(sem generalizar). E nunca violentar-se para igualar o masculino noutras áreas.
Têm diferenças lindas ambos os géneros... Cada um com as suas.
Gosto de ser do género feminino. Ser feminista não é género é desvio.
MJ

_Stardust_ disse...

Realmente parece quase sentido comum que os homens são muito mais simplistas em tudo... incluindo mails!
Mas muitas vezes o senso comum pode surpreender, e por isso não deve ser generalizado à boa maneira "american study says..."

Pamina (01:34 AM):

bem visto! :)

_Stardust_ disse...

Independentemente do resultado do estudo... não ia ser novidade nenhuma a distinção comportamental entre géneros! Ou ainda há quem ache que somos iguais? ;))))

andorinha disse...

stardust,

Acho que não, acho que já todos percebemos que somos diferentes, felizmente.:))))

amok_she disse...

[q me desculpem, mas esta vai ser longa...e vai ser o meu tributo aos belíssimos Professores q tive...sem precisarem ser heróis, eram ser humanos íntegros e perfeitos na sua função de fazer dos alunos pessoas com valores, conhecimentos e, se possível, capazes de pensar por si!]

Nina disse...
(...)
Tens a noção exacta da dimensão destas tuas frases?
(...)
Mas também me queixo. Queixo. Mas isso é... une autre chanson.
Nina
3:41 AM


Nina, Nina...tenho essa noção exacta ...sim!

...felizmente pr'ai 80% do q sou hoje devo-o a "meia dúzia" de Profs q fui tendo a sorte de me calhar pela vida fora ...essa sorte q começou na primária, dividida entre duas Profs, ñ tendo a mínima memória da segunda, lembro como se fosse hj a primeira>; linda de morrer, tipo "Madalena Iglésias" de longos cabelos negros e doce como poucas conheci depois (e com muita paciência para os meus infinitos erros de ortografia), mas depois o q mais precisava era do rigor de quem faz gala em transformar o aluno num ser pensante e isso comecei a ter com a Prof de Português no Ciclo, era uma Prof daquelas à antiga, mas justa e rigorosa, a ela [e mais um ou dois (a de História era fenomenal!, conseguiu meter-me a gostar "das coisas antigas", eu q sempre detestei/detesto velharias!;-)] devo ñ ser mais burra, na escrita, do q sou!

...depois, depois começa a aproximar-se o 25 de Abril...ainda tive um Prof ["puto" por sinal, foi qd começaram a aparecer pessoas mt jovens a dar aulas no secundário] de Economia Politica q, ainda antes do 25 de Abril, nos ia abrindo os olhos, com grande risco seu, para muitas coisas q nos eram escondidas (a mim eram!)...fora isso, recordo a Prof de Matemática q conseguiu a proeza de me levar a acabar a dita com mediazinhas de 16,17...quando andei os anos todos a chumbar com 3,4...a ela o devo ter começado a gostar de matemática, mas...só com ela!...como ñ a podia levar comigo...e como Psicologia exigia matemática... puffffff, desisti de tudo...por "outros valores q mais alto s'alevantaram", como uma paixão assolapada, por exemplo!:->

...há coisa duns 6, 7 anitos, pr'aí, deu-me na tola voltar aos bancos da escola pra ver se acabava o q deixei a meio e se, finalmente, descobria o q "queria ser qd fosse grande", já q a Psicologia c/ matemática?!, nem pensar!!!...então, lá dei com mais um dos bons Profs...de Filosofia! ...ficou, então, decidido q "qd fosse grande" queria estudar Filosofia, ñ ser filósofa, heinnnn!?!, mas... estudar Filosofia, os Filósofos ...enfim, aprender a meter a cabecinha a funcionar...vai daí, pufffffff, nova paixão!!!

...e agora q estou a achar-me curada dessa...estou a pensar increver-me na Univ da terceira idade!...mas, tenho algum receio q aconteça o mesmo q das outras vezes...pufffff, nova paixão!!!...veremos!:->

...qt às tuas queixas, Nina, quem as não tem!?...mas, aquelas a q me referia dizem respeito a quem nada mais sabe fazer q reivindicar, para si, mt mais do q a migalha q nem sequer consegue dar aos outros...ñ sou dos q defendem o ensino como missão sagrada, mas...q diabo!, ensinar seres q estão em formação ñ é, ñ pode ser!, o mesmo q assinar despachos em cima duma secretária, por ex.!...e nas andanças pelas associações de pais, directores de turma (q, coitados, são tb eles umas vitimas dos acomodados ao poder)...tenho visto do mais abjecto q existe no contacto com seres permeáveis a tudo o q se lhes apresente pela frente...de bom, mas principalmente de mau!

...é claro q ainda vou dando com alguns esforçados...ñ basta, mas ao menos deixa-os limpos...

amok_she disse...

...q horror!!!ñ é meu hábito alongar-me tanto...ñ sendo para "bater" em alguém!!! q horror!!!:->

Maite disse...

Um horror de facto, Amok_she :)))))
Onde já se viu!!!!! ;)
Estava a ler o seu comment e a pensar que você é extraordinária para além de ser extraordinariamente irritante :->

amok_she disse...

...irritante...qd "bato", ou qd ñ "bato"????...é q me dá mais gozo bater...apesar de me alongar na mesma!:->

...no entanto [era para ter referido no meu coment anterior, o pequenino!:->] ando a ver se bato os records do faz_barulho...:->

Anónimo disse...

Maite,
5 estrelas, adorei!

Anónimo disse...

Ò querida vai lá para a Universidade da terceira idade à vontade, mas coitadinhos dos profs.
para te aturarem vão-se ver "negros". Que é quase como nós nos vemos aqui contigo.
Falas continuamente de um tal "pequenino" mas olha que tu...
Lá diz o ditado: só fala quem tem que se lhe diga! Não há forma de te veres ao espelho, hein?
Podes perfeitamente navegar neste mundo de àguas turbulentas sem acrescentar mais turbulência, não?
É assim tão difícil?
Olha em último recurso, vai "beber à fonte", ou seja, inspira-te no exemplo do Professor Júlio e na postura louvável com que pauta a sua vida.
Mas acho que nem assim lá chegas...

Anónimo disse...

O faz barulho do sítio pode ser uma bocado bruto, mas é um cento de vezes mais interessante e dá a cara ao manifesto. Grande coragem!!!!

amok_she disse...

Olha em último recurso, vai "beber à fonte", ou seja, inspira-te no exemplo do Professor Júlio e na postura louvável com que pauta a sua vida.
Mas acho que nem assim lá chegas...


...primeiro q td devo referir q, apesar de ter um ego dum tamanho bem generoso, ñ tenho mente de passarinho q me leve a considerar, sequer, a hipótese de me comparar com o Prof!, se o caro anônimo comete esse dislate é problema seu e só seu!:->

...depois, já era para ter falado disto... curioso q estes anônimos apareçam sempre ao mesmo tempo q outros nickzinhos...nc aparerecem a dizer estas baboseiras - ainda ñ perceberam q eu ñ lhes ligo pêva, já q aqui continuo!?!:-> - sempre a esta hora, nc de dia...e sempre ao mesmo tempo dos "ofendidos" pela minha irritante, chata, agressiva, burra, pedante, etc., etc., etc.... participação!?!:->

...pois é!, é duro querer passar uma imagem de pureza e dizer certas coisas, né!?:->

...ah!ah!ah!...dar a cara??? q'é q'é isso??? ir a jantares???? bahhhhh, eu chamo-lhe outra coisa, mas...a cada um o dicionário q mais lhe convém, né!?...ñ se preocupem q eu dou a cara qd é preciso e qd o esforço vale a pena!:->

Maite disse...

Sabe... gostamos de si quando nos enferniza a vida, penso que aprendemos a gostar. Mas se nos der umas folgas de vez em quando acho que é simpático da sua parte ;)
Anonymous é verdade... tem lá a sua piada o sr noiseformind mas tb é verdade que a Amok_she é a única à altura para lhe fazer frente :)

amok_she disse...

...e depois, eu basto-me em qq "guerra"!, ñ preciso de claque de apoio!:->

Anónimo disse...

Lá está ela enervada! ò querida, não é nada disso. Ninguém pretende que desampare a loja, apenas que amacie. É que não há necessidade de ser assim. Ao invés de lhe conseguir ver os neurónios (que os tem é certo) acabo por só ver a parte má, está a ver a maçada?!
Mas enfim.... Eu deixo-a em paz fique bem na sua postura de gata assanhada se lhe dá tanto prazer...
"Eu cá sou má, sou muito má. Eu cá sou boa, sou muito boa". Ai estas difíceis mulheres!

amok_she disse...

...cara maite, a menina nem deve ser das q tem mais razão de queixa...ou encomendaram-lhe o sermão???...é q a rica vem aqui tão pouco!:->

...no entanto, posso dar(vos) um conselho...de borla!...é assim q faço: qd vejo certos nicks no topo do comentário...sigo em frente!, deus me livre de ler banalidades...:->

amok_she disse...

...é claro c'uma gaja se irrita, pois então!, leva o tempo a repetir-se, caramba!:->...eu já aqui expliquei q ñ me pagam pra ser docinha, pra isso já cá há muitas!:->,tb ñ recebo o chequezinho pr'andar a bajular ninguém!, nem para "cativar nenhuma rosa"...:->

...uma pessoa tem de cumprir c'os contratos, né!?!:->

Anónimo disse...

Lá isso é Amok. Gabo-te a genuinidade. "Rude" (desculpa a ofensa) mas assumida. É assim mesmo. É pena é que não respeites quem pensa e é diferente de ti e que seja mesmo doce genuinamente....
E agora tchau

amok_she disse...

Sabe... gostamos de si quando nos enferniza a vida

..coloco as minhas dúvidas se esta é da maite...hummmm, a maite q "conheço" sabe q o meu negócio é inferno...:->

amok_she disse...

...pois, aí é q 'tá o "busilis" da questão!...para se ser não basta afirmar-se q se é!...há q provar...e qd alguém afirma uma coisa e prova a inversa...é pá, eu parto pra desbunda, quer dizer...pra desconstrução de hipócritas baboseiras...

...fora isso, nc dei por ñ respeitar quem pensa diferente...só quem quer q eu pense (e haja!) diferente, ou seja...com hipocrisia...mesmo se doce!

Maite disse...

A mim?!! Encomendaram-me o sermão?!!
Cara Amok_she como diz e mto bem eu até nem venho aqui muito. Sou independente e absolutamente amadora.
Bem...quanto às banalidades que eu digo...minha cara não posso fazer nada. Que diabo porque é que não se pode ser BANAL???????

amok_she disse...

...outra!

...rude, no meu dicionário, ñ é ofensa!, além de q só me ofende quem eu deixo... já se alguém q me conhece e eu prezo(!) me achar agressiva qd digo a verdade ...xiiiii, aí ofendo-me, mesmo!, é pq afinal ñ me conhece, nem merece o meu apreço...ñ tenho pachorra para bajulices, hipocrisias (comprovadas), nem para lamechices de faz-de-conta...

*****

bem, uma maite q enferniza o inferno...e q ñ sabe ler coisas tão simples, como o q eu disse - q alguns nicks nem lhes leio as banalidades habituais - ñ pode mesmo ser a maite...maite...pois se eu lhe respondo, rica, é pq a leio, logo, logo...:->

...é q eu sou pouco de dizer e desdizer-me assim, em tão pouco espaço de tempo!:->

amok_she disse...

...é claro q se pode ser BANAL!, eu sou banal!, mas...banal e estúpido(a) ao mesmo tempo!?...é dose a mais!...por isso opto por ñ ler, ou lá terei de dizer umas quantas verdades e depois ofendem-se...:->

Maite disse...

Sabe... ia dizer-lhe que o seu negócio não é nada o inferno mas longe de mim estragar-lhe a imagem ;)

amok_she disse...

...o meu negocio, ag, é discorrer, ali em cima, sobre...reformas, por ex...e depressões pós-periodo-activo-laboral...

...inté, fique bem e depois mande-me o resto da análise sobre mim, por qq via q lhe seja mais favorável...agradeço sempre...q sou agressiva, mas bem educada...:->

Maite disse...

Boa noite para si também :)

amok_she disse...

...tinhas q m'estragar a soma dos ...100!!!grrrr

;-)

Anónimo disse...

Desde já desculpem-me os comentadores por resgatar um assunto que parecia encerrado. Não pretendi com o meu primeiro comentário questionar a qualidade do Professor enquanto tal. Menos ainda quis enegrecer a imagem tão positiva que todos temos do Professor. Admiro-o, como visivelmente acontece com muitos dos que enviam comentários. Considero-o um fantástico comunicador e foi para mim um privilégio assistir às suas aulas de Antropolgia Médica (cuja importância no curso de Medicina não me parece questionável). No entanto, não o endeusando, parece-me possível que erre... Enfim, não pretendia parecer recorrer à 'vitimização do aluno que não tem boa nota', e resta-me garantir que a minha observação não foi feita de forma leviana ou irreflectida. Peço desculpa também ao Professor por não o ter abordado sobre este assunto quando tal deveria ter sido feito (depois de ver a nota?... hahaha), em vez de o fazer em jeito de "comment" em sua "casa". O comentário não é identificado visto que a única informação que me parece importante é o facto de ser ex-aluno...
O mesmo ex-aluno de há pouco (o chato???)
P.S. Nem com passaportes e contas lá fora, ou até mudança de identidade; tenho melhores informadores que a Scotland Yard! Beware indeed. :P

amok_she disse...

ex-aluno...

...gostei da delicadeza deste comentário...delicadeza, ñ por ser escrito em termos tão opostos à minha forma de expressão habitual (de q ñ abdico, no entanto), mas pq "limpa" qq má interpretação q se pudesse retirar das suas palavras...eu, pelo menos, gostei de ler isto...tb pq faço questão de reconhecer os bons Profs...sem os endeusar!..afinal somos todos humanos, "demasiado humanos..."...