quinta-feira, fevereiro 27, 2014

terça-feira, fevereiro 25, 2014

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Pat Metheny - And I Love Her

terça-feira, fevereiro 18, 2014

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

The Beatles Because (A CAPELLA)

domingo, fevereiro 16, 2014

Good Night from Abbey Road:).

sábado, fevereiro 15, 2014

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Dia de Namorados.

Maria,

Não consigo evitar rima coxa... - que dia:(. Exames médicos e horas de voz cambaleante, faço zapping e em todos os canais aparece em pano de fundo a mesma palavra, exaustão. E em rodapé, aviso da sociedade de consumo - amanhã é Dia dos Namorados. Sabes como aprecio a lenda de São Valentim e odeio o aproveitamento da data pelo capitalismo. Bref, se gostas de alguém..., compra-lhe alguma coisa! Estivesses tu aqui e dir-te-ia ao ouvido, durante passeio por corpo inteiro, que dias destes vivemos ao longo de todo o ano, a minha prenda seria um beijo à tua escolha, de casto a maroto, a tua fantasia ao volante dos meus lábios. Mas tu não estás:(. E por isso descobri florista em Londres, que, fleumática, dissertou sobre a necessidade de as rosas evitarem números pares, que sei eu disso?, entregue-lhe dezanove! Cinco, disse ela, será crime? Seja. Admitindo que te chegam à porta e as aceitas, faz-me um favor - Maria, entrega-as à Maria. Não todas, seria injusto. Guarda uma para ti, sei que o teu amor azedou sem deixar de ser amor. Mas afastou-nos. Oferece as outras ao pedaço de ti - onde ouvi eu isto? - que, lá no fundo, ainda ama sem reservas e gostaria de se enroscar nos meus braços. Não voltará à superfície? Paciência. Mais uma razão para as rosas a emoldurarem, não a imagino sozinha. Ou sem mim, para ser franco...
Boa noite, fica bem.

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

terça-feira, fevereiro 11, 2014

O derby.

Maria,
O Benfica marca passo em vez de golos e a criança dentro de mim enovela-se para chorar. Vivemos numa sociedade que suporta com ligeireza os danos colaterais – nas guerras a céu aberto ou nas reuniões discretas da alta finança é dado adquirido que muitos ficarão pelo caminho, debaixo de cruzes ou nas sarjetas, em prol de um futuro melhor para todos (os outros). Contigo descobri o conceito de “benefício colateral”. O Benfica encarniçava-se contra mais uma parede, o mundo fugia dos pés da criança, a cor da face do seu filho adulto, que a custo mantinha as aparências até mergulhar em longa insónia, mais tabuleiros houvera e em mais eu perderia, o sonho de um desprendimento sábio nunca se realizou. Entraste na minha vida e não escondeste a surpresa perante o que consideravas um desperdício  - sofrer por noventa minutos de bola cá, bola lá, homens feitos de calções perseguindo-a e não desprezando en passant canelas adversárias, rostos ingénuos e escandalizados – “quem? eu?” – prontos a emoldurarem mãos postas na direcção  de juízes vestidos de negro, filhos de mães que ninguém no improvisado tribunal  conhece mas são alvo de gritos e dedos certos da sua má conduta, toda(s) a(s) cena(s) emoldurada(s) por milhões de euros em país que alega não os ter para fazer cantar um cego, comer um pobre, ficar um emigrante, investigar um universitário, trabalhar as gentes. É revoltante, dizias. E no entanto... Nesses momentos o amor levava a melhor sobre as dúvidas quanto à minha sanidade mental e  oferecias ombro solidário ao adulto e colo terno à criança, que da sua  tristeza funda chamava o filho grande e ainda renitente por arrogância superficial, encontrávamo-nos a meio caminho, no silêncio acolhedor do teu peito. Ao som regular do teu enorme coração o miúdo adormecia e eu acordava para outros jogos, em que (me) perdia, fascinado por esse prazer longínquo e vertiginoso, de que as mulheres têm o segredo e os homens a nostalgia orgulhosa de quem participa nos bastidores. E assim, a cada novo tropeço do Benfica, o túnel não ficava menos escuro, mas a certeza da tua luz diminuía-lhe minutos, lágrimas e imprecações, o sofrimento fazia sentido, vezes houve em que desconfiei ser o preço a pagar pelo esplendor do que vivíamos, este meu fundo judaico-cristão...
P.S. E não é que ganharam? Cinco minutos de alegria aliviada. E como a águia em voo picado sobre a carne – mas sem milhares a asssistirem! – assalta-me consciência da injustiça das  palavras. Por incompletas... Eles ganhavam e tu sorrias, divertida, dos nossos risos, ainda incrédulos mas já prontos para festejos menos recatados. Seguias-nos, vigilante, rumo a cervejaria ou casa de amigos, aceitavas de bom grado os festejos, mas qualquer brisa de exagero enfunava as velas do teu sobrolho, o sorriso não esmorecia e no entanto abrigava a cautela, órfã dos caldos de galinha, mas severa – “Júlio, como é aquela frase que me ensinaste? Il faut garder la mesure?”. E eu e o puto não guardávamos bandeiras, cachecóis, finos, bifes, gargalhadas ou abraços de compinchas; apenas isso – la mesure.  Além da muito pouco secreta esperança de terminar, perdão!, começar a noite no teu peito.
Maria, tu adoçavas as derrotas e vestias de cores ainda mais garridas as vitórias, não há fim de jogo do Benfica em que os meus olhos não busquem a porta, supersticiosos. Nada. E pluribus unum. De todos, um? Tempos houve em que sim, de nós os dois nascia um, tal a cumplicidade, que não anulava nenhum e enriquecia ambos. Agora só partilhamos um meridiano. E outro silêncio; estéril. Ponho Dark Side of the Moon. Um coração bate, mas não é o teu. E o grito não chega a Londres...

Boa noite. Fica bem.    

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

domingo, fevereiro 09, 2014

Boa noite.

sábado, fevereiro 08, 2014

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Schubert "Serenade"

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Esta voz...

terça-feira, fevereiro 04, 2014

Boa noite, gente.

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Boa noite, gente.

domingo, fevereiro 02, 2014

Boa noite, gente.