sábado, maio 20, 2006

Para que alguns não esqueçam o passado. E muitos aprendam que ele existiu...

Sede da PIDE em museu
2006/05/20 | 20:42
Movimento «Não Apaguem a Memória» quer recordar a ditadura salazarista
O movimento «Não Apaguem a Memória» defendeu hoje que a antiga sede no Porto da polícia política do Estado Novo (PIDE/DGS) seja convertida num museu dedicado à resistência à ditadura salazarista, noticia a Lusa.

A PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) e a sua sucessora (Direcção-Geral de Segurança), que reprimiam os opositores ao regime ditatorial instituído por António de Oliveira Salazar, tiveram a sua delegação no Porto num edifício da Rua do Heroísmo, que funciona actualmente como museu militar.

«Não pomos em causa a existência de um museu militar no Porto, mas o Ministério da Defesa tem certamente melhores locais para ele. Ao contrário, não há no Porto outro local com simbolismo semelhante para preservação, tratamento e divulgação da memória dos 50 anos da resistência à ditadura», justificou Henrique Sousa, um dos co-fundadores do movimento.

Falando à Lusa no final de uma reunião constitutiva de um núcleo no Porto do movimento «Não Apaguem a Memória», Henrique Sousa disse que a organização pretende «dinamizar um largo movimento cívico que ajude à solução pretendida para o edifício da Rua do Heroísmo» e que «encete o necessário diálogo com as entidades públicas».

4 comentários:

Anónimo disse...

É sempre curioso, em particular para os que nao o viverem, acompanhar e usufruir da obsessão pela consciência e pela memória colectiva.
Terão os humanóides uma vital/terapeutica necessidade de segmentar o tempo em história, tal como os pombos têm de cócóquear as estátuas de rotundas sonantes?
A parte positiva de tudo isto, é que nós, gerações mais novas, podemos sempre ser presenteados com pérolas, tais como, e na primeira pessoa, quando no modo jovem turista sensibilizado para com o passado, me deparei com o hilariante cenário de um casal nipónico a solicitar uma romantica e beijoqueira fotografia, em frente aos crematórios de Auschwitz, ou melhor, estes atrás daqueles.

Fora-de-Lei disse...

25 de Abril, sempre !

andorinha disse...

Sim, até porque a memória dos homens é curta.

CêTê disse...

Boa tarde! Bom Domingo!

Sobre Salazar gostava de ver e ouvir (ler porque não, também)posições menos apaixonadas vs odiosas sobre o político que foi. Versões contextualizadas no contexto Mundial da época formariam memórias mais fiéis, "penso eu de que" ;]]]].
De resto as memórias priveligiam sempre uma parte da obra de quem a fez, certo? CEEEEEEEEEEEEEEERTO. E o "provinciano de S. Comba" também fez coisas de valor. E depois há uma coisa que acho que não nos devemos esquecer: qualquer que seja o líder, a sua obra (boa ou má) é também fruto de quem a ele se junta - às vezes gente odiosa que na História são gestos anónimos que adquirem a assinatura do líder.

Um abraço democrático de quem não gosta de política. ;]]]]