quarta-feira, novembro 28, 2012
A saga continua...:(
Novo suicídio devido a ordem de despejo
A vítima, de 59 anos, tinha uma dívida de 4000 euros por falta de pagamento da renda da casa onde morava com a companheira.
O homem suicidou-se esta manhã no pequeno município de Santesteban, a norte de Navarra. De acordo com a Europa Press, citada pelo jornal espanhol ABC, a vítima teria uma dívida de 4000 euros por atrasos no pagamento da renda do local onde residia.
A ordem de despejo, ditada por um juiz de Pamplona, tornava-se efetiva no dia de hoje. A notícia do suicídio foi revelada pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Navarra, Juan Manuel Fernández, que lamentou o suicídio. Esta é já a quarta morte relacionada com ordens de despejo em Espanha.
quinta-feira, novembro 22, 2012
Não acredito que escrevi isto:).
Essa melga faz anos????????????????????????????????????? Ao que eu desci:(((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((. PARABÉNS, ANDORINHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quarta-feira, novembro 21, 2012
Num dia qualquer, mesmo sem nevoeiro.
E ele disse,
- Entardecer como o dia.
Olhou o mar e deu um pensamento atrás.
- Com o dia.
Porque as datas no calendário vão dormir pacificadas, na eterna esperança de ver chegar o raio verde e a consoladora certeza de acordarem na manhã seguinte. E adormece na dúvida - será melhor despertar ponto ou despertar morto? Porque há pessoas a sofrer por terem recebido menos do que mereciam, outras choram o futuro de que duvidam e lhes é devido e todas as lágrimas nascem dele.
El-Rei D. Sebastião era uma besta, afundou Portugal e legou-nos frase cruel e egoísta, atrasados embora é nossa obrigação corrigi-la - morrer, sim, obviamente e depressa!
- Entardecer como o dia.
Olhou o mar e deu um pensamento atrás.
- Com o dia.
Porque as datas no calendário vão dormir pacificadas, na eterna esperança de ver chegar o raio verde e a consoladora certeza de acordarem na manhã seguinte. E adormece na dúvida - será melhor despertar ponto ou despertar morto? Porque há pessoas a sofrer por terem recebido menos do que mereciam, outras choram o futuro de que duvidam e lhes é devido e todas as lágrimas nascem dele.
El-Rei D. Sebastião era uma besta, afundou Portugal e legou-nos frase cruel e egoísta, atrasados embora é nossa obrigação corrigi-la - morrer, sim, obviamente e depressa!
segunda-feira, novembro 19, 2012
É longe, no estrangeiro!
É o terceiro caso no
espaço de duas semanas. Um homem de 50 anos, prestes a ser despejado, morreu
hoje depois de se atirar de uma janela do segundo andar da sua casa, no centro
de Córdoba, em Espanha. Não há, por enquanto, uma explicação segura para o que aconteceu.
Segundo o jornal "El
Pais", familiares negam que o despejo estivesse relacionado com dívidas,
justificando-o por querelas na família, enquanto alguns vizinhos dizem que o
homem atravessava uma fase difícil, na sequência do divórcio recente, acumulando
incumprimentos no pagamento das rendas.
O suicídio coincide com a
entrada em vigor, hoje, de um decreto-lei com alterações às regras dos despejos
e que inclui uma moratória de dois anos quando em causa estejam famílias mais
vulneráveis. O Governo espanhol pretendia ir mais longe na reforma, mas não lhe
foi possível pelas pressões de Bruxelas e da banca.
As medidas aplicam-se a
despejos judiciais ou extrajudiciais que, à data de hoje, ainda não tenham
entrado na última fase, a de "lançamento" (como é conhecida em
Espanha) que, normalmente, coincide com o despejo efetivo.
A moratória é
determinada, entre outros critérios, pelos rendimentos das famílias ou pessoas
envolvidas, que se estabelece num máximo mensal de 1597 euros.
Moratória não abrange classe média
Assim, podem beneficiar
famílias numerosas, famílias monoparentais com dois filhos, famílias com menos
de três anos, com pessoas com incapacidade superior a 30% ou em casos de
violência de género. Pode ainda beneficiar da moratória quem esteja
desempregado e já tenha esgotado o prazo para receber subsídio respetivo.
O problema para o Governo
é que os despejos não estão a afetar apenas a classe mais baixa. Na prática,
nenhuma das três pessoas que se suicidaram recentemente poderia beneficiar
desta alteração.
O primeiro suícidio
registado nestes circuntâncias foi no dia 26 de Outubro, um homem de 53 anos,
desempregado há quatro anos, atirou-se da varanda da sua casa em Burjassot. No
dia passado dia 13, em Amaya Egaña, uma ex-vereadora socialista de 53 anos, que
se atirou também da varanda, quando que ía ser despejada.
Centenas de milhares de
processos de despejo foram iniciados nos últimos anos em Espanha, o que tem
provocado alarme social e motivado a criação de vários movimentos de cidadãos
pedindo mudanças.
Em todas as cidades
espanholas há atualmente equipas de advogados e voluntários que apoiam famílias
alvo de despejo, organizando-se protestos nas casas que são alvo desta ação
para tentar evitar que as pessoas sejam obrigadas a abandonar a sua casa.
Expresso.
Reduzir a vulnerabilidade
a variáveis económicas ou tipologias familiares nunca permitirá aflorar o
processo na sua verdadeira dimensão. Perder a casa, o mais das vezes, provoca
uma ferida narcísica profunda, que mesmo a existência de alternativas a curto e
médio prazo não cicatriza. Sobretudo nos mais velhos? É verdade. Trata-se do
desmoronar do que de mais básico os seus projectos de vida implicaram, de uma
ameaça real e simbólica ao estatuto de protectores dos descendentes, de uma
perda com razão entendida como talvez definitiva. Mas em faixas etárias mais
jovens assisto à ambivalência perante
regressos a casa de pais e até avós, que se traduz numa “gratidão
revoltada”, muito difícil de (di)gerir por todos os envolvidos. Em termos
psicológicos, a nossa casa – e não escrevo lar para não colorir de ainda mais
negro a moldura… - representa uma verdadeira segunda pele. Perdê-la não se
compara, por isso, a um simples (?) adeus ao sobretudo numa noite fria de
Inverno, provoca o aparecimento da carne viva.
O senhor Ministro da
Defesa falou da necessidade de possuir nervos de aço para defender o interesse
nacional. Acredito. (Se calhar temperado por uma ou outra benzodiazepina!).
Durante a visita da senhora Merkel atacou-me a fantasia de que também ajudam colunas
vertebrais de plasticina… Mas no que ao interesse das pessoas diz respeito,
partindo do princípio que ainda fazem parte do nacional, seria bom que o aço
não invadisse os corações.
Porque também há janelas
em Portugal.
terça-feira, novembro 13, 2012
À consideração do Plenário.
Um pássaro primaveril escolheu o Outono para desafio invernoso:). Seja! Que tal uma renião murcónica para celebrar o início de 2013, o ano que nos prometeram sem recessão?
quinta-feira, novembro 01, 2012
Todos os dias recordo os amigos que partiram, mas não seria delicado menosprezar o apelo do calendário. O encanto melancólico desta canção tocou-me na adolescência, quando a morte não passava de uma “inevitabilidade teórica” para um garoto ainda sem lutos para aliviar. Devo dizer que não subscrevo o último verso, recuso que apenas me sobrem memórias. O presente e – espero eu… - algum futuro continuam a despertar em mim um fascínio intrigado, embora não os procure esventrar como aos relógios da minha infância; apenas saboreá-los. (Talvez também porque porque os relógios não costumavam sobreviver ao meu esmiuçar…). Mas vivo emoldurado por recordações. Longe de me travarem os passos, servem-lhes de bengala, Norte e agasalho. Como seria de esperar, as sombras nítidas dos velhos amigos recusariam, polidas, a doce gentileza da Wendy que Peter Pan amou. Porque me estão por baixo da pele, como reza a canção. Em verdade vos digo – melhor cosidas só se fosse ao coração.
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