segunda-feira, julho 31, 2006
Eu pecador...
... me confesso: estou a ver pela enésima vez o Cyrano de Bergerac! Se algum de vocês precisar de um especialista em discurso amoroso acho que já consigo dar umas dicas. Mediante pagamento, claro! Eu levo o arbusto e o meu empregador a escada. Presumo que a donzela forneça a varanda:).
domingo, julho 30, 2006
"Gerontofobia".
Programa na SIC-Notícias sobre a discriminação dos mais velhos na procura de emprego. O "truque de investigação" habitual: dois currículos semelhantes, excepto no que à idade diz respeito. A "desempregada" mais velha - uma geronte de 39 anos! - era chamada para entrevistas três vezes menos do que a sua "irmã gémea", na casa dos vinte. Podem imaginar o que disseram alguns desempregados de cinquenta e tal... Esta equação simplista e totalitária entre envelhecimento e ineficácia é pura e simplesmente falsa em grande parte dos casos, o declínio de algumas capacidades vive paredes meias com um património de experiência muitas vezes insubstituível. Os anúncios de empregos com limites de idade serão ilegais até ao fim do ano. Em Inglaterra...
sexta-feira, julho 28, 2006
Não há piores cegos...
Polícia alemã confirma autenticidade do Diário de Anne Frank
A polícia judiciária federal alemã (BKA) confirmou esta semana, após muitas solicitações, a autenticidade do Diário de Anne Frank, contestada por neonazis, com base numa peritagem feita em 1980.
O Centro Anne Frank, em Berlim, foi uma das instituições que voltou a exigir recentemente uma tomada de posição clara da BKA sobre o referido parecer, depois de ter processado vários neonazis por terem posto em causa a autenticidade do Diário.
Satisfeito com o esclarecimento da BKA, o director do Centro, Thomas Heppener, disse esperar que fiquem agora «dissipadas todas as dúvidas» sobre a autenticidade do livro.
No seu Diário, Anne Frank, uma menina judia que morreu de tifo, em Fevereiro/Março de 1945, com apenas 15 anos, (a data exacta da sua morte não é conhecida), em Bergen-Belsen, poucas semanas antes de este campo de concentração nazi ser libertado por tropas norte-americanas, descreve como a família se escondeu numa casa em Amesterdão, na Holanda, até ser deportada para Auschwitz-Birkenau.
O livro, que faz parte de muitos programas escolares em todo o mundo, é um símbolo da educação democrática e antifascista do pós- guerra, e serviu já para consciencializar milhões de jovens.
Num comunicado à imprensa datado de quarta-feira, a BKA sublinha que a peritagem feita em 1980 pelo seu Instituto de Técnica Criminal «não pode ser invocada para pôr em causa a autenticidade do Diário de Anne Frank».
O parecer em questão foi elaborado no âmbito de um julgamento que decorreu em Hamburgo, mas segundo a BKA «não se destinava a pôr em causa a autoria do Diário, e sim a apurar se o material usado, papel e lápis, já existia durante a II Guerra Mundial, o que os especialistas, aliás, confirmaram».
No mesmo parecer, apenas se refere também que algumas correcções, sem se especificar quais, foram feitas com pasta de esferográfica só existente a partir de 1951.
Um artigo publicado em 1980 no semanário «der Spiegel», com base na referida peritagem, e em que se afirmava que «o que emocionou o mundo não foi escrito pela mão de Anne Frank», serviu, no entanto, de pretexto a neonazis para passarem a falar de uma falsificação.
Na verdade, segundo David Barnoyuw, do Instituto Holandês da Documentação de Guerra, considerado o maior especialista na matéria, os escritos de Anne Frank apenas foram resumidos e compilados pelo pai e pelos leitores da editora que publicou o Diário.
O próprio Barnouw publicou, em 1986,a versão integral do Diário, criticada e comentada, e garantiu repetidamente que só a paginação de uma parte do manuscrito foi mais tarde acrescentada a esferográfica.
Além disso, segundo o mesmo perito, há dois fragmentos de papel que não provêm da mão de Anne Frank, e foram mais tarde apensos ao Diário. «Se eu encontrar a Magna Carta e escrever nela alguma coisa a esferográfica, não deixa de ser a Magna Carta», resumiu Barnouw, em declarações ao jornal Frankfurter Allgemeine.
O Diário de Anne Frank foi encontrado já depois do fim da II Guerra Mundial por trabalhadores de uma firma no prédio de Amesterdão onde a família se escondeu dos nazis, e publicado em livro pelo pai, Otto Frank (1889-1980), único membro da família que sobreviveu ao Holocausto.
Logo a seguir à publicação do Diário, em 1947, círculos neonazis puseram em causa a sua autenticidade, e Otto Frank moveu vários processos judiciais por calúnia e difamação contra os autores de tais afirmações.
Há duas semanas, em meados de Julho, simpatizantes neonazis queimaram um exemplar do Diário de Anne Frank e outros livros de escritores antifascistas em Pretzien, no leste da Alemanha, imitando assim a famosa queima de livros de escritores democráticos levada a cabo pelos nazis em várias cidades alemãs, a 10 de Maio de 1933.
O incidente em Pretzien, que só foi revelado dias depois, mas causou grande indignação nos meios democráticos alemães, está a ser investigado pelo Ministério Público de Magdeburgo.
Na altura, o caso foi registado pela polícia local como simples «perturbação da ordem pública».
Diário Digital / Lusa
28-07-2006 12:33:00
A polícia judiciária federal alemã (BKA) confirmou esta semana, após muitas solicitações, a autenticidade do Diário de Anne Frank, contestada por neonazis, com base numa peritagem feita em 1980.
O Centro Anne Frank, em Berlim, foi uma das instituições que voltou a exigir recentemente uma tomada de posição clara da BKA sobre o referido parecer, depois de ter processado vários neonazis por terem posto em causa a autenticidade do Diário.
Satisfeito com o esclarecimento da BKA, o director do Centro, Thomas Heppener, disse esperar que fiquem agora «dissipadas todas as dúvidas» sobre a autenticidade do livro.
No seu Diário, Anne Frank, uma menina judia que morreu de tifo, em Fevereiro/Março de 1945, com apenas 15 anos, (a data exacta da sua morte não é conhecida), em Bergen-Belsen, poucas semanas antes de este campo de concentração nazi ser libertado por tropas norte-americanas, descreve como a família se escondeu numa casa em Amesterdão, na Holanda, até ser deportada para Auschwitz-Birkenau.
O livro, que faz parte de muitos programas escolares em todo o mundo, é um símbolo da educação democrática e antifascista do pós- guerra, e serviu já para consciencializar milhões de jovens.
Num comunicado à imprensa datado de quarta-feira, a BKA sublinha que a peritagem feita em 1980 pelo seu Instituto de Técnica Criminal «não pode ser invocada para pôr em causa a autenticidade do Diário de Anne Frank».
O parecer em questão foi elaborado no âmbito de um julgamento que decorreu em Hamburgo, mas segundo a BKA «não se destinava a pôr em causa a autoria do Diário, e sim a apurar se o material usado, papel e lápis, já existia durante a II Guerra Mundial, o que os especialistas, aliás, confirmaram».
No mesmo parecer, apenas se refere também que algumas correcções, sem se especificar quais, foram feitas com pasta de esferográfica só existente a partir de 1951.
Um artigo publicado em 1980 no semanário «der Spiegel», com base na referida peritagem, e em que se afirmava que «o que emocionou o mundo não foi escrito pela mão de Anne Frank», serviu, no entanto, de pretexto a neonazis para passarem a falar de uma falsificação.
Na verdade, segundo David Barnoyuw, do Instituto Holandês da Documentação de Guerra, considerado o maior especialista na matéria, os escritos de Anne Frank apenas foram resumidos e compilados pelo pai e pelos leitores da editora que publicou o Diário.
O próprio Barnouw publicou, em 1986,a versão integral do Diário, criticada e comentada, e garantiu repetidamente que só a paginação de uma parte do manuscrito foi mais tarde acrescentada a esferográfica.
Além disso, segundo o mesmo perito, há dois fragmentos de papel que não provêm da mão de Anne Frank, e foram mais tarde apensos ao Diário. «Se eu encontrar a Magna Carta e escrever nela alguma coisa a esferográfica, não deixa de ser a Magna Carta», resumiu Barnouw, em declarações ao jornal Frankfurter Allgemeine.
O Diário de Anne Frank foi encontrado já depois do fim da II Guerra Mundial por trabalhadores de uma firma no prédio de Amesterdão onde a família se escondeu dos nazis, e publicado em livro pelo pai, Otto Frank (1889-1980), único membro da família que sobreviveu ao Holocausto.
Logo a seguir à publicação do Diário, em 1947, círculos neonazis puseram em causa a sua autenticidade, e Otto Frank moveu vários processos judiciais por calúnia e difamação contra os autores de tais afirmações.
Há duas semanas, em meados de Julho, simpatizantes neonazis queimaram um exemplar do Diário de Anne Frank e outros livros de escritores antifascistas em Pretzien, no leste da Alemanha, imitando assim a famosa queima de livros de escritores democráticos levada a cabo pelos nazis em várias cidades alemãs, a 10 de Maio de 1933.
O incidente em Pretzien, que só foi revelado dias depois, mas causou grande indignação nos meios democráticos alemães, está a ser investigado pelo Ministério Público de Magdeburgo.
Na altura, o caso foi registado pela polícia local como simples «perturbação da ordem pública».
Diário Digital / Lusa
28-07-2006 12:33:00
quinta-feira, julho 27, 2006
Primeiras impressões.
Perder nesta altura da época não é grave. Mas apanhar um banho táctico e ver uma equipa com menos tempo de preparação chegar primeiro a todas as bolas..., não anuncia nada de bom!
Edificante...
Tratar homossexuais com desprezo «é correcto»
2006/07/26 | 12:57
Esta é a opinião de 25 por cento dos jovens de Madrid. Mais de 28 por cento consideram a homossexualidade uma doença.
Um em cada quatro jovens espanhóis consideram correcto tratar com desprezo os homossexuais, e mais de 28 por cento consideram a homossexualidade uma doença, de acordo com um estudo revelado esta quarta-feira, citado pela agência Lusa.
O estudo, realizado pelo Colectivo de Lésbicas, Gays, Transsexuais e Bissexuais de Madrid (COGAM) em conjunto com a Universidade Autónoma de Madrid demonstra que cerca de 25 por cento dos jovens na capital espanhola consideram que casais homossexuais não devem mostrar afecto em público.
A análise revela que os rapazes são muito menos tolerantes que as raparigas, e quase todos acabam por adoptar posturas de homofobia, num ou noutro caso, como explica Octávio Moreno, o autor do estudo.
A organização responsável pelo estudo dá conta de vários casos de ataques de grupos de jovens contra indivíduos ou casais homossexuais em Madrid.
O estudo foi divulgado dias depois de um casal de homossexuais ter sido espancado por um grupo de jovens, a maioria menores, depois de terem trocado um beijo numa piscina em Madrid.
2006/07/26 | 12:57
Esta é a opinião de 25 por cento dos jovens de Madrid. Mais de 28 por cento consideram a homossexualidade uma doença.
Um em cada quatro jovens espanhóis consideram correcto tratar com desprezo os homossexuais, e mais de 28 por cento consideram a homossexualidade uma doença, de acordo com um estudo revelado esta quarta-feira, citado pela agência Lusa.
O estudo, realizado pelo Colectivo de Lésbicas, Gays, Transsexuais e Bissexuais de Madrid (COGAM) em conjunto com a Universidade Autónoma de Madrid demonstra que cerca de 25 por cento dos jovens na capital espanhola consideram que casais homossexuais não devem mostrar afecto em público.
A análise revela que os rapazes são muito menos tolerantes que as raparigas, e quase todos acabam por adoptar posturas de homofobia, num ou noutro caso, como explica Octávio Moreno, o autor do estudo.
A organização responsável pelo estudo dá conta de vários casos de ataques de grupos de jovens contra indivíduos ou casais homossexuais em Madrid.
O estudo foi divulgado dias depois de um casal de homossexuais ter sido espancado por um grupo de jovens, a maioria menores, depois de terem trocado um beijo numa piscina em Madrid.
quarta-feira, julho 26, 2006
Declaração.
Os abaixo assinados, à revelia do interessado, declaram o seguinte:
Celebramos hoje o Dia dos Avós, pessoas merecedoras do maior carinho, em especial os nossos próprios Avós maternos e Avó paterna. Quanto ao Avô Júlio, continua em período experimental, como o treinador italiano do Porto que acabou no olho da rua. Apesar das suas tentativas, ainda não atingiu os níveis mínimos de eficiência que nos permitiriam dar-lhe nota positiva, apesar de já lhe termos explicado pacientemente que o amor não chega, pressupõe acções que o confirmem e reforcem. E no terreno, pedra de toque da boa investigação etnográfica, o Avô falha demasiado - por distracção, preguiça e ignorância. A nossa ternura por ele permanecerá, portanto, vigilante. Se progressos notórios não forem observados a curto prazo, compraremos outro no El Corte Ingles de Gaia, enviando o Avô Júlio para o retiro de Cantelães, onde poderá viver em paz com as cabrinhas, os garranos e outros animais menos exigentes em termos de afecto, transportes e prendas do que nós. Pelo exposto, não o incluiremos na nossa ronda de hoje pelos outros, que terão direito a beijinhos e abraços.
OS NETOS A QUEM OS MERECE. A LUTA CONTINUA, SE FOR PRECISO..., AVÔ JÚLIO PARA A RUA!
Gaspar Minnemann Machado Vaz e Tiago Minnemann Machado Vaz, mais conhecidos pelos anjinhos da Foz.
Celebramos hoje o Dia dos Avós, pessoas merecedoras do maior carinho, em especial os nossos próprios Avós maternos e Avó paterna. Quanto ao Avô Júlio, continua em período experimental, como o treinador italiano do Porto que acabou no olho da rua. Apesar das suas tentativas, ainda não atingiu os níveis mínimos de eficiência que nos permitiriam dar-lhe nota positiva, apesar de já lhe termos explicado pacientemente que o amor não chega, pressupõe acções que o confirmem e reforcem. E no terreno, pedra de toque da boa investigação etnográfica, o Avô falha demasiado - por distracção, preguiça e ignorância. A nossa ternura por ele permanecerá, portanto, vigilante. Se progressos notórios não forem observados a curto prazo, compraremos outro no El Corte Ingles de Gaia, enviando o Avô Júlio para o retiro de Cantelães, onde poderá viver em paz com as cabrinhas, os garranos e outros animais menos exigentes em termos de afecto, transportes e prendas do que nós. Pelo exposto, não o incluiremos na nossa ronda de hoje pelos outros, que terão direito a beijinhos e abraços.
OS NETOS A QUEM OS MERECE. A LUTA CONTINUA, SE FOR PRECISO..., AVÔ JÚLIO PARA A RUA!
Gaspar Minnemann Machado Vaz e Tiago Minnemann Machado Vaz, mais conhecidos pelos anjinhos da Foz.
terça-feira, julho 25, 2006
Santa inconsciência...
Maioria das portuguesas esquece-se de tomar a pílula
A pílula é o contraceptivo mais usado pelas portuguesas entre os 16 e os 34 anos, mas a maioria esquece-se de a tomar diariamente e, em férias, revela pouca preocupação com a contracepção, indica um estudo apresentado hoje.
Intitulado «Summer Loving Survey», o estudo procurou avaliar a predisposição das mulheres portuguesas para o envolvimento sexual durante as férias e quais as formas mais utilizadas para evitar uma gravidez indesejável ou doenças sexualmente transmissíveis.
Realizado pelo laboratório farmacêutico Organon, com o apoio da Associação para o Planeamento da Família (APF), o trabalho inquiriu 601 mulheres residentes em Portugal Continental, entre 21 de Junho e 10 de Julho.
Os resultados revelam que quatro em cada dez portuguesas preocupa-se em organizar a contracepção para usar durante as férias, com a pílula a ser o contraceptivo mais usado (99% indicam- no como preferencial), mas 83% esquece-se «ocasionalmente» ou «com frequência» de a tomar.
Um valor muito superior ao que se verifica durante o dia-a-dia, em que 68% as mulheres afirmam esquecer-se de tomar este contraceptivo.
Ainda assim, 68% das inquiridas admite que «ter um contraceptivo» as faz sentir «confiantes».
Para o director da APF, Duarte Vilar, estes dados dizem que «não se pode estar descansado porque a esmagadora maioria das mulheres que usa contracepção usa a pílula», uma vez que elas «utilizam os contraceptivos com falhas».
Além do risco de uma gravidez indesejada, no caso do uso incorrecto da pílula, Duarte Vilar salienta que o uso incorrecto dos métodos de contracepção representa também uma maior possibilidade de contrair uma infecção sexualmente transmissível.
Para combater este cenário, o director da APF realçou a necessidade de a «educação sexual não ser só dirigida aos jovens e às escolas, mas também aos jovens adultos».
No que toca às principais preocupações das veraneantes portuguesas para os tempos de ócio, o estudo indica que a tabela é liderada pelo bom tempo (86%), a oportunidade de quebrar a rotina (75%) e a possibilidade de descansar (74%).
A possibilidade de se envolver num romance de férias é muito importante apenas para 32% e um terço pensa o mesmo em relação à existência de romance e intimidade física durante o descanso de Verão.
Quanto aos comportamentos que costumam ter antes de ir de férias, a maioria das mulheres dedica-se a organizar o dinheiro e a fazer compras (fato de banho, roupa, acessórios e cosmética) para esse período.
Aproveitar o tempo de férias para dar nova cor à sua vida sexual não faz parte dos planos das inquiridas para o período de veraneio, pois apenas 27% se declara mais sexualmente activa, enquanto 23% diz gostar mais de ter relações sexuais nesta altura.
Para a maioria (54%), o apetite sexual em férias é exactamente igual ao sentido durante os meses de trabalho e mais de metade das portuguesas entrevistadas nunca teve relações sexuais ocasionais.
Diário Digital / Lusa
25-07-2006 10:35:00
A pílula é o contraceptivo mais usado pelas portuguesas entre os 16 e os 34 anos, mas a maioria esquece-se de a tomar diariamente e, em férias, revela pouca preocupação com a contracepção, indica um estudo apresentado hoje.
Intitulado «Summer Loving Survey», o estudo procurou avaliar a predisposição das mulheres portuguesas para o envolvimento sexual durante as férias e quais as formas mais utilizadas para evitar uma gravidez indesejável ou doenças sexualmente transmissíveis.
Realizado pelo laboratório farmacêutico Organon, com o apoio da Associação para o Planeamento da Família (APF), o trabalho inquiriu 601 mulheres residentes em Portugal Continental, entre 21 de Junho e 10 de Julho.
Os resultados revelam que quatro em cada dez portuguesas preocupa-se em organizar a contracepção para usar durante as férias, com a pílula a ser o contraceptivo mais usado (99% indicam- no como preferencial), mas 83% esquece-se «ocasionalmente» ou «com frequência» de a tomar.
Um valor muito superior ao que se verifica durante o dia-a-dia, em que 68% as mulheres afirmam esquecer-se de tomar este contraceptivo.
Ainda assim, 68% das inquiridas admite que «ter um contraceptivo» as faz sentir «confiantes».
Para o director da APF, Duarte Vilar, estes dados dizem que «não se pode estar descansado porque a esmagadora maioria das mulheres que usa contracepção usa a pílula», uma vez que elas «utilizam os contraceptivos com falhas».
Além do risco de uma gravidez indesejada, no caso do uso incorrecto da pílula, Duarte Vilar salienta que o uso incorrecto dos métodos de contracepção representa também uma maior possibilidade de contrair uma infecção sexualmente transmissível.
Para combater este cenário, o director da APF realçou a necessidade de a «educação sexual não ser só dirigida aos jovens e às escolas, mas também aos jovens adultos».
No que toca às principais preocupações das veraneantes portuguesas para os tempos de ócio, o estudo indica que a tabela é liderada pelo bom tempo (86%), a oportunidade de quebrar a rotina (75%) e a possibilidade de descansar (74%).
A possibilidade de se envolver num romance de férias é muito importante apenas para 32% e um terço pensa o mesmo em relação à existência de romance e intimidade física durante o descanso de Verão.
Quanto aos comportamentos que costumam ter antes de ir de férias, a maioria das mulheres dedica-se a organizar o dinheiro e a fazer compras (fato de banho, roupa, acessórios e cosmética) para esse período.
Aproveitar o tempo de férias para dar nova cor à sua vida sexual não faz parte dos planos das inquiridas para o período de veraneio, pois apenas 27% se declara mais sexualmente activa, enquanto 23% diz gostar mais de ter relações sexuais nesta altura.
Para a maioria (54%), o apetite sexual em férias é exactamente igual ao sentido durante os meses de trabalho e mais de metade das portuguesas entrevistadas nunca teve relações sexuais ocasionais.
Diário Digital / Lusa
25-07-2006 10:35:00
segunda-feira, julho 24, 2006
O texto do abaixo-assinado (www.juntosnorivoli.com).
Os abaixo-assinados, cidadãos do Porto, cidadãos do Mundo, incapazes de aceitar passivamente a prepotência e a mais preocupante cegueira política, opõem-se veementemente à decisão recentemente comunicada pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto de concessionar a «exploração» do Rivoli Teatro Municipal a entidades privadas. Quando, há quase dez anos, o Rivoli Teatro Municipal reabriu as suas portas, fazia-o com um objectivo muito preciso: dar finalmente corpo, na cidade do Porto, à ideia de um Teatro Municipal contemporâneo, de vocação multi-disciplinar, aberto à inteligência, motor de conhecimento e criatividade, capaz de ajudar a caracterizar o Porto como cidade cosmopolita, como uma das grandes cidades europeias.
Um espaço para onde convergiram as diferentes linguagens, todos os tipos de públicos, os maiores nomes, bem como os novos artistas, os principais festivais da cidade, motores de toda uma dinâmica que se pretendia continuar e desenvolver, envolvendo mais e mais vozes e protagonistas. O papel insubstituível do Estado – seja o estado central seja a administração autárquica – na criação e manutenção de espaços de crescimento e afirmação das artes performativas (por definição, as mais sociais das artes) é um dado civilizacional de base que não é questionado em nenhum país ocidental. Tal como, de resto, o papel das artes e das correlativas actividades culturais na afirmação de maturidade de uma comunidade, ou ainda na sua afirmação plena nos contextos nacional e internacional. Não é pois possível aceitar que a decisão unilateral de um edil – uma decisão que equivale, pelo absurdo, à de arrasar todas as árvores da cidade, invocando o respectivo, necessariamente elevadíssimo custo de manutenção (porque os números, como sabemos, são sempre muito facilmente manipuláveis) – comprometa irremediavelmente um equipamento que, pela sua pertença à cidade, é público por natureza. Numa altura em que o esforço de todo o País deve, como condição de sobrevivência, orientar-se para a educação e para a qualificação, numa altura em que a invenção e a afirmação de uma consciência cidadã são factores críticos de desenvolvimento de uma sociedade que enfrenta desafios novos, esta decisão do Presidente da Câmara Municipal do Porto é inaceitável por razões cívicas e culturais básicas, é medíocre enquanto decisão política e é sinal de uma prática política definida pela arrogância de impor uma curteza de vistas pessoal a toda uma comunidade. No preciso momento em que a rede de Teatros Municipais cresce por todo o País e em que se torna imperioso definir e estabilizar um quadro de cooperação entre os níveis nacional e local que lhes permita serem eficazes na sua missão, o exemplo dado pela segunda cidade do país é desastroso e envergonha quem vê a cidade como algo mais do que uma paróquia. Por estas e muitas outras razões que poderíamos aqui avocar, exigimos a simples anulação desta decisão e o lançamento imediato de uma discussão pública sobre as formas de gestão, financiamento, programação e mediação cultural de um Teatro Municipal digno desse nome e à altura de uma cidade como o Porto
Um espaço para onde convergiram as diferentes linguagens, todos os tipos de públicos, os maiores nomes, bem como os novos artistas, os principais festivais da cidade, motores de toda uma dinâmica que se pretendia continuar e desenvolver, envolvendo mais e mais vozes e protagonistas. O papel insubstituível do Estado – seja o estado central seja a administração autárquica – na criação e manutenção de espaços de crescimento e afirmação das artes performativas (por definição, as mais sociais das artes) é um dado civilizacional de base que não é questionado em nenhum país ocidental. Tal como, de resto, o papel das artes e das correlativas actividades culturais na afirmação de maturidade de uma comunidade, ou ainda na sua afirmação plena nos contextos nacional e internacional. Não é pois possível aceitar que a decisão unilateral de um edil – uma decisão que equivale, pelo absurdo, à de arrasar todas as árvores da cidade, invocando o respectivo, necessariamente elevadíssimo custo de manutenção (porque os números, como sabemos, são sempre muito facilmente manipuláveis) – comprometa irremediavelmente um equipamento que, pela sua pertença à cidade, é público por natureza. Numa altura em que o esforço de todo o País deve, como condição de sobrevivência, orientar-se para a educação e para a qualificação, numa altura em que a invenção e a afirmação de uma consciência cidadã são factores críticos de desenvolvimento de uma sociedade que enfrenta desafios novos, esta decisão do Presidente da Câmara Municipal do Porto é inaceitável por razões cívicas e culturais básicas, é medíocre enquanto decisão política e é sinal de uma prática política definida pela arrogância de impor uma curteza de vistas pessoal a toda uma comunidade. No preciso momento em que a rede de Teatros Municipais cresce por todo o País e em que se torna imperioso definir e estabilizar um quadro de cooperação entre os níveis nacional e local que lhes permita serem eficazes na sua missão, o exemplo dado pela segunda cidade do país é desastroso e envergonha quem vê a cidade como algo mais do que uma paróquia. Por estas e muitas outras razões que poderíamos aqui avocar, exigimos a simples anulação desta decisão e o lançamento imediato de uma discussão pública sobre as formas de gestão, financiamento, programação e mediação cultural de um Teatro Municipal digno desse nome e à altura de uma cidade como o Porto
Sou contra, mas espero sinceramente enganar-me, seria bom para o Porto.
Câmara do Porto espera Rivoli com mais público depois de concessão a privados
24.07.2006 - 20h06 Lusa
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, disse hoje esperar que o Rivoli - Teatro Municipal venha a ter mais público depois da concessão a privados.
"O Rivoli não vai fechar. Vai continuar aberto e vai até ter muito mais pessoas", disse Rui Rio, à margem de uma visita do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, à Casa da Música.
Rui Rio leva à reunião de amanhã do executivo camarário do Porto propostas de concessão a privados da gestão do Teatro Rivoli e do Pavilhão Rosa Mota, mantendo-se os dois edifícios propriedade do município.
O autarca reafirmou que "a receita do Rivoli cobre seis por cento da despesa", estando a autarquia a canalizar para o teatro 7500 euros por dia, o que corresponde ao dobro do investimento do município na reabilitação de escolas.
Rui Rio salientou que só a partir de amanhã, depois de aprovada a proposta na câmara, irá iniciar a consulta às companhias de teatro portuguesas, propondo-lhes que assumam a gestão do Rivoli por quatro anos, mediante as condições estabelecidas pela autarquia.
Destas condições, o autarca destacou o mínimo de 300 dias de espectáculo por ano, frisando que a manifestação de interesse na gestão do Rivoli é aberta a todos os interessados, mesmo que não venham a receber um contacto prévio da autarquia.
As propostas serão recebidas até ao final de Setembro, comprometendo-se a câmara a escolher uma até ao fim de Outubro.
Rui Rio desvalorizou as críticas à privatização da gestão do Rivoli, nomeadamente da oposição ao executivo PSD/CDS-PP e de vários agentes culturais da cidade, realçando que "quem tem de tomar a decisão é quem foi eleito".
O presidente da câmara salientou que o contrato de concessão será de apenas quatro anos, permitindo a um próximo executivo, se o entender, assumir de novo a gestão pública do Rivoli, o que contrasta com a situação que "herdou" no caso do Teatro do Campo Alegre, uma parceria entre a Câmara e a Universidade do Porto.
"No Teatro do Campo Alegre, herdei um contrato até 2014", afirmou Rui Rio.
24.07.2006 - 20h06 Lusa
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, disse hoje esperar que o Rivoli - Teatro Municipal venha a ter mais público depois da concessão a privados.
"O Rivoli não vai fechar. Vai continuar aberto e vai até ter muito mais pessoas", disse Rui Rio, à margem de uma visita do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, à Casa da Música.
Rui Rio leva à reunião de amanhã do executivo camarário do Porto propostas de concessão a privados da gestão do Teatro Rivoli e do Pavilhão Rosa Mota, mantendo-se os dois edifícios propriedade do município.
O autarca reafirmou que "a receita do Rivoli cobre seis por cento da despesa", estando a autarquia a canalizar para o teatro 7500 euros por dia, o que corresponde ao dobro do investimento do município na reabilitação de escolas.
Rui Rio salientou que só a partir de amanhã, depois de aprovada a proposta na câmara, irá iniciar a consulta às companhias de teatro portuguesas, propondo-lhes que assumam a gestão do Rivoli por quatro anos, mediante as condições estabelecidas pela autarquia.
Destas condições, o autarca destacou o mínimo de 300 dias de espectáculo por ano, frisando que a manifestação de interesse na gestão do Rivoli é aberta a todos os interessados, mesmo que não venham a receber um contacto prévio da autarquia.
As propostas serão recebidas até ao final de Setembro, comprometendo-se a câmara a escolher uma até ao fim de Outubro.
Rui Rio desvalorizou as críticas à privatização da gestão do Rivoli, nomeadamente da oposição ao executivo PSD/CDS-PP e de vários agentes culturais da cidade, realçando que "quem tem de tomar a decisão é quem foi eleito".
O presidente da câmara salientou que o contrato de concessão será de apenas quatro anos, permitindo a um próximo executivo, se o entender, assumir de novo a gestão pública do Rivoli, o que contrasta com a situação que "herdou" no caso do Teatro do Campo Alegre, uma parceria entre a Câmara e a Universidade do Porto.
"No Teatro do Campo Alegre, herdei um contrato até 2014", afirmou Rui Rio.
domingo, julho 23, 2006
Saudades.
Taxi Driver. Quando se aburguesou de Niro? Satisfá-lo-ão as comédias com Billy Cristal? Ou este fogo ainda se esconde algures no fundo, à espera de um bom argumento para consumir o ecrã? Duvido:(.
sexta-feira, julho 21, 2006
A Ana tem razão.
A minha opinião é negar a obsessão
Ana Sá Lopes
Há dias perguntaram a Pedro Silva Pereira, porta-voz do Governo, o que ele pensava sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo. Tal como Jerónimo de Sousa num célebre debate antes das Presidenciais de 1996, Pedro Silva Pereira respondeu que tinha que ouvir "o partido". A opinião pessoal de Pedro Silva Pereira é curta e incisiva - é a de que "o PS deve discutir na altura própria". Na entrevista dada ao Público e à Renascença, percebeu-se que o porta-voz do Governo opinião pessoal não tem, ou, por uma razão ou por outra, não a quer revelar.
Mas o que decorre do "pensamento" do porta-voz do PS expresso naquela entrevista é que o partido não vai querer revelar qualquer opinião sobre este assunto nos tempos mais próximos e, provavelmente, durante o resto da legislatura. Qual é hoje, afinal, o principal problema do porta-voz oficial do Governo? Negar, à exaustão, que o Governo esteja preocupado com determinado tipo de assuntos. Não é pedir desculpa, lamentar, reconhecer a dificuldade, o que quer que seja. Não: a preocupação obsessiva é desmentir uma "imagem errada" de que o PS "tem uma obsessão por uma qualquer agenda fracturante". São garantias sobre garantias: "A preocupação do Governo está muito longe de ser dominada por essa agenda" ou "estou muito longe de achar que o nosso final do ano venha a ser dominado pela agenda das questões fracturantes."
Ora o final do ano é para onde foi parar o grande desígnio socialista do referendo para a despenalização do aborto. Ainda que Silva Pereira afirme que, como cidadão e dirigente do PS, participará na campanha, as precauções que o ministro coloca - e o seu terror com a "obsessão fracturante" - suscitam as piores desconfianças sobre qual o empenhamento do Governo na campanha para a despenalização.
Há 50 maneiras de participar na campanha: a pior forma de contribuir para a despenalização do aborto é a marcação de presença por noblesse oblige à semelhança do que José Sócrates fez na campanha presidencial de Mário Soares. Se assim for, por medo da "imagem da obsessão da agenda fracurante", a coisa vai correr mal.
P.S. E eu acrescento: porque utilizar o espantalho do adjectivo "fracturante" à defesa de posições de princípio? Os outros defenderão as suas e ponto final. Tudo o que rodeia a sexualidade parece provocar aos políticos o pânico de uma guerra civil. Parece... Porque não é esse que os atormenta:)))).
Ana Sá Lopes
Há dias perguntaram a Pedro Silva Pereira, porta-voz do Governo, o que ele pensava sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo. Tal como Jerónimo de Sousa num célebre debate antes das Presidenciais de 1996, Pedro Silva Pereira respondeu que tinha que ouvir "o partido". A opinião pessoal de Pedro Silva Pereira é curta e incisiva - é a de que "o PS deve discutir na altura própria". Na entrevista dada ao Público e à Renascença, percebeu-se que o porta-voz do Governo opinião pessoal não tem, ou, por uma razão ou por outra, não a quer revelar.
Mas o que decorre do "pensamento" do porta-voz do PS expresso naquela entrevista é que o partido não vai querer revelar qualquer opinião sobre este assunto nos tempos mais próximos e, provavelmente, durante o resto da legislatura. Qual é hoje, afinal, o principal problema do porta-voz oficial do Governo? Negar, à exaustão, que o Governo esteja preocupado com determinado tipo de assuntos. Não é pedir desculpa, lamentar, reconhecer a dificuldade, o que quer que seja. Não: a preocupação obsessiva é desmentir uma "imagem errada" de que o PS "tem uma obsessão por uma qualquer agenda fracturante". São garantias sobre garantias: "A preocupação do Governo está muito longe de ser dominada por essa agenda" ou "estou muito longe de achar que o nosso final do ano venha a ser dominado pela agenda das questões fracturantes."
Ora o final do ano é para onde foi parar o grande desígnio socialista do referendo para a despenalização do aborto. Ainda que Silva Pereira afirme que, como cidadão e dirigente do PS, participará na campanha, as precauções que o ministro coloca - e o seu terror com a "obsessão fracturante" - suscitam as piores desconfianças sobre qual o empenhamento do Governo na campanha para a despenalização.
Há 50 maneiras de participar na campanha: a pior forma de contribuir para a despenalização do aborto é a marcação de presença por noblesse oblige à semelhança do que José Sócrates fez na campanha presidencial de Mário Soares. Se assim for, por medo da "imagem da obsessão da agenda fracurante", a coisa vai correr mal.
P.S. E eu acrescento: porque utilizar o espantalho do adjectivo "fracturante" à defesa de posições de princípio? Os outros defenderão as suas e ponto final. Tudo o que rodeia a sexualidade parece provocar aos políticos o pânico de uma guerra civil. Parece... Porque não é esse que os atormenta:)))).
quinta-feira, julho 20, 2006
Mais do que provável.
Estudo: Classe social condiciona ritmo de envelhecimento
Segundo um estudo hoje divulgado, a classe e os níveis de stress associados ao estatuto social influenciam o ritmo do envelhecimento, independentemente da saúde, dieta e maus hábitos.
20/07/2006
(13:30) Ao estudarem 1.552 irmãs gémeas britânicas, com idades entre 18 e 75 anos, os investigadores constataram que um nível socioeconómico mais baixo, tanto devido ao trabalho como ao estatuto social do cônjuge, acrescenta sete anos à idade biológica da mulher.
Segundo o estudo, hoje citado pelo diário "The Guardian", pertencer a estratos sociais mais baixos aumenta a insegurança, sobretudo no trabalho, e baixa a auto-estima. Isso faz subir os níveis de stress, o que por sua vez pode aumentar os danos a nível celular e acelerar o processo natural de envelhecimento, dizem os cientistas.
A descoberta poderá explicar grandes diferenças nos índices de mortalidade entre as diferentes classes sociais, os quais não podem ser atribuídos apenas a diferenças nos estilos de vida.
Segundo um estudo hoje divulgado, a classe e os níveis de stress associados ao estatuto social influenciam o ritmo do envelhecimento, independentemente da saúde, dieta e maus hábitos.
20/07/2006
(13:30) Ao estudarem 1.552 irmãs gémeas britânicas, com idades entre 18 e 75 anos, os investigadores constataram que um nível socioeconómico mais baixo, tanto devido ao trabalho como ao estatuto social do cônjuge, acrescenta sete anos à idade biológica da mulher.
Segundo o estudo, hoje citado pelo diário "The Guardian", pertencer a estratos sociais mais baixos aumenta a insegurança, sobretudo no trabalho, e baixa a auto-estima. Isso faz subir os níveis de stress, o que por sua vez pode aumentar os danos a nível celular e acelerar o processo natural de envelhecimento, dizem os cientistas.
A descoberta poderá explicar grandes diferenças nos índices de mortalidade entre as diferentes classes sociais, os quais não podem ser atribuídos apenas a diferenças nos estilos de vida.
quarta-feira, julho 19, 2006
Haja respeito! Ou respeitinho?
T-shirt não entra
2006/07/19 | 17:35
Nem jeans rotos. Por causa do prestígio do Parlamento da Madeira
A Assembleia Legislativa da Madeira, onde esta semana seis jornalistas foram impedidos de entrar por estarem vestidos de t-shirt, está a preparar um regulamento de indumentária para os profissionais da informação.
Uma fonte parlamentar disse à Agência Lusa que este regulamento vai substituir as regras avulsas que estão a ser transmitidas - por ordem do presidente da Assembleia Legislativa, Miguel Mendonça - aos jornalistas pelos funcionários da segurança do hemiciclo.
Não foram revelados mais pormenores sobre este novo regulamento.
Segundo as regras, não podem entrar na Assembleia Legislativa jornalistas com calças de ganga rotas (na moda há vários anos), pólos, t-shirts ou que usem sapatilhas, alegando Miguel Mendonça com o prestígio da instituição parlamentar.
Estas directivas têm sido seguidas pelos funcionários do parlamento madeirense, ao ponto de seis jornalistas - do Diário de Noticias da Madeira, RTP, RDP e TSF - terem sido impedidos de entrar no hemiciclo.
Face a esta situação, o Sindicato de Jornalistas (SJ) manifestou a sua preocupação pelo facto dos jornalistas destacados para a Assembleia estarem a ser «alvo de excesso de zelo em relação ao seu vestuário por parte do presidente do parlamento madeirense».
A Direcção Regional da Madeira do SJ «vê estas atitudes de humilhação para com os profissionais da comunicação social como uma forma de desviar as atenções de vários atropelos e violações que se verificam na Assembleia Legislativa: violações ao Regimento, linguagem ofensiva e até ameaças físicas entre deputados».
O sindicato adianta ainda que na Assembleia da República - «a alma mater da democracia parlamentar em Portugal» - os jornalistas não são proibidos de entrar por causa do calçado «nem ninguém anda a olhar-lhes para os pés ou a ver se estão de t-shirt ou camisa de marca».
2006/07/19 | 17:35
Nem jeans rotos. Por causa do prestígio do Parlamento da Madeira
A Assembleia Legislativa da Madeira, onde esta semana seis jornalistas foram impedidos de entrar por estarem vestidos de t-shirt, está a preparar um regulamento de indumentária para os profissionais da informação.
Uma fonte parlamentar disse à Agência Lusa que este regulamento vai substituir as regras avulsas que estão a ser transmitidas - por ordem do presidente da Assembleia Legislativa, Miguel Mendonça - aos jornalistas pelos funcionários da segurança do hemiciclo.
Não foram revelados mais pormenores sobre este novo regulamento.
Segundo as regras, não podem entrar na Assembleia Legislativa jornalistas com calças de ganga rotas (na moda há vários anos), pólos, t-shirts ou que usem sapatilhas, alegando Miguel Mendonça com o prestígio da instituição parlamentar.
Estas directivas têm sido seguidas pelos funcionários do parlamento madeirense, ao ponto de seis jornalistas - do Diário de Noticias da Madeira, RTP, RDP e TSF - terem sido impedidos de entrar no hemiciclo.
Face a esta situação, o Sindicato de Jornalistas (SJ) manifestou a sua preocupação pelo facto dos jornalistas destacados para a Assembleia estarem a ser «alvo de excesso de zelo em relação ao seu vestuário por parte do presidente do parlamento madeirense».
A Direcção Regional da Madeira do SJ «vê estas atitudes de humilhação para com os profissionais da comunicação social como uma forma de desviar as atenções de vários atropelos e violações que se verificam na Assembleia Legislativa: violações ao Regimento, linguagem ofensiva e até ameaças físicas entre deputados».
O sindicato adianta ainda que na Assembleia da República - «a alma mater da democracia parlamentar em Portugal» - os jornalistas não são proibidos de entrar por causa do calçado «nem ninguém anda a olhar-lhes para os pés ou a ver se estão de t-shirt ou camisa de marca».
terça-feira, julho 18, 2006
Já a Comissão de que fiz parte em 98 o recomendava (por maioria...).
Comissão: Peritos nomeados pelo Governo recomendam
Troca de seringas nas prisões
Carlos Barroso
A Comissão de peritos nomeada por despacho conjunto dos ministros da Justiça e da Saúde em Janeiro deste ano para o combate à propagação de doenças infecto-contagiosas em meio prisional vai recomendar a adopção de programas de troca de seringas, efectuada por técnicos de saúde em todas as prisões portuguesas, apurou o CM.
Paralelamente, a mesma comissão proporá ainda três ou quatro programas-piloto de troca de seringas por máquinas (põe-se uma seringa usada, sai uma nova) estando ainda por definir quais os estabelecimentos prisionais em que será proposta esta segunda fórmula.
As prisões em que será sugerida a troca por máquinas deverão ser definidas na próxima quinta-feira, 20 de Julho, última reunião de trabalho da Comissão antes de entregar as recomendações aos dois ministros.
Publicado em ‘Diário da República’ no passado dia 24 de Janeiro, o despacho ministerial conjunto que constituiu o grupo de trabalho deu aos respectivos membros um “prazo de 180 dias” para “apresentar as propostas”, cujas linhas gerais o CM hoje antecipa.
Depois de ouvidos representantes dos vários sectores ligados ao meio prisional, incluindo o Sindicato do Corpo de Guardas Prisionais, o grupo de trabalho vai propor que sejam disponibilizados “programas de troca de seringas nos postos clínicos de todos os estabelecimentos prisionais do País”.
A troca passa pela disponibilização ao recluso toxicodependente, portador de uma seringa usada, de um ‘kit’ de consumo asséptico, a exemplo do que sucede nas farmácias normais.
Serão ainda recomendados três ou quatro programas-pilotos, a reavaliar no prazo de um ano, de troca de seringas efectuada em máquina. Semelhante às máquinas de venda de cigarros, bebidas e produtos alimentares, estes equipamentos não funcionam com moedas, mas por troca directa de seringas: põe-se uma velha, sai uma nova.
A coordenadora da Comissão, Graça Poças, explica que “o objectivo é não discriminar os reclusos face ao meio externo”, acrescentando que é essencial a “integração dos presidiários no Serviço Nacional de Saúde”. Mais, defende que, “se há um Plano Nacional para a Tuberculose, não se percebe porque não são os reclusos abrangidos por ele”.
As recomendações não são vinculativas, mas os peritos foram escolhidos pelos ministros da Justiça e da Saúde. Dois membros do grupo de trabalho (João Goulão e Nuno Miguel) fizeram parte da Comissão para a Estratégia Nacional de Luta Contra a Droga em 1999, que, nomeada pelo então ministro Adjunto e actual primeiro-ministro, José Sócrates, deu origem à descriminalização do consumo de drogas.
DA ABERTURA LEGAL À REALIDADE ACTUAL
A possibilidade de programas de troca de seringas em meio prisional foi aberta com a Lei n.º 170/99, que descriminalizou o consumo de drogas. À data responsável por esta tutela, o então secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Vitalino Canas, liderou, em 2001, uma delegação portuguesa para tomar conhecimento de experiências em curso nas prisões de Espanha e da Suíça (Berna). Apesar de algumas posições favoráveis, como João Goulão e Elza Pais, e reservas de outros, como Celso Manata (ex-director- -geral dos Serviços Prisionais), o processo não conheceu qualquer evolução legal. Das eleições seguintes resultou uma maioria PSD/CDS-PP, sendo a ministra da Justiça, Celeste Cardona, frontalmente contra aquela possibilidade. Agora, face à elevada percentagem de presos toxicodependentes e infectados por uma ou mais doenças infecto-contagiosas (34,9% sofre de hepatite), os ministros da Justiça e da Saúde nomearam uma comissão para elaborar um plano de acção com vista ao combate às doenças infecto-contagiosas em meio prisional.
AS OUTRAS PROPOSTAS
Além da possibilidade da troca de seringas pelo pessoal de saúde em todos os estabelecimentos prisionais e da criação de três ou quatro programas-piloto de troca por máquina, a Comissão propõe um conjunto alargado de intervenções em meio prisional. Incluem-se o alargamento dos programas terapêuticos livres de drogas, dos programas de substituição por metadona e a integração dos reclusos no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Passa a caber às Administrações Regionais de Saúde, em conjunto com o Instituto das Drogas e Toxicodependência, integrar os presos nos respectivos serviços, incluindo o Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose.
REALIDADE EM NÚMEROS
12 728: Era o total de reclusos existentes nas cadeias portuguesas a 31 de Dezembro de 2005.
1152: É o total de presos positivos para o VIH/sida, dos quais 658 fazem terapia anti-retroviral.
9,03%: Percentagem de reclusos infectados pelo VIH/sida. No total, 1093 são homens e 56 mulheres.
34,9%: Percentagem de reclusos com hepatites. Destes, 2500 têm hepatite C, 433 têm hepatite B e 240 têm ambas.
250: Euros por semana, por recluso, é quanto custa o tratamento, com ‘interferão’, para a hepatite C.
'SISTEMA PRISIONAL SEM CONDIÇÕES' (Fernando Negrão, Deputado eleito pelo PSD)
“Instalações inadequadas, excesso de reclusos, falta de guardas e sistema de saúde indefinido marcam o nosso meio prisional. Enquanto assim for, creio não haver condições. Se, por hipótese, todos os outros problemas estivessem resolvidos, o modelo que eu preferiria era o que assegurasse a confidencialidade para evitar retaliações.”
'É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA' (Carlos Poiares, Professor de Psicologia Criminal)
“Enquanto houver consumo nas cadeias, é uma questão de saúde pública. Sai mais barato uma seringa do que uma doença infecto-contagiosa. Os consumidores condenados a uma pena não são condenados a uma doença. Acho que os reclusos devem sentir-se mais à vontade frente a uma máquina do que frente ao profissional de saúde.”
Rui Arala Chaves
P.S. Já referi que concordo com a medida, mas um dos comentários à notícia fez-me sorrir. Perguntava um dos leitores - "Mas de onde vem a droga?". Pois. Se ela não entrasse:))))). Ora aí está um tema que é um vespeiro...
Troca de seringas nas prisões
Carlos Barroso
A Comissão de peritos nomeada por despacho conjunto dos ministros da Justiça e da Saúde em Janeiro deste ano para o combate à propagação de doenças infecto-contagiosas em meio prisional vai recomendar a adopção de programas de troca de seringas, efectuada por técnicos de saúde em todas as prisões portuguesas, apurou o CM.
Paralelamente, a mesma comissão proporá ainda três ou quatro programas-piloto de troca de seringas por máquinas (põe-se uma seringa usada, sai uma nova) estando ainda por definir quais os estabelecimentos prisionais em que será proposta esta segunda fórmula.
As prisões em que será sugerida a troca por máquinas deverão ser definidas na próxima quinta-feira, 20 de Julho, última reunião de trabalho da Comissão antes de entregar as recomendações aos dois ministros.
Publicado em ‘Diário da República’ no passado dia 24 de Janeiro, o despacho ministerial conjunto que constituiu o grupo de trabalho deu aos respectivos membros um “prazo de 180 dias” para “apresentar as propostas”, cujas linhas gerais o CM hoje antecipa.
Depois de ouvidos representantes dos vários sectores ligados ao meio prisional, incluindo o Sindicato do Corpo de Guardas Prisionais, o grupo de trabalho vai propor que sejam disponibilizados “programas de troca de seringas nos postos clínicos de todos os estabelecimentos prisionais do País”.
A troca passa pela disponibilização ao recluso toxicodependente, portador de uma seringa usada, de um ‘kit’ de consumo asséptico, a exemplo do que sucede nas farmácias normais.
Serão ainda recomendados três ou quatro programas-pilotos, a reavaliar no prazo de um ano, de troca de seringas efectuada em máquina. Semelhante às máquinas de venda de cigarros, bebidas e produtos alimentares, estes equipamentos não funcionam com moedas, mas por troca directa de seringas: põe-se uma velha, sai uma nova.
A coordenadora da Comissão, Graça Poças, explica que “o objectivo é não discriminar os reclusos face ao meio externo”, acrescentando que é essencial a “integração dos presidiários no Serviço Nacional de Saúde”. Mais, defende que, “se há um Plano Nacional para a Tuberculose, não se percebe porque não são os reclusos abrangidos por ele”.
As recomendações não são vinculativas, mas os peritos foram escolhidos pelos ministros da Justiça e da Saúde. Dois membros do grupo de trabalho (João Goulão e Nuno Miguel) fizeram parte da Comissão para a Estratégia Nacional de Luta Contra a Droga em 1999, que, nomeada pelo então ministro Adjunto e actual primeiro-ministro, José Sócrates, deu origem à descriminalização do consumo de drogas.
DA ABERTURA LEGAL À REALIDADE ACTUAL
A possibilidade de programas de troca de seringas em meio prisional foi aberta com a Lei n.º 170/99, que descriminalizou o consumo de drogas. À data responsável por esta tutela, o então secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Vitalino Canas, liderou, em 2001, uma delegação portuguesa para tomar conhecimento de experiências em curso nas prisões de Espanha e da Suíça (Berna). Apesar de algumas posições favoráveis, como João Goulão e Elza Pais, e reservas de outros, como Celso Manata (ex-director- -geral dos Serviços Prisionais), o processo não conheceu qualquer evolução legal. Das eleições seguintes resultou uma maioria PSD/CDS-PP, sendo a ministra da Justiça, Celeste Cardona, frontalmente contra aquela possibilidade. Agora, face à elevada percentagem de presos toxicodependentes e infectados por uma ou mais doenças infecto-contagiosas (34,9% sofre de hepatite), os ministros da Justiça e da Saúde nomearam uma comissão para elaborar um plano de acção com vista ao combate às doenças infecto-contagiosas em meio prisional.
AS OUTRAS PROPOSTAS
Além da possibilidade da troca de seringas pelo pessoal de saúde em todos os estabelecimentos prisionais e da criação de três ou quatro programas-piloto de troca por máquina, a Comissão propõe um conjunto alargado de intervenções em meio prisional. Incluem-se o alargamento dos programas terapêuticos livres de drogas, dos programas de substituição por metadona e a integração dos reclusos no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Passa a caber às Administrações Regionais de Saúde, em conjunto com o Instituto das Drogas e Toxicodependência, integrar os presos nos respectivos serviços, incluindo o Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose.
REALIDADE EM NÚMEROS
12 728: Era o total de reclusos existentes nas cadeias portuguesas a 31 de Dezembro de 2005.
1152: É o total de presos positivos para o VIH/sida, dos quais 658 fazem terapia anti-retroviral.
9,03%: Percentagem de reclusos infectados pelo VIH/sida. No total, 1093 são homens e 56 mulheres.
34,9%: Percentagem de reclusos com hepatites. Destes, 2500 têm hepatite C, 433 têm hepatite B e 240 têm ambas.
250: Euros por semana, por recluso, é quanto custa o tratamento, com ‘interferão’, para a hepatite C.
'SISTEMA PRISIONAL SEM CONDIÇÕES' (Fernando Negrão, Deputado eleito pelo PSD)
“Instalações inadequadas, excesso de reclusos, falta de guardas e sistema de saúde indefinido marcam o nosso meio prisional. Enquanto assim for, creio não haver condições. Se, por hipótese, todos os outros problemas estivessem resolvidos, o modelo que eu preferiria era o que assegurasse a confidencialidade para evitar retaliações.”
'É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA' (Carlos Poiares, Professor de Psicologia Criminal)
“Enquanto houver consumo nas cadeias, é uma questão de saúde pública. Sai mais barato uma seringa do que uma doença infecto-contagiosa. Os consumidores condenados a uma pena não são condenados a uma doença. Acho que os reclusos devem sentir-se mais à vontade frente a uma máquina do que frente ao profissional de saúde.”
Rui Arala Chaves
P.S. Já referi que concordo com a medida, mas um dos comentários à notícia fez-me sorrir. Perguntava um dos leitores - "Mas de onde vem a droga?". Pois. Se ela não entrasse:))))). Ora aí está um tema que é um vespeiro...
segunda-feira, julho 17, 2006
Isto é que é moralização, caramba!
Carmona limita salários de assessores
2006/07/17 | 18:10
Depois de polémica na passada semana, câmara de Lisboa altera regras do jogo
A Câmara de Lisboa vai criar um tecto de 30 mil euros para as avenças dos assessores contratados, e, naqueles que não ultrapassam este montante, diminuindo em 5 ou 10 por cento o valor dos contratos, noticia esta segunda-feira o Correio da Manhã.
Os avençados e assessores requisitados à Funcão Pública verão salário reduzido, uma vez que passam a ser proibidos de dobrar o vencimento com horas extraordinárias.
Como o vice-presidente anunciou em conferência de imprensa, há contratos que não serão renovados.
2006/07/17 | 18:10
Depois de polémica na passada semana, câmara de Lisboa altera regras do jogo
A Câmara de Lisboa vai criar um tecto de 30 mil euros para as avenças dos assessores contratados, e, naqueles que não ultrapassam este montante, diminuindo em 5 ou 10 por cento o valor dos contratos, noticia esta segunda-feira o Correio da Manhã.
Os avençados e assessores requisitados à Funcão Pública verão salário reduzido, uma vez que passam a ser proibidos de dobrar o vencimento com horas extraordinárias.
Como o vice-presidente anunciou em conferência de imprensa, há contratos que não serão renovados.
sábado, julho 15, 2006
Associação livre.
O Expresso. O artigo sobre a Guerra Civil Espanhola. Claro que o lado republicano não era tão angelical como meu Pai jurava. Mas como comparar? As Brigadas Internacionais e a aura romântica que justamente as acompanhou. Badajoz - e tudo o resto... - com a cumplicidade salazarista. Malraux e A Esperança. Esses magníficoa anarquistas, fora do tempo, fora da disciplina necessária para ganhar uma guerra, mas dentro de um sonho que me maravilha. O meu Pai, definitivo - a Anarquia não é a ausência de Governo, é a sua inutilidade. O laboratório da Alemanha e da Itália. A cobardia da França e da Inglaterra. Guernica. O uivo dos stukas. O exílio de tantos e a morte de muitos mais. Lorca encostado à parede. Unamuno revoltado com o "Viva la muerte". Franco e os mortos que construíram o Vale dos Caídos. Meu Bisavô, no exílio, empurrado para França. Chamberlain, patético - "Paz nos nossos tempos". Quando aprenderemos que os fascismos não interpretam as concessões como provas de conciliação, mas sim de fraqueza? No pasarán, dizia a Pasionaria. Passaram. Para nossa vergonha...
quinta-feira, julho 13, 2006
A propósito da Inquisição e outros tribunais que acarretamos dentro de nós.
Acabo de ler um livro que termina com uma citação feliz de Pierre Bayle: "Os perseguidos não têm sempre razão, mas os perseguidores estão sempre errados".
quarta-feira, julho 12, 2006
Aniversário.
Maria,
Tenho um filho de 32 anos. Vou-te mandar a Atitude com a reportagem sobre Cantelães. O maroto não se limita a ser um óptimo arquitecto, escreve como eu nunca sonhei na sua idade! Mas 32... Já pensaste que, a prazo, serás uma viúva solteira?
Tenho um filho de 32 anos. Vou-te mandar a Atitude com a reportagem sobre Cantelães. O maroto não se limita a ser um óptimo arquitecto, escreve como eu nunca sonhei na sua idade! Mas 32... Já pensaste que, a prazo, serás uma viúva solteira?
terça-feira, julho 11, 2006
Mais um que adormece...
Syd Barrett morreu. Que dizer? Shine on you crazy diamond, wish you were here!
Sem comentários...
Isentar selecção de pagar IRS é «ridículo e inconstitucional»
[ 2006/07/11 | 12:01 ] EditorialPGM
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl disse ao «Jornal de Negócios» que tenciona pedir ao Executivo que os prémios que os jogadores da selecção receberam (50 mil euro cada) pela participação no Mundial de Futebol, sejam isentos de IRS.
O fiscalista Saldanha Sanches considera um «insulto» para quem paga impostos e ganha baixos salários esta eventual isenção de IRS. O especialista em assuntos fiscais disse à agência «Lusa» que a norma do Código do IRS que isenta do imposto os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição por classificações relevantes é «escandalosa» e até «inconstitucional».
No seu entender, não tem cabimento discriminar a actuação dos desportistas, quando os profissionais de outras profissões relevantes para a sociedade e para o país pagam normalmente os impostos devidos pelos valores que auferem.
Por outro lado, frisou, «é insultuoso para quem tem baixos salários e paga os seus impostos».
Do mesmo modo, também o fiscalista Medina Carreira afirmou que «poupar trocos a quem ganha milhões» é «ridículo», recusando entrar num debate «idiota» sobre a isenção de IRS do prémio ganho pelos jogadores da Selecção no Mundial 2006.
Medina Carreira disse à agência «Lusa» recusar opinar sobre «coisas parvas», considerando «ridícula» a discussão à volta de um pedido de isenção para uma quantia que é «irrisória» para os bolsos dos futebolistas que jogam na Selecção.
«Essa é uma discussão sem alcance», afirmou, declarando a sua posição de princípio contrária a qualquer tipo de isenção fiscal, a não ser em casos «muito, muito excepcionais».
Neste caso, «seria sempre contra», afirmou.
«Poupar 5.000 euros ao Cristiano Ronaldo é ridículo quando ele ganha milhões», concluiu.
[ 2006/07/11 | 12:01 ] EditorialPGM
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl disse ao «Jornal de Negócios» que tenciona pedir ao Executivo que os prémios que os jogadores da selecção receberam (50 mil euro cada) pela participação no Mundial de Futebol, sejam isentos de IRS.
O fiscalista Saldanha Sanches considera um «insulto» para quem paga impostos e ganha baixos salários esta eventual isenção de IRS. O especialista em assuntos fiscais disse à agência «Lusa» que a norma do Código do IRS que isenta do imposto os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição por classificações relevantes é «escandalosa» e até «inconstitucional».
No seu entender, não tem cabimento discriminar a actuação dos desportistas, quando os profissionais de outras profissões relevantes para a sociedade e para o país pagam normalmente os impostos devidos pelos valores que auferem.
Por outro lado, frisou, «é insultuoso para quem tem baixos salários e paga os seus impostos».
Do mesmo modo, também o fiscalista Medina Carreira afirmou que «poupar trocos a quem ganha milhões» é «ridículo», recusando entrar num debate «idiota» sobre a isenção de IRS do prémio ganho pelos jogadores da Selecção no Mundial 2006.
Medina Carreira disse à agência «Lusa» recusar opinar sobre «coisas parvas», considerando «ridícula» a discussão à volta de um pedido de isenção para uma quantia que é «irrisória» para os bolsos dos futebolistas que jogam na Selecção.
«Essa é uma discussão sem alcance», afirmou, declarando a sua posição de princípio contrária a qualquer tipo de isenção fiscal, a não ser em casos «muito, muito excepcionais».
Neste caso, «seria sempre contra», afirmou.
«Poupar 5.000 euros ao Cristiano Ronaldo é ridículo quando ele ganha milhões», concluiu.
segunda-feira, julho 10, 2006
Mimado pelos mouros:).
A minha ida a Lisboa ficou marcada pelas gentilezas de que fui alvo. Recebido de braços abertos na Faculdade de Ciências Médicas, o Nuno Monteiro Pereira tinha-me reservado uma surpresa tocante - num anfiteatro cheio, deu-se ao trabalho de responder às dúvidas que em Fevereiro aqui deixei quanto ao conceito de Medicina Sexual. Não menos do que a preocupação transdisciplinar da sua exposição, sossegou-me o público, oriundo das mais diversas áreas e instituições. Nada o obrigava a fazê-lo, sou apenas um lobo solitário fiel aos seus amigos, não represento qualquer espécie de ortodoxia sexológica ou "Conselho de Sábios Anciãos":)))))). Tranquilo quanto ao principal - a prática nossa de cada dia! -, mantenho reservas semânticas. O Nuno foi claro: a Sexologia é a árvore que tudo o resto acolhe à sua sombra, incluindo a também multidisciplinar Medicina Sexual. Mas o que significa o adjectivo "sexual"? Não seria mais lógico falar de Sexologia Médica? Sim, porque sempre cauteloso quanto às tentações hegemónicas da Medicina, não serei eu a negar-lhe o direito a um estatuto privilegiado aos níveis da prevenção, da terapia, da investigação. Sexologia Médica seria até uma expressão mais abrangente do que Sexologia Clínica, por menos acorrentada à nostalgia do tratamento. O adjectivo sexual que acrescenta à Medicina? Dá a entender que existe Medicina assexual? Nem pensar!, das doenças às terapias, tudo se relaciona com a sexualidade, e por uma razão simples - ela faz parte integrante da Pessoa, centro de toda a prática médica digna desse nome. Ao debruçarem-se sobre a vertente da sexualidade mereceriam o mesmo adjectivo a Antropologia, a Psicologia, a História? Não me parece: Antropologia Sexual? Psicologia Sexual? História Sexual? Não soa bem, pois não?
Um dia, a vertente sexual não será esquecida na formação médica pré-graduada e a Medicina deixará de ser culpada de negligência grave. Depois, reforçar-se-ão as pós-graduações na área, elas sim necessitando de adjectivos que as distingam.
Mas, como tive o cuidado de sublinhar, estas dúvidas vêm de trás, sempre me entristeceu que a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica não se chamasse apenas de Sexologia. Porque as árvores de copas mais largas proporcionam sombra a todos, mesmo que grupinhos se formem, unidos por diversas paixões ou afinidades metodológicas. Já os arbustos, arriscam-se a deixar de fora alguns de nós. E olhem que em Portugal todos não somos demais...
Enfim, divagações. Resta o fundamental, como já disse: a gratidão pela ternura recebida e o alívio pelo "arco-íris intelectual" do anfiteatro:). Quando assim é, tudo é possível.
Um dia, a vertente sexual não será esquecida na formação médica pré-graduada e a Medicina deixará de ser culpada de negligência grave. Depois, reforçar-se-ão as pós-graduações na área, elas sim necessitando de adjectivos que as distingam.
Mas, como tive o cuidado de sublinhar, estas dúvidas vêm de trás, sempre me entristeceu que a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica não se chamasse apenas de Sexologia. Porque as árvores de copas mais largas proporcionam sombra a todos, mesmo que grupinhos se formem, unidos por diversas paixões ou afinidades metodológicas. Já os arbustos, arriscam-se a deixar de fora alguns de nós. E olhem que em Portugal todos não somos demais...
Enfim, divagações. Resta o fundamental, como já disse: a gratidão pela ternura recebida e o alívio pelo "arco-íris intelectual" do anfiteatro:). Quando assim é, tudo é possível.
sábado, julho 08, 2006
Uf!...
Devo confessar que vejo chegar o fim do Mundial com um certo alívio. A obsessão dos portugueses - ou dos media? - pelo evento atingiu laivos de ridículo. (E receio que amanhã ainda tenhamos de aturar um "grand final", com a Nação a exprimir a sua eterna gratidão pelo quarto lugar obtido.) Somos tão exagerados:))))). Reportagens sobre a saída do hotel, a entrada no estádio, o fica não fica de Scolari, a perseguição dos árbitros, o "já ganhámos" dos políticos, as campanhas dos jornais ingleses, a opinião de todo o português à mão de semear antes, durante e depois dos jogos. Ficámos em quarto e foi bom, ponto final. Houve alegria, tristeza, credos na boca, é o futebol. Hoje, mais do que a derrota esperada - uma equipa que não consegue marcar golos tem o destino traçado -, pesou-me ver Cristiano Ronaldo a simular faltas e Pauleta a pedir penaltis inexistentes. Estamos a construir uma reputação lamentável, mas justificada, de equipa espertalhona e/ou queixinhas. Não é bom:(.
P.S. Aquele rapaz, o Nuno Gomes, marcou um belo golo. Chegou só hoje à Alemanha? Ou não reza à Senhora de Caravaggio?
P.S. Aquele rapaz, o Nuno Gomes, marcou um belo golo. Chegou só hoje à Alemanha? Ou não reza à Senhora de Caravaggio?
quinta-feira, julho 06, 2006
A surpresa.
Leio o Público de hoje e pasmo - PS e CDU entendem que o Porto Feliz, programa municipal de combate à exclusão, deve ser avaliado por uma entidade externa à Câmara do Porto. Sublinho uma frase do Dr. Manuel Pizarro, Deputado e Vereador do PS na Câmara: "O Dr.Rui Rio reconheceu a inexistência dos mecanismos de avaliação. E nem o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), que financia o programa, consegue avaliá-lo porque o programa se furta a essa avaliação".
Vamos por partes. Quando o Porto Feliz foi iniciado, em rotura com o defunto Projecto Cidade, escrevi no JN que não percebia a lógica de tal comportamento. O anterior Programa podia perfeitamente ser melhorado nas áreas em que apresentasse deficiências, ainda por cima porque vários dos especialistas do Porto Feliz nele se tinham empenhado. As dúvidas colocadas e a solidariedade expressa ao Dr.José Gonzalez, então Director Regional do IDT e posteriormente vítima de um saneamento político vergonhoso por defender a honra do Ministério da Saúde, valeram-me o epíteto de porta-voz do PS por parte do ideólogo do Porto Feliz. (Aliás, tão seguro das "novas" metodologias a empregar que prometeu demitir-se um ano depois se o êxito não fosse o anunciado de forma estentórea. Não foi. Mas teve de ser o próprio PSD a não o convidar para as listas autárquicas seguintes...).
Tive então o cuidado de recusar todas as solicitações que me fizeram para opinar sobre o Porto Feliz do ponto de vista técnico. Seria um erro e uma deselegância. Uma coisa é afirmar-me convencido das motivações políticas da substituição de uma estratégia e hierarquia dirigente por outras, diverso é debitar opiniões sem os dados científicos na mão. A todos respondi o mesmo - ouvi colegas meus anunciarem a futura publicação de metodologias, resultados e intenções, nessa altura talvez possa pronunciar-me. Se tal aconteceu, escapou-me. O que não seria surpreendente, atendendo ao meu afastamento dos centros de decisão e avaliação.
E agora "isto". O Dr.Rui Rio vai à Assembleia e divulga um punhado de números que nada explicam. Entendamo-nos: a avaliação científica pressupõe o diálogo entre técnicos credenciados e experientes. Surpreende-me que o Dr.Rui Rio não se tenha feito acompanhar por nenhum, capaz de responder às perguntas que aparentemente o deixaram num silêncio talvez não obrigatório, quem sabe?
Mas a frase do Dr. Manuel Pizarro merece-me um comentário frontal e destinado ao IDT, Serviço a abarrotar de velhos amigos meus: se o IDT concorda que o Porto Feliz "se furta" à avaliação, o seu dever é suspender qualquer tipo de apoio até a situação estar clarificada. A desejável variedade das intervenções por parte dos muitos actores nos diferentes cenários locais não significa funcionar à revelia do Serviço responsável pela execução e (!!!!!) avaliação da Estratégia Global para a Toxicodependência.
Esta exigência não traduz centralismo, apenas dever cumprido.
Vamos por partes. Quando o Porto Feliz foi iniciado, em rotura com o defunto Projecto Cidade, escrevi no JN que não percebia a lógica de tal comportamento. O anterior Programa podia perfeitamente ser melhorado nas áreas em que apresentasse deficiências, ainda por cima porque vários dos especialistas do Porto Feliz nele se tinham empenhado. As dúvidas colocadas e a solidariedade expressa ao Dr.José Gonzalez, então Director Regional do IDT e posteriormente vítima de um saneamento político vergonhoso por defender a honra do Ministério da Saúde, valeram-me o epíteto de porta-voz do PS por parte do ideólogo do Porto Feliz. (Aliás, tão seguro das "novas" metodologias a empregar que prometeu demitir-se um ano depois se o êxito não fosse o anunciado de forma estentórea. Não foi. Mas teve de ser o próprio PSD a não o convidar para as listas autárquicas seguintes...).
Tive então o cuidado de recusar todas as solicitações que me fizeram para opinar sobre o Porto Feliz do ponto de vista técnico. Seria um erro e uma deselegância. Uma coisa é afirmar-me convencido das motivações políticas da substituição de uma estratégia e hierarquia dirigente por outras, diverso é debitar opiniões sem os dados científicos na mão. A todos respondi o mesmo - ouvi colegas meus anunciarem a futura publicação de metodologias, resultados e intenções, nessa altura talvez possa pronunciar-me. Se tal aconteceu, escapou-me. O que não seria surpreendente, atendendo ao meu afastamento dos centros de decisão e avaliação.
E agora "isto". O Dr.Rui Rio vai à Assembleia e divulga um punhado de números que nada explicam. Entendamo-nos: a avaliação científica pressupõe o diálogo entre técnicos credenciados e experientes. Surpreende-me que o Dr.Rui Rio não se tenha feito acompanhar por nenhum, capaz de responder às perguntas que aparentemente o deixaram num silêncio talvez não obrigatório, quem sabe?
Mas a frase do Dr. Manuel Pizarro merece-me um comentário frontal e destinado ao IDT, Serviço a abarrotar de velhos amigos meus: se o IDT concorda que o Porto Feliz "se furta" à avaliação, o seu dever é suspender qualquer tipo de apoio até a situação estar clarificada. A desejável variedade das intervenções por parte dos muitos actores nos diferentes cenários locais não significa funcionar à revelia do Serviço responsável pela execução e (!!!!!) avaliação da Estratégia Global para a Toxicodependência.
Esta exigência não traduz centralismo, apenas dever cumprido.
quarta-feira, julho 05, 2006
O parolo desce à capital do Império.
De novo a caminho de Lisboa. Ambivalente. O prazer do trabalho, do reencontro de antigos alunos e do carinho que me proporcionam os meus colaboradores acaba sempre "cercado" pela nostalgia do sossego de Cantelães. Sei que umas dezenas de rostos jovens espicaçarão o professor que nunca deixarei de ser e uma boa jantarada com a minha gente acordará o javardo que sempre fui, mas... Não quererão a Sociedade Portuguesa de Sexologia e a Sociedade de Medicina Sexual abrir delegações em Vieira do Minho? Para quando a descentralização sexual?:).
O comentário anunciado.
"O que temos sempre dito é que as mulheres não vão para a prisão, em resposta aos que promovem a liberalização do aborto e que colocam (esta hipótese) como o problema central. Não nos compete comentar a sentença. O que é preciso perceber é que (o aborto) não é a solução."
Pedro Líbano Monteiro, Juntos pela Vida, in Público.
Eu não dizia? ELAS NÃO SÃO PRESAS! (COMO ALGUNS APREGOAM PARA LIBERALIZAR O ABORTO...).
P.S. Os juízes têm razão - a solução é política e não esperar que os tribunais assobiem para o tecto.
Pedro Líbano Monteiro, Juntos pela Vida, in Público.
Eu não dizia? ELAS NÃO SÃO PRESAS! (COMO ALGUNS APREGOAM PARA LIBERALIZAR O ABORTO...).
P.S. Os juízes têm razão - a solução é política e não esperar que os tribunais assobiem para o tecto.
terça-feira, julho 04, 2006
E se calhar, à luz da lei, foi "justíssimo" ou ainda pouco!
Julgamento no Tribunal de Aveiro
Cinco condenados por aborto
O Tribunal de Aveiro condenou a diferentes penas de prisão um médico, a sua assistente e três mulheres suas clientes pelo crime de aborto, num julgamento em que foram absolvidos 12 arguidos.
O médico foi condenado em cúmulo jurídico a quatro anos e oito meses de prisão, com perdão de um ano. Uma sua colaboradora foi condenada como cúmplice a um ano e quatro meses de prisão, com pena suspensa por três anos, enquanto três mulheres, suas pacientes, foram condenadas pelo crime de aborto a seis meses de prisão, com pena suspensa por dois anos.
Estas cinco pessoas integravam um grupo de 17 arguidos, dos quais 12, na sua maioria mulheres e alguns companheiros, foram absolvidos.
O Tribunal de Aveiro refez um acórdão de 2004, cumprindo uma decisão do Tribunal da Relação de Coimbra, que declarou nula uma sentença proferida a 17 de Fevereiro desse ano, em que os 17 arguidos haviam sido absolvidos por falta de provas.
O Tribunal da Relação de Coimbra decidiu pela legalidade dos exames médicos feitos às arguidas, ignorados pelo colectivo de juizes do primeiro julgamento, na sequência de um requerimento apresentado pelos advogados de defesa. Os exames passaram a ser considerados como prova.
A defesa dispõe agora de um prazo de 15 dias para apresentar recurso, caso o entenda.
P.S. Presumo que o discurso de algumas pessoas vai mudar. De "pois se elas até saem sempre ilibadas!" passará a "ora, levam sempre pena suspensa!".
Cinco condenados por aborto
O Tribunal de Aveiro condenou a diferentes penas de prisão um médico, a sua assistente e três mulheres suas clientes pelo crime de aborto, num julgamento em que foram absolvidos 12 arguidos.
O médico foi condenado em cúmulo jurídico a quatro anos e oito meses de prisão, com perdão de um ano. Uma sua colaboradora foi condenada como cúmplice a um ano e quatro meses de prisão, com pena suspensa por três anos, enquanto três mulheres, suas pacientes, foram condenadas pelo crime de aborto a seis meses de prisão, com pena suspensa por dois anos.
Estas cinco pessoas integravam um grupo de 17 arguidos, dos quais 12, na sua maioria mulheres e alguns companheiros, foram absolvidos.
O Tribunal de Aveiro refez um acórdão de 2004, cumprindo uma decisão do Tribunal da Relação de Coimbra, que declarou nula uma sentença proferida a 17 de Fevereiro desse ano, em que os 17 arguidos haviam sido absolvidos por falta de provas.
O Tribunal da Relação de Coimbra decidiu pela legalidade dos exames médicos feitos às arguidas, ignorados pelo colectivo de juizes do primeiro julgamento, na sequência de um requerimento apresentado pelos advogados de defesa. Os exames passaram a ser considerados como prova.
A defesa dispõe agora de um prazo de 15 dias para apresentar recurso, caso o entenda.
P.S. Presumo que o discurso de algumas pessoas vai mudar. De "pois se elas até saem sempre ilibadas!" passará a "ora, levam sempre pena suspensa!".
segunda-feira, julho 03, 2006
Mandaram-me isto e lembrei-me logo de vocês, maralhal!
Perfume de Feromonios
Apaixonante - Atraia 75% mais mulheres ou Homens!!
Imagine um produto afrodisíaco natural aprovado cientificamente para atrair mulheres!
O nosso Concentrado de Feromônios
de Androstenona é exatamente isso!
As mulheres subconscientemente detectam este produto e sentem-se instantaneamente atraídas por você!
Recentemente cientistas
norte-americanos, conseguiram reproduzir sinteticamente este efeito afrodisíaco.
Quando o fizeram, as potencialidades dos feromônios sintéticos foram apresentados em todas as melhores publicações:
(Discovery Channel, 20/20, Hard Copy, ABC, Dateline NBC, The N.Y. Times).
Entre em nossa home page e comprove as estatísticas feitas por cientistas americanos em porcentagens!! e saiba mais sobre o produto de excelente qualidade!!
Único afrodisíaco natural!
Nosso produto enviado em uma caixa lacrada, totalmente discreto
Apaixonante - Atraia 75% mais mulheres ou Homens!!
Imagine um produto afrodisíaco natural aprovado cientificamente para atrair mulheres!
O nosso Concentrado de Feromônios
de Androstenona é exatamente isso!
As mulheres subconscientemente detectam este produto e sentem-se instantaneamente atraídas por você!
Recentemente cientistas
norte-americanos, conseguiram reproduzir sinteticamente este efeito afrodisíaco.
Quando o fizeram, as potencialidades dos feromônios sintéticos foram apresentados em todas as melhores publicações:
(Discovery Channel, 20/20, Hard Copy, ABC, Dateline NBC, The N.Y. Times).
Entre em nossa home page e comprove as estatísticas feitas por cientistas americanos em porcentagens!! e saiba mais sobre o produto de excelente qualidade!!
Único afrodisíaco natural!
Nosso produto enviado em uma caixa lacrada, totalmente discreto
domingo, julho 02, 2006
O homem que dizia:"O médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe."
Abel Salazar, desenhando sempre, compulsivamente
Maria João Pinto
São, muitos deles, estudos para pintura e, na sua larga maioria, inéditos. Duzentos, seleccionados de um mais vasto espólio de mil desenhos, irrompendo de papéis de apontamentos rasgados, do verso de bilhetes postais, ordens de serviço ou folhas de observação ao microscópio, da cartolina de caixas de sapatos, de folhas timbradas de hotel, envelopes e cartas. A lápis, tinta-da-china, carvão ou aguarela, em traço difuso ou mais carregado, retratam mulheres de todas as condições, apenas o rosto ou em corpo inteiro: mulheres que passam, mulheres que esperam; conversando no café, lendo na penumbra do seu quarto; ou, sem lugar para momentos de lazer, imersas num dia-a-dia de trabalho.
O fascínio de Abel Salazar (1889--1946) pelo universo feminino - e o tributo que a ele ergueu - é a mais forte imagem que se guarda da recém-inaugurada exposição que o Centro Cultural de Belém consagra a parte da sua obra plástica, sob o título Abel Salazar - O Desenhador Compulsivo. Exposição desenvolvida em oito núcleos - Estudos, Mulheres, Retratos, Coquettes, Interiores, Cenas de Rua, Trabalho, Paisagens -, que os organizadores esperam possa contribuir para resgatar do esquecimento o legado de um homem que fez da ciência, da arte e da intervenção cívica pilares da sua vida.
Passos prévios
Fruto de parceria entre a Fundação Mário Soares (FMS), Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar e Universidade do Porto, a mostra, que ficará patente até 17 de Setembro, tem uma outra dimensão, menos visível, mas não menos importante: o trabalho de conservação que acabou por estar na origem da sua realização. Trabalho que se prolongou por um ano, ao abrigo de protocolo celebrado, em Novembro de 2002, entre aquelas instituições, assumindo a FMS o compromisso de zelar pela "preservação, conservação e reprodução digital e fotográfica do acervo documental" da Casa- -Museu Abel Salazar.
Como escreve Vitória Mesquita em texto de catálogo, "a colecção encontrava-se gravemente fragilizada", nomeadamente pelas condições do suporte, de qualidade e densidade muito variáveis, dado que Abel Salazar (re)utilizava os mais diversos tipos de papel para desenhar. Como fumador (também compulsivo) que era, muitos desenhos têm, por outro lado, marcas de cinza de cigarro.
A esses acidentes de percurso aliar-se-iam outros, de acondicionamento, e a que o autor foi já alheio: "Todos os desenhos se apresentavam colados, precariamente, em cartolinas pretas", não apenas com colas lesivas, mas também "fita-cola e agrafos". Uma vez estudadas as causas de deterioração, o destacamento dos desenhos constituiu, assim, o passo "mais premente", a par da limpeza e estabilização das espécies.
A colecção foi, por outro lado, registada fotograficamente - trabalho que coube a José Pessoa -, em levantamento prévio à intervenção física de que foi objecto. A sua digitalização constituiu o passo seguinte, podendo a colecção ser, a partir de agora, mais facilmente estudada, sem implicar danos para os originais. À intervenção em apreço, que se revestiu de carácter preventivo, deverá seguir-se - lê-se ainda - "uma acção mais profunda e definitiva de conservação e restauro".
Maria João Pinto
São, muitos deles, estudos para pintura e, na sua larga maioria, inéditos. Duzentos, seleccionados de um mais vasto espólio de mil desenhos, irrompendo de papéis de apontamentos rasgados, do verso de bilhetes postais, ordens de serviço ou folhas de observação ao microscópio, da cartolina de caixas de sapatos, de folhas timbradas de hotel, envelopes e cartas. A lápis, tinta-da-china, carvão ou aguarela, em traço difuso ou mais carregado, retratam mulheres de todas as condições, apenas o rosto ou em corpo inteiro: mulheres que passam, mulheres que esperam; conversando no café, lendo na penumbra do seu quarto; ou, sem lugar para momentos de lazer, imersas num dia-a-dia de trabalho.
O fascínio de Abel Salazar (1889--1946) pelo universo feminino - e o tributo que a ele ergueu - é a mais forte imagem que se guarda da recém-inaugurada exposição que o Centro Cultural de Belém consagra a parte da sua obra plástica, sob o título Abel Salazar - O Desenhador Compulsivo. Exposição desenvolvida em oito núcleos - Estudos, Mulheres, Retratos, Coquettes, Interiores, Cenas de Rua, Trabalho, Paisagens -, que os organizadores esperam possa contribuir para resgatar do esquecimento o legado de um homem que fez da ciência, da arte e da intervenção cívica pilares da sua vida.
Passos prévios
Fruto de parceria entre a Fundação Mário Soares (FMS), Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar e Universidade do Porto, a mostra, que ficará patente até 17 de Setembro, tem uma outra dimensão, menos visível, mas não menos importante: o trabalho de conservação que acabou por estar na origem da sua realização. Trabalho que se prolongou por um ano, ao abrigo de protocolo celebrado, em Novembro de 2002, entre aquelas instituições, assumindo a FMS o compromisso de zelar pela "preservação, conservação e reprodução digital e fotográfica do acervo documental" da Casa- -Museu Abel Salazar.
Como escreve Vitória Mesquita em texto de catálogo, "a colecção encontrava-se gravemente fragilizada", nomeadamente pelas condições do suporte, de qualidade e densidade muito variáveis, dado que Abel Salazar (re)utilizava os mais diversos tipos de papel para desenhar. Como fumador (também compulsivo) que era, muitos desenhos têm, por outro lado, marcas de cinza de cigarro.
A esses acidentes de percurso aliar-se-iam outros, de acondicionamento, e a que o autor foi já alheio: "Todos os desenhos se apresentavam colados, precariamente, em cartolinas pretas", não apenas com colas lesivas, mas também "fita-cola e agrafos". Uma vez estudadas as causas de deterioração, o destacamento dos desenhos constituiu, assim, o passo "mais premente", a par da limpeza e estabilização das espécies.
A colecção foi, por outro lado, registada fotograficamente - trabalho que coube a José Pessoa -, em levantamento prévio à intervenção física de que foi objecto. A sua digitalização constituiu o passo seguinte, podendo a colecção ser, a partir de agora, mais facilmente estudada, sem implicar danos para os originais. À intervenção em apreço, que se revestiu de carácter preventivo, deverá seguir-se - lê-se ainda - "uma acção mais profunda e definitiva de conservação e restauro".
sábado, julho 01, 2006
A angústia de um povo antes dos penaltis. (E a sua alegria depois deles!)
Viver é como patinar em gelo fino. Tivéssemos perdido e poucos perdoariam a Scolari o seu horror a dois pontas de lança de raiz, mesmo em superioridade numérica. Ricardo, para além do trabalho árduo, claro!, continua a beneficiar de um pacto com os Deuses e uma nação inteira sorri de orelha a orelha. Como diria o Engenheiro Guterres - é a vida! Exactamente. No esplendor da sua incerteza:)))).
Subscrever:
Mensagens (Atom)