sexta-feira, novembro 25, 2005

Porque a tristeza pensada é estruturante.

Então, num súbito ataque de tristeza que me fez muito bem para perceber quem era, consegui chorar.

Juan José Millás, A Ordem Alfabética.

Se não for pensada e digerida pode cristalizar na depressão ou refugiar-se na auto-piedade.

60 comentários:

Su disse...

se bastasse chorar.......
.....buaaaaaaa
amanha acordaria diferente :)
mas qd nos chega o ataque de tristeza, o choro mais cedo ou mais tarde, caí feito trovoada
jocas maradas

Anónimo disse...

O pior é que, só muito raramente, somos "educados" para saber digerir a tristeza. É que, ainda por cima, somos o país do fado...

Su disse...

a tristeza é por natureza indigesta
jocas

andorinha disse...

Júlio,
Este post é muito hermético para uma sexta-feira.:)
"Se não for pensada ou digerida pode cristalizar na depressão ou refugiar-se na auto-piedade."
Entendo que se não a digerirmos poderemos estar a abrir caminho a uma depressão; não entendo a parte do "pensada"...

Su disse...

e já agora, q sou exagerada, isto não é o país do fado, este país é um fadário:))
jocas

Anónimo disse...

andorinha 12:16 AM

Não entendo a parte do "pensada"...

Se for uma "tristeza pensada", talvez assim consigas identificar as suas causas e definir o adequado "plano de contenção". É assim que eu interpreto o "pensada"...

andorinha disse...

su,
A tristeza é indigesta, mas temos que a digerir.:(
Quanto ao país nem sei que te diga...:)
jocas maradas.

Anónimo disse...

Prof.,

Jean Jacques Rousseau disse que "A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada”.
Se chorar for o remédio para pensar e digerir a tristeza, não parece ser difícil.
Mas deve depender do agente causador desse estado de espírito. Há seguramente situações limite, irreversíveis e improváveis de racionalizar, que não nos permitirão ter mais um momento de alegria

Saudações,
Débora

andorinha disse...

Fora de lei,

Não sei se será isso.
Penso que quando alguém está triste sabe o porquê, identifica as causas dessa tristeza (isto normalmente). Nesse sentido a tristeza seria sempre "pensada".

amok_she disse...

"Claro que não,( veja-se o AHAHAHAHAH em cima)"

Prof, explique lá - se pra tal tempo existir e mais ainda...vontade! - que pra lá de 'pensada e digerida'

«O poeta é um fingidor
Mente tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
FP/BS»


...aquela, a tristeza, tb pode ser 'excomungada, esconjurada, exorcizada' através do sarcásmo, da ironia, do humor...'atributos' onde as "raivinhas" ficam sem cabimento!...

...já a raiva,mesmo, a q prefiro chamar 'ódio'...ah!, essa é outra "estória", mas q só tem cabimento entre gente maior...


:->

Anónimo disse...

Andorinha,

The only thing hermetic here is your brain!

andorinha disse...

anonymous (1.48)

Thank you!:)))))))))

noiseformind disse...

Oh Jú, não foi ao outro que o psi disse:

- Se calhar era uma boa ideia

quando ele andava contendo os diques tremendos da saudade do filho partido???

Ai, ai, ai, lá pq tu escreveste não te dá o direito de auto-plágio ; ))))))))))))))))))))

Racionalizar a tristeza, e aqui por falta de vocação escudo-me nas palavras certeiras do nosso (estive quase para meter as comas neste nosso, confesso) Andrew Solomon:

"E no entanto, todas as coisas parecem vãs. O povo inuit não sofre menos e a ausência da sua expressividade facial leva a que usem quartos de tons na sua escala tónica. A palavra parece ganhar significância quando a expressividade diminui, o sofrimento nos povos menos verbalizadores parece maior pois os graus de empatia gerados na comunidade são nitidamente mais baixo. Porém, a partilha com os outros parece ser mais uma agravante na maior parte das culturas, o que está em contra-ciclo com o que seria o senso-comum. Parece que o interiorizar da melancolia, como fazem os povos asiáticos, é a única fórmula de persistir na tristeza sem que isso nos paralize. E daí que os Vietnamitas sejam muito mais contraditórios e não haja um conhecimento nunca certo da sua personalidade. Aceitam-se os contratos afectivos com outros sempre até certo ponto mas nunca permitindo que o "eu" fique refém de palavras partilhadas com um elo exterior."

e mais tarde refere:

"e então minha mãe partiu. Com a minha ajuda. Não suportava contribuir para a sua permanência em estado de carne viva e não me foi difícil conjurar e objectiviar os elementos que precipitaram a sua morte. E foi nessa partida que a minha primeira depressão se manifestou, eu tinha feito a coisa certa, apoiava aquela causa, apoiava-me nela e na certeza de ter feito a coisa certa. Porém, o suicídio é sempre uma forma de homícidio, e até à última hora pode não ser. Ficámos portanto suspensos do horizente do evento, o quase-ser, que no meu caso foi. Julgava estar quase a entrar em depressão se não fosse apoiante do desejo da minha mãe. Sendo apoiante no seu suicídio ficou a réstea da culpa do homícidio. A gestão da culpa em situações como esta é sempre uma balança desiquilibrada, pq ninguém está a sentir o que nós estámos a sentir, ninguém partilha connosco a relação com aquela pessoa específica, ninguém pode saber a falta que estámos a sentir, ninguém pode estar no nosso lugar... senão nós mesmos. E é essa singularidade que chamámos depressão, a falta de pontos de referência para fora dos nossos julgamentos."




The Noonday Demon: An Atlas of Depression, 2001

Não será este um factor importante de racionalização do estado depressivo? A permuta de ciclo entre a palavra e a exteriorização não-verbal?

Just wondering ; ))))))))))

Andorinha,
Estes anónimos andam loucos por ti. Qq dia começam a registar nicks e tudo ; )))))))))))))))

andorinha disse...

Noise,

Pois...por que será???
Just wondering:))))))))))

noiseformind disse...

Sei lá,
Eu cá acho que é do Guaraná, mas o Jardel já foi à vida ; ))))))))))))))))))))

Olha, vamos mas é fazer sex-phone que eu estou aqui a ler uns calhamaços que não há pachorra. Vai aquecendo o Ky-Gel e verificando as pilhas ao Rabbit Habit que eu vou tomar uma banhoca de borbulhas.

Vera_Effigies disse...

Quando a tristeza espreita

Sem explicação definida,
Abatimento inconsciente
De poeira recheado,
Nesta estrada que é a vida.
Um vácuo intransponível
Afilhada do desalento
Torna o ânimo indisponível,
Recolhido e desatento.
Pode ser clara e objectiva:
Um presente sem druída;
Um peso que lega a vida;
Um sentimento de partida;
Uma palavra imerecida.
E tantas outras razões
Que tece na nossa alma
Sem esquema ou programa,
A tristeza pura insana.

Boa noite a todos

Anónimo disse...

Boa noite.
Nem sempre tenho tempo para cá vir espreitar, mas quando venho gosto do que leio e também da música.
Dr. Júlio Machado Vaz, a propósito do tema deste post, gostava de dizer e perguntar aqui umas coisinhas:
no meu trabalho lido frequentemente com adolescentes e, como é normal nessas idades, qualquer problema, que para os adultos pode ser insignificante, assume proporções terríveis...e às vezes esbulham-se em lágrimas nas aulas...
ora, este ano lectivo, o primeiro (até agora) a fazer isso, numa das minhas aulas, foi um rapaz.

Fiquei a pensar: ora ainda bem que estas novas gerações já não acreditam nessas tretas de que "um homem não chora"!
Mas será que algum dia houve quem acreditasse?

No entanto, quando crescem, tanto eles como elas, já vão manifestando dificuldades em mostrar a tristeza (ou vivê-la) em público...
Dado que a tendência é para valorizar o prazer, quem é que "atura" o desfiar de mazelas sentimentais ou físicas que dava pelo nome de "desabafar"?
É o que se passa com a resposta "cliché" ao cumprimento: "tudo bem?"
Quem é que, perante uma pergunta destas, mesmo feita pelo(a) melhor amigo(a), não tem, de imediato a tendência para responder - "Tudo!" - a não ser que tenha mais de 65 anos e só se desloque mais de 50 km para ir ao médico, normalmente de transporte público...
Será que estamos a deixar estes comportamentos "tipicamente portugueses" (dizem!), do desabafo em público? E havia sempre quem consolasse, com a tal palmadinha nas costas e o "deixa lá..."
Mas agora, os portugueses, porque gostam de se mostrar sempre bem sucedidos na vida, nos amores, etc., (homens ou mulheres)já não mostram em público as suas tristezas...
Isto faz lembrar aquele poema de Álvaro de Campos "Nunca conheci quem tivesse levado porrada...".
Será que os portugueses "modernos", para serem capazes de "pensar" e "digerir" as suas tristezas têm forçosamente de recorrer aos "psis"? É que às vezes, tanto as escondem dos outros, que elas passam a ser insondáveis até para os próprios (a máscara cola-se à pele...) e como já não fica bem dizer essas coisas em público, fica tudo no segredo dos consultórios - equivalentes pós-modernos dos confessionários....

Lena b

Anónimo disse...

I'm not Porty...
Just in case you're wondering who I am, mate!
Just someone who knows you...
Wanna guess? Try!
Liar, liar, little Peter...

Anónimo disse...

"Julgava estar quase a entrar em depressão se não fosse apoiante do desejo da minha mãe. Sendo apoiante no seu suicídio ficou a réstea da culpa do homícidio. A gestão da culpa em situações como esta é sempre uma balança desiquilibrada, pq ninguém está a sentir o que nós estámos a sentir, ninguém partilha connosco a relação com aquela pessoa específica, ninguém pode saber a falta que estámos a sentir, ninguém pode estar no nosso lugar... senão nós mesmos."

FOI ASSIM COM A MINHA MÃE. SABIA QUE ESTAVA A FAZER O QUE ERA CERTO, TINHA A CERTEZA E ALOJAVA-ME NO INCITAMENTO DELA. MAS ISSO NÃO ME LIVROU DA DEPRESSÃO :( FAZER O QUE ESTÁ CERTO NÃO É NENHUMA CURA PARA NÃO NOS SENTIRMOS MAL COM O QUE FIZEMOS :( APENAS TEMOS O CONFORTO DE TERMOS RESPEITADO O AMOR À PESSOA ACIMA DAS NOSSAS PRÓPRIAS CULPAS. É SEMPRE UM POEMA QUANDO O AMOR VENCER A CULPA, ACREDITEM :(

Anónimo disse...

Porty, you big liar!
Fuck you.

papu disse...

Sábias palavras, digo eu!

E a maioria das pessoas foge realmente da tristeza... a sete pés!

"Deixa lá, não penses mais nisso!"
"Anda, não chores..."

E então com as crianças a ladainha é constante:
"Não chores, não chores, não chores, não chores..."

Já para não falar naquela frase já tão velha, mas infelizmente ainda actual.
"Os homens não choram! Um homem não chora!"
muitas vezes dita a meninos de 2, 3, 4 anos...

Mas será que as pessoas não percebem que chorar é bom? Não há melhor remédio para a tristeza.
Porque, precisamente, não a escamoteia, não a abafa, não a envergonha, não a estanca nem congela
antes lhe dá asas e voz e prantos
antes lhe dá braços e olhos e rosto
e assim saramos a ferida
com o sal das nossas lágrimas.

E não é só o choro, claro.
Estar triste é muito importante. Estar triste
sem saber bem porquê
ou porque sim
ou por isto
ou por aquilo
é das experiências mais importantes da vida.
Como aliás todos os sentimentos o são.

Anónimo disse...

"A dor pensada e sentida"

Essa foi a conclusão a que eu cheguei já há alguns anos, no percurso das "dores" que fui sentindo, compreendi que a dor deve ser tratada por tu, para não nos invadir e destruir por completo.
Caro Prof. aproveito esta oportunidade para lhe dizer que foi "meu companheiro" na mais profunda dor que senti.

Anónimo disse...

Estou com ataque súbito de tristeza. O Noisy ainda não escreveu nada nas últimas duas horas!!! :`( buááááááááááááááááááá

Anónimo disse...

Sim pode ser estruturante desde que seja na "dose" certa..há determinados mergulhos que nos mantêm submersos por tanto tempo que acabam por nos privar do oxigénio tão necessário à VIDA...

Anónimo disse...

Carta ao Pai Natal - Mário Soares

Pai Natal
Acordei agora da sesta. Tive um sonho original.
Conversei com a Maria
E achamos que não é sonho
Mas uma ideia genial!
Já fui ministro, primeiro-ministro
E duas vezes presidente deste país
Está na hora de mudar de ares
Aceitar novos desafios
Levar mais longe o nome de Portugal
Ou o meu nome... Como sempre quis.
Como tu tenho já uma certa idade
E no ventre a mesma proeminência
Decidi que para o ano quero ser o Pai Natal.
Portanto...
Olha pá faz as malas. Desocupa a Lapónia.
Vou ser eu o Pai Natal.
Tem lá paciência.

Assinado: Mário Soares (Ex-deputado. Ex-Primeiro Ministro. Ex-Presidente da República. Ex-deputado europeu. Futuro Pai Natal)


Carta ao Pai Natal - Manuel Alegre

Pai natal quando voares nos céus da minha Pátria
Quando aterrares as renas nas planícies do meu País
Lembra-te desta carta, pedido singelo
De um homem que só para a Pátria pede
Para si... Nada quis.
Se o nevoeiro que levou D. Sebastião
Te fizer perder o rumo e baralhar o norte
Segue o cheiro a verde pinho
Ouve a minha trova no vento que passa
E chegarás às chaminés do meu país
Pátria desafortunada. Sem euros. Má sorte.
Numa das chaminés de Lisboa
Sentirás o odor e verás o fumo negro da traição
Que o teu trenó sobre ela paire
Que sobre a chaminé de Soares a tua rena páre
E solte bosta. Um imponente cagalhão.

Assinado: Manuel Alegre


Carta ao Pai Natal - Francisco Louçã

Isto não é uma carta!
É um manifesto. Um protesto. Uma petição
Assinada por dezenas de intelectuais
E outras pessoas que jamais
Se reviram numa festa
Bacanal
Orgia de oferendas
Dadas sem qualquer critério
E que perpetuam uma tradição
Caduca. Reaccionária. Clerical.
Que tu representas oh pai do natal.
Com esta petição pretendemos
Que a data seja referendada
Não imposta, decretada
Por um estado economicista e liberal
E que seja celebrada quando um homem quiser
Não à roda da mesa. Consoada.
Mas num portuguesíssimo arraial.

Assinado: Francisco Louça


Carta ao Pai Natal - Aníbal Cavaco Silva

Excelentíssimo Senhor Doutor Pai Natal
Venho por esta via pedir para a minha Maria
O Kama Sutra, versão condensada
Não sei se a minha Maria teria
Para a versão completa e ilustrada
Suficiente pedalada.
Eu para mim
Por ora nada peço
E de momento nada digo
Não abdico do meu direito de manter o suspense
E de fazer tabu do meu posterior pedido.
Mas... E só isto adianto
Não preciso de Viagra
Para acompanhar a minha Maria na leitura
Do acima citado livro
Que teso e hirto ando eu sempre
Não precisando por isso de muleta
Ou qualquer outro suplemento
Para manter a rigidez
E o meu porte sobranceiro.
Despeço-me atentamente economizando palavras
Porque como vossa Excelência sabe:
Os tempos são de crise e tempo é dinheiro.

Assinado: Prof. Dr. Cavaco Silva


Carta ao Pai Natal - Jerónimo de Sousa

Camarada
Tu que és explorado pela entidade patronal
Durante a época do Natal
Usado como símbolo do capitalismo
Para fomentar o consumismo
Desenfreado, descontrolado
Que enriquece a burguesia
E empobrece o proletariado
Junta-te a nós no combate
Contra a guerra no Iraque
Oferece Che Guevara's não ofereças Action Man's
Luta pela igualdade feminina
Não dês Barbies mas Matrioshkas
Educa as crianças de hoje
Comunistas amanhã
Substitui o Harry Potter pelo livro "O Capital".
Camarada
Reivindica o teu direito a um transporte decente
Pára o trenó e as renas
Que não é veículo de gente operária e trabalhadora
Como tu oh pai natal!
Unidos venceremos o imperialismo e os reaccionários.
Viva o Natal dos oprimidos!
Viva o Natal dos operários!

Assinado: Jerónimo de Sousa (carta aprovada por unanimidade e braço no ar pelo Comité Central do PCP)

Vera_Effigies disse...

Um post interessante...
A tristeza que pode desaguar em depressão...

Preocupação actual dos países da UE, como dizia o Expresso " são responsáveis pelos gastos de 3 a 4 por cento do PIB dos 25 Estados da UE através da perda de produtividade e encargos adicionais em sectores como a saúde, a educação e a justiça".

Para isto contribuem os nossos meios de comunicação social. Esta competitividade a nível de exploração sentimental do espectador, que o destrói ao invés de o construir.
Mas tristeza pode ser também inofensiva e ajudar a solidificar sentimentos. Precisamos é criar condições de sensibilização em relação ao outro e não fazer crescer o umbigo como piscinas em moradias burguesas.
Chorar ajuda a libertar angústias e receios, não é vergonha chorar. Só não choram os autómatos insensíveis robots. Amealhar desditas e frustrações é querer que o organismo se destrua a cada agressão sustida. Chorar liberta, parece o esvair de todos os males. Cada gota quente no rosto é dor que sentimos rolar para o exterior restando apenas um resíduo de salitre que se dilui noutros líquidos que o corpo humano tão bem sabe criar para se auto defender.
As lágrimas são como o dinheiro, se as retemos ficamos como o avarento, impossíveis de aturar e com medo de tudo e de todos os que possam poder chegar-lhes.
MJ

Vera_Effigies disse...

Mahatma
O senhor tem o dom de me inspirar para uns rabiscos :)

Desabafos
Lágrimas rolam…
Em leveza de gritos,
Silenciosos desditos,
Torrentes da alma
Em erupção.

Gotas que queimam
Inundam, transbordam
Pungentes doridas
Teimosas abridas
Da dor sem senão

Bailados pungentes
Lentos e latentes
De ulcera aberta
Ardente e desperta
Com ou sem razão

Gabriel Oliveira disse...

Caro Júlio Machado Vaz, encontrei este "coiso" hoje (blog ainda é termo sem significante, para mim), e aproveito para te dizer umas poucas. Não, hoje é só "uma pouca". A propósito de livros. Há uns tempos, no teu "O amor é...", recomendaste a leitura do "As velas ardem até ao fim", do Sandor Marai. Já o tinha lido há algum tempo (tenho a sorte de residir perto de uma livraria de muito bom gosto, e vou deixando que o dono, o Gil, me vá recomendando as novidades que se adaptem aos meus hábitos de leitura, que ele tão bem conhece. Privilégios...), e achei bem interessante, sem dúvida. Ora, o mesmo Gil (e perdoa-me a publicidade, mas a livraria é a "K de livro", na cidade de Pombal") recomendou-me recentemente um outro livro, que li e gostei, e que... bem, tenho cá um dedo que adivinha, e parece-me que também irias gostar bastante. Trata-se do "O teu rosto, amanhã", do espanhol Javier Marias. Fica a sugestão, e caso a aceites, a disponibilidade para o discutir (o livro, claro).
Obrigado pelas participações no nosso meio audiovisual. És uma mais-valia, instrumento/sujeito (não necessáriamente nesta orde) de serviço público.

Pamina disse...

Boa tarde

Concordo com o que diz a Papu (10.11). Realmente parece-me que somos todos condicionados desde pequeninos (os rapazes ainda mais) que não se deve chorar, que chorar é feio, etc. Parece-me que o choro não é visto como uma coisa natural, mas como um sinal de fraqueza. A partir daqui geram-se os conhecidos estereótipos que o choro fácil é apanágio das "fracas" mulheres e que os homens que choram são efeminados.
Julgo que um "bom choro" é profilático, não só a nível mental como físico. Uma vez que o choro relaxa, parece que quem chora mais frequentemente está menos sujeito a sofrer de tensão alta, de úlceras, etc.
Por outro lado, o anónimo das 3.07 fala na "dose certa" (acrescentaria "e na qualidade certa"). Acho que tem razão. Se o choro passar a ser um modo de vida, um fim em si, também se poderá cair na, ou ser mais difícil de sair da, depressão e da auto-piedade que o post refere e que a tal reflexão sobre a tristeza seguida dum bom choro libertador deveria exactamente evitar. Aqui, aplicar-se-ão dois provérbios populares:"no meio é que está a virtude" e "quem canta (também) seus males espanta".

Bom resto de sábado e bom domingo para todos.

Anónimo disse...

Caro Julio Machado Vaz, como a tristeza será tudo o que nos convém, para armadilhar a nossa ineficácia. um abraço.

Anónimo disse...

Então, num súbito ataque de tristeza que me fez muito bem para perceber quem era, consegui chorar.

Juan José Millás, A Ordem Os monólogos mudos são re-estruturantes, quer sejam feitos descalços, no conforto do edredão ou na tortura de um calçado que aperta…
Neles dizemos o que a ninguém permitiríamos usar dizer e ouvimos o que jamais entenderíamos.
Neles fazemos a nossa história, contada na primeira pessoa, traçamos percursos, ousamos, voamos e caímos ilesos como ícaros virtuais.
Às vezes choramos (se conseguirmos) por nós ou por eles outras…persiste um sorriso que aflora (sem permissão) compensando-nos de não termos ousado tanto quanto o desejo pedia!
Bom fim de semana para todos!

Anónimo disse...

Tristeza

lúcida denúncia
da precária existência

fuga para o centro
da pulsão estéril

afundar no oceano
do desejo sem objecto

dealbar da noite na manhã escura

JE

Anónimo disse...

Concordo plenamente a tristeza é necessária...E chorar é lavar a alma...Já se dizia quem Chora espanta os seus males.

Su disse...

anonimo das 3.41

essas cartas ao pai natal são da
autoria da encandescente

jocas maradas

Anónimo disse...

Atenção a esse "pensada".O pensar a tristeza geralmente tende a tornar-se cíclico e repetitivo. E infelizmente nós somos seres em que parar de pensar não é assim tão simples de resolver. Ou serei só eu?:). Por isso acho que digeri-la pensado-a pouco, talvez seja a melhor solução.(1ºpost :))

Su disse...

noise, "miúdo"....onde andas
daqui a pouco caio num buaaaa q vai durar até amanha!!!! ))
ainda por cima domingo, o dia q detesto por excelencia....
noiseeeeeeeeeeeeee
pstttttttttttttt..onde andas
na verdade isto sem ele.. o prof q me desculpe, até já disse e repito que lhe gosto, mas este muído faz estremecer o olimpo em pt:)))))

jocas maradas

andorinha disse...

su,
Gosto de ti por seres marada.:)))
O Noise tá quase a chegar... não desesperes.Looooooooooool

Anónimo disse...

Andorinha,

I feel pitty for you.
You're just a person without any kind of in dept thoughts about anything, just looking for some attention.
Peter is almost coming? Who cares?
Can't you write anything down other than subscribing to what he says?
Use your brain!!!!!
It's funny though...
Usually kids look for a mother/father figure in olders; you've found it in a youngster... a todler.
Ever got in love buy one of your little students, dear?

Anónimo disse...

Anonymous 11:14 PM

"Ever got in love buy one of your little students..."

Sempre que te apaixonares, compra (ou paga a) um dos teus pequenos alunos...

Su disse...

anonimo 11.14
além de seres anonimo, escreves em ingles pq?
tens algum probl ?
já varias vezes foi dito aqui, q isto é um blog, onde aparece quem quer, mas sejamos lucidos, doentes graves como tu são dispensaveis..
entendes. ok. lê devagar, mas vê lá se entendes! desapareçe.
vê lá se encontras a tua maezinha algures, pois parece q andas perdido
ok.mesmo que não queiras só tens craneo, a massa cinzenta saiu.te toda na primeira constipação q tiveste
desaperece gentilmente, assim, calminho, sem necessidade de voltares como um básico anónimo
tem dó de ti mesmo

peciscas disse...

Cá por mim, para não entrar rapidamente em depressão, resolvi também candidatar-me à presidência.
Serei candidato em nome da blogosfera.
Sim, porque eu, como cidadão comum, não sou menos do que os outros. Já tenho um manifesto eleitoral, outdoors e até um diário de campanha.
Não sei, aliás, se o Murcon aceita pertencer à minha comissão de honra (que já integra, neste momento, importantes nomes da área blogueira)...

Anónimo disse...

Para os amantes e "consumidores" de Poesia, lembro que a poesia portuguesa é altamente estruturante no que à tristeza diz respeito: cito de memória, onosso Luís Vaz:

Sôbolos rios que vão
por Babilónia, me achei,
onde sentado chorei
as lembranças de Sião
............

ou os sonetos todos, como:
Aquela triste e leda madrugada
ou
Erros meus, má fortuna, amor ardente
ou
Em prisões baixas, fui um tempo atado

ou o nosso Pessanha:

Chorai arcadas
do violoncelo
Pontes aladas
do pesadelo

ou o nosso Mário Cesariny:

Em todas as ruas te perco
em todas as ruas te encontro.
Conheço tão bem o teu corpo,
sonhei tanto a tua figura,
que é de olhos fechados que eu ando,
a medir a tua altura
..................
ou o nosso Pessoa

Tudo que em mim sente
Está pensando
..............
ou o Alexandre O N'eil, no belíssimo poema "UM ADEUS PORTUGUÊS":

E como um adolescente
tropeço de ternura por ti.

Leiam a nossa poesia. o Ruy Belo também. o Herberto Helder.
Leiam também as nossas poetas:
Sophia, Luiza Neto Jorge, Natália Correia,Fiama, Florbela,Adília Lopes, Ana Luísa amaral, Inês Loureço,Teresa Horta e outra.
Garanto-vos que não há melhor terapêutica para o "humor merencório" de que falava o rei D. Duarte no "Leal Conselheiro".

NÓS PORTUGUESES SOMOS BONS.

Soube hoje, em conversa com um amigo psi, que o ignorado "museu" do H. Conde Ferreira, tem o primeiro aparelho de elecro-choques da Europa, ainda não havia luz eléctrica, na cidade do Porto, que funcionava à base de gerador.

E nunca se esqueçam que a palavra tem ritmo, cor, som. O silêncio é para os deuses. Fomos nós, demasiado humanos, que as inventamos.

Anónimo disse...

as tontas do costume nesta caixa de comentários. Uma pena, gastarem tantas palavras para só dizerem asneiras.
Sandra G.

amok_she disse...

luís sem vaz disse...
(...)
2:59 AM


...atentem neste comentário!, atentem e percebam q ser anônimo ñ é sinónimo de...tonto!...ele há os anônimos tontos...como os há dos q clamam pra si a honra de o ñ ser... anônimo!...pq de tão tontos, nem percebem q o são...

...e leia-se, leia-se muito...e escreva-se! ...a escrita ainda continua a ser um bom exercício de espanta tristeza ...desde q ñ seja de tonterias...essas ainda nos deprimem mais...

...fiquem bem e tenham um óptimo domingo...q é o dia mais belo da semana...sempre q um qq outro o ñ seja tb...:->

Anónimo disse...

Professor, mil sorrisos para si!
Acho que nunca vai saber o bem que me fez:))))))))))))!

Amok, só agora li o comentário na outra caixa. Gostei.
É difícil, muito duro mesmo, 'bater o pé' mas pelos vistos compensa. Tem sido uma longa "batalha"... A ver vamos no que isto dá.

Noise, és um querido. Ainda continuo com aquela vontade de te dar um abraço. E sim, os Coldplay foram um espectáculo! Adoro a simplicidade da banda e o puro gozo em palco (sem artifícios). Mas tenho que confessar que gostei mais do concerto que eles deram - 9 de Abril de 2003, Pavilhão Atlântico -. Mesmo tendo ido trabalhar com uma directa em cima e mesmo com o marido a dizer: "É a última vez que faço isto".

Tenham um bom Domingo!

Anónimo disse...

sandra g.
DEPOIS DO ESTUPENDO COMENTÁRIO imediatamente anterior ao seu, de luis sem vaz, você só fala (sem ritmo, cor, som) do que acha serem as 'tontas do costume'?
É pena

Anónimo disse...

JANTAR DO MURCON
17 DE DEZEMBRO NESTA SALINHA ACOLHEDORA

Vera_Effigies disse...

É pena realmente que não se fale de Eugénio de Andrade e da sua "Lágrima"

"Dos olhos me cais,
redonda formusura.
Quase fruto ou lua,
cais desamparada.
Regressas á agua
mais pura do dia,
obscuro alimento
de altas açucenas.
Breve arquitectura
da melancolia.
Lágrima, apenas"

Homem também chora
Ainda que redonda
seja a lágrima,
arquitectada
com linhas femininas.
chora porque se perdeu
no labirinto das formas
Dos sons e das cores
e da ternura.
Da candura brilhante,
como a lua.


Boa tarde.

Anónimo disse...

TRISTEZAS NÃO PAGAM DÍVIDAS


Carta ao Pai Natal - Mário Soares

Pai Natal
Acordei agora da sesta. Tive um sonho original.
Conversei com a Maria
E achamos que não é sonho
Mas uma ideia genial!
Já fui ministro, primeiro-ministro
E duas vezes presidente deste país
Está na hora de mudar de ares
Aceitar novos desafios
Levar mais longe o nome de Portugal
Ou o meu nome... Como sempre quis.
Como tu tenho já uma certa idade
E no ventre a mesma proeminência
Decidi que para o ano quero ser o Pai Natal.
Portanto...
Olha pá faz as malas. Desocupa a Lapónia.
Vou ser eu o Pai Natal.
Tem lá paciência.

Assinado: Mário Soares (Ex-deputado. Ex-Primeiro Ministro. Ex-Presidente da República. Ex-deputado europeu. Futuro Pai Natal)


Carta ao Pai Natal - Manuel Alegre

Pai natal quando voares nos céus da minha Pátria
Quando aterrares as renas nas planícies do meu País
Lembra-te desta carta, pedido singelo
De um homem que só para a Pátria pede
Para si... Nada quis.
Se o nevoeiro que levou D. Sebastião
Te fizer perder o rumo e baralhar o norte
Segue o cheiro a verde pinho
Ouve a minha trova no vento que passa
E chegarás às chaminés do meu país
Pátria desafortunada. Sem euros. Má sorte.
Numa das chaminés de Lisboa
Sentirás o odor e verás o fumo negro da traição
Que o teu trenó sobre ela paire
Que sobre a chaminé de Soares a tua rena páre
E solte bosta. Um imponente cagalhão.

Assinado: Manuel Alegre


Carta ao Pai Natal - Francisco Louçã

Isto não é uma carta!
É um manifesto. Um protesto. Uma petição
Assinada por dezenas de intelectuais
E outras pessoas que jamais
Se reviram numa festa
Bacanal
Orgia de oferendas
Dadas sem qualquer critério
E que perpetuam uma tradição
Caduca. Reaccionária. Clerical.
Que tu representas oh pai do natal.
Com esta petição pretendemos
Que a data seja referendada
Não imposta, decretada
Por um estado economicista e liberal
E que seja celebrada quando um homem quiser
Não à roda da mesa. Consoada.
Mas num portuguesíssimo arraial.

Assinado: Francisco Louçã


Carta ao Pai Natal - Aníbal Cavaco Silva

Excelentíssimo Senhor Doutor Pai Natal
Venho por esta via pedir para a minha Maria
O Kama Sutra, versão condensada
Não sei se a minha Maria teria
Para a versão completa e ilustrada
Suficiente pedalada.
Eu para mim
Por ora nada peço
E de momento nada digo
Não abdico do meu direito de manter o suspense
E de fazer tabu do meu posterior pedido.
Mas... E só isto adianto
Não preciso de Viagra
Para acompanhar a minha Maria na leitura
Do acima citado livro
Que teso e hirto ando eu sempre
Não precisando por isso de muleta
Ou qualquer outro suplemento
Para manter a rigidez
E o meu porte sobranceiro.
Despeço-me atentamente economizando palavras
Porque como vossa Excelência sabe:
Os tempos são de crise e tempo é dinheiro.

Assinado: Prof. Dr. Cavaco Silva


Carta ao Pai Natal - Jerónimo de Sousa

Camarada
Tu que és explorado pela entidade patronal
Durante a época do Natal
Usado como símbolo do capitalismo
Para fomentar o consumismo
Desenfreado, descontrolado
Que enriquece a burguesia
E empobrece o proletariado
Junta-te a nós no combate
Contra a guerra no Iraque
Oferece Che Guevara's não ofereças Action Man's
Luta pela igualdade feminina
Não dês Barbies mas Matrioshkas
Educa as crianças de hoje
Comunistas amanhã
Substitui o Harry Potter pelo livro "O Capital".
Camarada
Reivindica o teu direito a um transporte decente
Pára o trenó e as renas
Que não é veículo de gente operária e trabalhadora
Como tu oh pai natal!
Unidos venceremos o imperialismo e os reaccionários.
Viva o Natal dos oprimidos!
Viva o Natal dos operários!

Assinado: Jerónimo de Sousa (carta aprovada por unanimidade e braço no ar pelo Comité Central do PCP)

Anónimo disse...

buáááááááááááááááááááááááá... alguém viu o Noisy?????....buááááááááááááá... anda cá Noisyto, vem dar uma murcadela????

LR disse...

Mas volta e meia a tristeza sabe bem.
Não a tristeza da superfície da pele, a neura, a "sensiblerie".
A que nos assoma aos olhos quando ouvimos Chopin (este homem só podia mesmo ter sio polaco. E tão iguais que nós somos, os 2 povos).

Não essa, mas a tristeza funda, a tal que faz chorar (e não choramingar), ainda - ou precisamente - porque raramanete choramos.

É uma espécie de fim da estrada, para a luz ou para outro caminho difícil. Mas é um ending qualquer.

Sabe-me a tréguas, a reencontro, e no despejar da emoção a racionalidade de repente volta, organizadora, desfazendo o caos.

Sobrevivência.

E a força que nos conhecemos subitamente volta, como se expurgássemos um veneno brando e potente que se insinuou e nos tornou átonos e defensivos.
Mata borrão da vida, dos outros e daquilo que nos fizeram.
Tristeza funda que se solta em choro escondido mas agregador.
Parar de reagir. Passar a agir.
-Há lá coisa pior que a autocomiseração?
Disgusting...

Silêncio. Silêncio. Que se vai chorar.

Volta e meia sabe bem.

....
«Sous le ponte Mirabeau
coule la Seine
et nos amours.
-Faut-il qu'ils m'en souviennent?Viennent les nuits
Sonne l'heure
Les jours s'en vont...
...
Je demeure.»

Bonjour, Tristesse!

Anónimo disse...

buáááááááááááááááááááááááá... alguém já tinha visto alguém a chorar assim como o Noisy?????....buááááááááááááá... vai lá Noisyto, vai dar uma mordidela em ti próprio...

Anónimo disse...

"As mulheres apaixonam-se pelo Che Guevara e depois exigem-lhe que corte a barba e tome um banho. E ele transforma-se no bonzinho que elas abandonaram pelo Che Guevara."-Quitéria Barbuda in "Farsas da História", Revista "Espírito", nº 21, 2005.

www.riapa.pt.to

Pamina disse...

Boa noite,

Gostei do comentário de Luís sem Vaz (2.59). Também acho que devíamos ler mais os nossos poetas (e escritores em geral).
No fim deste fim-de-semana chuvoso, deixo (-lhe) aqui este poema de Sebastião da Gama.:)

Poesia depois da chuva

Depois da chuva o Sol-a raça.
Oh! a terra molhada iluminada!
E os regos de água atravessando a praça
-luz a fluir, num fluir imperceptível quase.

Canta, contente, um pássaro qualquer.
Logo a seguir, nos ramos nus, esvoaça.
O fundo é branco-cai fresquinha no casario da praça.
Guizos, rodas rodando, vozes claras no ar.

Tão alegre este Sol! Há Deus. (Tivera-O eu negado
antes do Sol, não duvidava agora.)
Ó Tarde virgem, Senhora Aparecida! Ó Tarde igual
às manhãs do princípio!

E tu passaste, flor dos olhos pretos que eu admiro.
Grácil, tão grácil!... Pura imagem da tarde...
Flor levada nas águas, mansamente...

(Fluida a luz, num fluir imperceptível quase...)

Su disse...

prof....sinceramente está esperando q entremos todos em depressão ou pelo contrario espera q estejamos a digerir ainda o post ai .. ai ..ai....
isto ao fds td desapareceeeeeeeeee
:)))
jocas maradas

Anónimo disse...

Professor,
tristeza mesmo é "esperar" uma semana inteira pelo "Estes difíceis Amores" e levar uma tampa de todo o tamanho. Eu que sou uma despistada só dei pela mudança do horário na hora. UMA DA MANHÃ????? A essa hora já eu durmo há um bom bocado! Os queridos da RTPN são mesmo uns chatos!!!
Desculpe o desbafo mas estava mesmo a precisar...! A frustração e a raiva 'bem' canalizadas também devem ser estruturantes, penso eu.
UFFFFFFF! Agora acho que já posso ir dormir.
Boa noite, maralhal.
Hasta la vista professor, vai-me custar mas vou deixar de o ver.

a disse...

chorar sem sentir pena de nós próprios, aí está algo que só recentemente consegui fazer. chorar só para desabafar, mesmo sabendo que sou feliz e privilegiada em relação à maior parte das pessoas!

pena é o pior sentimento que se pode ter, quer em relação a nós próprios quer em relação aos outros.

Acilina disse...

Vim aqui ter por causa do título.
Acabo de ter uma experiência terrífica! Um amigo meu não aguentou a tristeza. Andou a pensá-la durante meses (4) e acabou por se suicidar na 5ª feira passada. Com 56 anos já ia no 8º casamento e ela deixou-o, fugiu para parte incerta no fim de Julho. Ele só perguntava: Porquê? Porquê? PORQUÊ???

Anónimo disse...

As cartas ao pai Natal que o/a anónimo aqui colocou são minhas e como o poema do Camões que o prof. Júlio Machado Vaz leu na rádio, andam a circular anónimas por mail. então aqui as cartas:
http://encandescente.home.sapo.pt/poesia-satirica.htm

Iara De Dupont disse...

Gostei do teu blog! Se puder me visite, http://sindromemm.blogspot.com