segunda-feira, abril 11, 2005

Angústia de separação:)

Troquei de carro e sinto-me adúltero, gosto tanto do "falecido"!:(. O episódio trouxe-me outro à memória. Quando era adolescente, a minha Mãe decretou que uma camisa já a envergonhava a ela e não a mim, de tão encardida. Fiz ouvidos de mercador. E um dia cheguei a casa e a camisa desaparecera, como um cão que se envia para o abate misericordioso. Ainda me lembro do espanto de minha Mãe perante os olhos rasos de lágrimas do rebento. Talvez amemos nas coisas - e nos animais... - a "permanência" que nenhum ser humano autónomo, mesmo que nos ame, pode ou deve prometer. E escrevo "mesmo que nos ame", porque o amor não chega para que alguém se mantenha ao lado de outra quando a relação deixou de ser satisfatória e impede o olhos nos olhos ao espelho. Apesar dos filmes de Hollywood e as telenovelas da Globo insinuarem o contrário:).

39 comentários:

lobices disse...

...há aí uma "mensagem" interessante; por amor tua mãe te tirou a camisa encardida...
...porém tu amavas essa camisa
...na verdade, tantas e tantas vezes somos magoados por amor...
...voltarei depois para melhor aprofundar o tema...
:)

José Alexandre Ramos disse...

bem... eu... há livros e discos que por pior estado estejam, não sou capaz de me separar deles (por exemplo tenho em cd certos álbuns que continuo a ter em vinil e já nem tenho leitor de vinil sequer). Porém, em relação a roupas, objectos como relógios, e passando para mais "pesados", como aparelhos, tvs, comptadores, e carros... vá o velho e venha o novo. :) Gosto sempre mais de mudar. Acaricia-me o ego...

lobices disse...

...o que acontece quando nos separamos de algo ou de alguém?
...melhor: porque acontece?
...melhor ainda: porque é que tem de acontecer?
...
...falas da "permanência"; eu creio que é isso mesmo, ou seja, a separação acontece porque somos "impermanentes"...
...o que permanece em mim não é o mesmo que permanece no outro
...numa relação de amor (claro que na real e não naquela que os sonhos dourados de hollywood ou da globo nos mostram...), o sentir é diferente entre os protagonistas; todos eles, os que protagonizam essa relação, seja ela qual for, têm a sua própria permanência em parâmetros diferentes dos dos outros... o "amor" que permanecia em ti pela camisa não era o mesmo que tua mãe sentia; nela permanecia outro sentir; e, por amor a ti, numa outra permanência, ela afastou o teu amor; deu-lhe a impermanência do amor pela permanência de outro...
...transpondo o "boneco" para as relações humanas, acontece o mesmo; tanto amamos alguém que a permanência desse sentir colide com a permanência do sentir do outro; daí à ruptura é um passo rápido que nos leva à dita impermanência do amor em si mesmo, ou seja, o amor nunca será permanente...
...daí que, a única forma possível de permanecer é na dádiva, ou seja, no acto de amar, esse sim, passível de permanência porque apenas dependente de um só ser
...quando amo, quando me entrego e nada espero em troca, amarei com a minha permanência, não tendo em conta a permanência dos outros...
...o amor impossível esse a que chamamos de amor incondicional, porque não refém de condições não se perde na impermanência, fica, ainda que estático, ainda que num só sentido, numa só lufada de dacção mas sempre presente
...por isso, dizes bem: amamos nas coisas a permanência imprometível
...daí que em face da impossibilidade dessa permanência o amor deva ser apenas e na sua totalidade impermanente
...ou seja, numa última análise, inexistente
...assim, restar-nos-á apenas a entrega e não esperar que algo nos seja dado...
...
...amar é complicado, não é?...
...o que foi que eu escrevi?
...bolassssss
...

Anónimo disse...

Quer isso então dizer - se bem entendi - que se vive a felicidade do amor, não enquanto este dura, mas enquanto a satisfação dessa necessidade se sobrepuser a outras exigências da vida.
Depois deixa-se de ser feliz sem se deixar de amar. Aparecem outras preocupações; procura-se a felicidade num outro lado, num outro amor.

Bolas. A palavra amor custa a sair. Preciso de uma consulta com o professor...

noiseformind disse...

Imaginando não ser segredo de estado vou dar a minha opinião de profissional. Um homem que se arreiga ao estado civil "divorciado" ter uma carrinha familiar sempre me cheirou a esturro, especialmente quando esse homem quase nos atropela; )))))))

É verdade, a primeira vez que vi o Éme depois de ter chegado a Portugal foi quando o homem quase me atropelou ia eu a sair do ArrábidaShopping


Éme, um carro é apenas uma nova aprendizagem de gestos que nos enquadrarão de novo e nos formatarão de novo, pequenos e simples.

Nisso gosto de divergir para o prático. O económico e "encolhidinho" para as ruas do Porto, o descapotável, rápido e narcisista para as auto-estradas, o familiar, robusto e 4x4 quando somos mãe-galinha de 4 ou 5 alcoolicos não-assumidos. Partido o espelho as coisas custam menos.

(claro que também é verdade que ainda uso o relógio que é relíquia do meu santo avô, sem qualquer valor financeiro, que se atrasa quase todos os dias quando não lhe dá mesmo para parar pura e simplesmente. Mas não é dele que dependo para as horas, os telémoveis trazem essa "função" por arrasto consigo ; ))))))) )

E há sempre os olhares inquisitivos dos amigos: "quanto dá" os mais afortunados já a comparar com o maquinão lá na garagem e o "quanto gasta" dos menos aforrados que assim esperam colocar-nos olhar de desprezo por sermos tão insanamentes irresponsáveis ambientalmente:)))))


Esqueceste-te de falar aí de uma coisa nas permanências Éme, que é das sogras que ligam para os consultórios a marcar sessão para o filho " e para aquela tipa" em nome do casal, coisa cada vez mais frequente e que nos deixa atónitos com tamanha dependência familiar para decisões tão sumárias. são capazes de estarem ambos já enrolados noutros leitos, mas para pais querem continuar a ser "casal". Um pouco como a relação que tenho com um 2CV que, conservadinho, mantenho na garagem em plástico, esperando o dia em que uma quebra no imaginário da minha infância me leve a assumir o divórcio com ele. É que já não suporto olhar para ele, quanto mais conduzi-lo.

Anónimo disse...

A última vez que troquei de carro, senti alguma culpa por ter abandonado um carro que tão "fielmente" me tinha servido e que eu, agora que ele estava velho e com pouco préstimo, deitava para o "lixo".
Tive que me mentalizar que o que estava em causa era uma mera máquina, e não uma pessoa ou um animal.

Tão só, um Pai disse...

Os objectos amados têm vidas e uma cumplicidade próprias, que a memória não guarda de outra forma. Fazem parte de nós, como repositórios de sensações e companheiros de bons momentos.
Um abraço.

amok_she disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Bastet disse...

Vi o meu ex-carro nas mãos do seu novo dono :( e senti-me traidora e traída.

Bastet disse...

Ora se fosse o meu ex-marido era motivo de festa :)

Calvin disse...

O meu Ford Ka ainda é o meu primeiro carro e ainda terá que o ser duarante uns bons anos apesar de sempre ter dado inúmeros problemas mecânicos, eléctricos e adorar fazer uma visitinha à oficina. Era precisamente o carro que queria e se soubesse o que sei hoje, não teria escolhido outro. :o) Os objectos têm esta vantagem (?): é fácil serem precisamente aquilo que desejávamos que fossem. :o)

Anónimo disse...

Eu tenho um Renault Clio vermelho, a desintegrar-se, de 92, do qual não me consigo separar e ao qual chamo carinhosamente de "o meu Rocinante". Entendo-o bem professor, eu também não sou uma pessoa descartável em nehum aspecto da minha vida!:)

andorinha disse...

Eu não tenho a mesma sorte de poder trocar de carro quando me apetece porque os profs ganham muito menos que os psis:)))

Pois, isto do amor é complicado.
Às vezes por amor fazem-se coisas não tendo em conta a opinião do outro e isso magoa; ou então supostamente por amor não se partilham preocupaçoes e angústias.
Sempre me fez muita confusão o discurso (normalmente utilizado por homens) "não é nada, está tudo bem, não te quero aborrecer com os meus problemas."
Sempre me interroguei sobre que raio de relação de amor é esta (falo sobretudo em termos de casal partilhando o mesmo tecto).
Onde estão a partilha, o companheirismo e a cumplicidade que devem fazer parte do "verdadeiro" amor?

Uma frase sua suscita-me algumas dúvidas.
"...porque o amor não chega para que alguém se mantenha ao lado de outro quando a relação deixou de ser satisfatória..."
Não concordo muito. Penso que se existe amor mesmo, fica-se ao lado do outro; se a relação deixou de ser satisfatória nalgum aspecto,
pode-se (e deve-se) procurar essa satisfação com outra pessoa.
Isto será para muitas pessoas uma utopia, mas o que seria de nós sem elas?

Amor incondicional e desinteressado não existe? Não sei, é complicado. Amar alguém duma forma extrema, será eu ficar feliz por "permitir" que esse alguém seja feliz com outro, se não puder ser feliz comigo. Isto sim, penso que será bem mais difícil.

PortoCroft disse...

Como o entendo Professor.

O meu primeiro carro foi um Plymouth Duster. Em boa verdade, não era um carro, era uma autêntica urna móvel. Conseguia consumir mais gasolina que eu alcool e Coca-Cola. Tinha a particularidade de, regra geral, pegar de empurrão ou através da solícita ajuda de alguém disposto a me dar 'jumper'. Mas, depois de pegar, não havia 'motorway' que o segurasse. Foi nele que percorri quase toda a Costa Leste dos EUA e, àparte este pequeno 'quid pro quo' nunca me deixou ficar mal. Duster, era apelido, porque nem um grão de pó eu suportava transportar na 'urna'.

Por muito tempo, mesmo após ter comprado o meu segundo carro, mantive-o e, vez por outra, conduzia pelas ruas da minha cidade. Apenas e só quando saí dos EUA, me desfiz dele. Não o vendi. Doei-o a pessoa amiga, na certeza de que seria bem cuidado. Tanto quanto sei, ainda assim é.

Quanto às permanências, ninguém melhor que o Vinícius as definiu: "Que seja bom, enquanto dure".

P.S. - Já agora, Prof., não lhe parece que seria tudo muito mais fácil se não vivêssemos tiranizados pela monogamia? ;)

Anónimo disse...

Portocroft, ainda vives sob essa tirania???

:)))))))))))))))))))))

Olha que isso tem cura. Depois diz-me aí um mail que dê para anexos grandes e eu mostro-te uns videos home-made que abordam essa problemática de uma perspectiva multi-pessoal e multi-orgasmica:)))

Mas para nesta mensagem não fugir À mensagem do Éme eu diria que muito mais do quem com camisas encardidas fico preocupado com camisas rasgadas:))))))))))))))))))))))))

O resto do que penso está mais acima, registado como blogger


Peter

andorinha disse...

Portocroft,

Só vive tiranizado pela monogamia quem o consente.
O que é que te impede de fugires a ela? As convenções, o socialmente aceite? A tua "consciência"?
Nunca percebi porque é que não se pode gostar de mais do que uma pessoa ao mesmo tempo.

Ideiafixe disse...

Caro amigo...
...esse é um problema que arrasto há uns anos!... Tenho dificuldade em trocar as coisas! Imagino sempre as coisas com "alma"... alma essa que vai embora triste e sentida por ter sido trocada...
Foi assim com os carros, mas também com pequenas coisas sem importância... porque gosto delas e porque...
Sei lá!
2 das coisas a que mais dou valor... lealdade e fidelidade... com pessoas e coisas... faz-me diferença, irrita-me profundamente quando alguma é quebrada...
;)

PortoCroft disse...

noise,

Podes sempre usar o email no mu 'profile', depois te darei o pessoal, ok?

Andorinha.

Nem eu. Nunca entendi isso. Eu por mim tudo bem. O problema é que socialmente, ainda que elas concordassem, não poderia assumir as duas ou três (ou 'n') que gostaria, estás a ver? ;))))

Mas, não desarmo. Aliás, se calhar até deveria ser grato porque me ajuda a ganhar milhas com a TAP. ;))))

Anónimo disse...

Pois...
"se as coisas foram feitas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, porque é que se amam as coisas e se usam as pessoas?"

André Parente disse...

Chamem-me insensivel.... mas para mim, um carro é um carro! Já as camisolas....

PortoCroft disse...

Maria,

Por favor, não infira um desrespeito às mulheres. Nada disso. Nem há termo de comparação. Trocava todos os carros pelos quais me apaixono, pelas mulheres amadas. ;))))))

(Se amanhã não comentar, é só porque alguém me colocou num colete de forças) ;))))

Elisa disse...

Oh Senhores...
mas porque é que ainda se discute o amor? Num filme que vi há uns anos dizia-se (ao som de Chet Baker... alone together, creio eu) 'talking about love is like dancing about architecture'... estão a ver (o filme)? Quer dizer... as coisas são o que são e as pessoas são o que são... o Vinicius dizia «que seja eterno enquante dure»... Será mesmo preciso mais alguma coisa? E depois... a vida da malta parece-se tanto com uma telenovela mexicana (mal) dobrada em brasileiro que é natural que ainda se acredite que o amor tudo pode, tudo salva, tudo perdoa, tudo aguenta... até a ausência do próprio... amor. Eu só não percebo é porque é que discutimos tanto o amor e o fazemos tão pouco. E não me refiro ao sexo, refiro-me a outros gestos de amor... Eu acho que amamos de menos porque racionalizamos demais. A mim, sinceramente, o que me preocupa nesta coisa das relações entre as pessoas nem é a monogamia nem a poligamia (ambas admissíveis, me parece, de acordo com o momento e com a vontade)é a porra (desculpem lá) da racionalização em torno do que deve ser e do que não deve ser... deve ser para evitar racionalizar que sou viciada nos primeiros instantes... enfim... uma confusão, mas eu bem disse... ponham-se a dançar a propósito da arquitectura e logo vêem se alguém compreende alguma coisa. By the way... há mesmo alguma coisa para compreender?

Conceição Paulino disse...

Talvez o rasto de nós e das vivências k nalgumas coisa ficam impressas.Já passei por isso com roupinhas no fio,,,,Bjs e ;)

Conceição Paulino disse...

Talvez o rasto de nós e das vivências k nalgumas coisa ficam impressas.Já passei por isso com roupinhas no fio,,,,Bjs e ;)

PortoCroft disse...

Bonjour. Digo assim mesmo porque, hoje, estamos aqui com um céu limpo continental.

elise,

O amor não se discute. Faz-se. Os homens são os primeiros a concordar. O problema é essa mania que as mulheres têm de racionalizar tudo. ;))

SK disse...

Quando o meu Ibiza entrou para o meu parquíssimo espólio patrimonial, dei de caras com a minha cara metade mecânica.
E tendo a pensar que se o amor existe, então quase todos os esforços são válidos para trazer sentido e rumo ás coisas.
Julgo eu. :)

Unknown disse...

Jesus! Tanto egoismo com o MEU carro. Porque não tentam transportes publicos? Partilha-se tudo: sons e conversas de telemovel, suores, hálitos, sonos rápidos, encostos mais ou menos atrevidos, tanta coisa. Depois quando nos saparamos dele sabemos que é apenas por uma questão de horas

lobices disse...

...bom dia!...
...15 horas após a postagem deste texto do Prof, apenas uns míseros 29 comentários... sem sal...
...bahhh
...prefiro os anteriores; a fértil discussão que se gerou
...o núcleo duro em acção LOL
...as adulações aqui não devem entrar; discuta-se e sorria-se :)
...e neste post, o "carro" venceu! As palavras giraram à volta do carro e deixou-se para trás o tema mais importante: a permanência ou não dos afectos...
...daqui a pouco vou dar a minha habitual caminhada
...depois talvez volte para endurecer um pouco mais o núcleo da questão :)
...um abração
...
...estarei errado?
...
abraço

lobices disse...

...bem me disse a Maité que isto hoje estava muito morno...LOL

Unknown disse...

Lobices, estás certissimo. E o carro nada tem a ver com afectos. Nos homens dá-lhes uma sensação de poder e de masculinidade que depende da quantidade de cavalos a alimentar, e nas mulheres a tão desejada independencia que na maioria das vezes fica restrita a esse cubiculo

Calvin disse...

Lobices, todos falaram do carro, mas não terá havido uns eufemismos aqui e ali? :o)

Isso não é um bocadinho redutor e simplista, Yulunga?... Ou é só uma provocação para acordar o pessoal? :o)

Unknown disse...

Calvin chamemos-lhe uma caricatura com algum fundo de verdade. Eu iria mais pela provocação talvez

PortoCroft disse...

Bom, apesar de tudo, no dia 2 de Fevereiro deste ano, deixei este texto no meu blogue:

Há dias assim. Dias em que a melancolia toma-nos de assalto e, fica passando o filme da nossa vida, enchendo-nos o peito de nostalgia, os olhos de lágrimas, o coração batendo pelo amor que já foi, que passou, mas que nunca deixará de o ser.

As distâncias de tempo e espaço, a maturidade adquirida, a noção de perda, tudo nos leva a recordar tempos passados, com a serenidade dos cabelos brancos que nos povoam, aqui e ali e, as rugas, cândidas, perenes, sulcadas na pele, qual mapa de caminhos percorridos, de rotas abandonadas e distantes.

E nada mais importa. A dor, a raiva, o orgulho ferido, as coisas menores, baixas, vis até, dissolveram-se nos tempos. Apenas o essencial que é o nos recordar cúmplices, amantes e amigos. Apenas o fundamental que é o saber que existes, que aconteceu, que foi bonito e que perdura, ao menos, em mim e nas vidas a que demos vida.

Anónimo disse...

compreendo perfeitamente o Prof.
- Uma vez armei um pé de vento lá em casa porque a minha mãe deitou fora uma embalagem vazia de desodorizante! Acontece que a dita me tinha sido oferecida por uma amiga búlgara e eu não tinha mais nada, fisicamente palpável,dela. Quanto a carro, vou ter de adiar a despedida do meu, por razões que têm pouco a ver com nostalgia...

andorinha disse...

Portocroft,
Entendo-te perfeitamente, também tenho o mesmo problema:))))

" O amor não se discute. Faz-se."
Concordo, em parte. Faz-se mas também se deve discutir, depende das circunstâncias.

Elisa disse...

Portocroft
justamente.

Anónimo disse...

Também tinha uma camisola com bordado de Viana do Castelo que usava com umas calças de ganga com estrelas bordadas e uns sapatos de corda, vergonha da família, desapareceram para parte incerta com grande mágoa minha.
Quanto aos amores, acabam, mesmo quando ainda existe amor, mas que já não faz sentido, pois passou a ser unilateral e o amor continua, com outro nome o da amizade

ana.in.the.moon disse...

Essa paixão pelas camisas encardidas, moribundas e irremediáveis até à vergonha é uma característica masculina. Desconfio que deve estar mesmo associada ao tal cromossoma a que falta uma perninha... Há por aí algum homem que nunca tenha sofrido por uma paixão assim? ;)

Cláudia B disse...

Eu confesso que sofro deste mal... custa-me muito separar-me de um objecto meu... ou ate trocar por um mais recente... parece que estou a trair o objecto ou a abandona-lo... mas tambem devo confessar que assim que resolvo deita-lo fora... parece que tenho um sentimento de liberdade... aquele objecto nao me prende mais....!? Dá pra compreender!?!?!