terça-feira, agosto 11, 2009

Mais valem duas vidas na mão do que uma felicidade a voar.

Enquanto os dados rolam, as gentes sustêm a respiração, esbanjam dinheiro por ganhar, sofrem desilusões por acontecer, agradecem a sorte e esconjuram o azar; esperam. E no processo deixam a vida que não depende do acaso entre parênteses. Estranho desperdício de mortais...

quarta-feira, agosto 05, 2009

Auto-retrato.

Alguém morreu. Depois de negar aos amigos uma última visita. Seria arrogante decretar que "teve razão". Limiro-me a dizer que compreendo e acho que faria - ei? - o mesmo: se não podemos evitar deixá-los, ao menos que nos seja concedido o privilégio de escolher o tipo de recordações que lhes deixamos.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Para lá das fotografias.

Admito que haja no pensamento uma faceta perversa, mas reivindico a existência de outra, barrada a doçura - à medida que o tempo passa e afunila sinto-me a viver as futuras recordações de gente que amo. E percebo o extraordinário privilégio concedido a quem só acredita nesse tipo de imortalidade:).