Fez bem em levantar essa questão. Para mim, uma opção só é livre quando informada. Por isso defendo que na regulamentação a elaborar após uma eventual vitória do Sim deveria ficar claro que o Estado propicia "expertise" qualificada para averiguar se a mulher está a ser de alguma forma pressionada e a esclarecer sobre as hipóteses viáveis alternativas à interrupção de gravidez. A partir daí a decisão caber-lhe-á por inteiro.
21 comentários:
Agora sim…
Começo a cair para o sim, mas… (tinha que haver um mas, né?)… Só se eu vir (ouvir) algum governante (se é que os há) a comprometer-se com tal…
Caro Prof. JMV
Peço desculpa por não ter a ver com o tema, também em plena campanha aqui no seu blog.
Agradeço a simpatia, empenho e humor com que a Ana Mesquita e o Professor me responderam no passado "Amor é..." de Domingo.
Uma antiga carta, afinal, ainda deu azo a pôrem-se muitos pontos nos is...
Um abraço para ambos.
"Carlos"
Paulo,
Conheço gente casmurra, mas como tu acho que ainda não conheci ninguém:)))))))
"Carlos",
Foi um prazer:).
Andorinha (11:15 PM)
Casmurro??? Eu??? (pensei que só a minha mulher me chamasse isso!!!)
Olha que eu deixo de tender para o sim e volto para o "meio"… LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL
Paulo,
Então se já são duas (pelo menos) a chamar-te isso, só tens que concluir que é verdade:))) Looooool
Boa noite.
JMV,
Vou pôr aqui para não ir lá a abaixo. Não quis dizer que o sim era um fim em si mesmo nem julgo que seja essa a sua opinião, aliás mencionei o depois. Se é isso que se depreende do que escrevi é porque me expliquei mal.
Pegando este post exactamente com o que já tinha escrito anteriormente sobre o depois, aproveito para referir o seguinte:
-O 1º parágrafo do artigo 3 da lei holandesa diz que:
"Uma gravidez não pode ser interrompida antes do 6º dia após a mulher ter consultado o médico e nessa consulta com ele tiver
discutido a sua intenção."
-O 1º parágrafo do artigo 5 diz que serão elaboradas regras relativas à assistência e "formação" da decisão, de modo a assegurar que cada decisão de interromper a gravidez seja tomada com cuidado e só efectuada se a situação de emergência da mulher a tornar inevitável.
-O 2ºparágrafo desse artigo refere que as regras acima referidas se destinam a assegurar:
a-que a mulher é apoiada, especialmente sendo-lhe fornecida informação sustentada sobre outras soluções sem ser a interrupção.
b-que o médico, caso a mulher considere que a sua situação de emergência não pode ser resolvida de outra maneira, verfique que ela fez e mantém o seu pedido em total liberdade e que compreende a sua responsabilidade pela vida pré-natal e os efeitos para ela própria e para os seus.
d-que depois da interrupção a mulher tenha à disposição suficiente apoio pós-intervenção, também relativamente à informação sobre métodos que previnam gravidezes indesejadas.
Parece-me das tais "coisas boas" que devemos copiar/adaptar.
...muitas vezes e a brincar dizem-se coisas a sério
...eu explico:
...há pouco, no café a tomar a minha bica, a tv estava sintonizada na TVi
...e enquanto tomava o biquinha ouvi o que se passava no programa:
...Manuel Luis Goucha e a sua colega apresentadora falavam ao telefone com uma telespectadora
...a determinado momento o manel goucha começou a dissertar sobre o cabelo comprido da sua colega e perguntava:
...não acham que ela ficava mais bonita com o cabelo cortado por aqui?
...mais sins e mais nãos e ele continuava:
...bem, vamos fazer um referendo e as pessoas telefonam-nos a dizer se sim ou se não, se corta ou não corta
...mais uns sins e mais uns nãos, até que, a certo momento, a apresentadora disse:
...- O.k., tudo bem mas...no final a escolha será sempre minha!...
...
...por querer, ou sem querer, ela disse ali, numa frase simples aquilo que este Referendo ao Aborto encerra:
...o aborto será sempre uma decisão da Mulher
...para isso e por isso e não só
...voto SIM
Nunca podemos esquecer que muitos abortos são feitos sob uma pressão exercida não só pelo progenitor mas também por pais e amigos. A mulher é sujeita a situações horríveis. Não é o discurso da coitadinha, nem pensar, mas conheço um caso de perto, muito perto, e deixem-me dizer que psicológicamente dessa mulher ficou de rastos. eu achei que ela tinha enlouquecido. Fez o aborto obrigada pelo marido porque já tinham três filhas. Ironia do destino: esse bebé era um rapaz. Passados 4 anos engravidou outra vez mas decidiu contra a vontade do marido levar a gravidez avante e passou 9 meses a ser ignorada por ele. Foi duro para ela e para as filhas. A relação recuperou quando a quarta filha nasceu. O marido foi e é um bom pai para essa menina, mas a que preço? Esta dedicação é fruto do remorso que ele sente.Eu sou a favor da liberalização do aborto mas acho que deve ser bem explícito que é da inteira vontade da mulher.
Nunca podemos esquecer que muitos abortos são feitos sob uma pressão exercida não só pelo progenitor mas também por pais e amigos. A mulher é sujeita a situações horríveis. Não é o discurso da coitadinha, nem pensar, mas conheço um caso de perto, muito perto, e deixem-me dizer que psicológicamente dessa mulher ficou de rastos. eu achei que ela tinha enlouquecido. Fez o aborto obrigada pelo marido porque já tinham três filhas. Ironia do destino: esse bebé era um rapaz. Passados 4 anos engravidou outra vez mas decidiu contra a vontade do marido levar a gravidez avante e passou 9 meses a ser ignorada por ele. Foi duro para ela e para as filhas. A relação recuperou quando a quarta filha nasceu. O marido foi e é um bom pai para essa menina, mas a que preço? Esta dedicação é fruto do remorso que ele sente.Eu sou a favor da liberalização do aborto mas acho que deve ser bem explícito que é da inteira vontade da mulher.
Nunca podemos esquecer que muitos abortos são feitos sob uma pressão exercida não só pelo progenitor mas também por pais e amigos. A mulher é sujeita a situações horríveis. Não é o discurso da coitadinha, nem pensar, mas conheço um caso de perto, muito perto, e deixem-me dizer que psicológicamente dessa mulher ficou de rastos. eu achei que ela tinha enlouquecido. Fez o aborto obrigada pelo marido porque já tinham três filhas. Ironia do destino: esse bebé era um rapaz. Passados 4 anos engravidou outra vez mas decidiu contra a vontade do marido levar a gravidez avante e passou 9 meses a ser ignorada por ele. Foi duro para ela e para as filhas. A relação recuperou quando a quarta filha nasceu. O marido foi e é um bom pai para essa menina, mas a que preço? Esta dedicação é fruto do remorso que ele sente.Eu sou a favor da liberalização do aborto mas acho que deve ser bem explícito que é da inteira vontade da mulher.
O.K, não me perguntem como é que fiz isto de postar 3 vezes...não faço a mínima ideia...
ontem, mesmo aqui na rua augusta o pcp fez um pseudo-comício pelo sim (aproveitando e fazendo propaganda ao partido). além das palavras de ordem e dos ataques à assembleia ouvi 2 ou 3 coisas pertinentes.
os mesmos que defendem o não: 1-cortaram nas licensas de maternidade e nos privilégios das mães trabalhadoras no código de trabalho; 2- defendem a religião moral em vez da educação sexual nas escolas (já parecem os EUA que para prevenirem gravidezes prematuras aconselham a abstinência... ya sure!);
Para mim, são estes os problemas principais (à volta do aborto e de tudo em geral) falta de informação e falta de apoio!
Alguém me explica porque é que o pai não é tido nem achado nisto tudo? Estive a minha vida toda a ser mentalizado que a gravidez também é minha, que as responsabilidades da maternidade/paternidade competem em igualdade a ambos os progenitores, para agora dizerem-me que afinal não, se a mulher assim quiser eu não tenho nada a ver com o assunto. Se ela quiser levar a gravidez em frente, eu devo lá estar, mas se eu quiser estar e ela não quiser que ninguém esteja, então azar menino, fica para a próxima.
Diz-se que o sim não obriga ninguém a abortar, mas não é verdade. O pai será obrigado a abortar, caso a mãe assim o entenda. É verdade que a maior parte das vezes nós, os homens, somos umas bestas, somos os primeiros a forçar a mulher a abortar e a demitirmo-nos do nosso papel. Mas, caramba, nem todos somos assim.
p.s.: e acredito que a esmagadora maioria das mulheres não aborta de ânimo leve. Ninguém no seu perfeito juízo o faria.
Lobices (11.36)
Acho esse exemplo infeliz. A culpa não é tua, claro:), mas sim do Goucha.
Agora andamos a brincar aos referendos???:(
Quem está num programa de televisão devia pensar na responsabilidade que tem e pensar bem naquilo que diz.
Mas é este o país e são estes os programas que temos...:(
Mário Santos,
Eu entendo a tua posição e penso que entendo o que sentes.
Mas tudo depende muito do tipo de relacionamento que o "casal" tenha.
Se as coisas puderem ser resolvidas a dois, é o ideal.
Não podendo, é evidente que a decisão só pode ser da mulher porque é ela que transporta o feto dentro de si; se uma mulher estiver mesmo decidida a abortar ( e como dizes, nenhuma o faz de ânimo leve) nada a poderá impedir.
"Diz-se que o sim não obriga ninguém a abortar, mas não é verdade. O pai será obrigado a abortar, caso a mãe assim o entenda."
Mas isso já agora é assim, a decisão última sempre pertenceu à mulher, o Sim não vai alterar nada nesse aspecto.
Claro que nem todos são umas bestas, Mário, muito longe disso, mas esses não terão com que se preocupar. Tu és um desses, pelo que "conheço" de ti aqui.
E como já aqui foi dito, todos devemos lutar pela redução do número de abortos, seja através da educação sexual nas escolas, de uma boa e eficaz política de planeamento familiar, de acompanhamento a adolescentes em risco, sei lá...tanta coisa que há a fazer.
Quem vota Sim, vota por isso, também. O aborto deverá ser sempre a última solução...imprevistos haverá sempre.
Andorinha:
...a merda do programa da Tvi na verdade não é culpa minha; apenas o "aproveitei" porque a resposta da apresentadora foi (e penso que intencional - com especial intenção) : "O.K. mas no fim a escolha, a decisão, será minha"
...tal como no aborto, seja qual for o resultado, a decisão foi, é e continuará a ser, no fim, da Mulher!...
...daí eu ter "aceite" tal facto como positivo no programa
...
Andorinha:
...a merda do programa da Tvi na verdade não é culpa minha; apenas o "aproveitei" porque a resposta da apresentadora foi (e penso que intencional - com especial intenção) : "O.K. mas no fim a escolha, a decisão, será minha"
...tal como no aborto, seja qual for o resultado, a decisão foi, é e continuará a ser, no fim, da Mulher!...
...daí eu ter "aceite" tal facto como positivo no programa
...
...óh Professor:
(não há descanso cá pró velhote????)
...
aí vai a receita :)))))
....................................
Estudo
Consumo de alimentos com melatonina atrasa o envelhecimento
A melatonina, substância produzida no cérebro pela glândula pineal, presente em vários alimentos, um dos quais o vinho tinto, atrasa os efeitos do envelhecimento, indica um estudo espanhol
A melatonina existe em pequenas quantidades em frutos e vegetais como a cebola, a cereja e a banana, em cereais como o milho, a aveia e o arroz, em planta s aromáticas como a hortelã, a verbena, a salva e o tomilho, e no vinho tinto.
O estudo foi realizado por uma equipa de investigadores espanhóis chefiada por Darío Acuña Castroviejo, director da Rede Nacional de Investigação do Envelhecimento, da Universidade de Granada.
O estudo, que se baseou na análise de ratinhos normais e geneticamente mod ificados, concluiu que «os primeiros sinais de envelhecimento em tecidos animais começam aos cinco meses (nos ratinhos) - equivalente a 30 anos nas pessoas - por aumento dos radicais livres (oxigénio e nitrogénio), que causam uma reacção inflamatória», segundo o investigador.
Esse «stress oxidativo», acrescentou, tem efeitos no sangue dos animais, já que se provou que «as células sanguíneas se tornam mais frágeis com os anos e as suas membranas mais vulneráveis a rupturas».
Ao administraram pequenas quantidades de melatonina nos ratinhos, os inves tigadores observaram não só que essa substância neutralizava o stress oxidativo e o processo inflamatório causado pelo envelhecimento, como retardava os seus efeitos, aumentando por isso a longevidade.
O objectivo do estudo era analisar a função mitocondrial nos ratinhos e verificar a sua capacidade mitocondrial para produzir ATP (adenosina trifosfato), uma molécula cuja missão é armazenar a energia de que cada célula necessita para realizar as suas funções.
A investigação concluiu que a administração crónica de melatonina em animais a partir do momento em que deixam de produzir essa substância (aos cinco meses nos ratinhos) ajuda a contrariar todo o processo de envelhecimento.
Do mesmo modo, o consumo diário de melatonina pelos humanos a partir dos 3 0 ou 40 anos poderá prevenir - ou pelo menos retardar - doenças relacionadas com o envelhecimento, os radicais livres e os processos inflamatórios.
A melatonina, conhecida como «a hormona do sono», regula os ciclos circadianos (dormir-acordar), sendo a sua produção estimulada pela escuridão e inibida pela luz.
Não estando a sua versão sintética à venda em países como Portugal e Espanha, Castroviejo recomenda que «enquanto a substância não estiver legalizada, os humanos tentem aumentar o seu consumo através da alimentação».
As conclusões do estudo foram publicadas em várias revistas médicas intern acionais, nomeadamente na Free Radical Research, Experimental Gerontology, Journ al of Pineal Research e Frontiers in Bioscience.
Lusa/SOL
Lobices,
Claro que a merda do programa da TVI não é culpa tua:))))))
Como não vi o programa, comentei em abstracto.
Não me pareceu feliz a atitude do Goucha, só isso.
Quanto à resposta dela nada a censurar, pelo contrário:)
Vamos lá passar a consumir alimentos com melatonina...enquanto não vier outro estudo em sentido contrário:)))
Boa tarde,
Devo antes de mais esclarecer que, ainda não consegui sair do nim, por mais informação que procure, e este tem sido um dos locais privilegiados.
Pela sensibilidade do tema, e também por limitações temporais, tenho-me limitado a ler e a ouvir.
Com o maior respeito por todos, inclusive os que a elaboraram, confesso sentir repúdio pela pergunta colocada neste referendo. Sócrates faz-me lembrar Pilatos. Sem querer entrar pelo lado religioso, mas já vi este filme.
Entendo que esta é uma questão cujo alcance ultrapassa o Direito Penal, porque acredito que a penalização a que Alguém se sujeita por decidir praticar um aborto, será sempre maior do que, qualquer outra imposta socialmente. Concordo por isso, com a necessidade de alterar a actual lei. Despenalizando e não liberalizando. O aborto nunca poderá ser visto como um método contraceptivo. Ignorância e irresponsabilidade são pai e mãe do aborto na maior parte das situações. Também me parece que, esta não pode ser uma questão decidida exclusivamente pela Mulher, como se vai perguntar neste referendo. Aliás, não serão só mulheres a votar no sim dia 11, com certeza. Aí, pelo menos, ainda haverá igualdade de Direitos. Como já não acontece, por exemplo, com a regulação e atribuição do Poder paternal. Por isso subscrevo o Mário Santos:” Porque é que o Pai não é tido nem achado?”
Por falar em 11, outra questão não digerida, é a das 10 semanas. Imensos argumentos, mas nem o Prof. Vital Moreira me esclareceu.
Infelizmente também não estou certo que, mesmo após vitória do sim, a Ana não tivesse tido o mesmo triste fim.
O referendo faria todo sentido, se fosse apresentado algum projecto de lei a seguir, um modelo concreto com competências atribuídas. Poderemos inspirar-nos nas boas experiências Europeias (a Holandesa por ex., aqui citada pela pamina). Apostar na educação, a título preventivo, onde deveria ser feito o maior investimento. E não na emergência, como parece esta pergunta sugerir. Na Alemanha, a partir de 1 de Janeiro de 2007, o Estado paga por cada criança que nasce. Aqui reduz-se no tempo da licença de maternidade
Na actual conjectura política, não vejo como o S. N. de Saúde possa dar solução, em caso de vitória do sim. Só se as USF’s incluírem nos seus objectivos tais práticas. Quanto aos ricos, ganham, esses com maior evidência. Não precisam de ir Badajoz. E ainda beneficiam no IRS…A clandestinidade não será com toda certeza extinta, e duvido que tão pouco reduzida.
Tantas as questões e tão pouco o tempo.
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”
Não sei se foi Fernando Pessoa que escreveu, mas li em algo relacionado com o 70º aniversário da sua morte.
Boa tarde,
Devo antes de mais esclarecer que, ainda não consegui sair do nim, por mais informação que procure, e este tem sido um dos locais privilegiados.
Pela sensibilidade do tema, e também por limitações temporais, tenho-me limitado a ler e a ouvir.
Com o maior respeito por todos, inclusive os que a elaboraram, confesso sentir repúdio pela pergunta colocada neste referendo. Sócrates faz-me lembrar Pilatos. Sem querer entrar pelo lado religioso, mas já vi este filme.
Entendo que esta é uma questão cujo alcance ultrapassa o Direito Penal, porque acredito que a penalização a que Alguém se sujeita por decidir praticar um aborto, será sempre maior do que, qualquer outra imposta socialmente. Concordo por isso, com a necessidade de alterar a actual lei. Despenalizando e não liberalizando. O aborto nunca poderá ser visto como um método contraceptivo. Ignorância e irresponsabilidade são pai e mãe do aborto na maior parte das situações. Também me parece que, esta não pode ser uma questão decidida exclusivamente pela Mulher, como se vai perguntar neste referendo. Aliás, não serão só mulheres a votar no sim dia 11, com certeza. Aí, pelo menos, ainda haverá igualdade de Direitos. Como já não acontece, por exemplo, com a regulação e atribuição do Poder paternal. Por isso subscrevo o Mário Santos:” Porque é que o Pai não é tido nem achado?”
Por falar em 11, outra questão não digerida, é a das 10 semanas. Imensos argumentos, mas nem o Prof. Vital Moreira me esclareceu.
Infelizmente também não estou certo que, mesmo após vitória do sim, a Ana não tivesse tido o mesmo triste fim.
O referendo faria todo sentido, se fosse apresentado algum projecto de lei a seguir, um modelo concreto com competências atribuídas. Poderemos inspirar-nos nas boas experiências Europeias (a Holandesa por ex., aqui citada pela pamina). Apostar na educação, a título preventivo, onde deveria ser feito o maior investimento. E não na emergência, como parece esta pergunta sugerir. Na Alemanha, a partir de 1 de Janeiro de 2007, o Estado paga por cada criança que nasce. Aqui reduz-se no tempo da licença de maternidade
Na actual conjectura política, não vejo como o S. N. de Saúde possa dar solução, em caso de vitória do sim. Só se as USF’s incluírem nos seus objectivos tais práticas. Quanto aos ricos, ganham, esses com maior evidência. Não precisam de ir Badajoz. E ainda beneficiam no IRS…A clandestinidade não será com toda certeza extinta, e duvido que tão pouco reduzida.
Tantas as questões e tão pouco o tempo.
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”
Não sei se foi Fernando Pessoa que escreveu, mas li em algo relacionado com o 70º aniversário da sua morte.
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