segunda-feira, abril 11, 2005

Desejo

Gente,
Espero que alguns ânimos mais exaltados tenham voltado ao belo registo da simples vivacidade:). Este fim de semana encontrei um homem bom que contemplava as águas onde lançara as cinzas da companheira de 45 anos. Dá que pensar sobre a importância que atribuímos a coisas de somenos, não acham?

55 comentários:

Anónimo disse...

Os meus sogros celebram amanhã sessenta anos de casados. Isto sim é importante e é neste acontecimento que me vou concentrar nas próximas vinte e quatro horas!
Estive por aí, na sua cidade e estava lindo céu do Porto.
A terra também, mas isso eu já previa. Agora o céu?!
Obrigada por nos ajudar a reflectir sobre o que é realmente inportante.

Anónimo disse...

Leia-se importante, em vez de inportante! Ou a importância deixa de ser...

Anónimo disse...

Ontem à noite, à porta da Igreja de Cedofeita, um homem com um ar de louco simpático pedia às pessoas que passavam. Parecia já ter alguma idade e as tais pessoas que passavam deviam ter dado todos os trocos na missa... Confesso que fiquei com os olhos marejados, fez-me confusão a imagem daquele homem parado nas escadas, em quem ninguém parecia reparar. Eu na maior parte das vezes não sou diferente, passamos o tempo "pré-ocupados" (antes do tempo, portanto) com o que no fundo não interessa porque no fim não é isso que vai ficar e às vezes é preciso imagens destas, "um puxão de orelhas" da realidade para o percebermos.

Mas tenho a sorte de ter Alguém que me ajuda a olhar para além de mim. Obrigada;)

P.S. - Os teus livros, Murcon, também ajudam :)

lobices disse...

...porque será que os ânimos se exaltam aos fins de semana?
...e se apoquentam com o aproximar da segunda feira?
...mas está tudo calmo, conforme deixei escrito no post anterior
...
...não penso Júlio que dê que pensar sobre a importância que atribuimos a coisas de somenos; não são coisas de somenos, pois não?...
...espero que um dia os meus filhos possam fazer isso às minhas cinzas, se possível no meu mar, aqui bem perto de mim, das minhas raizes, onde nasci e depois saí e voltei para cumprir mais uma etapa da minha vida
...fazer o que nunca pensei vir a fazer...
...um abraço a todos e como disse no meu último comentário do post anterior, são 10 da manhã e vou dar a minha caminhada...

Anónimo disse...

"(...) Louis Armstrong no CD e aos berros, "it's a wonderful world". Nem a Brigada na curva seguinte lhe apagou o sorriso beatífico. O guarda esboçou um gesto para o fazer parar, mas recolheu-o.
Não sabia qual a multa para a felicidade...", JMV 30 Março 2005

"it's a wonderful world" Esoen

Unknown disse...

"Gente,
Espero que alguns ânimos mais exaltados tenham voltado ao belo registo da simples vivacidade" Olha o Dr. Murcon a picar o pessoal, para que o seu mundo gire a bom girar. Um mundo com um bom núcleo duro, com uns quantos satélites artificiais, outros tantos naturais que giram em torno dele e mais uns quantos à deriva. Eu gosto de viver à deriva. Uma morte logo à segunda feira? Não sei se a vida é uma oportunidade que a morte nos deu ou se a morte nos é oferecida pela vida. Não sei se porque ultimamente se vê tanto sofrimento, doença e agonia na morte, esse é um assunto sobre o qual falar me causa algum desconforto.

Calvin disse...

Dá que pensar, mas não acho não seja unânime neste espaço que o assunto de ontem era um assunto menor. Por mim falo, mas se não salpicasse a minha vida de questões menores aqui e ali, seria um peso insuportável.
Se as coisas são importantes na medida do tempo que se perde com elas, dou razão ao Lobices. Perguntou-me se a discussão de ontem não cumprirá algum propósito, tal foi a quantidade de energia empregue pelos intervenientes.
Não sei se o que os moveu foi tanto a importância intrínseca do assunto, como o estímulo que é o exercício da argumentação.

Anónimo disse...

Porque é que o Primeiro Ministro ofereceu Galinhas aos Membros do Governo?

Toda a Verdade em:

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

Fátima Lopes é um Alvo a Abater!

Veja em:

www.animal.org.pt

É horrível!

Gotinha disse...

Bom dia!
Dá um aperto no estômago.... imagino-me em tal situação...não! eu não consigo sentir a dor profunda e lancinante de perder aquele que amo... mas relativizar é sempre um bom exercício para nos ajudar a pôr os pés no chão!!
*
P.S.-> Professor, Já viu que eu o desafiei para uma "Cadeia de Literatura"?! Ficaria muito satisfeita se pudesse aceder ao meu pedido.

PortoCroft disse...

Dá. Dá muito que pensar mesmo.

Faz-nos recordar da efemeridade de tudo o que nos rodeia, que é palpável e que acreditamos ser imutável. De repente, algum acontecimento ou observação inesperada nos força de volta à terra. E, curiosamente, isso é bom. Faz-nos bem. Aprendemos a valorizar as coisas realmente importantes que, no dia a dia, nos passam ao lado à mesma velocidade das àrvores, observadas pela janela dum comboio em movimento.

Ao cumprir esse ritual, porventura cumprindo um desejo expresso, de desfazer-se das cinzas da companheira de 45 anos, estaria esse homem a se desprender também, não das memórias, mas de parte de si?

Julio Machado Vaz disse...

Gotinhas,
E o que é isso?:)
Cordialmente, Júlio.

Julio Machado Vaz disse...

Lobices,
O "somenos" não era depreciativo, apenas comparativo:). Só posso fazer caminhadas a partir de quarta à beira-rio:(. E tu, onde costumas caminhar?

Gotinha disse...

Professor,
se puder dar um saltinho ao meu Blog (http://www.blogotinha.blogspot.com/) verá que é uma brincadeira sobre o amor aos livros.
Tem que responder a algumas perguntas (ex: Já alguma vez tiveste uma paixoneta por um(a) personagem de um livro?
O que andas a ler?
Cinco livros que levarias para uma ilha deserta) e depois passar as questões a 3 pessoas para que possam responder e passar a outras e etc e tal. É por isso que tem o nome de "Cadeia de Literatura": somos os elos-leitores!!

Anónimo disse...

vou colocar aqui, se me der licença, um pequeno texto que escrevi há algum tempo atrás:

“Ouvi, no outro dia, uma entrevista a um médico oncologista brasileiro e também escritor. Realmente uma pessoa fascinante. Falou sobre a morte e a felicidade e em como as duas estão ligadas; em como só conseguimos ser felizes quando valorizamos as coisas realmente importantes da vida. Por vezes, como ele bem disse, acordamos bem, estamos alegres e de bem com a vida, de repente lembramo-nos de uma palavra proferida por alguém no dia anterior, que nos magoou e isso é suficiente para transformar um dia lindo, num dia triste e amargurado, sem termos razões para isso.



Dizia ele ainda, que quando se lida muito com a morte começamos a ser pessoas mais gratas pelas coisas boas que temos e dessa forma conseguimos viver de uma maneira mais feliz; Gratos por termos saúde, por termos uma família que nos ama, por termos amigos verdadeiros, gratos por cada dia o sol nascer outra vez e nos oferecer mais uma hipótese de sermos felizes.



Sem experimentar a situação da morte junto das pessoas que nos são queridas, podemos começar a fazer um esforço de valorização daquilo que nos deixa para cima e de desvalorização daquilo que nos põe para baixo!”

Anónimo disse...

Tenho 26 anos e por vezes digo isso:"quando morrer por favor mandem o corpo cremar e as cinzas ao mar". Quase toda a família fica horrorizada e o marido, indeciso.
É importante o tempo que estamos vivos, o que fazemos com esse tempo mas a memória que fica de nós também o é.É muito triste pensarem em nós enterrados num buraco que é preciso enfeitar pelo menos uma vez por semana.
Viva a vida e a capacidade de sobreviver à morte, à nossa e à dos outros.

lobices disse...

...to Júlio:
...
...neste momento são cerca de 11,30 da manhã desta segunda feira
...por volta das 10 iniciei a minha habitual marcha pedestre; a necessidade de fazer circular mais activamente o sangue pelas veias e artérias deste corpo (ainda jovem, diga-se de passagem, mas com as marcas derivadas de uma vida sendentária de escritórios e ao volante de carros... 2 milhões de quilómetros percorridos ao volante dão uma idéia do tempo que passei em posição errada...), fazem com que cardio-vasculares-entendidos opinem nesse sentido...
...por isso o meu caminhar físico é nesse sentido e não o faço como gostaria de fazer que seria à beira mar, descalço, com os pés metidos água adentro e forçar a marcha ao longo da costa soprada pelo habitual vento norte de que tanto gosto sentir na face...
...porém, caminho mais no sentido metafórico, na contínua demanda de uma resposta que não encontro; claro que sim, claro que já encontrei muitas resposta mas há sempre uma outra e depois mais outra e ainda mais outra: é essa procura, essa busca que me dá o sal, o picante da vida e não a vida em si mesma...
...anos e anos vividos em intensa labuta e intenso prazer; vida que me presenteou e me multou...
...pagamos sempre um determinado preço por tudo o que nos é concedido e, acreditem, que nada nos é "dado" de borla; tudo tem de ser "pago"...
...existe apenas uma forma de enfrentar esse determinismo: é saber aceitar e continuar a caminhada...
...procuro encontrar as respostas que sei estão em algum lugar, provavelmente bem dentro de mim; mas a caminhada também é feita dentro e de dentro não podemos sair mas também não temos a obrigação de ficar...
...temos, então, de arriscar
...de deambular
...de escutar
...de experimentar
...de olhar
...de tocar
...de usar tudo o que somos na procura do que ainda não somos
...caminho pelas ruas e ruelas das minhas ruas, dos meus cantos
...passos curtos mas contínuos numa marcha cadenciada
...comigo, ao lado, por vezes olhando para trás, vai o meu Black (o ser que mais invejo se inveja ter me é permitido), o simbolo da liberdade, o simbolo da amizade, o simbolo da fraternidade, o simbolo de todas as virtudes que seriam normal o ser humano possuir e apenas as vejo neste ser que me entende mais do que eu o entendo a ele; neste ser que mesmo com um olhito à Camões não deixa de sorrir para mim sempre que o chamo, sempre que o toco...
...infância passada (muito tempo) nas prais saudosas duma Foz antiga, do eléctrico "flechinha" como lhe chamavamos ao um que ia para Matosinhos, à ainda idêntica senhora da luz, às rochas com os mexilhões, ao passear até ao castelo do queijo e as idas a fugir até a um matosinhos de tascas e tasquinhas
...a cerveja na cuf ali na Galiza
...porto sentido da minha criança, da criança que ainda habita em mim e nunca deixará de existir
...por isso, há sempre busca, há sempre a necessidade de entender
...passear à beira rio é um bom passeio; o cheiro característico da ribeira... o passeio por massarelos, os pescadores debaixo da arrábida...
...por onde passeio eu?
...pela vida Júlio, pela vida...
...tão doce e tão amarga
...tão cheia e tão vazia
...tão pura e tão impura
...tão dual
...e...tão única
abraço

Fátima Santos disse...

é...mas é que nem me passa a restar réstea de dúvida...neste momento, neste momento de aconteceres e sentires (mas preciso cá contar! nem preciso nem quero!)pumba! o Murcon é este espécime! é na me resta mesmo...coincidências, acasos?!!!tretas!!!!
Ora aperte cá esses ossos mister!

Anónimo disse...

Xana,
É provável que já tenha reparado num idoso de ar amigável que anda pela baixa a trocar ramos de eucalipto por algumas moeditas e "Boa Sorte"... Não lhe resisto e, por azar, porque a vida também nos é dura, são sempre poucas as moedas que tenho para lhe dar, mas dou-lhas todas... Seja pelo sorriso, seja pelo ar amigável, seja por não andar a arrumar carros e olhar-nos de soslaio quando não damos moeda, seja pura e simplesmente por não andar a choramingar, fingindo(ou não) um ar enfezado, seja pela Boa Sorte do Eucalipto ou só do odor deste, enquanto dura, merece o meu respeito e o meu carinho...
Professor (julgo que se generalizou este tratamento), não sei quem espalhará as minhas cinzas, 45 anos é muito tempo para se viver feliz (?), quantos dias terão sido amargos, quantos dias terão tido o espasmo da tristeza? Quantos?
A minha avó costuma dizer que a solidão é uma coisa tenebrosa...

Abraço,
Katz

Anónimo disse...

Lobices,
Continue caminhando, se tem por onde caminhar, é porque deixou caminho andado...

Katz

Mitsou disse...

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão feitas,
E a nossa conta nunca está em dia."
(Mário Quintana)

Com um abraço.

Anónimo disse...

É verdade que, muitas vezes, valorizamos coisas de "somenos importância", também com o fernesim dos tempos modernos é fácil cair nessa tentação. Talvez, nem seja saudável sermos sempre muito sérios e como diz o Calvin
"e se não salpicasse a minha vida de questões menores aqui e ali, seria um peso insuportável."
Mas perante uma injustiça, perante alguém que ofende e maltrata os outros gratuitamente, é um dever levantarmo-nos e dizer basta. Como disse um dia Einstein "O mundo não é ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade."
Lobices é um prazer ler-te e tu sabes disso. Eu, sempre que posso, também dou as minhas caminhadas à beira mar.

Um bom dia para todos

Maite

PortoCroft disse...

A Maite a tratar o Lobices por tu? ;)

lobices disse...

...Luis: e não imaginas o quão feliz me sinto pela Maite me tratar por tu...
...(custou, mas foi...) e ainda bem
abraço para essa Inglaterra

PortoCroft disse...

Acredito que sim e acho (se é que tenho que achar alguma coisa) muito bem. As generalizações é que são perigosas. Digo eu... ;)

Abraço paa ti também e para o nosso Portugal.

Unknown disse...

Lobices, diz-me que também gostas de andar descalço na lama, tentar agarrar a lama com so dedos e eu rendo-me ainda um pouco mais aos teus encantos

Anónimo disse...

Achamos.

Anónimo disse...

Lindo professor. Felizmente ainda encontramos muitos homens (e mulheres) bons.
Tive a ousadia de (finalmente) lhe escrever 3 "epístolas" (para "o amor é"). Logo verá. Continue nesses seus registos de ternura, boa disposição e seriedade q.b.
um abraço

Anónimo disse...

to Portocroft:
Eu até me assustava com a carranca, e tu és giro, man!
(antes que apareça por aí a Brigada
de Costumes, não é Adulação, é apenas uma constatação...)
to Yulunga:
"Uma morte à segunda-feira?"
Podes sempre escolher outro dia,ora
quinta, sábado, vê lá o que dá mais
jeito, rapariga...

PortoCroft disse...

Circe,

Com esse nick, acredito que só possas ser uma 'gaija', caso contrário, mandava-te falar com o 'fróskinaites' da Sé. ;)

Obrigado. Quer isso dizer que diminuem as chances de me transformares em porco? ;)

Gotinha disse...

Como é que um post sobre ânimos exaltados tem comentários a falar de transformações de porcos???!?
*
ah ha ah ah....
Reina a boa disposição apesar de ser 2ª feira... ai ai...

Helena disse...

brigada de costumes
lol circe




eu pus na terra do alto de são joão as cinzas ainda mornas de um dos meus amores
um belo momento de adeus até logo, querido
:)

lobices disse...

...to Yulunga:
...
..."caminho há milénios" sobre a Gaya que me deu à luz e do seu ventre me pariu num jorro de efémera duração...
...trouxe-"a" comigo, dentro de mim e a "ela" lhe devo a minha postura de devoção...
...sabê-la fértil, possante e bela, sabê-la mãe de tudo e de todos, sabê-la presente em todos os momentos, saber que ela é a minha origem, ahh lama lodosa doce e meiga, suave e terna... adorna os meus pés, possui-me o corpo
enquanto vivo que quando em espírito me tornar te doarei minhas cinzas para em ti finalmente descansar...
...como não amar Gaya?...

PortoCroft disse...

Gotinha,

Pensa bem. Basta relacionares o nick com a personagem mitológica. Faz sentido? ;)

j disse...

Afinal, tudo o que fazemos é de somenos importância.
Excepto VIVER!

Tão só, um Pai disse...

... a despedida. Nisso, já estou desquitado, com muitos. Com outros, será pouco a pouco. Dia a dia.

Unknown disse...

Circe tu entende-me moça. Logo para inicio de semana que tema pesadissimo. Gostei da carranca que não assustava, mas que dava mais pica. Agora com aquela carinha laroca nem dá vontade.
Lobices, vou ler outra vez :-)

PortoCroft disse...

Yulunga,

Que não seja por isso. Não quero que te falte nada. Muito menos isso... ;)

Anónimo disse...

Pois é, sr. Portocroft, eu a tratar o lobices por tu...quem diria? :) Mas abri uma excepção. Afinal, ele é do meu signo. Foi só mesmo por isso! ,:) e os da mesma tribo têm é que se tratar por tu mesmo.

Maite

PortoCroft disse...

Maite,

Já eu não tenho essa sorte. É cada vez mais difícil (para não dizer impossível) encontrar mulheres da minha tribo. :)

Yulunga,

1/2 hora chega, não é? ;)

Unknown disse...

Portocroft para ver a carranca? Claro que sim. E agora importam-se da falar de mortos?

lobices disse...

...falar de mortos?...what for?
...falar da vida, do sorriso, do riso ou até mesmo da lágrima...
...falar de mortos é recordar a dor e nada mais belo do que falar da vida que esse ser viveu e não pelo facto de ele já não o viver
...recordar a vida dele e não a partida
...recordar os belos momentos (e também os maus, porque não?...) que ele nos proporcionou ou que com ele convivemos
...é como olhar a cristo aqui em vez de o olhar na cruz
...é crer que apesar do corpo não estar aqui, a Consciência não morre
...amar a morte como mais uma etapa do nosso caminho
...falar dos mortos? Não; mas podemos falar da vida que viveram e da sua presença ainda entre nós
...é mais puro
...é mais suave
...provoca sorriso e não lágrima

Anónimo disse...

sr Portocroft,nada é impossivel. Encontramos imensa gente da nossa tribo, basta olhar à nossa volta e estar atento às pequenas coisas.

P.S. desculpe professor, prometo que é o último comentário que posto aqui hoje.

Maite

PortoCroft disse...

Maite,

Obrigado pelas suas palavras de incentivo. Prometo redobrar a atenção. :)

Quim,

A eternidade existe. É proporcional ao espaço e tempo dedicado à memória de alguém. Pelos mesmos motivos, é tão efémera quanto nós próprios.

Unknown disse...

Lobices foi uma tentativa mal sucedida de humor negro. Por vezes nem eu entendo o meu humor. Quem mo traduz é o Tio

andorinha disse...

Então sempre se sentiu na necessidade de nos dar um puxão de orelhas?!
A esta hora já reparou que os ânimos serenaram. Então não se conversa muito melhor assim?

"O oposto de uma afirmação correcta é uma afirmação falsa. Mas o oposto de uma verdade profunda pode ser outra verdade profunda"
Niels Bohr
Se todos tivermos isto em mente...

O caso que refere faz-nos de facto pensar em quantas vezes perdemos a noção do que é realmente importante.

andorinha disse...

Júlio, Lobices e Maite,

Ai a inveja que vocês me causam:))
Eu não posso fazer diariamente caminhadas à beira-mar:(

andorinha disse...

Portocroft,

" É cada vez mais difícil( para não dizer impossível) encontrar mulheres da minha tribo.:)"
Ora essa!! Porquê? Para onde é que elas foram? Perdeu-lhes o rasto?:)))
Nada é impossível, homem, às vezes basta apenas procurar com mais atenção!

Unknown disse...

Andorinha ele é tão matreiro, depois diz que falava de signo

PortoCroft disse...

andorinha e yulunga,

Evidentemente que falava do signo. :)

Nessa, como noutras coisas, sou muito pragmático. Se posso conduzir em auto-estrada, por carga de água hei-de me meter em corta-matos? É que, já nem as suspensões aguentariam tal aventura. ;)

andorinha disse...

yulunga,

Realmente a que é que o Portocroft se havia de estar a referir a não ser ao signo?:)))

Anónimo disse...

"...Este fim de semana............
................., não acham?"

Um ouriço-cacheiro que passava na
outra margem, de GR debaixo do braço e a assobiar, estacou. Sentiu
um calafrio:
não tanto pelo quadro, mas pelo
TÍTULO.

noiseformind disse...

Isto de ter trabalho (que eu sei que muitos de vocês têm emprego loooooooool) prejudica-me seriamente a produtividade neste blog. Mas pronto, tou como aquela octogenária que perdeu a vingindade e depois morreu: mais vale tarde que nunca.

Amores de 45 anos? Ai ai ai, passei 5 anos a ouvir que tal bicho não existia, que existiam sim "relações" de tal duração e que "ficar" numa relãção raramente dependia dos que estavam nela mas sim nos que a rodeavam. daí os mais obesos serem os mais fieis e os que perdoam mais as traições, diziam-me os Senhores do Saber, ano após ano. Mas tem de haver um entendimento superior a este, julgo eu e tenho-o defendido a cada congresso em que participo: temos de saber que o afecto é essencialmente o afecto que emerge da ausência de afectos. A sua duração no tempo não é escolho à felicidade, antes sim elemento de permanência num ascendente positivo. A perda muitas vezes é irrecuperável mas também é muitas vezes certeza de que se "esteve lá", naquele estado de satisfação, por não existir tentação maior ou por incapacidade de entrega mais profunda não sou capaz de julgar, não é esse o meu papel como espectador humano. Lembro-me de uma das minhas primeiras pacientes, uma senhora idosa que vinha procurar compreender a necessidade que tinha de conhecer outras pessoas enquanto que esse contacto a fazia sentir enorme culpa em relação À memória do amor que sentia do marido.

Foram precisas 16 sessões para a senhora cruzar a ponte do passado e perceber que era o estar habituada áquela presença acolhedora e afectuosa que a impelia para novos contactos. A prova que o amor (palavra que se um dos meus professores me ouve a usar erradica-me já da Ordem Americana) sobrevive a duas pessoas, muitas vezes o amor, em diferencial, pode ser um caso a 3:))))))))))))))))))))))))))))

Peter

Tão só, um Pai disse...

Ao longo da vida, são muitas as despedidas, de muita, mas muita coisa. Do que é, ou foi, muito bom. Queimamos. O luto de laços que se quebraram, do amor morto num vôo picado, e vamos queimando, aos poucos, as mortes que nos separam. Cinzas? Umas vezes guardamo-las, para sempre, em casa. Outras, vão-se espalhando, porque abrimos a urna que expomos à brisa, e, aos poucos, a urna vai ficando vazia. Um dia, o vento levou a urna.

Abraço.

Fátima Santos disse...

eh!pá Prof. ca granda confusão nestes comentários!! só mesmo mecêa pra aturar este Chat!!!!