Da reportagem sobre o estudo da Sociedade Portuguesa de Andrologia retiro alguns pontos:
1) "Uma coisa é haver patologia, outra é haver sofrimento". Eu diria disfunção, mas estou de acordo com o Nuno Monteiro Pereira, se não houver sofrimento não há "caso clínico". A continuação da frase pode induzir em erro: "Os homens mais velhos, casados, tendem a acomodar-se à situação, até porque as necessidades da sua parceira também diminuem". Dito assim, parece uma inevitabilidade acarretada pela idade e estou em completo desacordo, mas pode resultar de opinião expressa em entrevistas a casais.
2) "Estamos a encontrar rapazes e raparigas de 20 anos com perturbações do desejo irreversíveis provocadas pelo ecstasy, actualmente associado às bebidas energéticas". Que o ecstasy é bem mais perigoso do que se julga, qualquer técnico da área da toxicodependência como eu o sabe. Mas, como sexólogo, não entendo um diagnóstico de irreversibilidade feito aos 20 anos. A menos que se tivessem identificado circuitos neuro-fisiológicos indispensáveis ao desejo definitivamente lesados. Se a Ciência já chegou a esse ponto, confesso a minha ignorância.
3) Que o principal problema seja a diminuição do desejo não me surpreendo e estou de acordo com o Nuno: o stress quotidiano é seguramente um dos factores envolvidos, bem como a cada vez maior medicação desta sociedade.
4) Timothy Radcliffe, ex-Mestre Geral dos Dominicanos: "A vocação é uma chamada de Deus" que continuará "a chamar homossexuais e heterossexuais ao sacerdócio, porque a Igreja necessita dos dons de ambos". "Mais do que a orientação" importa "a maturidade sexual, até porque uma subcultura machista heterossexual é inapropriada". Etc e que Deus o abençoe!:).
56 comentários:
Pena é q eles cheguem lá e abusem de criancinhas...
O sofrimento vem da distância entre o que se é e o que se quer ser, a realidade e a desejabilidade.E o que se quer aos 20 anos? O que se quer aos 50?
Ju,
Por amor de Deus... danos irreversíveis aos 20? Olha que o MDA é o pão nosso de cada dia lá pela Ivy e não há estudo nas populações universitárias que trace essa preocupação desmesurada com o desejo ou a sua escassez. Mas a isto voltarei mais logo em feita a minha missão e cumprido o meu dia de jorna junto do povo que lava no rio (e no regato, que no Campo Alegre passa lá um regato) ; )
Eu que passei 5 anos a mamar MDA como se não houvesse amanhã deveria estar já transformado em José Castelo Branco, por esses "estudos" ; )))))))))) ou pelo menos ter abraçado a vida monástica ; ))))))))))))))))
Noise,
É minha obrigação manter a mente aberta a súbitos breakthroughs da Ciência:))))))))))))))))))))))))).
:) ... pois
ou: A IMPORTÂNCIA DECISIVA/RELATIVA DOS ESTUDOS, consoante estes nos "sirvam" na defesa de interesses pessoais ou profissionais, ou não...
ele há coisas...
Professor grande questão.
Isto não é fantasia. É o fantasma que persegue todos os homens. Estou expectante pelos comentários que aqui chegarão. Sobretudo quando os médicos nos começam a mandar fazer exames à próstata, não há nenhum que nessa altura não tenha pensado no fantasma.
Quanto aos jovens não é só, quanto a mim, problemas de drogas. É também de postura na vida. Os outros comportamentos de risco para uma vida saudável fisica e psiquica, para além dos cuidados sexuais.
Professor:
"Uma coisa é haver patologia, outra é haver sofrimento". Eu diria disfunção, mas estou de acordo com o Nuno Monteiro Pereira, se não houver sofrimento não há "caso clínico".
Ora bolas! Eu pensava que havia mt gente portadora de "caso clínico", e ainda assim feliz e contente da vida, sem qq sofrimento (pelo menos consciente)...
Quando vos leio (a si, e a outros ilustres comentadores, Noise incluído :o)), é q percebo q ñ percebo mm patavina "disto"... Mas gosto sp de aprender, por isso aqui venho!
Bjs
Eu queria acrescentar que certas formas de trabalhar, actualmente, também são comportamento de risco.
A competição e a ambição suscitam muito stress.
Não causa sofrimento aos próprios, logo não é patológico. E o sofrimento que causa a terceiros? Ou não percebi bem?
Quanto ao modelo inapropriado, heterossexual do clero, deixem-me rir. DEVIAM DIZER ULTRA-MISOGNIA.
Já houve uma papisa Joana (história fascinante e escandalosa) mas cardeala, não me lembro....
Quanto ao jantar lamento não poder ir, pois a distância mo impede. Devo ir ao Porto, cidade por que me apaixonei tardiamente, nos primeiros 7 dias de dezembro visitar o filho. (Isto se ele quizer ser visitado). Mas um dia espero que a travessia do oceano coincida com um desses vossos encontros.
De resto vou indo ao Porto curtindo a minha paixão renovada sempre por novas descobertas e absorção de sensações revigorantes.
Raquel,
Desculpe, a culpa foi minha, devia ter dito se não há sofrimento individual ou de casal.
Sical,
Não me fale nisso!, tenho uma prostatite crónica e passei oito dias à rasca à espera do resultado da biópsia.
River,
Não há "caso clínico" no sentido de ser necessário tratamento.
A minha questão é de retórica. De qualquer forma percebi que só responde aos habitués...
Eu conheço rapazes de 24 - 28 anos (mais do que 1) que tomam regularmente testosterona (adquirida ilegalmente). Penso que para compensar os efeitos secundários das "papas" para musculação!
Macaso,
Não é verdade:))). Neste caso, estamos no campo estrito da sexologia clínica. Um homem pode ejacular muito rapidamente, mas se isso não o angustiar - nem à parceira ou parceiro - o sofrimento não existe, embora a disfunção, face à "definição livresca", sim. Quanto à diferença da idade, ainda na área estrita da sexologia, diria que alguma sabedoria nos vai mostrando como a qualidade da relação não depende de aspectos quantitativos ou centrados no coito, mas é óbvio que a evolução é individual.
Nequinha,
Então que há?
Professor,
e, desculpe a ignorância associada a falta de tempo... onde está essa reportagem?
Quanto ao Sr. Radcliffe, só por esse par de frases... Amén! :)
Noise,
tu não te estragues, rapaz! Que esses químicos "diz que" fazem mal... :)))
Boa tarde a todos.
Júlio,
"Uma coisa é haver patologia, outra é haver sofrimento."
...se não houver sofrimento não há "caso clínico".
Também concordo.:) (em parte)
Pode haver uma disfunção a nível de qualquer dos elementos do casal e eles conviverem bem com isso ou não o vivenciarem como problemático.
Mas não terão os psis o dever de contribuir para melhorar a sexualidade das pessoas chamando-lhes a atenção para algo que elas poderão melhorar (se o quiserem, claro)?
E não se trata de arranjar problemas onde eles não existem...
E não é uma pergunta de retórica.:)
Quanto ao Sr. Radcliff estou como a Stardust - Ámen!:)
senhor professor júlio machado vaz:
eu ofereço-me para lhe datilografar e rever um manual tipo "Sexo: em 10 lições sem mestre" e até lho ilustro, só para poder indicá-lo a toda a gente que conheço e a quem não chegam as cenas escaldantes na Têvê e no cinema para explicar os factos básicos da vida.
Professor,
OBRIGADO!
Gosto tanto de o ver por aqui, a "dialogar" conosco... :o)
Ía deixar mais um pequeno comentário, e vai de encontro ao que a Andorinha disse...
Julio Machado Vaz said...
River,
Não há "caso clínico" no sentido de ser necessário tratamento.
5:30 PM
pois é, os que às vezes estão (ou aparentam estar), felizes, mas até precisavam de tratamento... só que não o assumem! Dá mais jeito, talvez... (digo eu)
bjs. bom feriado pra todos
Stardust,
Eu li no Público.
Tangas,
Manuais? Quando eu escrever disso, interne-me:))))).
Andorinha,
Não tenho nada contra "alargar o menu". Mas aquilo a que assistimos neste momento é a uma tentativa de patologização através de "diagnósticos" às vezes feitos à revelia da opinião dos interessados.
«A única coisa que nos resta perante essa fatal derrota a que chamamos vida é tentar compreendê-la. É nisso que reside a razão de ser da arte do romance»
In "A Cortina" de Milan Kundera.
Boa tarde!
"Os homens mais velhos, casados, tendem a acomodar-se à situação, até porque as necessidades da sua parceira também diminuem".
Não creio que se possa generalizar, mas que a rotina e o stress se encarregam de esfriar as coisas sem dúvida! E claro, dá uma trabalheira contrariar a monotonia e evitar o desgaste mas também dá um certo gozo. É uma arte (que eu não domino).
Chatice mesmo é quando a libido, zangada com a forma como a tratamos (ou simplesmente ignoramos), se aborrece connosco e vai de férias...
Júlio Machado de Vaz said:
"Mas aquilo a que assistimos neste momento é a uma tentativa de patologização através de "diagnósticos" às vezes feitos à revelia da opinião dos interessados."
Ò meu Deus, se não é o que eu acho que "querido" Noise mt vezes faz, por aqui... :o))))
(disse-lhe isso no post de ontem)
Repito, obviamente c/ todo o respeito pela sua sabedoria, e pelos seus comentários, que na maioria das vezes, gosto (apesar de "enfadonhos"... :o)))
bjs. mt bom feriado
PS. Venha mais vezes "dialogar" conosco Professor, sabe mt bem...;o)
´
Pensando alto (sem qq preteniosismo)
1) Não havendo sofrimento, não há caso clínico:
Estranho: haver disfunção e não haver sofrimento, não?. Não haverá sempre sofrimento podendo contudo ser dissimulado, transferido, ou sentido mais pelo outro? Ou estaremos a falar da ignorância (literacia científica….) perpetuada pelo efeito “lobotómico” dissolvente da norma?
2) Quando os neurotransmissores desafiam as leis das física e profanam a sagrada alquimia celular … quem é que vai valorizará um orgasmo ao natural? Irreversível será para todo o sempre esse tipo de experiências, não? Formata-se o disco mas os trajectos ficam lá. E os neurónios tem o seu temperamento próprio que se acentua com as doces ou com as amargas memórias…
3) O stressssssssssssssssss… parece o “sistema” do futebol! Quantas vezes o catalizamos (mesmo que inconscientemente) para que o tempo não nos imponha uma reflexão partilhada! E a medicação… prozac e zoloft e outros que tais… Fazem um compasso de espera (para todo o sempre) as tentativas desesperadas de cheque-mate que a vida nos impõe!
4) Eu diria: porque uma subcultura assexuada é inapropriada.
engraçado:
relativamente ao ponto 2) o artigo que o professor refere como sendo do Público, vem (também) no DN.
JMV,
Muito bem, se a venhinha não quer atravessar a rua ninguém tem que a obrigar!
river (9.10)
Concordo com o diagnóstico:) que fazes a certas intervenções do Noise.:)))))
"Venha mais vezes "dialogar" connosco, Professor, sabe muito bem..."
Subscrevo, há dias em que o Júlio nos deixa a ruminar sozinhos.:(
Deixem-me meter por aqui uma colherada que não sei se terá muito sentido.
Não será que estamos a começar a viver em vários círculos viciosos dos quais dificilmente se sai (ou, quando muito se sai de um directamente para outro)?
Assim: há apelos vindos de todo o lado, que bombardeiam o consciente e o subconsciente para a obtenção de performances sociais e comportamentais a que as pessoas acabam por se sentir obrigadas. E a necessidade de corresponder a esses padrões poderá gerar a cedência a estímulos (e estimulantes) artificiais que, por sua vez, vão desencadear outras turbulências que terão de ser compensadas. E por aí fora. Mesmo que isto não gere, conscientemente, uma sensação de sofrimento.
Neste contexto, não haverá "um caso clínico" individual.
Mas não haverá, então , chamemos-lhe, assim, um "um caso clínico" social? Que terá, também, de ser tratado pelos técnicos?
Boa noite,
Abordando os pontos 2 e 3 questões de índole técnica, pessoalmente achei mais interessantes os pontos 1 e 4.
Começando pelo último, acho que é bom haver vozes discordantes das posições oficiais. Só assim se evita a estagnação. Naturalmente, quanto mais debate houver melhor.
Quanto ao ponto 1, quando respondi no outro dia ao inquérito da Paula, coloquei exactamente a questão de quem determina o que é normal, por ex., em termos de frequência das relações sexuais. Se os dois parceiros se sentem bem, será que interessa o que dizem os livros, será que se lhes deve impôr uma "cura"? Acho que não. Vejo nos comentários do Prof.JMV e da River que também têm a mesma opinião (a Andorinha também, em parte). Claro que poderá haver uma "falsa paz", a negação de que existe insatisfação de um ou de ambos os parceiros. Neste caso, a situação já será diferente.
Quando há realmente sofrimento e esse sofrimento é sobretudo sentido pela mulher, o que me choca é o parceiro muitas vezes recusar, não só qualquer terapia, mas mesmo falar com um técnico. Julgo que as chamadas do AB Sexo não são mesmo "ao vivo", mas penso que as pessoas são reais. No outro dia, quando a apresentadora sugeriu à telespectadora que o marido consultasse um especialista, ela disse logo que era impossível convencê-lo a ir ao médico. Pela voz, pareceu-me uma pessoa relativamente jovem. É triste.
O comentário do Peciscas(10.56)levanta uma questão relevante. Também acho que "há apelos vindos de todo o lado, que bombardeiam o consciente e o subconsciente para a obtenção de performances sociais e comportamentais a que as pessoas acabam por se sentir obrigadas." Basta pegar em algumas revistas. Quem não se enquadra em determinados padrões, se não tem um carácter muito forte, fica facilmente complexado.
(P.S. Anónimo do post do dia 27: deixei-lhe lá uma mensagem.)
..estou lendo:))
jocas maradas
peciscas:
Partilho a tua prespectiva!
ó senhor professor júlio machado vaz, interno é já!
não desdenhe à partida a força e a utilidade de um manual. ou julga que a maioria se safa com os conselhos da avozinha?
um best-seller garantido, digo-lhe, com guias tipo:
1 - Não faça assim;
2 - Faça assado;
3 - Assim também pode ser, mas...
Quer coisa mais poética?
Quer melhor serviço público?
É que enquanto o senhor o não faz, há um caramelo que deita as mãos à obra e debita ainda mais conselhos da avozinha...
depois, eu até acho utilidade aos manuais - sempre nos poupam o trabalho de carregar nos botõezinhos todos a ver se pega ou se curto-circuita.
Onde passou esta reportagem, alguém me diz?
Cheguei agora de Marte e lá todas estas questões já estão há muito ultrapassadas ;)
Saudações marcianas e um bom feriado!
Parece que já encontrei qualquer coisa, aos distraídos como eu um dos possiveis links para a reportagem :
http://dn.sapo.pt/2005/11/30/sociedade/consumo_ecstasy_retira_desejo_sexual.html
"Quanto às elites intelectuais e artistas rafeiros, de Esquerda predominantes, agarram-se como carraças ao Estado e àquilo a que chamam 'as ideias' e gabam-se de ter 'valores', enquanto os outros apenas terão 'interesses'. É um postulado para consumo de mongas"
Quitéria Barbuda in "A Verdadeira Cultura está na Direita", Revista "Espírito", nº 13, 2005.
Interessante ler o sr. Machado Vaz em vez de o ouvir. E ao contrário dos seus colegas, eu penso que ouvir o amigo é uma seca. Pelo menos, nalguns programas seus na tv. Mas ler o amigo já vale a pena. E gostei de o ler. E talvez fique cliente do amigo, porque sempre posso aprender alugma coisa de jeito por aqui.
Os meus parabéns pelo blogue e, já agora, estendo-os à sua interessante comunidade que por aqui se reune.
PM E com música a acompanhar ainda é mais acolhedor. :-)
anti-comuna
donde é que saiu este gajo anti-comuna?
Ainda em relação ao MDMA nem sequer o NIDA (haverá instituiçã mais paternalista e alarmista no mundo da prevenção das drogas?) fala em disfunções sexuais. Quando muito em aumento do desejo sexual ; ))))))))))))))) até fui ver estudo cripticos para mim relativos a regulação do sistema de produção de seratonina e NADA. Mais uma vez cá estámos, nós, a Tuga, na frente de todos os avanços, só me parece é que infelizmente os outros não vão nunca chegar ás nossas conclusões. Aliás, os únicos estudos que encontro que relacionam MDMA e sexo é o sexo sob o efeito de MDMA ser normalmente de alto riso (sem uso do preservativo) em PESSOAS SEXUALMENTE HIPER-ACTIVAS (ou será que o Nuninho estava a falar disto por linhas tortas, pessoal?)
O Manolo Heredia colocou a questão tanto quanto para mim se prefigura. Não se ajuda a velhinha a atravessar a rua. O problema mais amplo é que a velhinha não sabe sequer que há uma rua do outro lado! Em relação a expectativas não temos dados que indiquem que esse "peso performativo" esteja igualmente dividido. De facto, o peso performativo está esmagadoramente do lado das mulheres, pq normalmente são elas que permitem o acto e portanto são responsáveis pelo desernrolar do mesmo em forma quer abstracta quer funcional. A falta de consciência da ejaculação precoce do parceiro cria problemas tremendos de culpabilização nas mulheres e isso sim é um problema social e difundido transversalmente por todos os estratos socio-económicos. Portanto, não me parece que um casal em que o acto sexual ocnsiste numa erecção e ejaculação dele e no mero lubrificar dela seja um acto sexal desprovido de elementos patogénicos. O SISTEMA em que ele se insere é patogénico, pois seria possível através de outras vias de estímulo não-penianas concretizar o prazer dela. Mas lá está, como o casal assume que é assim, que estão dentro de um modelo funcionalmente satisfatório, as pessoas não trabalham para elevarem a fasquia.
A Andorinha falou em percurso e nisto estámos ambos de acordo. A forma como as pessoas rotulam os parceiros como bons e maus mostra a desgraça e verdadeira hecatombe que se vive em relação a complementarização do sexo pelo prazer. Portanto, não percebo como é que o debate se tem centrado na questão da "pressão social". De facto, os clientes que temos que estejam sob essa pressão social abaixo dos 30 são "fantasmas" normalmente saídos de relacionamentos longos a partir da adolescência em que nada lhes era exigido. O que existe em termos de patologia percepcionada é a questão (omnipresente nos consultórios das revistas, no A,B...Sexo e tudo o que seja consultório de sexualidade) de que as mulheres se acham frígidas e perguntam-se, numa geração normalmente abaixo dos 35 anos, o pq de não terem orgasmos enquanto que os homens os têm plenipotencialmente.
Um casal casado à 20 anos (Até dou de barato que 95% das fantasias do marido sejam com a esposa ; ) ) em que o sexo passa somente pela erecção e ejaculação masculina e depois vir para a praça pública com campanhas subrepticiamente publicitárias em que a ausência da erecção é um problema epidemológico quando a assimetria orgásmica é tão evidente mostra (até na preocupação do Júlinho, monocromática ; ))))))) ) uma sociedade que tenta "desculpar" o homem ao mesmo tempo que coloca ainda o seu falo e funcionamento do dito no centro da satisfação do acto sexual. Não se fala por exemplo nos problemas em que uma mulher sujeita a um CCR com um parceiro ejaculador precoce teria em melhorar o seu próprio desempenho sexual. Fala-se muito de "satifação mútua" quando só 20% das mulheres têm metade dos orgasmos dos respectivos parceiros, com esta taxa a cair a pique nas relações com mais de 10 anos. Mas mesmo assim fala-se na "pressão social", presente nos media. Os media não colocam pressão social nenhuma no homem. Ainda estou para ver (quando for velhinho, imagino) uma campanha a dizer "a ejaculação precoce é um problema do casal". NÃO!!!! O problema, dizem eles, é a dinfunção erectil!!!!! Lamentável... l a m e n t a v e l... quem me dera ser mulher para ser lésbica
E isso só posso concretizar dizendo que concordo mas que lamento :(
; ))))))))))
River disse...
Júlio Machado de Vaz said:
"Mas aquilo a que assistimos neste momento é a uma tentativa de patologização através de "diagnósticos" às vezes feitos à revelia da opinião dos interessados."
Ò meu Deus, se não é o que eu acho que "querido" Noise mt vezes faz, por aqui... :o))))
(disse-lhe isso no post de ontem).
Oh, a River em Extase :) Mas o que o Julinho está a falar é da questão da disfunção erectil minha querida, e de questões de quantidade versus qualidade, e como é sabido eu só falo de quantidade sem qualidade versus qualidade com quantidade em termos de satisfação consciente (em que os parceiros fazem o acto tendo por objectivo atingirem prazer e não apenas "cumprir calendário"). Mas claro, como já perdeste as esperanças de debelar esse problema aí por casa assobiaste para o lado e fizeste uma interpretaçãozinha "caseira" ; )))))))))))) mas eu tudo perdoo, sou ledo e cândido, é sabido.
Realmente, o Professor já por aqui falou 3 vezes de patologizar a disfunção eréctil e a quase maioria do séquito exulta, mesmo as mulheres, parece que estão mais preocupadas em solidarizarem-se com o problema dos seus parceiros que em terem uma vida sexual plena (e para mim plena, por mais chato e inconveniente que possa parecer, mete orgasmos sim senhora!) Mas eu como mulher portuguesa com uns aninhos e com umas dezenas de meninos nas fileiras da memória senti-me muito mais sensibilizada e bem-tratada por este manancial de palavras (sempre bem-vindas!!!) do Noise. E olhe que no meu grupo de amizades acontece o mesmo quando se coloca este problema de erecção ou e de erecção. Os homens parecem não ter problemas de erecção, o problema é fazerem alguma coisa com ela que tb seja bom para nós, mulheres. Tive experiências com homens Aviagrados que realmente só posso considerar caricatas. O Viagra em nada alterava o tempo em que estavam disponíveis para fazer sexo, apenas ficavam depois no fim confrangedoramente com aquela erecção inútil levantada meia-hora depois do acto. Mas imagino que para as "coroas" nesta altura do campeonato o importante fosse "stand by your man" e não terem o "egoismo" de dizerem "tomáste essa porcaria e só tu é que gozaste na mesma". E anda por aí muita senhora enxuta que acha que só pq fica húmida e sente uns calores já tem uma vida sexual plena e recusará ser arrastada para seja que outro lado da rua fôr ;)
JANTAR DO MURCON
17 DE DEZEMBRO NESTA SALINHA ACOLHEDORA NO CENTRO DO PORTO. PARTICIPA TB NO DIA DO MURCON, QUE COMEÇA LOGO AO ALMOÇO. GRANDE PONTO DE ENCONTRO DA FAMÍLIA MURCÓNICA. SEJA QUAL FOR O TEU NÚCLEO, ÉS BEM-VIND@. INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES VIA JANTARDOMURCON@GMAIL.COM
Noise,
A velhinha já foi nova. Sabe muito bem o que é atravessar a rua.
Mas também se lembras das ricas feijosdas que a deliciavam aos 20 anos, as quais nem lhes pode tocar agora.
Tentar manter uma vida sexual semelhante á da juventude, em idades acima dos 50, não é lógico.
É claro que o desejo que isso aconteça varia muito de pessoa para pessoa, e se as duas pessoas do casal tiverem o mesmo desejo lá arranjaram maneiras de o satisfazer. O problema é que muitas vezes é só um a desejar!
Quanto aos danos irreversíveis aos 20 anos, não é de admirar que aconteçam, tal é a quantidade de drogas que agora estão à disposição dos jovens para atingir os mais diversos fim. Calculo que muitas delas nunca tiveram o controlo médico / farmaceutico adequando e só revelam os seus efeitos secundários muito + tarde.
É engraçado. Com esta questão da disfunção eréctil focou-se muito o problema no seio do casal. Compreende-se. Depois dos 50, se ainda há casal, há uma adaptação recíproca. E onde não existe casal? Como é? Falou-se pouco. E aí é uma questão exclusivamente masculina.
Recomendo o artigo do Prado Coelho de ontem no Público, «Marcas da Batalha».
http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=30&uid=&id=51468&sid=5699
Cê Tê:
Singular Lobices
Quando um "professor" intercepta um bilhetinho "nas aulas" poderá sempre: guardá-lo, lançar um ar reprovador e recomendar com um sorriso o uso de correio azul fingindo que irá para o ecoponto. MAS DEVE LÊ-LO SEMPRE SIM -sobretudo se anónimo, insultuoso e dirigido a alguém (que em último caso lhe pode ser dirigido ;)))... Reflectir sobre a pertinência, gravidade, motivações e intenções,... DEPOIS, na grande maioria dos casos ignorar ou fazer passar doces mensagens "pedagógicas" (supra-limiares para os "inocentes") tem-se revelado uma boa estratégia. De toda a forma a diversidade das "espécimes" é uma riqueza a preservar, não?
Sei que não precisa que lhe afaguem o ego mas te toda a forma- Mantenha a sua ideossincrasia e ignore o que eu própria acabo de "dizer"
Sical disse que "Depois dos 50, se ainda há casal, há uma adaptação recíproca."
E eu digo, que optimista do caraças ; ) por mera coincidência é pouco antes dessa idade que se dá o máximo nro de divórcio em Portugal ; )
FINALMENTE!!!
AINDA NÃO TEMOS A CURA PARA A SIDA MAS PELO MENOS JÁ TEMOS A CURA PARA A HOMOSSEXUALIDADE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Té daqui a um bocado Boss ; ))))))))))
Boa tarde,
Estive a ver o link do Noise. É fantástico! Acho que se deve enviar já, por ex., para o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, directores de Seminários, etc.
Estive a ler os últimos comentários do post do dia 29. Relativamente à polémica sobre os comentadores anónimos, gostaria de dizer o seguinte:
1-Do ponto de vista da identidade das pessoas, é óbvio que não há grande diferença se um determinado comentário aparece como "anónimo" ou como "manuel", "joana" ou "homem-aranha". Simplesmente facilita a referência ao que foi escrito por essa pessoa e evita confusões (registar-se, mesmo sem ter blog ainda é melhor, pois, sem necessitar revelar o nome real, evita que outras pessoas escrevam comentários com o mesmo nick).
2-Tenho observado o seguinte facto curioso: até agora, a maior parte dos comentários puramente insultuosos vêm de pessoas que entram como anónimos (claro que isto não quer dizer que todos os anónimos façam este tipo de comentários) e não de pessoas que entram com um nome próprio, como, por ex., o Gonçalo, a Débora, etc.
Porque será? Mesmo que lá estivesse o nome próprio verdadeiro ninguém saberia quem é essa pessoa. Acho curioso. Será que tem uma explicação psicológica qualquer?
3-Alguns anónimos queixam-se da qualidade dos comentários. Claro que têm o direito de não gostar. No entanto, nunca li um texto espectacular com uma entrada de anónimo. Não estou a dizer que não haja bons comentários de anónimos (embora o que apareça mais frequentemente seja o insulto gratuito e a difamação), mas ainda não vi nada de especial, como, por ex., um texto extraordinário que a Blimunda escreveu sobre a doença e morte da avó e que nos deixou a todos de rastos. Também não tenho visto boas piadas "bem metidas", ao estilo da Yulunga. Quanto a humor, normalmente o que aparece é a ordinarice pura.
Será que estes textos não aparecem, porque é muito mais fácil criticar o que os outros fazem do que fazer?
-Faço aqui um pedido aos anónimos que se têm queixado. Por favor, comecem a escrever os vossos comentários de elevada qualidade. O maralhal agradece.
Bom resto de feriado.
Noise, qdo diz:
"Mas claro, como já perdeste as esperanças de debelar esse problema aí por casa assobiaste para o lado e fizeste uma interpretaçãozinha "caseira" ; )))))))))))) mas eu tudo perdoo, sou ledo e cândido, é sabido."
Apenas lhe digo, q lamento o facto de vc ser incapaz de aceitar criticas :o(
É claro q percebi o q o Professor quis dizer... apenas a adaptei pra lhe dizer o q penso, sem no entando o "agredir", como vc faz!
E pelos vistos, mantenho o q disse... Lá está vc a "advinhar" o q se passa na minha casa!!!
Olhe q è preciso lata!
E mais ñ digo, pq ñ fale mm a pena, e ODEIO "conflitos".
...para: cê tê às 12:58 pm:
...
Sei que não precisa que lhe afaguem o ego mas te toda a forma- Mantenha a sua ideossincrasia e ignore o que eu própria acabo de "dizer"
...
...saiba que nunca ignoro o que me dizem...
:))
Tentar manter uma vida sexual semelhante á da juventude, em idades acima dos 50, não é lógico.
...e aos 49, já é lógico?
...e aos 48, já é lógico?
...e aos 47, já é lógico?
...e aos 46, já é lógico?
...e aos 45, já é lógico?
...porra!, era para descer por ai fora, mas....raios, na tenho pachorra!:->
...mas é claro q comparar alhos com bugalhos, pra lá de ñ ser lógico...és estúpido!:->
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