sexta-feira, março 03, 2006

Várias vezes...; por indivíduos diferentes...; ao longo de vários dias...

Travesti terá sido atirado ao poço ainda com vida
2006/03/03 | 09:30
Exames complementares aos órgãos internos clarificaram morte

A autópsia realizada ao travesti sem-abrigo que alegadamente foi morto por um grupo de adolescentes no Porto revela que a vítima terá sido atirada ainda com vida para o poço de um prédio abandonado.

Em exames complementares realizados no âmbito da autópsia, os peritos encontraram nos órgãos internos de Gisberta (como era conhecido o transsexual) organismos idênticos aos que existem na água do poço, escreve o DN citando uma fonte judicial.

Conforme já tinha noticiado, um sinal de que o transsexual ainda estava vivo quando foi atirado ao poço foi o facto de o corpo não ter sido encontrado a boiar, mas submerso.

A investigação começa assim a encontrar uma causa para a morte do sem-abrigo, refere o DN, acrescentando que «o nexo causal poderia ser bastante difícil de averiguar se o corpo já tivesse sido atirado ao poço sem vida», pois tudo indica que a vítima tenha sido agredida várias vezes por indivíduos diferentes ao longo de vários dias.

Daí - acrescenta o DN - os primeiros resultados da autópsia, conhecidos no início desta semana, não terem sido conclusivos.

Recorde-se que o crime terá sido cometido no fim-de-semana de 18 e 19 de Fevereiro, mas o corpo só foi encontrado na quarta-feira seguinte num poço.

PortugalDiário.

44 comentários:

Anónimo disse...

Porque será que tanta gente que nasce e vive de uma forma desgraçada acaba, normalmente, por ter uma morte ainda mais desgraçada ?! É este tipo de coisas que me leva invariavelmente a dizer que “se Deus existisse mesmo, nada disto aconteceria”. Ao que os crentes costumam, desajeitadamente, responder que certas coisas menos boas só acontecem “porque Deus não se imiscui no livre arbítrio do Homem”. Como eu gostava que Deus fosse um genuíno presidencialista...

Filipe Carmo disse...

Homofobias continuam em grande em Portugal. Os jovens são educados para ser homofóbicos!

É mais uma tradição, que por ser tradição dificilmente poderá ser tocada!

Não duvidem que há quem consideres estes "assassinos" como herois!

Já agora, curiosamente, postei esta madrugada sobre "Homofobias", casamento homosexual e adopção.
Quem quiser dar uma vista de olhos e comentar, ficarei agradecido.
Obrigado.

http://ex-sitacoes.blogspot.com

noiseformind disse...

Diria o nosso amiguinho João César das Neves:

-Isso de atirar uma bicha sidosa a um poço e deixá-la morrer deveria fazer parte de qualquer salutar educação para a heterossexualidade, agora que vão fazer nas escola educação para ser maricôncio.

Anónimo disse...

Diria a vítima:
Só aqui apareceram estes trastes...
onde estavam vocês?
que pavor
que charco
quais deuses
quais nada

maloud disse...

Eduquem-nas. Eduquem as nossas crianças e adolescentes. Deixem a obsessão das notas e dos charros e concentre-se no que é importante e para toda a vida. A bondade, a compaixão, o respeito, o horror ao sofrimento do outro não são inatos. EDUQUEM-NAS, que eu já eduquei as minhas no que era verdadeiramente importante.

Anónimo disse...

E não seria grande surpresa que esses adolescentes se entretivessem sexualmente uns com os outros, dentro ou fora da instituição.
A diferença é que o travesti era o paradigma dos que poderam ser eliminados sem qualquer sentimento de culpa.
Pois não acho que a tortura que lhe foi infligida durante dias lhes causasse qualquer sentimento incómodo.

Mário Santos disse...

Nestas alturas o horror do que somos capazes de fazer esmaga-nos. Porquê esta violência?

A Menina da Lua disse...

Hoje de manhã ao ler no jornal a confirmação dos resultados da autópsia...senti aquele horror que reconheço existir em determinados actos humanos e para os quais sinto uma profunda incompreensão...

Será por sermos tambem "animais" com tudo aquilo que isso implica?

Será que o prazer tem fronteiras tenebrosas?

Será que o vasio de valores humanos nos faz levar por caminhos nunca "visitados"?

Será?

Como é que se terá sentido a vítima ao ponto de se deixar, indefesa, lançar para o poço ainda viva?

São respostas francamente muito crueis!...

Menina Marota disse...

... a sociedade (ou diria antes a Humanidade)está a cair num abismo total, onde os valores não prevaleceram, não se consolidaram, onde os exemplos não vieram de cima...
...a violência gera a violência, e não arranjemos desculpas, para nós e para os outros... porque não se dá importância ao essencial, caímos na tentação da desculpabilização, do confronto, da estigmatização...
Olhar no vácuo, aceitar a violência que nos entra porta adentro no dia a dia, que vimos ao virar da esquina, que vimos no relacionamento de uns e outros, em que aquele que é “diferente” é olhado de lado, com repulsa, com escárnio…
Apontar o dedo é fácil, procurar que o ser humano, se torne melhor, é bem mais difícil…

Bom fim de semana

lobices disse...

...para:
fora de lei at 12-05 PM:
...Deus, a existir, nada pode fazer:
...
...toda a comunidade científica diz (e por que não acreditar?) que, um dia, há 20 mil milhões de anos, uma partícula mais pequena que uma ervilha (seria verde ?), explodiu e aí se deu o famoso e chamado BigBang! Grande coisa! Quem é que lá estava para ver?
...no entanto, continuando a crer, o big bang expandiu-se e em menos de 1 segundo alcançou o tamanho (mais ou menos) que hoje a nossa vista e os telescópios e outros, alcançam...
...como é que uma partícula do tamanho de uma ervilha atinge, por expansão o tamanho actual, é algo que não me entra nos neurónios, no entanto, vamos continuar a acreditar...
...se assim é, tudo o que existe é uma ervilha desfragmentada e nós somos pontos quase inexistentes nesse tão ínfimo tamanho mas que, à nossa vista, é enorme aquilo que os nossos olhos alcançam...
...mas continuemos...
...a ervilha expandiu-se e diz-se que o Universo (que significa tudo o que existe) se encontra em contínua expansão. Para onde, não sei, mas acreditando no que dizem e como isto não tem fim, ele continua a "vogar" em círculos concêntricos como quando se atira uma pedra a um lago e aquelas "rodas" se afastam umas das outras...
...e, no meio disto tudo, surge uma "caganita" de mosca que é o nosso planeta terra onde começou por existir uma raça chamada a era dos dinossauros que acabou por sucumbir (as últimas duns cientistas franceses, dizem que foi o metano expelido pelos gases intestinais dos dinossauros que infestou o ambiente e daí a camada de ozono destruiu-se e os dinossauros desapareceram para sempre...
...depois, vieram outras espécies mais pequenas (que, se calhar davam "peidos" mais pequenos e não afectaram tanto o ambiente) e por isso foram-se adaptando às evoluções e hoje estamos nós no centro de todas as discussões como se fossemos Deuses num Olímpo mascarado de ideias preconcebidas e omniscientes, como se tudo soubessemos e tudo o resto ... fosse para o inferno (como na canção do Roberto Carlos)...
...e, hoje, discute-se ...quem é DEUS ?
...para já, ninguém ainda me disse o que é que existia antes da "ervilha" explodir...
...para já, ainda ninguém me disse quem foi que criou a "ervilha" e depois a detonou para ela explodir...
...para já, ainda ninguém me disse o que era "isto" que hoje os nossos olhos vêem, antes da explosão da coitadinha da "ervilha"...
...mas a verdade única e insufismável é que existimos e se existimos é porque viemos de algum lado e se viemos de algum lado é porque alguém nos colocou cá e se alguém nos colocou cá...quem foi? Foi alguém, antes de nós, antes de tudo isto, que teve de dar o início a tudo o que hoje existe...
...o problema maior está aí. Compreender o início. O que se passou a seguir são puras conjecturas e qualquer uma delas nos serve para justificar as nossas ideias idiotas e meio absctraccionistas na medida em que, por mais que tentemos, nunca conseguiremos chegar à verdade...a verdade está aí algures...Xfiles...
...só que não temos direito a ela, verdade!
...então, para mim...no princípio era o Verbo e o Verbo se fez carne e habitou entre nós! Nem a Biblia Sagrada tem explicação.
...então...resta-me conjecturar e aventar uma das mil trezentas e quarenta sete biliões oitocentas e setenta e nove milhões duzentas e catorze mil trezentas e sete - 1.347.879.214.307 - (esta última é a minha) de hipóteses, lançadas pelo inteligente ser humano que somos nós que temos a mania que tudo sabamos e afinal de contas falta-nos a humildade de dizermos que só sabemos que nada sabemos...
...mas, como ía dizendo, o Universo é contínuo...expande-se e contrai-se. Neste momento está em expansão e um dia contrair-se-á até àquele buraco negro que fará dele uma nova "ervilha" que, de tanta energia que possui, explodirá novamente e de novo o ciclo se renovará, ad eternum, em busca da perfeição...
...porque Deus, sendo Uno, é o próprio Universo, é a ervilhinha que anda dum lado para o outro até encontrar a finalidade da sua própria missão. Deus, Ele próprio, ainda não sabe o que há-de fazer de nós, "filhos" criados à sua imagem...mas quem foi que não teve a coragem de dizer que os dinossauros também podiam ter sido criados à imagem de Deus Pai, o Criador, o próprio Universo, Uno, indivisivel, eterno e sempre renovável?
...Deus é a modos que um artista que renova constantemete as suas obras como nós agora editamos um texto, quando não nos agrada uma frase vamos ao back e voltamos a reescrever...
...é isso que Deus faz...mas Deus existe...não como aquele ser de barbas e de braços abertos que ensinaram às criancinhas nem como aquele que se encontra pintado e desenhado em muitos lugares... Deus não existe fisicamente; Deus é espírito, é vontade, é força, é vida, é amor, é isso, um cientista que se fez "ervilha" e se autodeflagrou para ver no que dava... não Lhe agradou e voltou a experimentar e andará sempre em experiências até atingir a perfeição...quando isso acontecer...saberemos quem é Deus...
...porém, desde sempre me ensinaram e parece ser do "agrado" geral que Deus é Omnipotente, Omnisciente e Omnipresente. Ou seja, Deus é todo poderoso, Deus sabe tudo e está em todo o lado...
...que Deus sabe tudo é uma verdade 100% admissível; que Deus está em todo o lado é um dogma aceitável (até eu mesmo -cristão, apostólico, romano- entendo que Ele é tudo o que existe, logo Ele é tudo e tudo o que é é Deus!)...agora que Deus pode tudo...já não se me "encaixa" na trilogia Omni pelo simples facto de que é visivel no dia a dia, aquilo que nós chamamos -se Deus quizer- ser uma frase que de tão simples que é, traduz o mais complicado dogma da fé, que é exactamente o porquê de Deus não fazer tudo aquilo que nós achamos que seria "fácil" para Ele fazer e que não é feito: por que existe fome num lado e abundância num outro; por que existe doença nuns e saúde noutros; por que existe a dor e a alegria; por que razão seu filho Jesus "teve" de morrer na cruz se era o filho de Deus; por que razão morrem tantos inocentes e os maus andam cá por cima; por que razão é que a razão é tão dúbia?..
...Por que razão é que o Universo (criação Divina) gira todo tão certinho onde nada falha há biliões de anos e neste planeta infinitesimal (mais pequeno que um grão de areia no meio da imensidão infinita do Cosmos) as "coisas" não giram assim tão certinhas? Uns passam fome enquanto outros esbanjam; uns sofrem enquanto outros riem; uns morrem enquanto outros vivem; uns têm frio enquanto outros têm calor; uns choram enquanto outros riem...
...Deus não pode fazer mais daquilo que já faz!...
...a tarefa Divina é já muito grande e Deus não pode tudo?...
...tudo terá de ser assim por Sua vontade ou porque Deus não pode dar a felicidade a todos os seus filhos? Porque uns merecem e outros não merecem? Mas, por que razão é que aquele merece e o outro já não merece? Por que razão soltaram Barrabás e Jesus foi condenado? Por que razão é que aquele avião caiu tendo morrido toda a gente menos aquele menino de 5 anos? Por que razão é que aquele acidente de automóvel se deu naquele preciso momento e naquele preciso local? Bastaria que um deles tivesse saído de casa um minuto antes que já não se teriam cruzado daquela forma, naquele momento e naquele local?... Por que razão uma criança de 15 anos vem cá para fora, mata 2 pessoas e depois se suicida?...
...porque Deus...está de mãos atadas!...
...Deus não pode fazer tudo ou então...
...tudo acontece porque Deus quer!...
...e, se tudo acontece porque Deus quer é porque tudo tem de acontecer e se tudo tem de acontecer é porque tudo está escrito no chamado "destino"...
...se tudo o que acontece é por vontade Divina, então não é preciso fazer nada, pois tudo nos virá ter ás mãos, o bom ou o mal.
Se tudo o que acontece é por acaso, então Deus não existe ou não intervém, e tudo acontece aos trambolhões e á sorte...
...só que me parece que isto anda tão certinho que tem de ter um "maquinista" a dirigir a composição do Universo, e esse maquinista é um ser vivo, pensante, poderoso, omnisciente, omnipresente e tudo o que acontece faz parte da "gestão" que Deus tem de fazer do Universo que criou, ou seja, Deus ou Alguém a quem eu chamo de Deus, está a mexer os "cordelinhos" das nossas vidas e nós não somos mais do que "marionetes" com inteligência e poder de decisão mas que não conseguimos fugir ao "destino" que está traçado no Universo do qual fazemos parte e da mesma forma que as estrelas morrem para dar lugar a supernovas, nós também nos vamos para dar lugar a outros que possam vir fazer melhor ou pior do que nós.
...agora...ninguém se atreva a dizer que isto tudo que existe anda por aí sózinho, ao calhas, sem nada que o comande, sem nada que o dirija, sem nada que lhe mostre o "caminho"...
...Deus, Buda, Jeová, Alá, Pai Divino, Universo, Infinito...o que quer que lhe queirais chamar...algo de superior TEM de haver.
...nós não somos mais que o "produto" de uma vontade que, sendo nossa não a é por inerência mas sim por obediência a padrões que não nos é dado ainda conhecer as razões...
...
(texto publicado nos fóruns do sapo em 30.7.2000)

Pamina disse...

Boa tarde.

A Maloud (12.40) diz que é preciso educar as crianças para a bondade, a compaixão, o respeito pelo outro. Concordo.
Gosto muito da palavra compaixão, pois define um sentimento que nos torna efectivamente humanos: "sofrer com".
Os elementos dum grupo que pratica estes actos não são capazes de sentir compaixão, o que sentem é uma grande necessidade de auto-afirmação. Um acto obviamente tão cobarde faz, no entanto, com que aqueles que integram esse grupo se sintam como heróis. Atacam sempre o diferente e/ou o mais fraco: homossexual, negro, deficiente mental.
Relativamente ao caso específico dos homossexuais, sucede frequentemente em todo o lado, de tal modo que existe a expressão "gay bashing" (podemos ver uma cena no filme Brokeback Mountain). Não sei se alguém reparou num episódio da série "Casos arquivados" que a RTP1 está a transmitir, onde, 40 anos depois, foi desvendado o assassínio de um jovem homossexual nos anos 60. Nesse tempo, homossexuais, transsexuais e travestis tinham sido alvo de insultos e agressões num certo bairro, inclusivamente por parte da polícia ou com a sua conivência. Claro que o episódio pretendia mostrar que aquilo eram "coisas do passado" e que os polícias modernos têm outro comportamento.
Juntamente com a educação de base, acho este ponto muito importante. Estamos mal, se a polícia e os magistrados pensarem que "o tipo estava a pedi-las, pois quem é que o mandava andar pr'aí vestido de mulher" (tal como pensam muitas vezes que uma saia curta é "justificação" para uma violação ou um determinado comportamento da mulher para uma tareia do marido). Perante casos destes é necessário uma actuação firme, para que fique bem claro que, seja quem for a vítima, estes actos não são tolerados.

Anónimo disse...

lobices 3:45 PM

E como diz o outro: “quem fala assim não é gago!”

andorinha disse...

Boa tarde.
Chocante! Como se consegue chegar a esta barbárie?
Não sei o que pensar de quem assim despreza a vida humana, de quem se diverte a infligir sofrimento e morte a outro ser vivo.
E concordo com a Paula, atenuantes não existem, não podem existir ou estaremos a desculpar o indesculpável.
No meio disto tudo só estranho uma coisa: se foi agredido ao longo de vários dias, ninguém se apercebeu de nada, ninguém o conseguiu socorrer?!

Anónimo disse...

Muito mauzinho também foram os comentários do Sr. Padre que "comanda" lá a instituição. Ou eu "ouvi" muito mal ou quando caracteriza o que se passou de "asneira" que "não pode os marcar para o resto da vida" anda muito mal avisado.
Primeiro: chamar "asneira" ao que se passou, ou temos interpretações muito divergentes do significado da palavra ou.... vou ali e volto logo. No meu entender, bem lá no fundo, (se calhar nem tanto no fundo) o Sr. Padre até percebe, sim, que o "coitado/a" a bem dizer nem era bem gente!!!!
Por outro lado, nega, a meu ver, a necessidade dos rapazes perceberem o que fizeram e, realmente aprenderem para toda a vida que isto não são modos de viver! Ninguém aqui defende a pena capital para os rapazes, muito menos que o "problema" se resolva com prisões para a vida ou coisas do género. Há-de haver maneira de lhes fazer tomar consciência do que fizeram e, de algum modo pagarem (para aprenderem) sem os destruir como pessoas. Mas que nunca mais se devem esquecer do que fizeram, para mim é óbvio! Independentemente de eles própriso serem uns desgraçados!

Saudações
Mariadosol

Anónimo disse...

lobices:

palavras sábias.

o problema, de outros não o seu, é que as pessoas só aprendem quando estão disponiveis para e muitas vezes não querem mesmo aprender, nada!

respeito,

dário nemésio

Anónimo disse...

Lobices
Gostei muitíssimo do seu texto.
Mas se permite mais uma teoria para o seu astronómico número, eu diria que a grande questão não está em compreender o início. Está em que não conseguimos conceber o NADA. A ideia de nenhuma existência é que é a questão. Um início com Deus resolve a questão. Mas o início de Deus?

memina_marota

Não é aceitar a violência. É a demissão de todos nós da responsabilidade cívica.

Quanto ao post diria que para além da razão imediata da morte, há que atendermos às causas que permitiram chegar a este ponto. A demissão cívica e o conluio com a exploração de seres humanos em vários patamares, incluindo o do trabalho, conduz ao desastre social onde mergulhamos.

Anónimo disse...

Que meninos são estes capazes de tão atroz violência?

São meninos aculturados segundo os princípios da pureza e bondade cristã dos sacerdotes e educadores das Oficinas de São José. Esse proselitismo religioso que abre o regaço aos que se convertem aos valores morais católicos, absolutos e fundamentais, acima de todos os outros, que formam indivíduos respeitáveis e superiores. São filhos de Deus que só se reconhecem nos seus iguais. E existem por oposição a todos os outros humanos que não comungam da mesma fraude, que praticam actos sujos e heresias, que não pagam impostos, que carregam doenças. Esses mesmos, os desprezíveis. São sacos de pancada e não merecem a salvação, nem na outra vida nem nesta.

É estranho que a vida seja tantas vezes celebrada por imposição, contra o direito ao aborto, porque as crianças não têm culpa e merecem nascer, contra a eutanásia, porque os desditosos devem aceitar a doença e a dor como uma provação divina. Argumentos prontinhos a sair da boca daqueles que, ao passar perto de quem consideram a escória da humanidade, são capazes de sentir o desejo rosnado de como até dava jeito a pena de morte...

Tudo isto não passa de ARROGÂNCIA MORAL de todos os que pensam que estão do lado certo do espectro. É este o problema das crianças de São José. Mas é ainda mais dos padres de São José. E da Igreja neste país. E nos outros também.

Esses cidadãos que levam cristo vivo na alma e no coração. Quanto me repugnam!

cris disse...

Este crime é a nossa vergonha do outro lado do muro de uma crueldade imensa, feita de indiferença e preconceito.
A Gisberta era uma mulher transsexual. Antes de ser atirada viva para o poço, foi molestada sexualmente, pontapeada, espancada. A Gis morrer porque era trans e estava só.
Raios partam este Estado que não assume responsabilidades e se recusa a legislar contra crimes de ódio, como este. Sinto vergonha, honestamente.

Anónimo disse...

Todos temos uma forma de reagir à dor. O Humor (cizento escuro) é a minha forma. Sorry! Mas não. Não vou fazê-lo desta vez.
Lido diariamente com adolescentes e jovens e o "buling" e digo-vos que é muito difícil de dissolver. (Julgo ter sido um professor o "primeiro" adulto a saber da ocorrência.)Quantas vezes lhes adivinhamos os leitos e os afluentes e pessentimos uma catástrofe eminente mas de todo inesperada no tempo e no espaço. Triste essa premonição que não altera destinos infelizes.

(não tive oportunidade de ler, confesso, mas é bom ver aqui rostos que me fizeram entrar neste espaço) ;]
Um abraço - para todos

Anónimo disse...

Também não "morro de amores" pelos pervertidos sexuais e não é por isso que me dá ganas de assassinato...EROS E TANATHOS vivem lado a lado e por vezes confundem-se...

alguém mistura tudo como uma salada de frutas...
e depois fica à espera de quÊ?...


O "lobby gay" tem responsabilidades..tantas que nem as sonha...

No "meu tempo" dizia-se em Giria
desculpem o palavreado:
" Tão paneleiro é o que VAI como o que DEIXA "

lobices disse...

to: o sical at 6:59 PM:
...
...exactamente, meu querido amigo: o problema está em conceber o nada. Com ou sem Deus, com ou sem uma criação, com ou sem um universo incriado, o problema está em conceber o nada anterior ao tudo; mas mesmo que digam que o tudo é eterno (se se expande não o considero eterno... se está em imento para é porque veio de...) como conceber o tudo sem um início?...
...na verdade, se Deus existe, se foi Ele que criou "isto", Ele não sabia no que se estava a meter; se soubesse teria estado quieto (apenas uma nota de boa disposição porque de loucos todos temos um pouco ... aqui entra o nosso anfitrião JMV... o problema é que nem ele tem resposta para este tipo de loucura :)))...)
abraço

CêTê disse...

Entre compreender o Mistério das Ervilhas-pulsantes e o Mistério Divino com Múltipla Personalidade (ainda por cima uma de "Pomba-Branca") acho que preferia






... o do Euro Milhões.
;]

PS- se puderem não percam o espectáculo do José Pedro Gomes- uma big-ampôla de riso e de audácia.
Mas que estou eu a dizer... aos ilustres alfacinhas que já o conhecer de "cafézinho"?

Abraços

Vera_Effigies disse...

Boa noite!
A morte deste ser humano, nesta época, não olhando ao que era ou deixava de ser, já que era um ser humano é mais uma a crescer a outras que infelizmente vêm acontecendo. Há uns 15 anos atrás apedrejaram até á morte um jovem inofensivo, apenas ouviu no café uma conversa que não devia... Há décadas que se instala a agressividade duns e o comodismo e laxismo de outros. O jovem de que falo gritou, pediu socorro, gemeu até falecer num aqueduto. Todos ouviram na Urbanização, mas ninguém acudiu. O medo está instalado. A inoperância policial e da justiça ajudam a este estado de coisas. Vigora a lei da sobrevivência. Somos mais bichos que seres humanos é á conclusão que se pode chegar.
Precisamos de leis mais funcionais, uma polícia mais activa e uma justiça sem dois pesos e duas medidas.
MJ

lena b disse...

O Deus das Moscas

Comecei a desconfiar de Rousseau quando li O Deus das Moscas. De súbito, a questão impôs-se: “Será mesmo o Homem naturalmente bom?”. A avaliar pelo comportamento daquele bando de crianças, numa ilha deserta, entregando-se a uma escalada de violência que culminou numa vaga de assassinatos e no incêndio final, a resposta parece óbvia: a bondade não é inata ao Homem, mas sim adquirida, tal como são adquiridos todos os hábitos, bons ou maus, pelo convívio social.
Lembrei-me destas personagens de William Golding a propósito do acontecimento nacional mais marcante da semana que passou: o assassinato de um transsexual, sem-abrigo, no Porto, por um grupo de adolescentes, com requintes de barbarismo que fariam Rousseau virar-se no túmulo. Gisberta, era seu nome, de nacionalidade brasileira, 46 anos, toxicodependente, portadora de HIV e de pneumonia. Antes da cocaína tomar conta da sua existência tinha sido uma mulher belíssima, segundo os depoimentos de quem a conheceu de perto, nos seus dias áureos.
O percurso que terá levado Gisberta à decadência, parece ter sido semelhante a tantos outros: o glamour dos espectáculos nocturnos, em bares, muitas vezes não deixa ver a solidão que se esconde debaixo do brilho das lantejoulas e das plumas. Com efeito, apesar de ter sido ocasionalmente apoiada por diversas instituições, e de ter amigos que se prontificaram a fazer uma vigília em sua homenagem, Gisberta morreu porque, acima de tudo, estava só. Só, à mercê de um grupo de adolescentes, também eles entregues a si mesmos, à procura de emoções fortes ou de vingar o abandono a que estavam sujeitos, apesar de alguns terem família e de outros estarem ao abrigo de uma instituição.
Se a bondade tem de ser adquirida, a educação e o ambiente em que as crianças vivem são cruciais para que essa aquisição se faça. As crianças apreendem as normas de convivência social, e o respeito pelos valores a elas inerentes, primeiro por mimetismo e só depois pela consciencialização. Quantos filhos de pais violentos não repetem esse padrão de comportamento em adultos? Quantos filhos de pais alcoólicos não apresentam as mesmas tendências? Quantos jovens abusados fisicamente não transferem para outros, inocentes, a vingança da humilhação sofrida, por não poderem virá-la contra os abusadores?
Cabe à família e às instituições de ensino o papel de trabalhar junto das crianças o respeito pelos direitos humanos, de modo a que, pela consciencialização desses valores, elas acabem por contrariar a tendência mimética que as leva a imitar os comportamentos desviantes, ou mesmo delinquentes, de adultos com os quais convivem no dia-a-dia. Mas neste caso, tudo isso parece ter falhado: a consciencialização do respeito pelo outro, e pelas suas diferenças, não se fez. Ou porque nunca foi posta em prática, ou porque o foi de forma ineficiente.
O que não falhou foi o "mimetismo social" que ensinou a crueldade sem limites a esses adolescentes. O que não falhou foi o exemplo da sociedade contemporânea que tem pautado as relações interpessoais pela perversidade, pelo ódio, pela obtenção do prazer doentio através da dor alheia, nestas selvas de betão armado. O que não falhou foi a indiferença e a negligência dos adultos responsáveis pela sua educação, que deixaram estes miúdos (e quantos outros mais?) à solta, sem outra lei a não ser a imitação da violência, observada aqui e ali, ou sentida na pele, sem outra vontade a não ser a de experimentar o poder efémero de maltratar alguém tão indefeso como eles um dia estiveram. Tal como as personagens de O Deus das Moscas, estes "miúdos" limitaram-se a reproduzir, sem restrições de consciência (porque ela não foi suficientemente treinada fazer a auto-censura), certos padrões de comportamento que foram observando ao longo da sua, ainda curta, existência. E imitaram-nos até às últimas consequências - a morte.

Lena b
in: http://bocadosdazul.blogspot.com

Idiossincrasias disse...

“E quem quiser a vida sossegada, fuja da vida e deixe-se morrer”
Quem quiser emoções fortes e variadas, venha visitar esta "Fábrica de Emoções".
Hoje é a vez da crueldade.
Será que esta tem género, número, cor, idade, tempo, classe?
Não vem impressa no ser humano quando nasce?
Tomara que não!
Como evitar que se manifeste?
Pela educação pelo Amor, Amor, Amor...?
Boa noite, sem poesia:(

Anónimo disse...

Atenção que, pelo facto de a vítima ser homossexual, não é lícito concluir-se que tenha havido uma (automática) motivação homofóbica para a prática do crime cometido.

Com base na informação que todos dispomos (a Polícia poderá até dispor de outros dados...), a única coisa que se pode concluir é que foi um crime hediondo, independentemente das motivações.

Mas, por via de um ambiente altamente promuíscuo, certo tipo de "disputas" no sub-mundo da homossexualidade masculina, conduz a crimes horríveis. Apenas dois exemplos, bastante conhecidos: a forma como Pasolini e Versace foram assassinados.

Acho que aproveitar um crime desta natureza para erguer bandeiras sofismáticas em prol do movimento gay, é esquecer (?) que os maiores crimes contra homossexuais são praticados por outros homossexuais ou por quem pulula em torno de certos ambientes gay muito próximos da autêntica podridão, a todos os níveis. Para além disso, julgo não ser um bom argumento contra a homofobia tirar certo tipo de conclusões - essas sim, automáticas. Será, até, um muito mau contributo para a "causa" gay.

Mas para que não hajam quaisquer dúvidas quanto à minha opinião, aqui fica mais uma vez a minha total rejeição por este crime horrível, mas de contornos ainda não totalmente esclarecidos.

Por mais retrógado que se seja, só alguém que não esteja em seu perfeito juízo pode aceitar este crime, só porque a vítima foi um homossexual. Por isso, é justo dizer que João César das Neves - embora profundamente reacionário - é, por certo e tal como todos nós, contra o requinte de malvadez de que foi alvo a desgraçada vítima.

Unknown disse...

Boa noite maralhal.
A ver estas coisas e tantas outras e sobre Deus... tantas vezes o ponho em causa.
Deus existiu para a mãe e para o tio da Joana; mas não existiu para a Joana.
Deus existe para os pedófilos; mas não existe para as vitimas de pedofilia.
Deus existiu para os traficantes das barrascas do Bairro do Fim-do-Mundo; mas não existiu para uma mãe de 5 cinco filhos, que apesar de viver numa barraca dum bairro degradado os educou da melhor forma. Todos morreram lentamente num brutal incêndio.
Deus existiu para esses delinquentes que, segundo os pais: "o meu filho não é violento, apenas estava no local errado com gente errada"; mas não existiu para o sem abrigo.
Deus, dizem, escreve direito por linhas tortas. Pois eu acho que ele também anda por caminhos um pouco tortos, por isso tirava-o de fora disto tudo. Não diria que é um vendido, mas diria que já não está no seu melhor.

Unknown disse...

Os meninos agora vão todos para casa com a obrigação de a partir de agora se portarem sempre bem, senão todos os dias terão que tomar de manhã uma boa colher de óleo de figado de bacalhau puro.

Unknown disse...

Sempre houve familias com pouca cultura, desestruturadas, pobres e isso não era sinónimo de violência.
Hoje em dia tentam-se arranjar explicações e desculpas para tudo. Nunca esteve tanto na moda palavras como trauma e inimputabilidade; todos os maus são traumatizados, logo inimputaveis.
E com este tipo de desculpas estende-se uma passadeira vermelha de permissividade a gente que usa a violência gratuita, porque sabem à partida que alguém encontrará uma explicação para desculpar os seus actos.

Unknown disse...

Fazia-me falta agora um texto magnifico que li sobre a nossa tendencia para arranjarmos desculpas para tudo o que de mal sucede, mas não encontro a porra do texto (Ai que ódio!!!). Mas também sei que mais dia menos dia uma situação semelhante volta a suceder; nessa altura transcrevo-o na integra, estando-me a marimbar como é obvio para aquela coisa de reservado o direito não sei das quantas.

P.S. JÁ TENHO NET EM CASA!!!!!
ESTOU TÃO EMOCIONADA!!!!!

Até amanhã maralhal.
Boas blogadas.

Su disse...

episodio horrivel mas que bem demonstra que a maldade e a estupidez existe ... e q a lei pactua...enfim...todos....

de qq modo passei pq já tinha saudades deste canto

jocas maradas

Menina Marota disse...

Para "O Sical ":
Não é meu costume, responder a comentários de comentários, mas não sei porquê, recordei-me de repente das palavras de Albino Forjaz de Sampaio in "Palavras Cínicas" e que passo a transcrever:
"... Mas em toda a parte vi medrar o mal e escarnecer o bem; subir o forte e o fraco ser pisado.
Vi sucumbir criaturas infinitas...(...)Do meu nome não sei. Sou pária eterno, o eterno sofredor, o que padece, o que odeia. Sou só no mundo e abandonado. Não conheço dedicações, nem carinhos, nem amores. E como eu, há milhares de criaturas para quem o céu é ermo, a terra é erma, é ermo o mar. Envelhecem entre a multidão com o seu rancor de famintos e oprimidos..."

... o assassínio é terrível, sim, a forma como o foi feito também, os motivos que os levaram a fazer tal aberração, não são desculpáveis é verdade, mas quantos de nós não mudaram de passeio, não viraram a cara, não fugiram até, de pessoas como a vitima, expostas às mais diversas situações e maus tratos, sem que alguém lhes estenda a mão?

Será que ninguém naquele local ouviu a vitima gritar? Alguém acudiu ou pediu ajuda?

Não aceito violência seja de que género for, mas não nos podemos divorciar da responsabilidade, que temos, como parte integrante de uma Sociedade, de que essa violência existe, por vezes camuflada bem perante os nossos olhos!

Há dia, um miúdo de uma Instituição daquelas que recolhem rapazes, veio vender-me um jornal. Apressada disse-lhe que não queria, e não esquecerei o olhar dele quando me disse:
- " A Senhora por favor, fique com o jornal, ainda não vendi nenhum, e castigam-me porque vão pensar que andei a passear e a brincar".

Não me venham dizer os responsáveis dessas Instituições, que é mentira, porque aquele olhar de menino, não mentia!

Não estou a favor dos culpados, antes pelo contrário, nem tento arranjar argumentos para os desculpabilizar, antes pelo contrário, sou realista, não sou hipócrita, nem cínica, mas quando assisto a tudo o que se passa no julgamento da Casa Pia, quando assisto que uma mulher que congelou o marido levou pena suspensa e, outros casos, que nem estou para aqui explorar, causa-me verdadeira náusea, a sociedade de que faço também parte!

Porque todos nós fazemos parte desta Sociedade e não são somente com palavras e boa vontade que se mudam sistemas instalados... especialmente a violência!

É vê-la no trânsito, no futebol, nos programas de TV, nas Instituições públicas e privadas, nos políticos, na polícia, nos pais que maltratam e assassinam os filhos, nas cadeias, nas escolas...

É esta a Sociedade que temos e, não podemos de forma alguma omitir isso...

Bom fim de semana

Anónimo disse...

Bom dia Sr Professor ,sei que hoje vai estar no Museu de Arqueologia em Lisboa ,como convidado a assistir a um espectaculo sobre poesia .

Até logo

Carlota Joaquina Atayde

Anónimo disse...

LLLLLOOOOOOLLLLLLLL!

Uma coisa é ser um sem-abrigo; outra é ser um travesti sem-abrigo!

Anónimo disse...

SEXO GRUPAL NA UCRÂNIA

Group Sex Permitted in Ukraine

Fancy group sex club works in Sevastopol-. It organizers meetings of like-minded people for the delightful sexual communication.

According to the club-s rules, only people of majority age not older than 40 years with heterosexual orientation can join it. Residents of Sevastopol- have the advantage. Joining the club does not include mutual duties.

Fancy group sex club receives applications on the entry on-line. Applicant should tell his gender, growth, weight, age and give picture.

People from this club discuss plans for week-end on every Saturday. Actions of club can be found on the web-site. There the brief descriptions of meetings are published. Fancy of group sex held the first meeting in the beginning of September, New Region wrote.

http://news.rin.ru/eng/news///2101///sex/

andorinha disse...

Fora de lei (12.10)
Já estás a melhorar!
Aos poucos chegas lá...:)))))))

Menina_marota (10.34)
Concordo totalmente contigo.
O crime que cometeram é hediondo e não pode ser desculpado através de "possíveis" atenuantes, mas todos nós, enquanto sociedade, somos responsáveis também por este estado de coisas, pelo comodismo, pela demissão, pelo ignorar...
Esse episódio que contas do miúdo da instituição é elucidativo; sou muito céptica em relação à maioria dessas instituições, parecem-me elas próprias geradoras de grande violência.

Anónimo disse...

andorinha 7:28 PM

"Fora-de-Lei, já estás a melhorar! Aos poucos chegas lá..."

Isto vai com calma. Com muita calma... ;-))

Anónimo disse...

Creio que ha duas coisas que estao a ficar fora da discussao!

Primeiro -- que o "motivo" do crime nada teve a ver com a transexualidade mas sim com a fragilidade civel do estatuto de sem abrigo.
Atacar os mais fracos eh muito tipico destes jovens bandidos.

Segundo -- que esta atitude criminosa eh apenas um culminar de pequenos delitos que nunca foram punidos.
Desde a ma educacao para com Pais, professores e superiores de uma maneira geral ate ao pequeno furto, passando pela ausencia de regras e horarios, virar caixotes do lixo na via publica, etc
A atitude politicamente correcta e lisboeta de nao castigar as criancas quando erram degenera nisto quando encontra o meio social adequado.

Anónimo disse...

Anonymous 2:22 AM

"A atitude politicamente correcta e lisboeta de não castigar as crianças quando erram degenera nisto quando encontra o meio social adequado."

A atitude politicamente correcta e lisboeta ? Mas lisboeta porquê ? Desculpe lá, mas apetece-me dizer que você é parvo(a) ou come m.... às colheres !

Anónimo disse...

Antes parvo que fora da lei!
Anonimato por anonimato cada um encontra a sua forma de se distinguir dos restantes anonimos.
Este chavão acabou por se tornar o meu... Não gosta, não leia.
Neste caso até se aplica lisboeta por acaso!
É lá que estão os ministerios e a assembleia e o governo e os teóricos e...
Fiz a quarta classe em 68. Levei muita reguada que nunca me fez mal nenhum. Queria ver os actuais alunos do 9º ano sequer passarem no exame que fiz, quanto mais tirar 20 como eu.
Se as coisas não mudaram a partir de Lisboa então quem tem a cabeça cheia de m... é vc seu fora da lei!
O meu post defendia a necessidade de combater e punir severamente o pequeno delito, a pequena delinquência, para não se chegar à grande, pelo menos antes da maturidade dar poder de escolha real.

antónio paiva disse...

.....assim é, como não cuidamos dos futuros homens desde a nascença, os agredimos bárbarament, mais tarde colhemos frutos azedos, dificeis de digerir.....

Anónimo disse...

Anonymous 11:43 PM

"Neste caso até se aplica lisboeta por acaso!"

Mas que explicação mais estapafúrdia...


”Fiz a quarta classe em 68. Levei muita reguada que nunca me fez mal nenhum. Queria ver os actuais alunos do 9º ano sequer passarem no exame que fiz, quanto mais tirar 20 como eu.”

Sabe uma coisa ?! Você é um autêntico case study ! Fartou-se de levar reguadas e, mesmo assim, teve 20 valores no exame da 4ª classe. No tempo em que eu frequentei a Escola Primária (a qual finalizei em 1966), os putos que se fartavam de levar reguadas eram os chamados “casos perdidos” que só tiravam a 4ª classe com muita dificuldade: E é quando tiravam... Apesar de levarem reguadas (e ponteiradas) a torto e a direito, muitos deles acabaram por cair na marginalidade. Pelos vistos, nem as reguadas os salvaram desse “incontornável” destino.

Anónimo disse...

"Levar muita" não é "fartar de levar"! Leia o que se escreve, não deturpe!
Teve então muitos colegas de escola a matar em bando enquanto crianças -- porque é disto que se fala neste tópico... Vc é um case study!

Anónimo disse...

Anonymous 8:07 AM

Em relação ao meu último comentário, você não respondeu àquilo que seria, de facto, replicável. Porque não quis ou - qual clister de açorda - porque não soube ?

Face a esta constatação, cada vez acumulo mais dúvidas sobre a eficácia pedagógica do ensino do tempo da 'nossa senhora'. Definitivamente, desisto...!