quarta-feira, maio 18, 2005

À boleia da Cláudia e de Lobo Antunes

1) Não acredito na felicidade, “apenas” em momentos felizes.
2) Se fôssemos felizes de um modo “estável” não creio que morrêssemos de saudades de uma pequena desgraça salvadora:). Acho mais provável que a avidez nos impelisse para o desejo de um outro nível de felicidade, a verdadeira, a da Bayer! (talvez à custa da obtenção de bens materiais, como é próprio de uma sociedade de consumo).
3) Se alguns de nós ficam, com efeito, atrapalhados com a dádiva sem expectativas de outros, é bom não esquecer quem se aproveita de tal facto para guardar no bolso todo o poder de uma relação.
4) A ideia da felicidade como “estado” acarreta dentro de si uma fantasia angustiante – quando desceremos desse “top of the world”?
5) Na minha profissão deparo-me com certas dúvidas. Pessoas que vivem relações com vento de feição e mares calmos e começam a interrogar-se: “estou feliz ou acomodada?”. No geral porque identificam a felicidade a níveis de adrenalina incompatíveis com aquele suave navegar. O envelhecimento costuma trazer uma visão diversa da questão, mas também ela propícia a uma boa discussão – tornamo-nos mais sábios ou baixamos as nossas expectativas?:)

92 comentários:

PortoCroft disse...

Bom dia Prof. e restante maralhal.

Este 'post' já dá mais pano para mangas. ;)

1 - Absolutamente de acordo.
2 - Os indicadores económicos, em Portugal e não só, dizem haver um crescente endívidamento das famílias (qualquer coisa acima dos 110%). Isso é capaz de explicar o seu raciocínio. ;)
3 - Esses últimos são os tipos do apito dourado, não é? ;)
4 - Ah!...Pois...Que o digam as ninfas alucinadas. ;)
5 - Pela mentalidade reinante: Está acomodada. O envelhecimento nada mais trás que, na maior parte dos casos (de que me excluo) bom senso.;)

PortoCroft disse...

Oh!... Prof.,

Acrescente aí no ponto 5, o reumático sff.;)

Anónimo disse...

olá a todos
Raramente o pacote que nos entregam em especial a nós mulheres quando chegamos á idade adulta é sinónimo de ser feliz
Quando as nossas mães e avós falam de um bom casamento estão muitas vezes a referir-se a items que não são aqueles que queremos para nós. Á medida que envelhecemos temos muitas vezes duas atitudes ou desacreditamos na felicidade permanente ou a procuramos quase com desepero.
Por mim vou procurando momentos de inesquecivel felicidade correndo atrás de um sentimento calmo, doce que me faça dizer no fim do dia hoje vivi um momento raro, amanhã vamos ver se há outro
Teresa

chOURIÇO disse...

Resume-se a saber o que é a «felicidade». Quanto a mim, é um conceito indeterminado. Mas determinável em certas situações identificadas no tempo e no espaço.

Remete-nos para a abstracção que é o conceito de «justiça» e afins.

Era só isto.

Bons dias. :)

Anónimo disse...

1º comentário no Murcon

A felicidade é, para mim, uma quimera, algo que se procura e nunca se encontrará.
O conceito de felicidade é baseado em expectativas futuras e quando lá chegarmos estas ter-se-ão alterado e/ou teremos novas.

Aquilo que agora procuro é ser feliz durante a procura da felicidade, que é como quem diz hoje vivo o presente com toda a garra e o futuro há-de ser para onde o presente me levar.

Don't stress, just smile

Anónimo disse...

Reforçando uma síntese PERFEITA que a Cuca fez no post anterior: Noise descompensou. Na realidade os dentistas também têm cáries.
E reitero a minha pergunta a que Noise não respondeu: Não percebe que a sua ansiedade da influência, o seu desejo de "MATAR O PAI" revelam terríveis complexos de inferioridade?
E sobre essa sua obsessão contra as "velhas", tendo vc 27 anos (como diz ter) não estará tão somente a "MATAR A MÃE"? Para alguém que tem pseudónimo de Freud não estará a ser demasiado óbvio?

Tão só, um Pai disse...

1) ... iremos passar a vida a procurar a felicidade dos momentos, ou esperar por eles?

2)... não entendo o que possa ser uma pequena desgraça salvadora. Salvadora do quê? Da felicidade?
E sim, acredito que os bens materiais são importantes. No dia em que eu fizer as pazes com o Euromilhões, poderei dissertar um pouco melhor sobre o assunto.

3) Um "atrapalhado" é alguém feliz? Quanto ao "dador", parece-me que sim ...

4)Mera gestão de expectativas. É fácil.

5) Relações com ventos de feição e mares calmos são sinónimo de relações vazias? A relações conflictuosas são "cheias"? De quê? Ah, o envelhecimento ... pois, estar vivo é condição necessária para se ser feliz ...

Anónimo disse...

Felicidade
Associo Felicidade à infância e juventude.
A partir do momento que saimos de casa, do nosso ninho, aí começam as complicações em saber se somos, se estamos felizes ou não.
Também já não acredito na felicidade, viver sempre nesse estado ...já acreditei
Mas acredito em momentos felizes e sim tornamo-nos mais sábios, a vida vai-nos ensinando muita coisa e a esperança é a última a morrer...
Por isso tentemos ser sempre mais felizes e fazer do dia de hoje um dia mais feliz.
Um feliz dia

lobices disse...

...ora cá está um post que dá pano para mangas como diz o nosso amigo PortoCroft!...
...
...felicidade o que é?... É um conceito, apenas!...
...a felicidade é o que quisermos que ela NOS seja, ou seja, um pobre "diabo" pode-se sentir feliz por passar o dia inteiro com uma cana de pesca na mão junto ao rio e uma sandes de courato para comer
...a felicidade está "dentro" de nós e não em algum lugar ou em alguma situação; logo, a felicidade é um SENTIR, um SER e um ESTAR; logo, ela, como "coisa" a obter não existe
...não há caminhos para ela; ela, a felicidade em si mesma é o caminho, ou seja, somos felizes se o quisermos ser, se o sentirmos, se o formos
...como no exemplo que dei sobre o pobre diabo a pescar, um homem cheio de bens materiais, cheio de saúde, com tudo o que há de melhor, pode não se sentir feliz; sente que algo lhe falta e não sabe o que é: É a sensação de se sentir bem...
...ser feliz não é uma coisa óbvia nem algo parecido; ser feliz é ESTAR feliz que pode, exactamente, ser apenas um momento
...
...Logo:
...respondendo:
...
...1...não acredito na felicidade mas sim em momentos felizes!... Bem eu digo que acredito que me posso sentir feliz quando eu quiser
...
...2...se fossemos felizes de um modo "estável" etc... Claro que não claro que não podemos ser felizes de um modo estável e presente a todos os momentos; porque há o seu contrário: O não estarmos felizes, o não querermos sê-lo... hoje não me apetece comer, pôrra; tou chateado; isto é o suficiente para se dizer que, naquele momento, eu não estou feliz
...
...3...ficarmos atrapalhados com o que nos dão sem que eles esperem algo em troca... Bem, isso é aquilo que eu digo sobre o "Amar"; isso já não faz parte da felicidade mas sim do amor: Amar é dar sem esperar nada em troca! Claro que quem recebe pode ficar atrapalhado e pode guardar no bolso todo esse poder de uma relação, por exemplo, saber que é amado sem ter necessidade ou a obrigação de amar quem o ama...
...
...4...claro que a ideia de felicidade com "estado" é uma ideia errada como já disse acima; a felicidade não é um dado adquirido; é apenas um conceito e uma forma de se sentir quando o quisermos...
...
...5...estar feliz ou acomodada?.. Não, ou se está feliz ou se está acomodado; Porém, essa acomodação pode ser a sua forma de se sentir feliz!... A felicidade como conceito permite que quem se sinta acomodado numa relação possa sentir-se feliz com isso, tal como o pobre diabo do pescador acima descrito...
...
...5...(ainda)... a velhice, se nos tornamos mais sábios ou baixamos as nossas expectativas...
Direi que (direi, e não, diria...) nos tornamos possuidores de mais saberes e sabores (como também já disse algures) e que esses saberes e sabores acumulados nos dão mais "sabedoria" (e não mais saber) apesar de ser aceitável que essa mesma sabedoria nos faça ter a concepção de que baixar as nossas expectativas possa ser uma opção...
...
...eu sou feliz amando
...eu sou feliz quando quero ser feliz e quando o entendo ser, porque o sinto num determinado momento, por uma determinada causa, por um factor, por um ser ou um estar "de bem comigo mesmo"
...a felicidade não se obtém
...a felicidade é
...sinta-se a felicidade sempre que quisermos
...é apenas mais uma maturidade do que qualquer outra coisa
...sejam felizes quando vos apetecer sê-lo...
...abraço

intimateSTRANGER disse...

Apesar de "tenrinho" nestas andanças da vida, já experimentei na pele a "felicidade" de uma "relação com vento de feição e mares calmos".... Estou neste momento a sair dela, com uma dificuldade ENORME da outra pessoa perceber "o que estava mal, se tudo estava bem". Penso que a questão que aqui se coloca tem tb muito que ver com o que se "espera" da Felicidade....
Quanto a mim, mesmo sendo homem ;), concordo com a Teresa. Apesar dos meus "momentos de inesquecivel felicidade" nem sempre provirem de "um sentimento calmo, doce", faço por ter no fim de cada dia mais um momento raro em que fui feliz.
É assim que prefiro viver....um dia de cada vez, sem "ontem" nem "amanhã"....

Anónimo disse...

A felicidade é uma propriedade interior, acho eu...
Não vejo a felicidade como o "top of the world" mas como uma independencia/liberdade desse "top world".
Hoje sou mais feliz pq aprendi a relativizar toda a minha envolvente e a encontrar a paz apartir de dentro.
Talvez a arte do desprendimento seja um caminho (existem religiões que assim o praticam). Claro que o grande desprendimento é dos aspectos materiais.

andorinha disse...

Júlio,
Excelente boleia!!!
Não se deve aceitar boleia de qualquer um.:)

Também eu não acredito na ideia de felicidade como um "estado". Existem momentos felizes que devemos saborear sem nos preocuparmos se durarão muito ou pouco. Se pensarmos na eventual duração já estaremos a destruir a hipótese de os disfrutarmos ao máximo.

Quanto à questão dos afectos - cada vez mais fico com a sensação de que hoje em dia muitas pessoas ficam verdadeiramente atrapalhadas com um afecto sincero, incondicional e sem exigência de troca. Será a velha ideia de que ninguém dá nada sem esperar contrapartidas?
Vive-se num mundo em que tudo gira de tal forma na base do interesse, proveito ou vantagem que se possa tirar duma situação, que se desconfia que alguém possa dar afecto duma forma totalmente desinteressada. Não haverá pessoas capazes de genuíno afecto? Teremos que ser todos medidos pela mesma bitola, a mais frequente?

Quanto ao envelhecimento (diria amadurecimento) permite-nos tornarmo-nos mais sábios e por isso mesmo baixarmos as nossas expectativas. Não penso que seja uma questão dicotómica - mais sábios ou expectativas mais baixas?
Expectativas mais baixas, num certo sentido, porque mais sábios.

Prefiro, sem dúvida, este tipo de posts em que verdadeiramente rumina connosco.:)
Como já aqui alguém disse, não se "esconda" sempre atrás da poesia ou de uma qualquer citação.:)

Anónimo disse...

Felicidade:Aprender a morrer

andorinha disse...

to Portocroft,
Não tens bom senso?! E tens reumático? Não seria preferível o contrário?:)))
Trata esse reumatismo, homem, e vê se ganhas algum bom senso, não muito, bom senso a mais não é bom e seria até enfadonho.:)))

to sumalito,
Também eu prefiro viver assim: um dia de cada vez sem ontem nem amanhã. Aliás o "hoje" é a única certeza palpável que existe. Só vivendo o "hoje" em plenitude irei construindo os meus ontens e amanhãs.

Anónimo disse...

to anonymous at 11.29

É ISSO MESMO!

Anónimo disse...

Qto à felicidade

1) Acredito nessa atitude porque felicidade é, tão somente, o facto do mundo existir.
2) Ser feliz de um modo “estável” é pertencer ao mundo que existe ou desaparecer.
3) Ficar atrapalhado com a generosidade da dádiva dos outros é comovente e perder-se na comoção é de homem.
4) A ideia da felicidade como “estado” é de homem.
5) Na minha profissão deparo-me com muitas dúvidas. É de homem.
5. a) O envelhecimento torna-nos mais sábios.
5. b) A experiência torna-nos mais sábios.
5. c) O sofrimento torna-nos mais sábios.
5. d) A angústia torna-nos mais sábios.
5. a) A felicidade torna-nos mais sábios.

É de homem ter e deixar de ter expectativas, com maior ou menor adrenalina.

Nota: Onde se lê “é de homem”, acrescente-se “e de mulher, criança ou adulto”.

andorinha disse...

to jb
Felicidade = aprender a viver!

Anónimo disse...

Olá Professor Murcon

para mim isto é tudo novidade!
por mero acaso, encontrei o caminho...hummmm... poesia, da boa! música... troca de pensamentos, múltiplos silêncios... partilhados, será!?
pois é, aqui vou eu cambaleante...
tenho por nome PEIXE LUA. ontem, entrei na clandestinidade... levava comigo Anton Tchekhov e dele roubei algumas frases que partilhei consigo, melhor dizendo, com todos.
fique bem, melhor dizendo fiquem bem. para que tal aconteça... só se o professor Murcon partilhar connosco um poema de Paul Eluard!!!!
Chiuuuuuu... todos em silêncio, à espera.

um abraço Peixe Lua

Anónimo disse...

para mim isto é tudo novidade!
por mero acaso, encontrei o caminho...hummmm... poesia, da boa! música... troca de pensamentos, múltiplos silêncios... partilhados, será!?
pois é, aqui vou eu cambaleante...
tenho por nome PEIXE LUA. ontem, entrei na clandestinidade... levava comigo Anton Tchekhov e dele roubei algumas frases que partilhei consigo, aliás, com todos.
fique bem, melhor dizendo fiquem bem. para que tal aconteça... só se o professor Murcon partilhar connosco um poema de Paul Eluard!!!!
Chiuuuuuu... todos em silêncio, à espera.

um abraço Peixe Lua

12:55 PM

p.s.: vou continuar a trabalhar. até breve

Anónimo disse...

Olá :)

Este e o meu primeiro comentario... descobri este cantinh ha pouco tempo e para grande consolo meu, que assim ja posso estender no meu ritual televisivo da RTPN ;) (talvez seja defeito "profissional"-ou quase- estar sempre com os neuronios a trabalhar...)

Nao sei muito bem o que e que eu posso acrescentar a estas trocas de ideias...nunca tenho muitas certezas das coisas... So posso dizer que este post falou directamente para dentro de mim, porque estas sao duvidas que tenho todos os dias!

Espero, isso sim, que a idade va trazendo aquela sabedoria de saber aceitar (-nos e as coisas) sem acomodar, de saber tirar o bom das coisas sem sentir insatisfaçao constante pela falta da tal montanha russa de adernalina...

Anónimo disse...

Sempre disse não acreditar na felicidade mas em momentos felizes. E esta atitude sempre indignou as pessoas à minha volta. É agradável perceber que há algum sentido no que digo.
Acrescento uma citação de Nicholas Spark:

"A vida é uma colecção de pequenas vidas, cada uma vivida um dia de cada vez"

Anónimo disse...

Caro Professor, conterrâneo;

Ao ler o seu post não pude de deixar de reflectir sobre o efémero da vida. Se a vida é contingente – albergando o seu sentido numa existência factual – penso ser tirania do tempo a felicidade também o ser!

Contudo, e eis o busílis, se tivermos a «vara» certa – como diria Satre - podemos alcançar um «para além» da realidade nua, crua e factual. Em filosofia dirse-ia, quiçá, metafísica.

Ora é desta esperança – vara tornada homem – que falo. Para mim o horizonte da felicidade não se pode situar no risível da contingência, tem de se transmutar em sémen de fecundidade.

Isto para dizer, apenas, que:
- Sim, acredito na felicidade – altruísta, pura, sedutora, amante.
- Não, não acredito na pseudo-felicidade – acomodada, virgem, incólume, etérea.

Um abraço amigo, de amigo.

Aristides Dourado

PortoCroft disse...

Andorinha,

Bom senso tenho. Faço os possíveis por usar, apenas, em situações limite.;)

Reumático, ainda, não tenho mas, já estou a chegar à idade da brigada do dito. ;)

Anónimo disse...

FW: Entrevista para Admissão






Chorei a rir :)
================================================
- Nome?
- André Figueira.
- Escolaridade?
- Terceiro grau completo!
- Pois bem, seu André, vamos começar com perguntas simples, sobre conhecimentos gerais, história, geografia, ciências, personalidades.
- Certo, pode começar.
- Quem foi Stalin?
- Um cara que cantava estalando os dedos.
- E Lênin?
- Tocava nos Beatles.
- O senhor não quer dizer Lennon?
- Esse fazia dupla com a Lilian.
- Ah,... Leno!
- Não... Cantano.
- Vamos mudar de assunto. O que é equação?
- É a arte de montar uma égua.
- E equitação?
- É quando a gente paga todas a nossas dívidas.
- O que é um quelônio?
- É um tipo de mineral radioativo.
- Não seria plutônio?
- Não, não... Esse é o nome completo do cachorro do Mickey.
- O que é fotossíntese?
- Denominação técnica para um retratinho 3 x 4.
- O que é um símio?
- Um cara que nasceu na Símia.
- Na Símia... Certo. E qual é a capital da Símia?
- Nessa tu me pegou: não me lembro agora...
- Quem era Pancho Villa?
- Companheiro de Dom Caixote.
- O que é um caudilho?
- É um ossinho que tem na ponta da coluna e que, segundo os
cientistas,comprova que o homem tinha rabo e é descendente o macaco.
- Onde fica a vesícula?
- Debaixo da clavícula.
- Onde ficam os glúteos e para que servem?
- Ficam na garganta e servem para engolir.
- Onde fica o baço?
- Não é baço. É braço. São dois e ficam antes das mãos.
- Para que servem as fibras óticas?
- Para movimentar os olhos.
- Onde fica o Triângulo das Bermudas?
- Qualquer costureira sabe: entre o cós e o gavião.
- Quem descobriu a Lei da Gravidade?
- Um médico ginecologista francês, o Dr. Jekyll.
- Putz!!! E quem foi Sócrates?
- Sócrates? Jogou na seleção... Tá vendo? Eu também conheço futebol, tá? ...

Anónimo disse...

have "fun" a ler e, já agora, a dar troco... a malta gostava, digo eu

http://faccioso.blogspot.com/2005/05/chegou-o-momento-de-dizer-no-extractos.html

Anónimo disse...

Cronoacupunctura
Pessoa nascida em Janeiro de 1976
Está influenciada pela energia própria do dragão e sofrerá de stresse ou de ansiedade, podendo desenvolver úlcera gástrica. Sofrem de amigdalites constantes em bebés e de lombalgias em adultos. O ciclo de energia sob o qual nasceram torna-os ainda frágeis ao nível da coluna vertebral, existindo elevada probabilidade de, em caso de acidente, sofrerem fracturas nessa região do corpo.
Assim , toda a intevenção será…
Faça o seu diagnóstico com o Mestre Rá ti nho em
www.riapa.pt.to

Elisa disse...

Deabafo de uma ateia, perfeitamente de acordo com o primeiro item do seu post: «a ideia da felicidade 24h por dia é tão absurda como a ideia de deus» (Virgílio Ferreira).
Eu leio. Hoje apeteceu-me romper a minha desistência.

andorinha disse...

to Lobices at 12.14,
"...a felicidade está dentro de nós e não em algum lugar ou alguma situação..."
Em princípio estou de acordo, seremos nós o principal motor da nossa felicidade, mas por vezes existem situações externas que condicionam ou impedem essa nossa felicidade, não será? Se os nossos amigos, familiares, enfim, pessoas que por um motivo ou outro são importantes para nós estiverem "mal", poderemos nós ser felizes?

to Portocroft at 1.47
Reafirmo - usa bom senso só q.b. senão é uma sensaboria; usa antes o teu bom sentido de humor.

Essa do reumático foi só para "pegar" contigo.:)))

lobices disse...

...to Elisa at 4.21 PM
...
...bom retorno
:)
abraço

lobices disse...

...to Andorinha at 4.43 PM:
...cito:
to Lobices at 12.14,
"...a felicidade está dentro de nós e não em algum lugar ou alguma situação..."
Em princípio estou de acordo, seremos nós o principal motor da nossa felicidade, mas por vezes existem situações externas que condicionam ou impedem essa nossa felicidade, não será? Se os nossos amigos, familiares, enfim, pessoas que por um motivo ou outro são importantes para nós estiverem "mal", poderemos nós ser felizes?

...
...tu própria com estas tuas palavras acabas por concordar comigo... claro que os factores externos e/ou internos condicionam ou impedem a nossa felicidade
...a "nossa" felicidade
ou seja, ela está em nós; ou a sentimos ou não a sentimos; ela não está ali ou acolá...
...sentimo-nos felizes ou não aconteça o que acontecer, haja o que houver... o "momento" ditará se nesse "momento" nos sentimos felizes...
...e repito, a felicidade é um conceito e não algo que se "alcance"; ou a sentimos ou não
abraço

Anónimo disse...

to andorinha:
Não será a mesma coisa ?

Maite disse...

"A ideia da felicidade como “estado” acarreta dentro de si uma fantasia angustiante", não poderia estar mais de acordo.
Esta ideia como "estado" só pode pertencer aos loucos e àqueles que buscam no efémero e na adrenalina constante a fonte da sua felicidade e que os torna, indubitavelmente, insatisfeitos (se não forem loucos, claro!). Ao projectarmos a nossa felicidade na mudança constante de parceiro indícia a nossa incapacidade de fazermos progredir os afectos, da nossa imaginação ficar muito aquém daquilo que pretendemos ou queremos fazer passar.
Penso, que com a idade, não baixamos as nossas expectativas, pelo contrário, canalizamo-las para outros sentidos (mas também é verdade que idade não é, muitas vezes, sinónimo de sabedoria)

Anónimo disse...

Doi-me o pénes.
Estou na sala certa?

Pamina disse...

Boa tarde,

Chegando a esta hora, claro que vou ter que ser repetitiva. Peço desculpa e espero, mesmo assim, dar aguma achega.

-Quando era miúda gostava muito de ler histórias de reis e princesas que acabavam sempre com a frase "casaram e foram muito felizes". A primeira vez que questionei o que me parecia ser a "ordem natural da vida" foi numa conversa com um colega de liceu (por acaso hoje um conhecido autor de livros infantis) sobre uns problemas que tinha com o meu namorado. Eu, muito parva, disse qualquer coisa do género "mas, eu quero ser feliz" e ele, já mais sábio, respondeu "a felicidade não existe, o que há são momentos felizes". Fiquei a ruminar e acabei por concluir, "que estúpida, claro que existem apenas momentos de felicidade que têm que ser aproveitados ao máximo". Desde essa altura, tem sido este o meu lema.

-Em meados dos anos 70, casei na Holanda. No Verão vim a Portugal "exibir" o meu novo marido e numa reunião familiar, uma tia puxou-me de lado e disparou esta:"És feliz?" Fiquei encavacada e sem saber muito bem o que dizer. Nunca tínhamos falado de "grandes" sentimentos.
Nessa altura o meu tio mantinha, há já cerca de 30 anos, uma relação com outra mulher (vulgo amante) que visitava matematicamente todas as noites entre as 9 e as 11 da noite (ela morava perto). Nunca ouvi os meus tios discutirem, nem qualquer palavra dura entre eles. A minha tia era uma pessoa calma e alegre e também nunca lhe ouvi qualquer queixa ou comentário amargo quando ele saía. Por outro lado, nunca os vi beijarem-se ou terem qualquer outro gesto de ternura.
Naquele momento em que ela fez a pergunta, percebi que o que ela estava realmente a dizer era que não tinha um casamento feliz e que esperava que o meu fosse melhor que o dela. Perante isto, não me podia pôr com discursos do género "agora as coisas estão bem, mas nunca se sabe, não há garantias, etc." Decidi, assim, não a desiludir e respondi "sim".

-Não sei se se lembram/viram um dos "Estes difíceis amores" no qual foi lida uma carta duma espectadora de 60 anos que dizia recusar ter uma relação com um homem por quem não estivesse apaixonada e que não estivesse apaixonado por ela. O Prof.JMV até brincou e disse que "ela não fazia a coisa por menos e que queria o Jackpot". Lembra-se? Tenho a impressão que esta atitude não é muito comum nessa idade e que a tendência é para fazer compromissos e procurar um companheiro/a que tenha os mesmos gostos e com quem se possa sair, ir ao cinema, viajar, etc, sacrificando a paixão. Também em termos de "felicidade profissional" penso que a maior parte das pessoas se acomoda, porque "não merece a pena, daqui a mais uns anitos já estou reformado, etc."

Quem não se acomoda à situação que tem e continua a procurar mais e melhor, corre o risco de viver num estado de permanente insatisfação e, assim, desperdiçar o que tem de bom. Contudo, acomodar-se significa admitir que "this is as good as it gets", o que equivale a desistir da esperança e como se pode viver sem esperança?

Quanto à interacção faço minhas as palavras da Andorinha. Assim tem piada.

Desculpem a extensão do comentário. Hoje foi à la "tamanho Noise", mas como comento poucas vezes...

Anónimo disse...

anónimo das 5:16 PM,

Nunca te disseram que bater à p... não é com um martelo? ;)

Anónimo disse...

Bibó Benfica, carago!)))))))))))
não, hoje é o sporting!!!!

andorinha disse...

to Lobices at 5.01 pm
"...sentimo-nos felizes ou não aconteça o que acontecer, haja o que houver..." - não consigo, sinceramente, perceber esta frase.

Claro que somos nós que a sentimos, caricaturando um bocado a situação , não é outra pessoa que me vem dizer se estou feliz ou não.

"...e repito, a felicidade é um conceito e não algo que se "alcance"; ou a sentimos ou não."
Não sei; há pessoas que desistem de "alcançar" a felicidade. Encaram tudo duma forma tão negativista e tão negra que dificilmente se imaginam a viver momentos de felicidade. Se não estiverem receptivas a esses momentos como a vão sentir?
Ela até pode estar ali quase ao alcance da mão...

intimateSTRANGER disse...

To pamina:
Vi esse programa antes de sair para uma noite de copos, e lembro-me de ter pensado em relação a ESSE comentário: "k porra, se não é para "aspirar ao Jackpot", pa que raio hei-de ir ao Casino?"!!

Anónimo disse...

Realmente Profe, meteu o dedo na ferida. Os geras que regularmente passam o dia a fazerem exercícios de ditado na caixa de comentários parecem animar-se com a suposta panaceia da "sapiência" da idade e, coçados assim na testa acham a isso momento supremo para se auto-nobilificarem (excepção ao comentário da Maite, muito realista e que acho de muito boa qualidade).

Sendo um pouco mais nova que a idade própria de ser chamada meia- acho que não se vai para melhor. Aos 50 e tal vejo pessoas com divórcios, pessoas que trairam parceiros, pessoas que se tornaram alcoolicas e toxicodependentes. A juventude tem isso de promessa que a meia- idade não pode ter, quando muito tem pequenas alegrias, mas as marcas dos grande sofrimentos estão lá, os medos de se voltarem a queimar estão lá. Vive-se através dos filhos, dos netos, o corpo não vai tão londe, as doenças vão irrompendo. Não creio que se seja mais feliz jovem, apenas penso que não se consegue ser mais feliz com não sei quantas doenças e com filhos e não sei quantos casamentos para trás das costas a olharem para nós.

E estou à espera do comentário do outro psi que por aqui anda, Mr. Ruidoso
;)


Ana

Anónimo disse...

Boa tarde a todos
Aqui está um tema para grande debate...
Nunca gostei da palavra feliz. Nem da palavra felicidade. Acho que o sentimento que elas acarretam, não cabe na palavra. Quando enchemos um balão de ar, e ele explode-nos na cara, é a sensação que tenho das palavras feliz e felicidade.

P.S. bem vinda Elisa!

Anónimo disse...

Anonymous das 5:16

Abençoado sejas,tu que conseguiste de forma tão pouco suave (mesmo de humor se tratando)fazer-me rir.
Porque aqui por vezes o ambiente é pesado demais.

intimateSTRANGER disse...

meus caros:
bateram as "seis" no relógio...
Vou ser feliz.
Fiquem bem....

Anónimo disse...

18.00 e o volume de comments baixa.
Então não é que o maralhal anda a blogar no horário de trabalho?

andorinha disse...

to jb at 5.07 pm
Sim, será uma forma diferente de dizer a mesma coisa

Quanto ao ambiente, acho que agora está mais desanuviado.:)
Algumas crispações vão desaparecendo...

Anónimo disse...

Falar de felicidade dá logo direito a que se abra a caixa dos lugares-comuns...E, claro, toda a gente tem a sua definição de felicidade pronta a disparar.
Só uma definição me intrigou, a do "aprender a morrer"...

Ana

chOURIÇO disse...

Não posso sair daqui sem deixar uma «provocação» ao Júlio:

SPOOOOOORTIIIIIIIIIING!

Pronto, não é uma provocação, eu sei...

andorinha disse...

Pamina,

Gostei imenso de todo o teu comentário. Ressalto sobretudo um parágrafo.
"Quem não se acomoda à situação que tem e continua a procurar mais e melhor, corre o risco de viver num estado de permanente insatisfação e, assim, desperdiçar o que tem de bom. Contudo, acomodar-se significa admitir que " this is as good as it gets", o que equivale a desistir da esperança e como se pode viver sem esperança?"

Pois, este será o grande dilema, não é, Pamina?
Insatisfação vs acomodação.
Prefiro, sem sombra de dúvida, a insatisfação ( com o inerente desassossego interior que acarreta)
mas como tu dizes - como é possível desistir-se da esperança?

Estás desculpada pela extensão do comentário.:)
Tens é que aparecer mais vezes.

Anónimo disse...

Ana, ananova

Realmente Ana, tentou meter o garfo nas (supostas) feridas alheias e foi brutal, na sua (suposta) juventude.

- Sou gera porque bisavó.
- Não me animo com a panaceia da “sapiência” da idade.
- Venho aqui (quase) diariamente e comento uma ou duas vezes.
- Tenho outros momentos supremos, que não este, durante o dia.
- Em nenhum desses momentos me procuro nobilificar - suponho.

- Dizendo-se a Ana um pouco “mais nova que a idade própria de ser chamada meia”, dir-lhe-ia, se me quisesse ouvir, que também não acho que se vá para melhor. Nem para pior. Porque não se vai a lado nenhum. Está-se, com maior ou menor vontade de estar por aqui. E isso não é apanágio de nenhuma idade.

- Nasce-se, é-se gente (diferente de planta e de pvc), trata-se o mais rapidamente possível de ser feliz porque felicidade é, tão somente, o facto do mundo existir e.. desaparece-se.

- Com mais de 50, ainda hoje desconheço o número exacto de pessoas desta idade que tenham passado por mais ou menos divórcios, traições e dependências do que as de 30. E conheço um pouco de estatísticas porque consulto as do INE.

- "As marcas dos grandes sofrimentos e os medos de se voltarem a queimar estão lá", diz a Ana. Perguntar-lhe-ia, se me quisesse responder, onde estão? Onde é “lá”? Porventura não andará a transportar também marcas disto e daquilo por aí?

- Não vivo através dos filhos, dos netos, nem dos bisnetos.
- Não vou apresentar aqui o meu CV, nem me explicar nem me defender.
- "O corpo não vai tão londe", não, mas vai longe.
- As doenças vão irrompendo desde que se nasce.
- Desculpe se a incomodei, como você me incomodou.

- Concluo: Não sei se a juventude (qualquer tipo dela e evito acrescentar mais palavras) tem "isso de promessa que a meia-idade não pode ter", porque desconheço a meia-idade - nunca passei por lá.

- Peço-lhe paciência, enquanto não aparece o outro psi a comentar.

Passar bem

Anónimo disse...

Gostei de a ler Elisa.
Cá vamos andando.

Anónimo disse...

e&e
Pessoa muito digna é o que a Senhora é. Antes de mais, por se dinar responder às patetas que fazem da idade uma bandeira. Há mulheres novas fisicamente horrorosas cheias de fast food e celulite e cheias de inveja das mães delas. Desconfio sempre de quem pavoneia na internet a pouca idade. A única coisa que pavoneia, em geral, é a pouca idade mental.
Um grande abraço para si
Anónimo & Anódino

Anónimo disse...

Para a "ananova" às 5.41 PM:
- este início do teu comentário é deveras lamentável:
-
Realmente Profe, meteu o dedo na ferida. Os geras que regularmente passam o dia a fazerem exercícios de ditado na caixa de comentários parecem animar-se com a suposta panaceia da "sapiência" da idade e, coçados assim na testa acham a isso momento supremo para se auto-nobilificarem
-

Anónimo disse...

Anónimo & Anódino
Um grande abraço para si, também.
Já que aqui estamos, poder-se-á dizer que cá vamos?
Não sei responder.

Julio Machado Vaz disse...

É a primeira vez que fico triste com uma derrota do Sporting. Meu pobre António Macedo:(

Julio Machado Vaz disse...

E grande lição do público!

PortoCroft disse...

Prof., já somos dois.

E grande exemplo de desportivismo por parte do público.

Do céu ao inferno basta um passo. Que sirva de exemplo aos jogadores do Benfica.

Anónimo disse...

Talvez a (in)consciência me faça aproveitar o sumo de limão da vida para limonadas açucaradas com a aprendizagem e a esperança que trago colada

Evito morrer de véspera como o perú. Nos momentos felizes que guardo no álbum da vida, a angústias peregrinas digo não - somaria rugas e desbotaria o sorriso.

Não creio que os anos baixem expectativas. Mudam, c'est tout! E há pecúlio de serenidade, sabedoria, refinamento dos sentidos e do espírito. São novos deleites que chegam. Assim os anos dobrem e some mais...

Tati

PortoCroft disse...

Mas, o Prof., vendo as coisas doutra forma, este jogo e resultado, acaba por vir de encontro ao seu 'post' de hoje. A 'felicidade', representada pelo efémero golo do Sporting e todo o restante tempo, como contraponto ao conceito.

Anónimo disse...

Gostava de ser feliz, mas não me sinto feliz. No entanto, também não me sinto infeliz. Serei feliz sem o saber, como a imagem num espelho?
Desculpem a intromissão, num tema tão propício a congeminações teóricas e práticas(e não só).

Boa noite:)

amok_she disse...

Anônimo disse...
11:29 AM
(...)E sobre essa sua obsessão contra as "velhas",(...)


...há, para se ser justo, q fazer uma pequena correcção: a obsessão, pelo menos a q manifesta mais intensamente aqui, ñ é contra velhas, mas contra a velha amok!!!!:->

...mas isso - essa obsessão! - é facilmente explicada q, aliás, o caro "anónimo" já tinha aflorado: é uma obsessão motivada pelo facto do rapazinho se sentir incomodado com a auto-confiança da velha amok!... e sente-se incomodado, não pq eu lhe diga q (me)é inferior, mas pq essa minha auto-confiança lhe demonstra com, muita agudeza, o qt ele se sente inferior!:->...como eu dizia num post lá pra trás: os auto-confiantes ñ precisam fazer rebaixar os demais, estes é q se sentem lá em baixo!:->

...e já agora, falando de felicidade ...por ex., nestes momentos q aqui passo, uma coisa q me faz feliz - pq me diverte! - é ler o faz-barulho-apenas! ...é q a felicidade, ñ o sendo só, é tb. feita de pequenos momentos...:->

Julio Machado Vaz disse...

Portocroft,
Tem toda a razão, meu caro. Espero que se os meus pesadelos se concretizarem os jogadores e o público do Benfica saiam de cabeça erguida.

PortoCroft disse...

"Por acaso, ainda ontem, tive um mau pressentimento. Não me sai da cabeça que, aquele não-golo que foi sancionado na Luz, pode vir a dar-lhes o título.

Não estou eufórico porque, durante a época, já vimos o Benfica, por diversas vezes, entregar o ouro ao bandido de mão beijada.

Nunca torci tanto para me enganar. Até já comprei o champanhe. ;)"


Prof.,

Isto escrevi hoje, de tarde, num comentário do blogue duma 'amiga nossa'.;) Seremos aves agoirentas ou apenas não embarcamos em euforias desmesuradas?

Se os nossos 'agoiros' se verificarem correctos, estou como o Prof.: Que os adeptos do Benfica, não se fiquem atrás no exemplo de desportivismo que os do Sporting hoje deram. Saber sofrer também é uma virtude. ;)

amok_she disse...

(...)apenas penso que não se consegue ser mais feliz com não sei quantas doenças e com filhos e não sei quantos casamentos para trás das costas a olharem para nós.

E estou à espera do comentário do outro psi que por aqui anda, Mr. Ruidoso
;)
Ana


...alguém já aqui tinha dado uma resposta - adequada! - à rapariga, pelo q só vou deixar uma "notinha": é realmente traumático qd jovens precisam viver no meio de geras assim, depois ficam com traumas destes e convencidos q são todos como os pais, as mães, os avós, etc, etc., etc., deles!:->

[ai q porra!, se eu ñ tenho doenças; se ñ tenho ñ sei quantos divórcios deixados pra trás, nem um sequer,raios!; se os meus filhos estão mais q "adestrados" para fazerem a vidinha deles sem contarem com mãezinha a fazer de vóvó, como nc fez de criada deles!, porque ainda tem muita coisa pra fazer antes de bater a bota!...onde é q raio esta treta me deixa no quadro pintado das ...geras!???:-> ...bom, bom!, é sabermos q a juventude não é feita de pátós deste calibre! ...ah ricos filhos meus!!!:-)))]

andorinha disse...

Júlio e Portocroft,
Vocês querem-me matar?:)
Ando eu aqui a tentar manter o meu entusiasmo em alta e vêm depois vocês com essas frases agoirentas...
Não há coração que resista!
Não vamos morrer na praia, nem me digam uma coisa dessas.
Benfiquistas sem fé.:(

Julio Machado Vaz disse...

Não creio que sejamos agoirentos. Imagine você, meu cao Portocroft, a minha (nossa?) megalomania - acho que somos lúcidos:).

PortoCroft disse...

Andorinha,

Se acaso (longe vá o agoiro) morrermos na praia, a última coisa que os meus olhos vejam, que sejas tu, topless, debruçada sobre mim, fazendo respiração boca-a-boca.

Aí ressuscito, levanto-me sacudindo a areia do corpo e direi: Que se lixe o Benfica que isto é 'muita' bom! ;))))))))))))))

PortoCroft disse...

Ó Prof.,

Perdoe-me o senhor a minha (compensação para o meu metro e cinquenta), que à sua (?) ainda ninguém deu por isso. ;)

PortoCroft disse...

;)))

Prof.,

Por falar em lucidez... Ok. Eu assumo. Coloque lá o til na palavra. ;))))))))))))))))))))

andorinha disse...

Júlio,
Lúcidos? Homens sem fé é o que são.
Se a coisa correr mal, responsabilizo-os aos dois.:)

Portocroft,
Quase que fiquei sem palavras!
Mas lá por isso eu faço-te respiração boca-a-boca, sem ser preciso que o Benfica perca.
Juntamos dois prazeres, achas bem?:)

amok_she disse...

...cara Jo (The Crazy-One), a razão de ter "plantado" aqui o seu perfil foi, tão só, a de explicar onde e como é q, finalmente!, percebi q me tinha enganado/desenganado e voltado a enganar-me...acabando todos os (des)enganos no dito perfil!...como o mesmo é público achei não cometer nenhum "crime" cop&pastá-lo pr'aqui... cometi???

andorinha disse...

Portocroft,
Não estou a perceber nada dessa conversa que estás a ter com o Júlio.:(
É conversa de homens?? :)))

PortoCroft disse...

Andorinha,

Nada disso. O Prof. é que tem razão. Nada esperar desta equipa é a coisa mais lucida a fazer. Somos megalómanos? Claro que sim. Até pensamos na dobradinha quando os jogadores andam todos podres. ;)

Mas lá por isso eu faço-te respiração boca-a-boca, sem ser preciso que o Benfica perca.


Sabes que tudo o que se escreve neste blogue tem, automaticamente, força contratual? ;)))))))))))))))

PortoCroft disse...

Andorinha,

Nada de especial. Gloso a falha duma letra no texto do Prof.:

'meu cao Portocroft'

andorinha disse...

Portocroft,
:)))))) Está explicado. Não tinha dado por isso!
Quanto a possíveis obrigações contratuais não te preocupes, falamos depois.:))))

Julio Machado Vaz disse...

Portocroft e Andorinha,
Vou dormir, sinto-me a pega do galheteiro:). Divirtam-se e viva o Benfica!

PortoCroft disse...

Caro Prof.,

Olhe que não. Olhe que não. Julgo que a Andorinha daria tudo para o ter no meu lugar. ;)

andorinha disse...

Júlio,
Não vá dormir por nossa causa.:(
Vou ficar com um peso na consciência.

andorinha disse...

Júlio,
Não ligue ao que o Portocroft diz.
O homem está a delirar! Tanta cerveja depois dá nisto.

Anónimo disse...

Desde já muito obrigada por ter aceitado a boleia, mesmo sem saber se sou ou não boa condutora! Mas não é correndo riscos que, tantas vezes, chegamos a alguns momentos de felicidade?
As suas palavras, e outras que encontrei em alguns dos comentários, fizeram-me bastante sentido. Sempre fui muito adepta do "Carpe Diem" e do usufruir de instantes (com uma localização concreta no espaço e no tempo), não tentando perpetuá-los até ao infinito, certa de que isso os desintegraria. No entanto, ultimamente dou por mim algumas vezes em busca de uma qualquer estabilidade mais duradoura ou permanente, à qual não sei bem que nome dar...
Mesmo estando consciente de que somos ingénuos quando desejamos que emoções e afectos durem para sempre! Mas nem por isso o Sol deixa, todos os dias, de se afundar, envolvendo-se com o mar numa paixão condenada ao nascer de um novo dia.
Um amanhã. E amanhã certamente eu estarei por cá outra vez...

PortoCroft disse...

Andorinha,

A menos que o Delta já venha com 'cheirinho', não é nada disso.;)

Mas, é evidente que entendo, perfeitamente, ser muito mais interessante dialogares com o Prof. do que comigo. Cabecinha pensadora.;)

amok_she disse...

Ao reler a última questão do post do Prof e ao relembrar as "teses" dos anti-cotas, anti-velhas e anti_geras ...ocorre-me uma ideia tantas vezes já "transparecida" am alguns dos "comentaristas" de serviço: com o passar dos anos as mulheres envelhecem, os homens tornam-se sábios...:->

noiseformind disse...

Ananova... quem espera sempre alcança.

CrazyJo, é assim mesmo, não deixes que o apodrecimento dos ovários de algumas se intrometa no são convívio das palavras.

Lobices, excelente, fabulosa e cartesiana explicação:

"2...se fossemos felizes de um modo "estável" etc... Claro que não claro que não podemos ser felizes de um modo estável e presente a todos os momentos; porque há o seu contrário: O não estarmos felizes, o não querermos sê-lo... hoje não me apetece comer, pôrra; tou chateado; isto é o suficiente para se dizer que, naquele momento, eu não estou feliz"

"A existÊncia de contrário prova a falsidade dos absolutos", definição da Teoria das Cordas que muito gostei de ver aplicada ao meu campo ;))))))))))

Num mundo de umbigos é difícil ver um pouco mais longe. Hoje foi a ante-estreia nacional do filme "A Vingança dos Sith", episódio final da triologia prequélica da Guerra das Estrelas. Muitos geras lá estiveram, mostrando que mantinham vivas as inquietações do seu passado, a passagem para "o lado do mal", o medo de perder o seu grande amor, e acima de tudo, o terror à morte, que a todos nos toma de surpresa.
Em 83 comentários (feitos até à muito decente hora da meia-noite e meia) nenhum tocou neste facto prevalente. E pq? Pq não se interessam? Bem, não penso nisso. Presumo que é pq ainda não há opinião formada, não há fontes de onde ir beber, temas de capa em revistas ou comentários iluminados que autorizem os gerologos a pronunciarem-se. Ainda não há opinião formada, portanto vão falando do futebol e quejandos.

Mas uma frase irrompeu de tudo o que foi dito que marca bem o discurso de quem está ferido de morte pelo tempo:

". Porque não se vai a lado nenhum. Está-se, com maior ou menor vontade de estar por aqui. E isso não é apanágio de nenhuma idade."

Estar, permanecer, não arriscar nada que altere o equilíbrio preincidente. Está-se com maior ou menor vontade, os anos vêm vindo, vão passando, a sombra neutra e apagada define-se num calendário, imóvel. Foi das frases mais sinceras que por aqui vi escritas, se bem que rodeada de outros floreados. Todas as nossas paixões, perdas, lutas e alcances resumidos a um resistir ao preenchimento da frase "falecido em: ". É precisamente este pensamento que define alguém que se apercebeu da sua mortalidade. Se morrer será o prenchimento dessa data pois já deixou prensil no tempo as tais devidas marcas. E portanto todas estas canseiras que tocam aos jovens de todas as idades são um drama ridículo e teatral. O tempo "vai-lhes dar razão" pq o tempo determina que todos vamos para o fim. E a nossa procura de felicidade é vã pq eles já estiveram lá e esvaziaram todos os relicários, eles deram o máximo e não foram vencidos por eles próprios e pelo cruzar de braços, não, foram vencidos pelo tempo, ingrata contagem, que lhes coloca tanta sabedoria nas mãos numa altura em que "já ninguém lhes liga, o gatito já morreu" como escreveu algures, parafraseando Brel e lamentando a sua morte, o Éme em persona. Um jovem não se define pelo aplacar do tempo, pela desagregação dos átomos e visceralidade de conclusões tidas com consciência do fim. Isso é a postura de quem se "remedeia", de quem se "aguenta", de quem se "conserva". Um jovem desafia, erra e não tem medo do ridículo se esse ridículo servir para a descoberta de si. Sendo o alcoolismo prevalente em pessoas acima dos 55 anos não vemos por aí grandes Queimas dos Cotas, o seu beber está escondido em bares de salas de estar refinadas, em cafés de aldeia escudados da rua. E quando se fala de sexo não falam do deles, falam de que hoje em dia se valoriza muito isso. Esses é que são os velhos deste mundo, os que estão "fora" do contexto dramático de se procurar sentidos, que se metem todos no yoga pq fulana está melhor de saúde, pq de repente descobrem que são mortais quando vão ao funeral do amigo mais chegado.

Peguemos noutra pérola:
"Evito morrer de véspera como o perú. Nos momentos felizes que guardo no álbum da vida, a angústias peregrinas digo não - somaria rugas e desbotaria o sorriso."

Evitamos morrer de vespera, não temos angústia, mas onde está a frase " e nestes momentos felizes". Não... memórias, passado, sapiÊncia, cruzei-me com x,y,z. Já aqui falei na taxa debochada de divórcios entre pessoas de idades distantes de mais de 10 anos. As expectativas criadas durante o namoro com o cota supostamente "pra-frentex" de finas palavras e acima das preocupações mundanas esvaem-se com o choque atordoante com rotinas de anos. Fosse a vivência humana factor tão grande de estabilização e o mito do pai-avô estaria mais disseminado que o HIV, a preferência por companheiros mais velhos seria o padrão e não a excepção e a matrimonialidade intra-geracional seria de uma estabilidade assombrosa.

Mas vamos um pouco mais adiante nesta classificação de gerontoemotividade: está além da idade e é matriz de qualificação da felicidade. Uma mulher de 30 anos que aceita a infidelidade como "natural" para mim não tem uma postura mais velha que a mesma mulher de 50 anos que toma essa atitude face ao comportamento do parceiro. Em ambos os casos está latente esta dissociatividade das emoções, esta aceitação do caso consumado.

A questão das pessoas ficarem em dessintonia com o seu tempo é precisamente quando passam o "eu sou assim" para "o mundo é assim e eu sou assim". Quando os acontecimentos deixam de afectar a personalidade da pessoa, quando o vivido se torna não só apenas condicionador mas dogma do pensado cá temos uma atitude inconsistente de auto-preservação, normalmente assentada no bastião dos "valores", os valores que para o indivíduo velho, seja qual for a sua idade, estão em extinção e do qual ele é um relicário. Um relicário passivo, tem os valores dentro dele mas não os exerce em actiivdade com o mundo, pq o mundo está "perdido", "condenado", e há um desinteresse real em conhecer o que se passa no mundo, aumentando a incredulidade com os retratos feitos dele. Deste tipo de atitude pode-se ir buscar muitas frases por esta caixa de comentários fora:



Vive-se num mundo em que tudo gira de tal forma na base do interesse, proveito ou vantagem que se possa tirar duma situação, que se desconfia que alguém possa dar afecto duma forma totalmente desinteressada


- Com mais de 50, ainda hoje desconheço o número exacto de pessoas desta idade que tenham passado por mais ou menos divórcios, traições e dependências do que as de 30.

Há mulheres novas fisicamente horrorosas cheias de fast food e celulite e cheias de inveja das mães delas. Desconfio sempre de quem pavoneia na internet a pouca idade. A única coisa que pavoneia, em geral, é a pouca idade mental.

No entanto, ultimamente dou por mim algumas vezes em busca de uma qualquer estabilidade mais duradoura ou permanente, à qual não sei bem que nome dar...


Associo Felicidade à infância e juventude.
A partir do momento que saimos de casa, do nosso ninho, aí começam as complicações em saber se somos, se estamos felizes ou não.
Também já não acredito na felicidade, viver sempre nesse estado ...já acreditei

Esta postura de viver em espaços compartimentados de suposta comtemplação À medida de que ainda se tem muito para dar ao mundo é latência de sofrimento com o ser-se ultrapassado pelas incidências da realidade. Felicidades? Felicidade? Plurais ou singulares? Dinâmicas ou ausentes? Perplexas ou interpretadas?

Acima de tudo: resultado de experiências. No fim de um casamento toda a gente diz que "afinal não era o verdadeiro amor" para logo se precipitar noutro com reacesa chama. Um velho dirá que o casamento não será a melhor solução, deve-se coabitar mantendo os espaços compartimentados, pelo sim pelo não se calhar convém manter a casa dos tempos de vida solteirã :))))) um jovem estará com alguém pq quer estar e pq se sente preenchido por essa pessoa, o grau de exigência face a essa pessoa será maior pq pretende que da convivência resulte um novo grau de interpretação da sua própria vida.

Um velho pode descobrir a juventude aos 70 anos na casa de repouso para onde foi enviado pela solidão e falta de ocntacto pelos filhos. E pode, vivendo-a, ser jovem outra vez.

E o mais febril dos jovens pode atribuir a falha de calculo o fim de uma relação e rodear-se de todo o arsenal calculista para evitar novas falhas, descolando-se assim da realidade factual dos afectos para se enquadrar nas necessidades suas e urgentes.

Um jovem valorizará a intensidade... um velho valorizará a continuidade...

Viva o CSKA, abençoado seja!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(afinal nem tive de esperar pelo fds de morte para reaver as £££££££££££££££££££££££ perdidas com a hecatombe de Sábado passado ; )))))))))))))))))))))))


Quanto ao 5 do dono do tasco é pescadinha de rabo na boca que ele sabe muito bem a resposta!!!!!!!!!

Se alguém está em estabilidade e insatisfeito é óbvio que a estabilidade não corresponde a uma satisfação tendencialmente plena mas a rotinas toleráveis. É como o tipo que diz que tem uma mulher adorável que lhe faz tudo mas que a secretária arisca que se faz difícil e até lhe manda convites pornográficos via Bluetooth lhe desperta ganas. Não imagino este tipo a ponderar traição com uma companhia sexualmente mais preenchedora! Ou então casamentos estáveis feitos de anulação de escolha individual, normalemnte da parte da mulher, em que depois de cumpridas tarefas sob pressão social (maternidade e "bringing up" dos míudos) as mulheres "de repente" demandam a outras paragens e aspiram a outros contextos! A "adrenalina" raramente acaba com relações estaveis que sejam suaves navegar. O que acaba com essas relações é precisamente terem perdido a capacidade de endocrinamente gerarem adrenalina ;)))))))))))))

E pronto, c'est tout, fini

Elisa, bem re-vinda, e comente rapariga, comente ;)))))))))))))

Anónimo disse...

Noise quase inalterável,

Mais uma vez você, não se atrapalhou com a generosidade da dádiva dos outros, o que seria comovente e perder-se na comoção teria sido de homem (e acrescentar-lhe-ia a tal de adrelanina, da que pensa ter em demasia).

Novamente você disparou para todos os lados a sua sapiência, ousadia e arrogância, o que teve alguma graça, mas não muita.

Outra vez o ouço falar dos males que "acha" os outros terem confessado: "do estar, permanecer, não arriscar nada que altere o equilíbrio preincidente". Tanta interpretação já chateia.

E, repito, que é de homem ter e deixar de ter expectativas, com maior ou menor adrenalina. E é de homem cavalgar o tempo com raiva e determinação mas não o tenho visto fazer isso.

Qto às palavras "personalidades", "vividos", "condicionador", "dogmas", "pensado", "auto-preservação", "bastiões", "valores", "relações estáveis que sejam suaves navegar" das suas frases finais, terei que lhe dizer que nunca as usei e que as detesto.

Esperando que modifique um pouco essa postura de pvc inalterável e que tenha "compaixão", a começar por si próprio, aqui "fico" atenta e agradecida pela sua atenção,

Entretanto, gostaria de o ler mais no seu blog.

E&E

Anónimo disse...

"A VOZ DA FELICIDADE

Após o passamento de Banquei, um cego que vivia perto do templo do mestre disse a um amigo:
- Desde que ceguei, não posso ver o rosto das pessoas, de modo que sou obrigado a apreciar-lhes o carácter pelo som da voz. Geralmente, quando oiço alguém cumprimentar outrem pela sua felicidade ou o êxito, oiço também um secreto tom de inveja. Quando se exprimem condolências pelo infortúnio de outra pessoa, oiço prazer e satisfação, como se aquele que se diz penalizado estivesse, pelo contrário, alegre por ter ficado com alguma coisa a ganhar no seu próprio mundo. Contudo, em todas as ocasiões, nunca a voz de Banquei deixou de ser sincera. Sempre que exprimia felicidade, eu nada ouvia senão felicidade, e sempre que exprimia pena, pena era tudo o que eu ouvia."
(19/Maio - O Amor É - a sua voz!)

Felicidade é uma gota de orvalho numa folha dourada pelo sol nascente. Tão efémera por tão bela.
Um abraço,

amok_she disse...

...ai E&E, a menina é tão tolerante!;-)...gabo-lhe a pachorra!;-)...e já ag, diga-me: essa tolerância ganha-se com a idade?;-)... é q 'com_paixão' eu já vou aprendendo, mas ...tolerância!? ...ainda me custa um bocado!, em especial para certas menoridades mentais...folgo que ande por aqui, "serve-me" assim como que um bocado de contra-ponto, fazendo-me sentir menos "remorsos" pela necessidade de atirar com o q penso deste nosso portugalzinho intelectualóide!:-> ...q a pachorra nc lhe falte!!!;-)

...um bom dia para todos q eu vou ver se aproveito praia...:-)))

Anónimo disse...

Professor,
5) - Ou ambas?
- E se baixamos, somente, as expectativas, até quando?
Até partir a loiça toda?! - Pode alguém ser quem não é?

Tão só, um Pai disse...

Noise,

É difícil gostar-se, ou não, de tudo o que dizes. Demasiados os dedos nas feridas. O texto é longo e surpreendente. Tem que ser melhor entendido. Vou guardá-lo. Este fim de semana, no meu barzinho de Carcavelos, ao som das ondas e das baladas do John Coltrane, relê-lo-ei, linha a linha, palavra a palavra.

Fizeste bem em abordar a morte. Quer queira quer não, ela terá estado, sempre, subjacente nas minhas escolhas e opções.

Provávelmente, sob a forma do "tempo que ainda tenho para viver a vida".

Falemos das expectativas. Das de vida, e de felicidade que lhes estão subjacentes.

Aos 20, sentia que tinha mais 20 anos de vida, até aos 40, onde tudo acabava. Tinha 20 anos para fazer tudo: matar-me a trabalhar e ficar rico, amar, constituir família. Depois dos 40, restava reformar-me e usufruir da vida, dedicar-me à família, e aventurar-me em coisas como dar a volta ao mundo num veleiro, tirar o brevet e pilotar um avião.

Aos 30, já sabia que aquele plano era demasiado tolo, que precisaria de muito mais tempo para a família, e os restantes 10 anos seriam dedicados a isso. Com gosto.

Aos 38, aceitei que nem tudo iria acabar aos 40, haviam outras formas de vida por explorar, gozar e usufruir, pus de parte sonhos de juventude que já não me atraíam, e que haveria, ainda, que trabalhar mais e muito, agora para a família.

Aos 40, fiz um balanço de vida, chateei-me por ser mais pobre e menos bem sucedido, financeiramente, do que alguns ex-colegas da faculdade, senti-me encurralado pela falta de opções e as portas que se fecham, de repente, para nesta idade. No entanto, a morte ainda vem longe, continuamos novos por dentro e por fora, os conflictos nas relações são meros acidentes de percurso, à espera de dias melhores, que leve os amuos e os ressentimentos, porque o tempo tudo resolve a contento. Lixei-me.


Aos 45, …

Acordo e penso: "Calma, faltam-me 5 anos para o fim desta vida que quero, e isso deve ocorrer lá para os 50".
O ginásio e outras actividades físicas são praticados com bom senso, não para me trazerem os bícepes e os peitorais da juventude, mas para a manutenção da carcaça e uma apresentação razoável. Acima de tudo, há que cuidar da alimentação.

Antes de cada aventura físicamente mais exigente, pondero se, de facto, estou com a condição física necessária para entrar nela, não vá incorrer nalguma lesão que, e aqui já tenho a certeza, me acompanhará até ao fim da vida. Claro, existem, ainda, coisas em que a tentação é maior que o juízo.

Mas o pensamento não recai, agora e exclusivamente, sobre a sobrevivência em termos físicos. Já se preocupa, e muito, com a emocional e psíquica. Que se desgasta muito depressa. Descobri-o demasiado tarde, só agora dei por isso. Mais uma vez, lixei-me

Pois, e nas relações?

Olhando para o meu prazo de vida útil, os tais 5 anos, quero-os sentindo a vida, respiração a respiração, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia. Não com essa caldeira acesa a milhares de graus. Essa não me deixa fazer seja o que for, em consciência de que o estou a fazer. Quero e procuro sentir aquele fogo sempre bem quente, aveludado, protegido do vento, sem derreter metais ou queimar tudo á sua frente. Chamo-lhe “muita ternura”. Esse fogo que me faz, também, perder a cabeça, sem me perder do que sou e do que são os outros. Que me permita fazê-lo em consciência, usufruindo de forma sentida cada momento, sem passar por eles como antes passei pela vida. Ou seja, sem ter dado por isso, que a vida e o tempo passavam.


Bolas, e a felicidade?

Pois, quero estar bem com a vida e com os que fazem parte dela, para o melhor e para o pior. Sentir, sempre, uma grande, mas muito grande ternura, e amar muito, assim. Estas são as minhas expectativas, as de felicidade, porque são esses os momentos que me deixam e sempre deixaram feliz. Olhando para trás, aprendi.

Um abraço.

TsuP

Anónimo disse...

TsuP

Grata por admitir aqui que esse fogo lhe faz perder a cabeça, sem se perder do que é e do que são os outros e que se permita fazê-lo em consciência, usufruindo de forma sentida cada momento, sem passar por eles como antes passou pela vida e sem ter dado por que a vida e o tempo passavam.

Mto grata
E%E

noiseformind disse...

Tsup, hoje mesmo darei continuidade ao seu discorrimento. PEnsamentos assim não merecem ter foz em si mesmos e vou pegar no que escreveu, fez-me pensar e juntou-se a mim e ao Lobices a pensar sobre as feridas e não se limitou a sangrar delas. Com ou mais paciência ;)))))

Não demorarei mais do que o dia de hoje, prometo-lhe


Peter

Raquel Vasconcelos disse...

"5) (…) “estou feliz ou acomodada?”. (…) tornamo-nos mais sábios ou baixamos as nossas expectativas?"


Durante muito tempo achei que baixara as expectativas, mas que tudo o resto compensava. Pergunto-me como é que os casamentos duravam tanto tempo, até que ponto ficávamos amorfos ou se as expectativas eram realmente menores.
A mulher obtinha um lar, marido, filhos, e tratava do conjunto (e o marido até era suposto traí-la sem vergonha por aí além para ela).
Agora desejamos mais, toleramos menos, tentamos obter, primeiro através das palavras e depois da desistência, outras respostas...
Nunca quis níveis de adrenalina imensos, que isso é incompatível com a vida real. A mudança de temperamento de um namoro para um casamento entristece-nos, mas o nosso poder de encaixe ainda estica o suficiente. Mas essa ânsia fica cá dentro e morre-se um pouco. Ok... nada a fazer. Mas vive-se.
O que mata a suposta felicidade no seu todo é o total afastamento, que de tão gradual mal se nota, e um dia damos por nós a perguntarmo-nos se realmente queremos viver assim por mais trinta ou quarenta anos (é que posto em anos subitamente fica mais cruel). E entra-se em ruptura...

Podíamos ter feito mais, falado mais, expressado mais. Tentado mais.
Mas acabou e voltam novos amores.

Talvez nem toda a gente com experiência, amadurecimento e envelhecimento deixe de retornar aos mesmos erros, ou são eles que retornam com se fossemos um íman.
Terá valido a pena tentar? Porque de novo a resposta do novo parceiro parece obstinada e vaga, mais uma vez. E se isso nos acalma as culpas, pq afinal (na anterior relação) tínhamos tentado, dito, gritado! E a culpa não foi inteiramente nossa. Parece “dejá vu”
Agora que tínhamos “procurado” essa tal felicidade de uma forma mais real, mais consistente. Olhamos em redor e consideramos que quem elevou as expectativas talvez tenhamos sido nós. E que tenhamos que nos acomodar... talvez valha a pena fazê-lo.
Sábios ou não, correr sempre atrás de moinhos de vento (já q se fala de "Quixote") começa a parecer perda de tempo. A parecer insano.
E depois… depois deve entrar Freud no meio. Procuramos aniquilarmo-nos no que mais nos importa com uma imensa mestria. Alguns, é certo. Não todos. E por isso a pergunta posta no ponto 5 nunca será preto ou branco.

Anónimo disse...

Desta vez, Noiseformind, acertaste...
Captaste bem o conteúdo do meu comentário...
No outro dia quase que me zanguei "a sério" contigo... mas parece que agora estás mais sossegado...
Até à próxima

Anónimo disse...

Se os momentos felizes foram mesmo só momentos, azar o seu, tem a minha solidariedade, mas tive momentos desses que duraram meses.
Porra, que saborosas memórias e desejos de voltar a ter meses assim!

Anónimo disse...

Noise

Hoje mesmo Nos encontraremos no Paraíso.

Não demorarei mais do que o dia de hoje, prometo-Lhe.

Deus