quarta-feira, abril 13, 2005

Ainda a propósito de triângulos:)

Os Dias


E arrisco-me a entrar na jaula dos teus dias
que rugem de não ser o que eu lhes prometia

Mas é para fugir de um parque mais antigo
onde rugem os meus pelo mesmo motivo


David Mourão-Ferreira

99 comentários:

amok_she disse...

:-)

Anónimo disse...

Todas as gaiolas e jaulas assustam. "Evita o que te encerra". Não procuramos todos a paz e a liberdade, em tudo?
E, no entanto, que paradoxos! Saltamos de grade para grade, com visível contentamento. E beijamos o carcereiro. :)

Calvin disse...

Ó Júlio, mais geometria amorosa? Gostaste da animação!... :o)
A procura dos dias felizes não deve ser censurada a ninguém. Cada um fá-la como sabe, seja com pontos, linhas ou polígonos.

andorinha disse...

Realmente... agora virou-se para os triângulos? Então não disse que ia para os quadriláteros?:)

Pois é, a insatisfação faz com que se procure um novo ninho.
Alguém arrisca uma nova relação, o que significa que não se acomoda.
E tanta gente se acomoda!
É isto que me entristece, a sério.
Muita gente faz a apologia do ditado - "mais vale um pássaro na mão do que dois a voar." Ou, se se preferir outra variante - "mais vale mal acompanhado do que só."(esta de minha autoria, mas que corresponde à atitude de muitas pessoas).
Arriscar vale sempre a pena mesmo que se venha a ficar com uns "arranhõezitos".
Achei interessante o simbolismo de algumas palavras utilizadas - parque, jaula...
Às vezes as relações aprisionam, quase que funcionam como um colete de forças no qual a pessoa dificilmente se consegue mover.
E ainda existem tantas relações asfixiantes, como deve saber melhor do que eu. Deve ser pavoroso asfixiar numa relação.
Mas sair de uma jaula para entrar noutra, não; ser maltratado por leões ou tigres deve ser indiferente.:)
Procurar a liberdade numa relação eis o que todos deveríamos tentar.

PS:Esta é a melhor hora para comentar.:)
Ainda a tertúlia não está em peso e é mais fácil alinhavar as ideias.
É realmente complicado ler tantos
comentários e conseguir mesmo assim expressar uma opinião válida.
Fica-se confuso, já não se sabe a quem se quer responder e, mesmo que inconscientemente,fica-se sempre influenciado por algo que já se leu.
Assim o comentário é mais "puro" e eu prefiro.
Não infira daqui que eu sou contra a tertúlia, pelo contrário, está-se a construir agora duma forma, penso, mais consistente e isso é óptimo. Também vamos aprendendo a conhecer e a lidar com as diferentes sensibilidades e isso ajuda.
A sério, estou a adorar este espaço (sem bajulação) .))
Entenda isto como desabafos duma prof às 2h da manhã que está "na maior" porque amanhã não tem aulas:)))

Anónimo disse...

Já não comentei a sua outra entrada que por serem tantas as respostas, acabei por me “perder”.
Se querer ser insultuosa, aqui lembrei-me dos cães, que dão voltas para um lado e voltas para o outro, para se deitarem exactamente da mesma maneira.
Procura-se muitas vezes, dentro da novidade “ o velho”. Quase parece uma antítese mas é mesmo assim. Queremos os mesmos chinelos, o mesmo sofá, o mesmo conforto só que agora noutro colo.
Se é para ficar na mesma porque é que se muda??
Porque nós não sabemos que o filme vai acabar da mesma maneira. Achamos que por agora termos perdido 15 quilos, estarmos sem barriga ou a fazer massagens contra a celulite, que a “gordura” não se vai voltar a instalar!
Acho que cada vez acredito menos na mudança do ser humano, ou melhor, na mudança para melhor, que para pior é o que mais se vê por aí…

andorinha disse...

Elsa,

Quanto pessimismo vai por aí...
Porque é que o filme terá que acabar sempre da mesma maneira?

Anónimo disse...

Será que todas as pessoas que amámos caem no esquecimento? Não me parece...
Se um dia tivessemos de escrever num caderninho a personalidade de um amor ideal...penso que não faríamos mais do que listar o somatório das características de todas as pessoas que amámos...

No fundo é mais que um triângulo... é uma geometria mais virada para os fractais...

Anónimo disse...

Andorinha:

Não costumo ser muito pessimista, a sério que não mas tenho os meus dias de desencanto. Talvez por ter sido um dos lados destes triângulos e ainda andar a colocar as ideias em ordem...

Sim, deve ser disso. Quero mesmo acreditar que é apenas isso e que amanhã já vou imaginar outro final para este filme!

:)*

Anónimo disse...

Ai, SOCORRO, que o Murcon quer-nos
matar! Então deixa-nos todos pisados ontem, a asfixiar dentro do
triângulo, e espeta-nos numa jaula
com a Geometria II? Ai o que vale é que nesta jaula entra ar e luz natural, já não sinto as pisaduras,
já me posso distrair da dor.

Venham mais cinco...que a gaiola é
grande. Também é grande o nosso
coração- só é preciso abri-lo...

Anónimo disse...

Que bem que o amor se esconde,raios
o partam. deve saber que aumenta a expectativa de vida quanto mais tempo passar na clandestinidade.É
sempre um erro querer + que muito.
+ do que muito é menos que nada. Só
perto do amor é que uma pessoa se distrai e se perde.O ser humano gosta sempre de ganhar.De receber +
do q dá.De dar a quem não precisa.
De conseguir aquilo a q não tem direito-no fundo somos todos uns ladrões...

Ter alguém em quem pensar é uma sorte já. Ter alguém em quem pensar
, durante a vida inteira, é o mais
que se pode esperar. Alguem q se amou, q se ama ainda, que se deixa amar. Por muito longe ou perto q esteja.Os homens teem medo de ser amados, apetece-lhes fugir.
NÃO MAIS CAÍ NA ASNEIRA DE PENSAR
QUE O AMOR CONFERE O DIREITO DE TENTAR ENVOLVER A PESSOA QUE SE AMA

Miguel Esteves Cardoso, seu maroto...

Lyra disse...

é tão tarde que vou deixar para comentar amanhã. [pronto! Lá vai ter mais 500 comentários e fazer baixar a crista a pessoas que acham que ser dos mais lidos da blogosfera é uma Cooooiiiiiissssssa!! Olhe eu voto em si!]

Mitsou disse...

Sábios versos que na sua concisão tanto dizem. Óptima escolha. Um abraço.

Anónimo disse...

Concordo completamente com a Elsa. Anda-se sempre à procura de jaulas que se pensa serem mais douradas que as que se têm e acaba-se por concluir, a maior parte das vezes, que é um equívoco, e daí que se saltite de jaula em jaula (como elefante de nenúfar em nenúfar) até que um dia se dá de caras com a alma gémea (se não se estiver muito "ocupado", claro). E aí é como diz Camões:
"É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor..."
E não há nada de "sevilismos" neste contexto.

Maite

Bom dia para todos

PortoCroft disse...

'Quem foi que à tua pele conferiu esse papel
de mais que tua pele ser pele da minha pele.' (David Mourão-Ferreira)

Os poetas são danados Prof., não deixam passar nada. :)

PortoCroft disse...

Maite,

'Tadinhos dos nenúfares... :)

Anónimo disse...

lol, sr Portocroft Bom dia :)

Quero aproveitar para lhe dizer que tenho passado pelo seu blog e continuo a ler os seus poemas, embora sem os comentar por motivos óbvios

Maite

Tão só, um Pai disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Tão só, um Pai disse...

"
Prisão


... Há fugas, que não o são. Em vez da locomotiva, somos obrigados a entrar num vagão, mas olhem, não é o do carvão ...! E vai-se, ali, apertado entre duas linhas, puxado, puxando, parando e parado ao mando de quem apita, deixando de lado sonhos, paisagens, vagões separados por agulhas, as da vida. Viagens antigas de sonho esquecidas, que, agora, deram nisto, e, em fuga desesperada, fomos logo viajar ao sabor duma vida, que nos leva, direitos, ao apeadeiro, duma prisão."

Bom dia, boa tarde e boa noite.
A todos.
TsuP"

PortoCroft disse...

Bom dia Maite,

Os motivos óbvios... São os nenúfares espezinhados pelos elefantes, claro. ;)

PortoCroft disse...

Mas, afinal...colocaram-nos aqui uma questão sobre as expectativas...(as nossas e a dos outros) e o pessoal está a dormir...

Anónimo disse...

Cada um ruge para o seu lado pelos mesmos motivos? Devem dar-se bem e devem dar a outra face também.

Anónimo disse...

Para quê entrar,se vai ser uma jaula??
Arrisquemos,sim,mas sem muros...
Um bom dia!

Tão só, um Pai disse...

"Le voilà"

noiseformind disse...

Todos os santos dias o meu pai me lembra que eu seria um óptimo empresário, e mostra-me primos licenciados e "encarreirados" nesta ou naqela empresa, o "carro e cartão de crédito" como sinal de poder atribuido por terceiros e sinal de integração na colmeia.

Todos os dias lhe lembro que eles ainda vivem com os pais ou então casaram e estão enclausurados em apartamentos algures na cidade perdida e eu saltando da varanda do meu quarto aterro na minha piscina da minha casa. O "meu" como sinal de estrutura de resistência argumentativa.

Uma conversa que se ouve muito em cafés, é a conversa do "não fui isto, mas sou feliz com aquilo", normalmente o meio-termo é a forma que muitas pessoas escolhem para atravessar a vida, muitas vezes uma escolha inconsciente. Um teste que não se fez por falta de uma noite bem dormida, um exame que parecia assegurado e correu mal, e depois o surgimento desta entidade "sociedade", que nos é tão confortável para levantar dedos, apontar acusações.

Nas relações acaba por ser um pouco isto que acaba por acontecer. Relações supostamente "especiais" que são apenas uma sucessão de encontros mais ou menos "simpáticos" e depois dão origem a casamentos mais ou menos "estáveis", a casos mais ou menos "banais" e a divórcios mais ou menos "amigáveis" entre pessoas mais ou menos "adultas".

Isto tem um nome: mediocracia.

Ainda ontem, em Roterdão, me perguntaram pq é que cada vez menos se traduzia autores portugueses modernos. Tive de ser honesto na resposta, contrariando patriotismo de lapela: um autor que retrata a realidade nacional é um autor que cada vez mais retrata um país em anacronismo desviante em relação a uma Europa que é cada vez mais pós-moderna

Portocroft, no fds do 25 de Abril vou aí às terras de sua Majestade em missão afectiva: visitar a namorada:))))

lobices disse...

"...vivi num parque ainda mais antigo onde os meus rugidos se elevavam aos céus do olvido, na tentativa vã de não me ouvir a mim mesmo; procurei saída e arrisquei.
Arrisquei entrar na tua jaula, onde pelos mesmos motivos os teus rugidos me afligiam... não fizera, porém promessa de os evitar nem sequer de os calar... no entanto, nem a jaula se extingiu nem os rugidos pararam de se ouvir... foi apenas um mudar e os dias sempre mas sempre iguais a si mesmos e os motivos sempre a sobrar..."

...
...apenas criação literária; dedilhei palavras e saiu o que está em itálico...
...porém, a solução não está na fuga de jaulas ou de rugidos; a solução está na audição dos mesmos e na acomodação às grades...
...o rugido sempre existirá
...a grade estará sempre presente
...
...excepto se
...construirmos em nós mesmos a necessidade de voar, de bater as asas ao sabor dos ventos e nos deixarmos ir ao sabor deles e, como folha obediente, cairmos na escolha das escolhas...
...saber olhar de frente a jaula e ouvir o rugido ou então... fluir, ser e estar ao sabor de apenas se amar sem esperar amor, sem criar a dor, sem derramar a lágrima...
...arriscar, sim, mas em relação ao vôo...

lobices disse...

...(aprendam que eu não duro sempre)...

Tão só, um Pai disse...

Grande, tu, o Lobo

"fluir, ser e estar ao sabor de apenas se amar sem esperar amor, sem criar a dor, sem derramar a lágrima..."

... gostei, muito, de "ouvir"

Abraço.

PortoCroft disse...

Noise,

Não. Não me digas que fazes parte do Triânculo da Camila!... ;)

Coordenadas, please. :)

lobices disse...

"...eu tinha qualquer coisa para te dizer, algo que já anda dentro de mim há milhares de anos e nunca tive essa oportunidade...
...há dias, quando surgiste na minha vida, um pouco alheada do próprio mundo, quando ali surgiste espelhada na minha alma, eu estive quase quase para te dizer...
...penso que me faltou a coragem e a voz se me embargou; calei dentro de mim o que deveria ter gritado; talvez tenha esquecido a forma de gritar, talvez só saiba calar... não sei... já não sei...
...mas eu tinha qualquer coisa para te dizer, algo que me possui e me rasga a mente, num acto demente do meu próprio ser de aqui estar sem saber falar, sem saber o que te dizer, sem saber gritar o que tanto tenho calado... milhares de anos de silêncio dentro de mim...
...milhares de anos de solidão da minha própria voz; milhares de anos de espera que surjas ali à esquina, em qualquer lugar, e num momento de paz eu te possa gritar todo o meu amor...
...áhh dor que dói e me corrói a alma de tanto calar esta tão louca forma de te amar... dor de aqui estar e não saber o que te dizer, de não saber traduzir esta minha forma de tão somente te sorrir...
...e sorrio-te a todo o instante, aqui, ali, em qualquer lugar ainda que distante... não me preocupa se me ouves, se escondes as palavras que tão docemente me são devolvidas porque não enviadas; doces palavras de paz, ternura, carinho, amor... em doses de candura mas eivadas de toda a minha dor...
...estão aqui mas sei que tinha qualquer coisa para te dizer; como posso gritar se a voz se me tolda em silêncios ocos e sem eco ou se com eco ecoam apenas dentro do meu vazio, um vazio que não preencho ou se preencho apenas o preencho com a minha própria alma já de si tão gasta por durante todos estes milhares anos não me teres dito: Basta!..."

noiseformind disse...

Não... ando há uns anos com uma jovem que além de ser simpática e inteligente tb é totamente a favor dos triângulos e de vez em quando os vértices encontram-se. As coordenadas são, desgraçadamente Londres. Ela vai fazer um concerto Sexta e depois vamos passar algum tempo no Soho... eu claro, vou fazer o raide pelas casas de chá... te orangery... charles house...

Eu não me meto com Camilas. Essas rugem muito mas saltam pouco:)))))

PortoCroft disse...

Noise,

Mas, isso é óptimo. Se houver oportunidade, sempre podemos ir beber um 'Cappuccino' ao Café Itália.

Foi lá que, uma noite... nem te conto... só te digo que ganhou um Oscar há poucos anos. ;)

Tão só, um Pai disse...

Lobo,
Simplesmente, eloquente, em sentimento. Continuo a "ouvir", e oiço-te gente.

Anónimo disse...

Júlio Machado Vaz:

Eu até podia gostar deste "edifício" mas parece-me sempre um "meteorito" que nos tira o "espaço para respirar".

O tema do triângulo é curioso mas não tenho fôlego para o comentar.

O último comentário que lhe deixei foi agressivo(tinha a ver com exercer a profissão).Constatei depois, num post seu, que fez uma boa análise das caixas de comments :"espero que os ânimos se tenham acalmado".
O diagnóstico foi certeiro. Continuo a achar o que escrevi mas escrevi-o de uma forma irritada.
Pela minha irritação, peço-lhe as mais sinceras desculpas.
Vou dar-lhe o benefício da dúvida assim como espero que mo dê a mim.
Quanto ao David Mourão Ferreira...um meteorito que me tira a respiração(o que neste caso talvez não seja bom sinal)

Anónimo disse...

Um Paraíso chamado RIAPA

É o único país onde o Investimento Cultural atingiu os 100%. E como investir é dar alguma coisa e esperar sempre por um retorno maior, a RIAPA deu Cultura Paço-Arquiana e recebeu os maiores vultos culturais deste país: Carlos Ponta, Mocho, Tubarão, Ánhuca, Balatuca, Ratinho Blanco, Pierre-Pomme-de-Terre, Dr. Focas das Docas, Guélas, Tita dos Pés Sujos , Bajoulo e muitos mais artistas.
Criados à base de papas de cevada, tornaram-se nas Sumidades Actuais e embrenharam-se por estes Blogs dentro, em infindáveis visitas de cortesia, contra a Ignorância. Contem sempre connosco, porque Cultura é Sempre Cultura e quem vai, vai, quem vem, vem e quem não vai, vá…..

www.riapa.pt.to

Ale (mestressan) disse...

Bom dia meus amigos, sejam bem vindos a mais um debate on-line do Prof. Julio...(hehehe, traduzido: LOL ;-))Bem, tudo que eu tinha pra comentar a respeito desse assunto comentei ontem, com meu texto e com um texto do Gibran, hoje vou apenas resumir tudo o que eu postei ontem: Eu, particularmente, respeito as opiniões, mas discordo inteiramente que haja espaço pra infidelidade em um relacionamento, sou completamente a favor do diálogo entre os casais antes de qualquer atitude e após resolvido, decide-se através de uma escolha e não pela traição! O respeito é fundamento básico de tudo na vida e a traição é ausência de respeito para consigo próprio! Um beijo a todos (ALE)

Anónimo disse...

As mulheres (ou homens) são como as criadas: nunca se muda para melhor!

PortoCroft disse...

'...a traição é ausência de respeito para consigo próprio.'

Ale,

Hmmmm!... Se calhar é importante na recuperação do amor-próprio. ;)

Mojo Pin disse...

A geometria do amor é um pouco complicada, principalmente quando falamos na forma geométrica do triângulo ou do quadrado...será possível amar duas pessoas "daquela forma"? E onde estará o limite?Por que não amar 4 ou 8?...acredito que existam diferentes formas de amar,mas amor tem dois intervenientes...no meu humilde ponto de vista.
Relativamente às jaulas e às gaiolas e muitas vezes à vontade de sair delas ou ficar nelas...o filme "Closer" retrata este conceito muito bem.

Gostei deste cantinho*

Anónimo disse...

A minha jaula tem a porta sempre aberta. E entrada é livre. A saida também.

PortoCroft disse...

yulunga,

E em que zoológico? ;)

Anónimo disse...

O triângulo, o rugido, a jaula e isso... muda de jaula não muda de fera... é pá, e quando é que discutimos o concreto da realidade palpável? Hein?!
Todos práqui a bitaitar e tal ... uns falam em código ... outros falam para a parede, mas no fim isto é mesmo só conversa de sumir!
AGHH!

Nuno Alho

PortoCroft disse...

Correcção:

E em que zoológico, tigresa?

Anónimo disse...

Portocroft cá na dos leóes e dos tigres também. Olha os meus signos. A saída é livre, mas só após o total cumprimento dum looooongo contrato :-)

Ale (mestressan) disse...

Portocroft, não sei ao certo o que significa se calhar, mas vou comentar diante do que entendi! Acho que o amor próprio só existe com o respeito próprio - se não tudo não passará do preenchimento do "ego"! (ALE)

PortoCroft disse...

yulunga,

Agora entendo porque chamam a isso contratos leoninos... É por tua causa. ;)

Anónimo disse...

Portocroft, vou dizer LOL, por dizer. Leonino cheira-me a futebol e esse tipo de piada eu não costumo entender muito bem. Se puder volto, caso contrário boas blogadas

PortoCroft disse...

Ale,

Acho que é mais ou meno por aí.

É capaz de ser também uma forma de compensação.

mdm disse...

Vou recomendar este blog que anda com vértices a mais, na minha policromia!!!

PortoCroft disse...

yulunga,

Não tem nada de futebol na expressão. Chamam-se assim por, dos contratantes, haver sempre uma parte que fica numa posição, injustamente, de superioridade. O que costumamos designar por 'ter a faca e o queijo na mão'.

Para não fugir ao tema, vou triangular com uma célebre carta que o Eça escreveu à Companhia das Águas. Julgo que a expressão, se não teve origem aí, caíu no goto popular a partir daí.

Ale (mestressan) disse...

Onde há amor, há renúncias! Disse Jesus: "Seja tua palavra sim, sim, não, não, tudo que disso passa procede do maligno" - Qualquer exagero é negativo. Há uma sutil diferença entre o limite de "se amar" e "Egoísmo"...se não tomarmos o devido cuidado, ao invés de estarmos nos amando estamos nos "envaidecendo" ou sendo "egoístas"! O que é bom, não falta e nem sobra, apenas é e assim temos que equilibrar os limites...Deus é bom e não "bombom" (nome dado a balas doces aqui no Brasil) então amar a nós mesmo tem um limite e também exige renúncias! (ALE)

Calvin disse...

Depois de ler os comentários de hoje e ontem, só penso «Tenho sido um rapaz tããão sossegadinho...» :oD

PortoCroft disse...

Ale,

Quando eu ontem disse: ' Porque eu concerteza, teria dificuldade na escolha', estava-me a referir precisamente a isso qie disseste.

Com a quantidade de Bombons que andam por aí...Ai!...Jesus...;)

Ale (mestressan) disse...

Portocroft,

Tenho que admitir que estais certo, imagine a mim, aqui no Brasil, como já conheces! ;-) - não tirando a beleza das mulheres Portuguesas, mas ainda não estive em Portugal, mas tu já esteve aqui, deves conhecer!

PortoCroft disse...

Ale,

Conheço, sim.

Aliás, se o Prof. lança aqui os triângulos como tema e, tendo como alvo a sociedade portuguesa, consegue o que conseguiu de comentários. Imagina no Brasil... Acho que os servidores pifavam. ;)

Mas aí, se calhar, triângulos seria um tema restricto. Em cidades como o Rio e S.Paulo, acho que as coisas já andam, no minímo, nas octogonais. ;)

Ale (mestressan) disse...

Portocroft,

Existem casas de espetáculos que promovem encontros "amorosos" entre vários casais e as trocas de parceiros sem nenhum pudor! Principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo como tu falaste, ou seja, aqui já virou "entrentenimento" - hehehe (Ale)

lu disse...

Há já algum tempo que vos leio aqui nos comentários, agora decido-me a participar.
Acerca desse tema das trocas de casais, posso dizer que não conheço em Portugal esse tipo de casas a que o Ale se refere, mas a internet trata de as substituir como um local de primeira aproximação.

PortoCroft disse...

lu,

Bem vinda.

Não sei se não haverá. Há já muitos anos que vivo fora do país. Mas, nem que seja de forma encoberta, acredito que sim.

Agora, a internet...é aquela coisa...aproxima-nos e separa-nos, identifica-nos e oculta-nos, educa-nos e estupidifica-nos...

(Quando saír o livro que o Prof. há-de congeminar sobre o tema, havemos de aprender muito mais sobre isto...) ;)

lobices disse...

...já não se pode dormir a sesta descansado!... Mal se acorda e aqui se chega, eis um não sei quantos já de comentários a mais para ler e acompanhar...
...assim, não há jaula que aguente
...nem grades
...nem parques
...nem rugidos
...gosto de vocês todos(as)...
:)

Anónimo disse...

Bom dia gente! Os dias... entrar, sair... jaulas e parques... o cruzar de vidas e a coincidência de situações. Ontem, a história dos triângulos deixou-me um pouco melancólica, talvez saudosa de alguns meninos da minha vida. Por azar (mais tarde sorte), tive um jantar de trabalho... éstavam lá 3 deles!!! O quadrilátero!!! A escolha foi difícil, mas ainda assim a melancolia não me saiu dos ossos...

Londres? Trabalhei aí um ano (2000)... Ai a puta da saudade... (desculpem-me, há dias assim!)

Anónimo disse...

Bom dia gente! Os dias... entrar, sair... jaulas e parques... o cruzar de vidas e a coincidência de situações. Ontem, a história dos triângulos deixou-me um pouco melancólica, talvez saudosa de alguns meninos da minha vida. Por azar (mais tarde sorte), tive um jantar de trabalho... estavam lá 3 deles!!! O quadrilátero!!! A escolha foi difícil, mas ainda assim a melancolia não me saiu dos ossos...

Londres? Trabalhei aí um ano (2000)... Ai a puta da saudade... (desculpem-me, há dias assim!)

PortoCroft disse...

Ale,

Mas, essas casas não me parece que substituam os triângulos.

É que, um dos atractivos, se calhar o maior atractivo dos triângulos é o de, a pessoa que está em controle, ocultar a situação a cada um dos outros elementos que fazem parte do triângulo.

Achas que teria graça de outra forma? ;)

Anónimo disse...

Sorry pela repetição, mas o meu computador hoje também está com mau humor...:(

lu disse...

Portocroft, a internet é só um meio...obrigada pela simpatia. :)

Na minha ignorância acredito que as jaulas somos nós que as criamos, e que os rúgidos dos outros podem ser apenas miados amplificados aquando da recepção da mensagem. Pensamos estar enjaulados, mas as grades somos nós que as criamos.

PortoCroft disse...

lu,

Concordo, em parte. O viver em sociedade, tem muito que se lhe diga.

Nós até podemos ser suficientemente fortes para não permitir que os miados gritados sejam rugidos opressores. Mas, depois há o resto, que não é pouco... A forma como a sociedade está estruturada e como essa estrutura nos influencia no dia a dia.

lobices disse...

...tá na hora
...na hora do cafezinho da tarde
...venham daí
...há espaço pra todos
...e café também
...aqui não há grades
...apenas flores
...cheiro a terra molhada
...chilrear de pardais
...o Black vai comigo
...venho já
...

Lyra disse...

[tenho a sensação que este post vai ter mais uns mil e quinhentos comentários!]
Olhe JMV eu gosto do David Mourão-Ferreira. Gosto pronto! E gosto destes Dias. Quanto a triângulos já não digo mais nada. Finito! :-))

PortoCroft disse...

lyra,

Eu bem vou escrevendo umas bacoradas para ver se os agito...Mas, pelos vistos, já está tudo a pensar no fim-de-semana. ;)

Tão só, um Pai disse...

Yulunga,

"A minha jaula tem a porta sempre aberta. E entrada é livre. A saida também."

A jaula não é tua, foi criada e pertence a quem, por último, entrou nela, nessa relação e dependência sentimental. Por isso, não tens forma de abrir ou fechar esta porta, nem sabes onde ela está.

Só disparando chumbo grosso à tua volta, para tudo o que, no teu imaginário, pudesse constituir uma jaula que aprisiona a outra pessoa a ti.

A ser essa a tua decisão, avisa. Não te critico a pontaria. Mas gostaria de não estar no sítio errado, à hora errada.

PortoCroft disse...

Ainda bem que assim é, Ana.

Sinto-me muito mais protegido. ;)

lu disse...

Potocroft: Se há coisas erradas na sociedade, mesmo que ela nos oprima e nos tente ensurdecer com rugidos, temos é que tapar os ouvidos com as mãos e lutar pelo que acreditamos. É utopico, mas se cruzarmos os braços fica tudo igual...

Ale (mestressan) disse...

Portocroft,

Sabemos que não substitui esse tipo de "casa" ao triangulo, mas comentei apenas para que seja observado o grau de banalização que chegamos! Na verdade não apoio relações dessa natureza! Gosto de aprender a amar uma só pessoa, nem que para isso eu abdique de prazeres superficiais! (ALE)

Ale (mestressan) disse...

A propósito. Oi Lu, prazer em "conhecê-la" e seja bem vinda, se quiser dar uma passada em minha casa de desabafos e etc; fique a vontade: www.mestressan.blogspot.com um beijo (ALE)

Lyra disse...

PortoCroft já tinha reparado ;-)

Ale (mestressan) disse...

Professor, terá esgotado a argumentação coletiva? Pela 1.ª vez percebo mais de 5 minutos corridos não chegar um comentário novo...que silêncio...logo agora que estava a me acostumar com os gritos desta tão bem denominada pela Lu, "comunidade de comentadores do Murcon"! Acho então que está na hora de jogar mais um pouquinho de arroz pra nós, pombos famintos! ;-) heehhe

PortoCroft disse...

lu,

Claro que sim. Somos nós que temos que ser agentes da mudança.

As estruturas foram criadas por alguns para condicionar os restantes. Aí é que reside o problema: Inverter o vértice da pirâmide.

Ale,

Entendemos. Só queria sublinhar aquele ponto.

Tão só, um Pai disse...
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PortoCroft disse...

Ok, Lyra,

Vou beber uma Guinness. ;)

Tão só, um Pai disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Tão só, um Pai disse...

Bom, vamos lá a ver se avivamos a conversa:


Ana,

"Artigo 10º

1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem."


Isto não se aplica, por certo, aos solitários pastores, no relacionamento que manterão com as ovelhinhsa dos seus rebanhos, durante as transumâncias anuais. Ou não será assim?


De resto, tal acto nunca não seria pecaminoso, uma vez não se encontrar previsto nos 10 Mandamentos Sagrados.

No que se refer a estes, abomino a forma como os homens reprimidos no desejo, face à sua contraparte natural, as mulheres.

Reparem, "Não desejarás a mulher do próximo".

Bem entendido, qualquer mulher poderá desejar o homem que quiser.

Sempre achei que tal mandamento terá resultado da transmissão deturpada, ao longo dos milénios, do verdadeiro original.

É incorrecto, injusto e degradante para o Homem humano.

Até já.

Ale (mestressan) disse...

Pelo visto professor, realmente esgotaram-se os argumentos e como não jogastes mais arroz a nós pombos famintos, os próprios pombos foram buscar arroz na feira e já lançaram-se a si mesmos. Mudamos de assunto por nossa conta. Estamos a discutir os direitos dos animais! (ALE)

Tão só, um Pai disse...

Caro Ale,
Erro puro, estamos a discutir os direitos dos pastôres.

Ale (mestressan) disse...

Reconhecendo meu erro, abro um novo velho debate: "Dos Direitos e Deveres dos Pastores e dos Animais" ;-)

Tão só, um Pai disse...

Ah, e quanto ao tal Mandamento ...

Ale (mestressan) disse...

Antigamente, a sociedade tinha fundamentos mais machistas que hoje, se quer era imaginada a possibilidade de uma mulher ter desejos! Logo o mandamento foi criado em uma época em que prevaleciam os homens. Mulheres eram quase que "posses" no entanto, na verdade, não desejais a "posse" de outro homem...mas se porventura tiver uma mulher livre, sem um "dono" podes possuí-la...a poligamia era comum em algumas regiões...mas havia, ainda assim, um mandamento, ainda há por sinal, que diz: não cometerás adultério, que era válido principalmente para as mulheres da época que ousavam desejar outros homem! A prova é que na Bíblia cita a "Mulher Adúltera" e não o Homem Adúltero, posto que, Abrãao lhe foi dada uma serviçal pára que lhe fizesse um filho e não foi considerado um Adúltero, e este, salvo engano, foi depois de Moisés, legislador!

Tão só, um Pai disse...

Calma lá, a Biblia cita, mas os 10 mandamentos, não. E porque devereão os usos e costumes de uma tribo, se deverão sobrepor ao que realmente nos foi legado?

Anónimo disse...

Cada um de nós, responsável ou nem por isso, é uma promessa nos outros... o cumprimento ou não dessa promessa pode ser descampado ora jaula, os dias podem cantarolar ora rugir...

Ale (mestressan) disse...

Toda lei vêm pelos costumes de um povo! Hoje o povo tem outros costumes e foram necessárias criações de outras leis. Jesus mesmo disse: "Moisés disse, não cometerás adultério, eu porém vos digo, todo aquele que olhar para uma mulher com cobiça, já cometeu adultério" salento que, para as pessoas comprometidas, independente do lado, conforme é o contexto! Na verdade o que você chama de Tribo era um povo original!

andorinha disse...

Noise,

Existem jovens simpáticas e inteligentes?:)))))))))))))))))))))

Portocroft,
tás zangado, homem?!!
Já te expliquei o que aconteceu.
"Adiciona-me" à vontade.

Anónimo disse...

à velocidade com que cada vez mais as relações se "estabelecem" é bem capaz de aumentar a lista de jaulas... e o ruido... é uma orgia de afectos, injusta maioritariamente.

Ale (mestressan) disse...

Desculpem mudar de assunto. Mas venho afirmar-lhes que sinto falta de Yulunga. Acho que estou apaixonado! ;-) Beijo Yulunga - ALE

Anónimo disse...

dvsfxcv

Ale (mestressan) disse...

Caro anonymous said...traduza estas letras se acaso formarem alguma palavra, por favor! ;-)

Tão só, um Pai disse...

Yulunga,
Há, aqui, alguém "enjaulado" por ti ...

(descança, não sou eu, é o Ale)

Anónimo disse...

Ale não se apaixona não, que eu não sou boa bisca.

TSUP aquela frase da jaula não era para comentar. Era para ler, ficar de boca aberta e dizer: Porra! Ela fala bonito.

Ale a propósito desses encontros amorosos estou a preparar um artigo. Chamam-lhes Barebacking e aquilo é barra pesada mesmo.

Portocroft, numa relação tem que existir sempre um que é superior ao outro?

Anónimo disse...

Ale, aquilo é uma disfunção. Não sei se tem tradução, mas tratamento deve ter. Se for homem e se for erectil, caiu no blog certo

Tão só, um Pai disse...

Perdoem-me a redundância do comentário ...

Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! .... (vou ali, que me engasguei)

Ale (mestressan) disse...

Yulunga, não se preocupe com meu coração...hehehe...estou acostumado a me apaixonar em vão, talvez apenas pra quem eu me apaixone, porque pra mim, me faz mover! Um beijo (ALE)

PortoCroft disse...

Seus murcons,

O pessoal já está a falar do depois de... (e este é o centésimo de hoje...acho)

Anónimo disse...

Lamento malta, mas há assuntos em que só vos posso acrescentar mais dúvidas:
Dúvida geométrica
Os triângulos amorosos serão equiláteros, isósceles ou pelo contrário, todos escalenos?
Dúvida aritmética
Se no amor um mais um é igual a um (1+1=1) será que um mais dois é igual a dois (1+2=2). Deixo ao vosso critério a demonstração matemática.
Dúvida botânica
Será a polinização cruzada uma forma subtil de triângulo amoroso vegetal?
Dúvida etnobotânica
Tenho que perguntar ao colega que se ocupa deste ramo, porque não percebo nada de etnobotânica
Dúvida geodésica
Qual o teodolito mais adequado à triangulação amorosa?

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101!101!101!