Havia tanta mágoa no seu olhar,
tanta dor no azul daquele mar,
Que parti mastro,
rasguei vela,
pus fim ao meu delicioso,
estouvado,
inaceitável,
adolescente navegar.
E aportei nela.
Receoso,
desconfiado -
talvez impermeável! -,
mas decidido a ficar.
73 comentários:
Não sabia ler. Não porque nunca ninguém lhe tivesse ensinado, mas sim porque lhe era compassivamente impossível ler...
E o miúdo tomou a decisão de o deixar de ser
Ou de como a dor e a mágoa são por vezes boas amarras para um futuro navegar risonho (porque um porto não é só local de chegada mas tb ponto de partida).
Bjs
Ju,
Essa do aportar, sem preservativo nem nada. Que espécie de poesia misógina é essa?
Ele pode muito bem aportar, desde que arranje um depósito para a carga ; ))))))))))
Belo.
Como aliás já nos vem habituando esta (des)conhecida veia poética do JMV.
Felicidades Mahatma!
Com o tempo todos os impermiáveis são porosos... ;-) Sem andar á chuva não testa o impermeável. Boas tempestades bonançadas ;-)
Até amanhã.
MJ
Eu diria até "Valeu a pena esperar novo post" ihihihihi
Prof.,
Belo poema e bela decisão!
Depois deste inusitado empate que o Glorioso acaba de oferecer, é a decisão correcta.
Ainda por cima nem os "Estes Difíceis Amores" nos apaziguaram - duas horas à espera ... Será que também vão acabar na N, ou só na Dois? Na Dois, desde que exterminarm o "Acontece", uma nova era se adivinhava. De censura, penso ...
Noisy,
"...Essa do aportar, sem preservativo nem nada..."
Não me parece: "...talvez impermeável!...")))))
Saudações.
Débora
JANTAR DO MURCON
17 DE DEZEMBRO NESTA SALINHA ACOLHEDORA
Debs,
Eu esperava algo mais culto, Mais Comissão Nacional de Luta Contra a Sida.
Do género:
Estava desconfiado,
Por isso serviu-se de um impermeável ; )))))))))
BOOOMMMM DIIIIAAAA!!!!
Lindo! :))))))))))
gostei de ler a decisao do miúdo:)))
jocas maradas cheias de azul
NãO Há Estrelas No Céu
Carlos Tê / Rui Veloso
Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?
[Refrão]
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!
Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar.
[Refrão]
Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu.
Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.
Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?
[Refrão]
Não há-á-á estrelas no céu...
Que 'ternura' calculista, mas será sempre assim o aportar dos homens? É!
'E aportei nela.
Receoso,
desconfiado -
talvez impermeável! -,
mas decidido a ficar'
... NESTA SALINHA ACOLHEDORA (se a sala é assim não vou porque tenho medo do Conde Drácula que está atrás da porta)
Bom dia!
Quando nos decidimos a ficar!!...não há nada a fazer; nem inseguranças, nem medos, nem nada...e até mesmo o impermeável pode ter os dias contados:)))
Professor gostei muito da imagem e das palavras que escolheu. Como sempre duma enorme transparência:)
Bom dia a todos.
E o miúdo decidiu crescer.
Olhar o outro nos olhos e apesar dos receios, arriscar...
Belas palavras e melhor decisão.:)
Os dois primeiros versos implicam uma reacção. Essa reacção implica uma auto anulação, pois "pus fim" a algo que era dele, lhe sabia bem. Claro que esse fim também poderá ser entendido como uma passagem para a maturidade como, acima, já comentaram. Mas isso seria natural na sequência da vida. Aqui há uma voluntariedade. Há uma tomada de decisão. Ele não tem certezas, ele vê um futuro nublado, mas tomou uma decisão. Os olhos azuis de uma mulher podem flectir qualquer vontade, por mais indómita que seja, e levar um homem a navegar nesse "mar azul".
Os olhos das mulheres são algo de belo na vida. As mulheres são lindas de qualquer ângulo.Ás vezes os transferidores dos homens é que não sabem medilos. E uma mulher, aquela mulher, será sempre um porto seguro, quer para as chegadas, quer para as partidas.
...hum... bebedeira de azul!!! Costumo usar bastante a expressão...
As asneiras que fazemos... dúvidas, incertezas, esperança que as coisas corram bem... mas lá no fundo sabemos que é apenas encantamento... vai acabar... vamos sofrer... mas, já estamos a sofrer... mesmo assim voltamos, toldados pelo azul do encantamento... doidos para que estejamos errados...talvez...
Nessa altura, quando acabar o toldado, o porto é seguro para partir
são as palavras sonhadoras e seguras de uma adolescencia saudavel. gostei sofialisboa
De uma adolescência saudável que pode chegar até aos 30.
opções de vida. o importante é ser bom enquanto durar, quando acabar, soltar amarras e voltar ao mar!
«Eu não te amo pelo que tu és mas pelo que sou quando estou contigo»
«Ninguém merece as tuas lágrimas, e se alguém as merecer não te fará certamente chorar»
Duas "interpretações" possíveis do poema
Boa tarde,
Em termos literários, eu gostei do poema, especialmente do encadeado das palavras “delicioso, estouvado, inaceitável, adolescente navegar”. Só não gosto da palavra impermeável, pois, apesar de eu dizer gabarine, remete-me para uma imagem de cabides com casacos pendurados.
Quanto à situação, tudo é condicionado pelas 2 primeiras frases e não sei se esta súplica silenciosa é a razão "certa" para ficar.
Poder-se-á perguntar se haverá melhor razão do que tornar "feliz" a pessoa que se ama. Não sei. Penso que, para a relação ter mais chance de resultar, deveria haver um desejo mais recíproco de mudança. Ele está firme na sua decisão, o que quer dizer que vai dar o seu melhor, mas isso pode não chegar. Noto um undertone de resignação: aquele modo de vida era "inaceitável", mas (ainda) "delicioso". Talvez ele não esteja pronto. Se assim for, esta permanência é algo que irá cobrar muito caro. Também se poderá perguntar: alguma vez se está pronto, este processo não é sempre um compromisso? Claro que é, mas como ponto de partida, não seria preferível: "Quando estamos juntos há um brilho de felicidade tão grande no nosso olhar, que…"? (OK, em termos poéticos não soa tão bem.)
Lindo.
E GRANDE.
Hoje em dia temos medo da grandeza.
Dá trabalho.
Exige disciplina sentimental. Razão contra emoção, a velhíssima guerra.
Mas afinal temos a mania que somos finalmente racionais, e nunca o fomos tão pouco!
Vemos o dia seguinte, não conseguimos ver além desse horizonte curto.
Construir uma relação (se valer mesmo a pena) é perceber que há uma espécie de ''mina'' funda de preciosidades que não pode ficar a meio de ser explorada.
Às vezes há desabamentos, às vezes temos mesmo de pôr 1 capacete, às vezes falta o ar...
Mas ficar é sinal de inteligência.
É difícil ser grande.
Somos cada vez mais pequeninos e é por isso talvez que a felicidade é pouca.
To be or not To be...(um belissímo texto...:)
E aportei nela.
Nela quem?
Na mágoa?:)
No azul olhar da mulher de Petrarca onde deliciado como um adolescente se banhava?:)
ou noutra? (não leve a mal Professor, mas, neste momento..., apetece-me pensar mulher também...:) )
Muito belas quando prenhes, as palavras de seu poetar.
Obrigado por fazer o favor de as partilhar:)
Ainda com a memória fresca dos Difíceis Amores de ontem, não resisto a contar o que vou viver no próximo feriado de 8 Dezembro.
Fica o apontamento.
Mas, please, não fiquem muito indispostos. E sobretudo não tomem à conta de prédica...
Não é o meu estilo.
Pois bem: sou quarentona de pais vivos, que nesse dia, em festa familiar que ninguém quis deixar passar em branco, vão fazer 55 anos de casados!!!
Peças de museu? Nããão...
Vivíssimos, activos, independentes, com a casa sempre cheia de netos, que têm a sorte de ter avós de mente e coração grandes, à medida da vida que tiveram (e têm)
A casa dos Avós...Também eu tive a minha!
Mas esta, nos tempos que correm, é uma espécie de luxo asiático, a custo zero!
A casa onde os ‘’pais dos netos’’ viveram, onde pairam as recordações e as marcas de cada um, como se a infância e a juventude ali estivesse agarrada e quase palpável, a partilhar com os filhos dos filhos.
Chamamos-lhe jocosamente o ‘’orfaneto’’, quando olhamos aquela mesa grande de almoços de quarta-feira e jantares de domingo, cada um de sua idade, desde a pré-escolar à universidade!
Rocha segura, exemplo que vale mais que 1000 sermões.
E nós, os “filhos dos avós”...olhando aquela cumplicidade que nos ultrapassa. Aquela célula que construíram uns com os outros, avós e netos, onde entramos mas sem direito a ser suplentes!
Com a nostalgia acrescida (saudável mas inevitável!) de que nenhum, para variar, nenhum dos ‘’pais dos netos’’, ter conseguido construir algo de semelhante, apesar do modelo e apesar das tentativas bem inspiradas.
Vamos ser todos avós, de certeza parecidos com eles, mas sozinhos.
Sem aquela força telúrica de uma dupla que atravessou a vida a sério e se mantém sem ponta de artificialismo!
Porque apesar dos 85 anos dele e dos 78 dela, e algumas caturrices e pegas de circunstância que provocam o sorriso geral (e são afinal uma espécie de ‘’direitos de portagem’’ da travessia de uma vida longa em comum), continuam ‘’gaiatos’’ q.b. no ritual da sua ‘’entente’’.
Continuam os beijos, as mãos dadas, os olhares com brilho de maroteira e as private jokes a que ninguém acede nem à fé de Deus padre.
De quando em vez continuam as fugas de fim de semana para a capital ou para a casa-mãe do norte, em terras frias e chuvosas dos alcaides de Faria, onde convivem com o frio implacável das paredes de granito melhor que os filhos e melhor que os netos, que assim lhes oferecem de bandeja curtas luas de mel a dois, em tempos de invernia...
Tenho além disso a certeza que o sexo continua presente
(mas nunca perguntei, à quoi bon?),
mesmo que seja com as posições aconselhadas pela Fundação Portuguesa de Cardiologia...
Não é fantástico?!
Tenho uma terrível e carinhosa inveja da sua sorte!
Prof.
Cheira-me auto-retrato..Não?
de adolescente todos temos um pouco...
Mesmo na casa dos entas...
Adolescente é sempre que um Homem quiser...
Mahatma
Leio-o e sorrio, ainda bem que apesar dessa insegurança está feliz e desenvolto.Essa garra "parti mastro,
rasguei vela..." É mesmo de cavaleiro de sonho, decidido e forte!!!!.. ;-)
O finalzinho, não me parece como li acima "(...) "ternura" calculista..." sinceramente não acho. E cá para nós que ninguém lê(lol) acho até insegurança e medo... Mas se eu lesse um poema destes de alguém que gostasse
até lhe dava colinho :)))) Óh!Óh! Se dava!!!!
Um abraço e tudo de bom
MJ
Boa noite.
Crescer nem sempre é fácil, deixar para trás a despreocupação da adolescência tem alguns custos.
Construir uma relação dá trabalho, é natural que existam receios e desconfianças, mas há sempre um ponto de partida.
Gostei do comentário de sical(1.31)
"Ele não tem certezas, ele vê um futuro nublado, mas tomou uma decisão. Os olhos azuis de uma mulher podem flectir qualquer vontade, por mais indómita que seja..."
Neste caso azuis, mas poderiam ser verdes ou castanhos.:)
O olhar tem uma força poderosa!
"Ninguém merece as tuas lágrimas, e se alguém as merecer não te fará certamente chorar."
Bonito, sem dúvida!
P.S. Já repararam que hoje a tertúlia é esmagadoramente feminina?
Que conclusões tirar daqui? Não têm os homens sensibilidade poética???
Fica aqui a provocação.:)))
hgfghfghf
lusco_fusco
porquê um navegar inaceitável, melhor, não aceite por quem?
receio de quê, de quem?
- que horror!
desconfiado?
- pior!
outra hesitação ... mas ... decidido a ficar ... mas que ganda frete!
... impermeável ... que empata!
com uma decisão frouxa destas só mesmo se se encontraram condições vantajosas e aí ... a decisão exigiu cálculo.
Não quero esse garoto não...
;]
"Dói esta corda vibrante.
a corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
Vem logo outra que a distente.
Não tem descanso jamais"
- António Gedeão
Quando nos apixonamos ficamos realmente muito inafntis... e é tão bom... :o)
bjs
andorinha 7:00 PM
"Já repararam que hoje a tertúlia é esmagadoramente feminina? Que conclusões tirar daqui? Não têm os homens sensibilidade..."
Andorinha, o que não falta por aí é homens "sensíveis". Aliás, parece é cada vez há mais... ;-))
Fora de lei (7.44)
Eu disse "sensibilidade poética", transcreve as frases até ao fim, s.f.f.:)
E homens "sensíveis"...porquê as aspas?
Já vais desviar a conversa para outro campo? E depois não queres que te chame machista...
O que te vale é seres do Glorioso.:)
O POEMA ENSINA A CAIR
O poema ensina a cair
sobre os vários solos
desde perder o chão repentino sob os pés
como se perde os sentidos numa
queda de amor, ao encontro
do cabo onde a terra abate e
a fecunda ausência excede
até à queda vinda
da lenta volúpia de cair,
quando a face atinge o solo
numa curva delgada subtil
uma vénia a ninguém de especial
ou especialmente a nós uma homenagem
póstuma.
LUIZA NETO JORGE (1939-1989)
de "O Seu a Seu Tempo"
Voltei agora.
Já repararam que a palavra adolescente está adjectivar o navegar. Nada obriga que seja de um adolescente, o navegar. Qualquer homem pode ter um navegar adolescente. O navegar é que vem na sequência da existência de um mar, azul, porque determinado pelos olhos da mulher. Mas para mim os olhos das mulheres, de qualquer cor, são farois inebriantes capaes de encadear qualquer navegação. A aura de uma mulher é um encantamento para qualquer homem. Qual sereias encantatórias nesse mar onde a turbulência das emoções nos inebria e nos incentiva. Muitas vezes naufragamos, mas .....
Isola
7.23
Sinto muito se de algum modo a/o magoei.
O que percebi do poema não me parece o que relata.
Apesar de tudo, o que o “menino” do poema "perde", (e aquele “apesar de tudo”, é muito para quem valoriza a liberdade como eu), decide lutar até contra o meio que o faz navegar o "mastro" e a "vela". Eu chamo a isto CORAGEM ! E para se ter esta coragem não se está tão impermeabilizado assim como se quer fazer crer ao “eu”(parece até autoflagelação para não ter tentação). Com navio mutilado não poderá navegar. Mais… "pus fim ao meu delicioso, estouvado..." adolescentes são realmente aqueles que mantêm a vida saudável podem vivê-la sem preocupações e por isso a têm deliciosa. Mas na vida temos de fazer opções, e fê-la abdicando até de coisas que gosta.
Quem não ficaria desconfiado, de que não dê certo, medroso e até impermeável?!!!
Só se o olho azul não soubesse o que é uma relação a dois; ou pior ainda, não se sinta á altura, dos "sacrificios" demonstrados para poder corresponder numa tempestade bonançosa e infiltrante que desgaste o verniz...E transformar o pano que daí advém em vela, mais...dê coragem para amanhar um mastro, para que juntos possam navegar...
Mas isto são só especulações… :).
Peço desculpa se de algum modo piorei o que disse antes, mas é o que penso.
MJ
sical (8.35)
Sim, a palavra "adolescente" está a adjectivar o "navegar" e sim, qualquer homem pode ter um navegar adolescente.
Mas o título do post é "A decisão do miúdo", portanto, estaremos aqui na presença de um verdadeiro "teenager".:)
Cara Paula: sou uma eterna apaixonada... :oD
bjs
Andorinha
O titulo do Post sim.
Mas estamos no âmbito da poesia.
O que interpretamos tem a ver connosco, com os nossos olhares sobre as coisas mundanas. Nada é literal.
E já agora o que é um miúdo?
Menos de 10 anos?
Já vi pais de 70, entre eles, tratarem os filhos de 50 e 40 por miúdos.
Vem meu menino vadio, vem sem mentir p’ra você
Vem, mas vem sem fantasia,
que da noite p’ro dia você não vai crescer
Vem, por favor não me evites,
meu amor, meu convites
Minha dor meu apelos
Vou te envolver nos cabelos,
vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco,
vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah! Eu quero te dizer que o instante de te ver
Custou tanto penar, não vou me arrepender
Só vim te convencer
que eu vim p’ra não morrer
De tanto te esperar
E quero te contar
das chuvas que apanhei
Das noites que varei
no escuro a te buscar
E quero te mostrar
as marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei,
nas discussões com Deus
E agora que cheguei eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa dos carinhos teus
Chico Buarque
P.S. um impermeável até que tinha sabido bem:)))
sical,
Todas as interpretações são válidas, nisso estamos de acordo.:)
Aníbal Cavaco Silva recebeu uma delegação de dirigentes sindicais, que lhe entregaram uma declaração, subscrita por mais de setecentos sindicalistas, de apoio à sua Candidatura à Presidência da República.
"Portugal precisa de um Presidente que saiba entender e dar voz às aspirações dos portugueses, com vista a uma sociedade mais desenvolvida e solidária", destaca-se no documento.
A delegação, liderada por João Dias da Silva, presidente da UGT, era composta por Fernanda Silva (USI), Anabela Trindade (SICOMP), Carlos Chagas, Jacinto Pereira, José Correia Azevedo, Pereira Gomes, Viriato, todos da UGT e, Rosa Silva Fernandes de Sousa, dirigente do STE.
Os dirigentes sindicais, além do documento de apoio à Candidatura, convidaram Cavaco Silva para estar presente na Convenção Laboral a realizar no próximo dia 1 de Dezembro, no Centro Cultural de Belém.
Em nome de Portugal e como cidadãos, os dirigentes sindicais afirmam na declaração de apoio que o Prof. Aníbal Cavaco Silva é "um homem que sabe ajudar a encontrar o caminho certo para Portugal".
Por acaso acho aborrecido aparecerem nos blogs comentários de pura publicidade política. Eu já estou tão enjoado da política neste país, (que por este andar não dura mais de 3 anos)que não suporto que invadam todos os espaços. São coisas que não vêem a debate aqui. Quem quer debater tem blogs próprias para tratar
dessas misérias nacionais.
Desculpem-me o desabafo.
Sical 10.19
Desabafo aplaudido. Eu acho a mesma coisa. Há blogs próprios e posts apropriados, este não vejo relação possivel :)
E o Mahama perdoe-me aquela resposta á "Isola".
Eu respeito os "seus olhos azuis" ;-) E tenho a sensação que, o menino não se perdeu, mas que se achou.
Continuo com as opiniões que dei antes da resposta á isola.
ESpero sinceramente que esse menino se deixe invadir pela tempestade doce e quente e que o verniz derreta ;-)
Um abraço e força!
MJ
VERDADES DUMA CANDIDATA
"O PS não quer aperfeiçoar o funcionamento da Justiça, mas sim controlar os tribunais. O caso Pedroso é um bom exemplo de como um Pedófilo Compulsivo consegue escapar à Justiça, deixando na sarjeta crianças com problemas nos esfíncteres anais".
Quitéria Barbuda in "Incontinentes Sociais", Revista "Espírito", nº 22, 2005.
"O senhor Maximiano diz que olhou para trás e ficou com dúvidas se o Poder Político alguma vez teve interesse em combater o Crime Organizado. Eu não tenho dúvidas, o Poder Político é o Crime Organizado e o senhor Maximiniano trabalhou para ele, quando resolveu, como representante do Ministério Público, dar muita importância ao caso "Fax de Macau", para assim conseguir desviar as atenções do Chefe Mário".
Quitéria Barbuda in "Maxi Feio", revista "Espírito", nº 22, 2005.
Este artigo teve a aprovação do Exmo. Comandante Guélas
Viva o Comandante Guélas
www.riapa.pt.to
Peço desculpa, já sei que vou ser amaldiçoado. Mas este é um "poema" bastante modesto,para não ser mais sincero,quanto ao resultado textual. Explico porquê. Tem, por exemplo, nada menos que NOVE adjectivos, num tão pequeno espaço, de verso curto, o que lhe retira em substância e qualidade efectiva.A maneira como se manejam e colocam ou se rejeitam as palavras,num texto é muito importante em Poesia.
Cito de memória o Eugénio de Andrade:
A Sílaba
Toda a manhã
procurei uma sílaba.
É bem pouco,eu sei.
Uma vogal, uma consoante.
Mas só eu sei a falta
que me faz. Só ela
me podia defender do frio
do Inverno, do calor
do Verão. Uma sílaba,
uma única sílaba.
A salvação.
Não sei se respeitei a pontuação e a arrumação correcta dos versos. Mas citei decor.Pois já o disse, em público.
Não sei se Valéry ou Mallarmé disseram:
"Poesia, são as melhores palavras nos melhores sítios".
Peter, Peter, pumpkin eater
Where are you lying Peter?
Cavaco promete atenção aos mais desfavorecidos.
Candidato garante que foi no tempo em que era primeiro-ministro que as pensões de reforma tiveram os maiores aumentos.
Se não gostam de ver vão-se todos foder.
Acho que vai ter que explicar este poema ao maralhal que eles sózinhos não se safam...
Prof.,
Os amores (im)possíveis entre um(a) jovem e um(a) de idade-madura!
lusco_fusco
Gostei mt de ouvir os seus argumentos, mas penso q alguma polémica só poderá animar e jamais ofender este 'sítio'- uma polémica pequena pq o tempo é pouco (mas grande é o empenho).
Disse você: 'Quem não ficaria desconfiado, de que não dê certo, medroso e até impermeável?!!!'
Só posso acrescentar que já passei por aí e não pensei em indicadores de 'segurança' - atirei às malvas a dúvida pq o 'faro' e o 'instinto' servem para isso.
E serviram.
E agora tenho que subir ao piso de cima:))
Esteja à vontade para me interpelar pq adoro isso, embora todos nos pareçamos com ilhas:))
O popema é realmente de uma banalidade de principiante: "o teu olhar" "o azul do mar"..., mais uma enumeração de adjectivos, de que alguém falou. Não entendo tanta especulação "profunda".
Quanto ao "valor" do poema, claro que não é genial, mas, como disse, gostei dele e gostei da cadência da sequência de adjectivos. Acho que não é por aí que o gato vai às filhoses, se é que vai...
Assim, de repente, estou-me a lembrar de um poema, onde é exactamente uma sequência de adjectivos que nos transmite o ênfase pretendido. Estou a falar da "Chanson des vieux amants" do Brel: "mon doux, mon tendre, mon merveilleux amour..." Não se pode dizer que um poema é mau por ter demasiados adjectivos seguidos. Claro que se pode ou não gostar dos adjectivos utilizados, mas isso é outra coisa.
O Brel é um excewlente letrista das suas próprias canções. Isto é que apoia as suas letras em músicas (ligeiras) compondo canções -bastante longas, onde se dissolvem os adjectivos e as reais dores da existência -canções que, quanto ao modo e categorização são diferentes de outras, por ex. dos "lieder"(canções) de Schubert ou Schumann ou mesmo de Mozart ou Beethoven que foram buscar poemas de Goethe ou Schiller, etc. E depois não esquecer que estamos no sec. XXI. E sobre isso consultem o que era e já não é, no plano estético-literário.
A cada um as suas análises. E não parece que a especialidade da maior parte dos comentadores seja a de analistas do texto literário.Não podemos perceber todos de tudo. Agora, gostos não se discutem Senão que seria do Marco Paulo e da Rute Marlene.
... da Rute Marlene gosto, do Marco também, dos outros não sei porque nunca ouvi os discos, mas se o senhor diz que são bons quem sou eu para o desdizer?
o amor é tão lindo e a amizade é tão pura
Ó Vanessa estás contratada para minha empregada doméstica. Se entretasnto não aparecer uma romena ou ucraniana que conhece os outros "discos".
Anónimo (1.23),
Concordo que, no fundo, é tudo uma questão de gosto.
Relativamente às Lieder de Mozart, Schubert, etc., muitas têm realmente por base bons poemas de Göethe ou Schiller (especialmente as de Schubert), mas nem todas as Lieder de Mozart são uma maravilha. Entre, por ex., "Sehnsucht nach dem Frühling" de Mozart (com versos de Christian Adolf Overbeck) e "Ne me quitte pas" do Brel, desculpe lá, mas eu prefiro o Brel.
Quanto à resposta que deu à Vanessa, acho-a terrivelmente pedante. Caso não seja o mesmo anónimo (é o problema com os anónimos), por favor, ignore esta observação.
Ainda relativamente ao post, sem querer prolongar demasiado a discussão, acho a sua crítica um bocado superficial. Diz apenas que o princípio do poema repete alguns lugares-comuns e que o resto é uma enumeração de adjectivos, mas não os analisa, não refere se são ou não adequados, etc., etc.
Na minha opinião, o poema descreve a situação não só de uma maneira esteticamente agradável, mas também com muita eficiência.
No esboço desta situação e da personagem, os adjectivos escolhidos são muito eficazes e não me parecem lá postos à toa. Ficamos imediatamente a saber várias coisas sobre o modo como o eu do poema se vê:
- aquele modo de vida tem-lhe dado satisfação e aqui entra o adjectivo "delicioso".
- aquele modo de vida é um tanto ou quanto irresponsável/pouco sensato e aqui entra o adjectivo "estouvado".
- aquele modo de vida não é como deve ser e aqui entra o adjectivo "inaceitável".
- aquele modo de vida tem as características associadas ao comportamento dos jovens antes de atingirem a idade adulta e aqui entra o adjectivo "adolescente". Poderá haver um certo pleonasmo, pois habitualmente é-se mais estouvado na adolescência, embora não necessariamente. De qualquer modo, adolescente engloba mais características.
A contradição entre os adjectivos "inaceitável" e "delicioso" aponta-nos para o conflito que existe aqui. O seu modo de vida gostoso, mas/por egocêntrico, descuidado e sem (determinadas) responsabilidades, como o de um "adolescente", é uma infracção.
É ele que o diz, logo há um elemento de auto-crítica, um juízo de valor sobre o seu comportamento, onde naturalmente se reflectem pressões externas ("inaceitável"). Ficamos assim a conhecer não só parte do seu perfil psicológico, traçado pelo próprio, mas também em que tipo de sociedade vive/o que lhe é pedido/o que dele se espera.
Não me parece nada mau que quatro linhazinhas (falando apenas desta parte), aparentemente tão simples, sejam capazes de nos transmitir toda esta informação.
Pamina,
Fica-lhe bem o esforço em prol da "sua dama". Não quero fdar lições, aqui, de análise de texto, para ser ainda censurado.
Apenas vou referir que uma leitura baseada em impressões, não é uma análise. É a chamada leituras impressionista.
Há outrasa formas mais eficazes, que têm os seus segredos e que um leitor culto e familiarizado com diversos códigos estéticos, faz rapidamente:
Análise morfo-sintáctica
Análise semântica
Análise fónica
Análise simbólica
Análise psicológica
Análise da temporalidade
Análise da espacialidade, etc,etc
Com a prática, tudo isto se faz simultaneamente e com olho clínico, numa breve leitura.
E para tudo isto aconselho um Curso de Estudos Literários, bem feito e com professores a sério.Que pelos vistos já não interessa a ninguém.
O Sebastião da Gama, poeta da Arrábida é um poeta interessante. Mas, dado que sou um bicho urbano,
e as questões ecológicas reclamam a consciência de uma natureza em alarme e não em recreio, um outro discurso poético me interessa, de momento.
Cumprimentos
Uma leitura baseada nas palavras do texto não me parece impressionista. O que lá está é o que lá está.
Contudo, e como gosto sempre de aprender, porque é que não faz uma análise que foque todos esses pontos que refere? É habitual trocarmos conhecimentos aqui neste blog. Até nem precisa de ser uma análise deste poema, uma vez que não gosta dele. O que não falta são poemas nos arquivos do Murcon. É só escolher. Quanto ao espaço, como deve saber, o Noise também escreve comentários enormes, portanto não há problema.
Cumprimentos também para si.
Caro anónimo das 5:21:
Não vou sobrecarregá-lo com mais uma análise do poema deste post, até porque, penso, que o objectivo de quem o colocou não será o de motivar análises literárias, mas outras ruminações :) E dessas já há aqui que baste. Mas, tendo em conta o que afirma:
"Apenas vou referir que uma leitura baseada em impressões, não é uma análise. É a chamada leituras impressionista.
Há outrasa formas mais eficazes, que têm os seus segredos e que um leitor culto e familiarizado com diversos códigos estéticos, faz rapidamente:
Análise morfo-sintáctica
Análise semântica
Análise fónica
Análise simbólica
Análise psicológica
Análise da temporalidade
Análise da espacialidade, etc,etc
Com a prática, tudo isto se faz simultaneamente e com olho clínico, numa breve leitura."
- Parece-me que também confunde a análise literária com um inventário morfo- fono-sintáctico - semântico - estilístico etc.... de carácter formalista (no pior sentido), que já não se usa em nenhum curso literário actual. Se pretende exibir os seus conhecimentos de crítica literária, há blogues mais apropriados. Se pretende dar um exemplo de como se pode interpretar este poema, porque não o faz?
Lena b
correcção: por que (última linha)
Lena b
Nada disso, para mim é o não desistirmos de nós próprios. Ficar, resistir... E não me parece que se trate de uma mulher mas sim da vida. Professor, ajude lá, esclareça estas mentes conturbadas, pelease......
Caro papeldeparede,
(que já não se usa, por causa dos ácaros...)
Longe de mim "legislar" sobre o que quer que seja. Apenas pretendi demonstrar umas coisitas de que muitas pessoas não têm consciência. Imaginam a Poesia como qualquer coisa de lindinho e inefável, quando ela é feita de MATÉRIA VERBAL, ou seja palavras,
construções e desconstruções, numa linguagem CONOTATIVA e não denontativa, como a linguagem corrente ou a técnica.
Que me conste as várias edições de "TEORIA(s) DA LITERATURA", explicam bem estas coisas.
Evidente que cada um recepciona o texto, como pode e sabe.Há muitos níveis de recepção.
Mas não pode você legislar acertos por baixo e pretender que uma pessoa, que por exemplo, aprendeu Música, ouça uma orquestra ou qualquer execução musical, da mesma maneira -mental e sensorial - de outra que não sabe ler uma partitura e que nem sempre "topa" a fraca qualidade da performance.E não se pense que isto é do outro mundo. Há felizmente gente desta, em Portugal. E na estrnja, nem se fala. Assisti a alguns concertos em Berlim, onde cidadãos anónimos, seguiam a música por partitura,em edições de bolso, que transportavam consigo.
Eu não pretendo amesquinhar nada, nem ninguém.E tenho muita consideração pelo titular deste blog. Mas o textinho, se é dele, desde o título ao resto, é fraquinho. Do que não tem que se aborrecer, porque muitos grandes autores, têm coisas menos felizes.
Boa noite.
Caro anónimo:
(Não se preocupe com os meus ácaros, que eu uso um superaspirador e fica o problema resolvido :))
Já percebi o seu ponto de vista mas, se me permite, (e sem ter sido mandatada por ninguém) reitero que, na minha opinião, não há motivo para se fazer qualquer tipo de apreciação do poema do ponto de vista literário, dado que o objectivo do seu autor não terá sido "armar-se em poeta", como parece pensar, mas motivar outro tipo de conjecturas. A bem dizer, o poema (literário ou não - não interessa) está aí como pretexto para "ruminações" de carácter psicológico (ou psicanalítico...) - porque o tema deste blog, se bem reparou, não é literatura... Por isso não faz sentido congeminar sobre a eventual qualidade literária ou não do texto...
Era esse o sentido do meu comentário. Espero ter-me feito compreender agora.
Quanto aos seus estudos literários, continue que faz bem. Olhe, atire-se (no bom sentido, claro) ao Eugénio de Andrade, por exemplo!
(este aspirador é o máximo...faz massagens e tudo! lol)
Lena b
PS: A repetição da palavra "sentido", é apenas uma figura de estilo, claro...
(a culpa é dos ácaros)
Lena b
...ai Lena b, a menina está uma...fera!;-)))...tb é o superaspirador????:->
amok_she:
cada um limpa os ácaros que tem como pode.... lol
Lena b
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