segunda-feira, novembro 12, 2007

Late night question.

A greve dos guionistas diz muito acerca desta sociedade - quantos de nós sobrevivem sem "telepontos"?

37 comentários:

thorazine disse...

Confesse lá professor, as piadas n'"O Amor é" já estão anotadas não já? :)))))

Não percebo o que engloba esse "nós"..mas extrapolei isso para a sociedade ocidental e outras que tais! E vejo essas revistas cor-quase-carmim como um ponto dos modernos!

thorazine disse...

Sobre o doc: engraçado como sob tanto ódio e sofrimento surgem vidas "banais"..

andorinha disse...

Boa noite.

Não sei se percebi o post e a sua late night question. Depois de ler o comment do Thora fiquei ainda mais baralhada.))))))) Loooooool


Os guionistas estão em greve?
Não sabia, estou a ver que ando muito mal informada:(

Quantos de nós sobrevivem sem "telepontos"?
Os que pensam pela própria cabeça.

andorinha disse...

Thora,

What the hell are you talking about???????????????????????????

Madame Maigret disse...

Os que têm boa memória, como o meu defunto marido que, passados os quarenta, nem precisava de tomar apontamentos, ainda que exagerasse nos bagaços e nos rieslings!

JFR disse...

Andorinha:

Sao os guionistas nos EEUU que estão em greve!

Reclamam "royalties" nos conteúdos publicados na Net e outros suportes.

Sem eles a trabalhar, não há séries a funcionar.

E o que seria das intervenções que amanhão se farão por esse país fora, se, por absurdo, um vírus atacasse todos os PowerPoint e estes não funcionassem.

Quantos "artistas" diriam nada às suas plateias?

Julgo ser por aqui que se encaixa a interrogação do post!

andorinha disse...

JFR,
Obrigada pelo esclarecimento.
Não sabia que era nos EU.
Claro que sem eles, as séries vão ao ar.
Sim, se a tecnologia falhasse, que diriam os "artistas", perguntas bem.

Mas como no post está telepontos entre aspas e conhecendo a mente tortuosa do Júlio, levei a coisa para outro campo semântico:)))

Blogogamico disse...

Ironicamente,muitos são os que tem um ecran a frente da face, guiando-os por paredes que não as deles, estas que a sociedade nos impoem.
Basta carregar, por uns instantes, no botão da pausa, é ver o mundo andar a nossa frente sem saber que pedra pisa, sem saber que ombro toca.São pessoas com vicios não pessoais mas sim de uma sociedade que já não vive sem um teleponto.
Sem o que muitos dizem, caracteristicas da evolução.

Ps: Precisamos de uma greve dos guionistas destas sociedade.

Julio Machado Vaz disse...

jfr,
Também, mas não só. Acho que somos tão programados e homogeneizados pelo banho cultural que nos envolve e fornece os "semáforos" que por preguiça, medo e falta de hábito é-nos difícil escrever guiões um bocadinho mais originais para as nossas vidas.

blogico disse...

A meu ver, um bom guionista é aquele que consegue fazer parecer que ele próprio não existe. Que faz com que o argumento pareça ter sugido espontaneamente.
O problema é que também não se lembram deles na hora de distribuir os lucros...

Há profissões, que pela sua própria natureza, desconfio que vão ser sempre esquecidas, enquanto outras serão sempre lembradas. Não sei porquê, nunca ninguém se esquece de pagar aos actores. :) Os que recebem claro, porque há muitos que precisam de trabalhar muitos anos de borla para mais tarde conseguirem um papel pago.

thorazine disse...

andorinha,
é o que dá não ler os posts anteriores...perdes o fio à meada!! Era sobre o documentário que deu ontem, hoje dá a segunda parte!

JFR,
estudaste geografia pelo atlas espanhol? :))
Atenção que já ouvi dizer que nos mapas mais antigos eles gamam tratado de tordesilhas!! :)))

EVISTA disse...

Vou pedir licença e vou pôr aqui uns "pontos" para quem interessar no próximo dia 17/Nov. vão decorrer em Vieira do Minho as II Jornadas Micológicas,
9h30 recepção dos participantes
10h palestras -a importância dos cogumelos nos ecossistemas agro-florestais e abordagem à produção de cogumelos saprófitos
10h45 saída para a serra da Cabreira
13h piquenique na Serra
etc...
Para mais informações contactem o Posto de Turismo- 253648669
ou na internet em Camara municipal de Vieira do Minho.
Para quem gostar de respirar o ar da serra penso que será um acontecimento interessante.
Professor, boa sorte para o lançamento do livro logo à noite em Serralves.
Um abraço
M.Dores

JFR disse...

Thora:

A razão para o uso de EEUU é mais simples. Li a notícia num jornal espanhol. Daí o respeito pelo "copyrigth".:))))

andorinha disse...

Boa tarde.

Júlio,
Agora são "semáforos"?:)))
Mas são guionistas ou camionistas???
Eu bem estava a tentar dizer ao JFR que com a sua mente tortuosa não devia ser só aquilo...:)

Estou totalmente de acordo com o comment.

Thora,
Eu leio sempre todos, mas desta vez perdi, de facto, o fio...:)

Até mais logo, malta.

Blogogamico disse...

Hum...
É triste ver uma sociedade controlada por três cores, e também por marcas rodoviárias, a seta para seguir em frente ou virar na próxima rua.

Sabendo que essas mesmas foram construídas antes de eu nascer.
Não que seja culpa dos nossos antepassados, mas por primor pensarmos que é de bom-tom, ou que é correcto, trazer de volta antigos costumes que já não se encaixam numa sociedade de agora. As coisas têm de ser vistas do ponto de onde estamos e neste momento estamos aqui.

thorazine disse...

JFR,
tou ver, tou a ver.. :))


No "amor é" de esta semana o prof disse que é extremismo considerar socialmente "normal" um tipo que para no meio da rua, diz que é Jesus Cristo reencarnado* e começa a pregar. Acho que foi mal escolhido o exemplo! É que há um tipo que já fez isso e a malta, 2000 anos depois, ainda se junta aos domingos para em looping reler o que ele disse! :))

Aliás, li em qlq lado uma frase do género: "Se alguem fala com deus, reza. Se deus fala com alguem, é esquizofrenico." Ou seja..pode-se acreditar em "estorinhas" logo que estejam dentro dos parametros aceites..:)))


*temos benfiquista, novamente!

Anónimo disse...

- Concorda
- Não concorda
X - Não sabe / Não responde

:-)

Su disse...

não respondo.:)))

jocas maradas

CêTê disse...

Boas!


Eu ainda pensei que fossem os guionistas portugueses num protesto contra as vozes de cima!
Ora bolas!;)


Onde pára o FDL? (E ameninadalua?)


Abraços


(Prof- ainda não comprei o novo livro em protesto por não vir a Aveiro "lança.lo"- uma terra liiiiiiiiiiiiiiiiiinda e nicles!);)

Anónimo disse...

thorazine escreveu,

«No "amor é" de esta semana o prof disse que é extremismo considerar socialmente "normal" um tipo que para no meio da rua, diz que é Jesus Cristo reencarnado* e começa a pregar.»

Se o Prof Julinho disse isso, disse bem pois então disse «socialmente normal» e não apenas «normal»

É que um indivíduo «socialmente normal» até pode ser um louco. Veja-se o caso do Hitler, era considerado socialmente normal pelo povo alemão na altura! E o contrário também é verdade. Galileu defendia que a Terra gira em torno do Sol, e por isso não era normal. Uma pessoa socialmente normal na altura diria que a Terra estava no centro do mundo.

É claro que a sociedade confunde o «socialmente normal» com o «normal».

«socialmente normal» = normal definido pela sociedade

E ainda podemos ter,

«socialmente normal» = normal na componente social

thorazine disse...

xelim,
por acaso acho que o "socialmente" foi adicionado por mim! :) Mas mesmo assim esse exemplo é mau porque para a sociedade é "normal" acreditar num tolinho de sandálias que por aqui andou há uns milénios.. :))))

4ever disse...

Não comento. Falta-me o teleponto...:)!

Mas acrescentaria à preguiça, medo e falta de hábito...o cansaço...porque no meio de tanto cruzamento e bifurcação começam a haver demasiadas vias estreitas de 2 sentidos, ruelas sem saída e estradas sem destino!

Nuno Guimas disse...

Não sabia que os jornalistas portugueses estavam em greve.

Nuno Guimas disse...

;-)

Sunshine disse...

Professor, quando li este post lembrei-me de algo que me disseram quando estava a passar por uma situação difícil: "Imagina que estás a ver um filme, a personagem central és tu. Que papel gostarias de desempenhar no filme?"
Acho esta é uma das perguntas importantes e quero ser eu a guionista da minha personagem, procurando ser crítica, construtiva e original. Gostaria de um dia pensar que o meu guião foi como o de um daqueles filmes de qualidade, que poucos veêm e os outros nem sequer tentam comprreendê-lo.

JFR disse...

Hoje, em Serralves, vivi um momento belíssimo. Aguardava as palavras de apresentação do novo livro de Júlio Machado Vaz que tinha acabado de adquirir. Para levar comigo o autógrafo da praxe e um naco de boa leitura garantida. Olhei para a capa e sorri. O primeiro pensamento foi para a cor predominante sobre o fundo branco. Vermelhos. Desde o quase-cor-de-rosa ao vermelho acastanhado. Associadas ao título, as cores, levavam-nos a “O Amor É... o Benfica”, tão ao jeito do Autor. Virei o livro e vi um texto na contra capa. Refiz o gesto e pousei o olhar novamente na capa. Não, os vermelhos são de sangue. Do sangue que flui e aquece os amores. Do sangue que gela quando o amor se vai. E os cubos, aqui e ali desencontrados, sinais da imperfeição do amor. Com fendas entre eles. Fendas por onde o amor se esvai. Amor periclitante. Assente num único cubo. Que representa o quê? O início? Bela capa. Que, na sua singeleza, nos interroga profundamente. Voltei à contra capa. A apresentação ainda não se iniciara. Pude, assim, ler o belíssimo trecho do livro que tinha em mãos. Nove magníficas linhas. Do melhor que tenho lido e que reproduzo. Só ao alcance de um grande escritor. Isto, acho eu.

“(... O que é o amor? Não sei. Talvez o sangue da memória, não há presente ou futuro quando o passado perdeu calor e seiva. Raízes mortas não geram troncos direitos, abrindo-se em ramos, braços, flores e risos que ambicionam o alto. Os esquálidos moinhos da Cabreira giram devagar. Poupam forças, o Quixote tarda. Nada posso fazer. Pertenço à estirpe do céptico Sancho, viajo à boleia da louca grandeza contida em livros ou canções, como na rádio, mas com os pés bem assentes na terra.
E, no entanto, seria capaz de jurar que um vulto se move ao longo do riacho...”

In O Amor É...

Deixei, feliz, Serralves. Feliz, por saber que Portugal tem gente assim. Feliz, por saber que as “falas” do Professor Júlio, apoiado na Ana e no António, ajudaram e ajudam muitos a serem, diariamente, mais felizes.

O Amor É... Isto

Nuno Guimas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sunshine disse...

Adorei o post do jfr, fiquei com pena de não ir ao lançamento do livro e de ainda não o ter. Insularidade a quanto obrigas e quanto dás?
Adorei a frase citada, vem de encontro ao meu estado de alma. De certeza comprarei o livro, porque gosto muito do que o professor diz e escreve e porque espero que me ajude a ser feliz... que modo triste de terminar um post.
Obrigada ao jfr.

Julio Machado Vaz disse...

jfr e maralhal,
Agora que o lançamento já foi, posso renovar o agradecimento da dedicatória do livro - obrigado aos ouvintes em geral e a vocês em particular. Fiquem bem.

andorinha disse...

JFR,

Começo como tu: hoje, em Serralves, vivi um momento belíssimo.
Subscrevo tudo o resto, também.
Ainda pouco li do livro, só o folheei, mas pelo "cheirinho" é delicioso, aliás na senda daquilo a que o autor já nos habituou:)

Deixei, feliz, Serralves.
Feliz continuei num jantar com amigos conhecidos neste cantinho.

Só não te perdoo que não me tenhas falado e não me perdoo também por não te ter falado...:(

andorinha disse...

Júlio,

Isto não é nenhuma troca de galhardetes, mas, falando por mim, agradeço o facto de poder frequentar há mais de dois anos esta discoteca sem consumo obrigatório:)
Esta tertúlia também já é uma parte importante da minha vida.
E é bom, caramba!:)))

Fique bem:)

Nelson disse...

Serralves ontem ao final da tarde acolheu-nos de uma forma muit especial. Deixei as minhas impressões no meu blog ontem à noite (não consegui deitar-me sem o fazer).
Vejam em: http://imaginarioreal.blogspot.com/2007/11/o-amor-e.html

Obrigado por este "amor é"!

noiseformind disse...

Auxílio a amigo impediu-me de assistir ao lançamento do livro propriamente dito. Mas cheguei a tempo de um abraço e um autógrafo, que mais podia pedir? ; )))))))))) Saliento portanto aquilo que constatei: gajas boas aos montes, todas a fazerem de conta que não tinham inveja das pernas esguias da Ana Mesquita, o António Macedo já estava cá fora quando eu cheguei (de castigo?????????) e um cocktail sublime onde destaco uns apitives du chévre au poivre que era de comer e chorar por mais. Claro que eu, a Andorinha, a Lusco, o Migaia & friend (eh pá, varreu-se-me o nome... desculpa! :)) ficamos ali na cavaqueira, mansamente, e mais um canapé, e mais um acepipe, e mais um copito, e de repente... estavam 12 pessoas a olhar para nós à nossa espera para dar o cocktail por encerrado ; ))))))))) o livro é esguio para quem, como eu, gosta de ler a prosa do Boss, e espero que seja uma boa introdução para leitores em iniciação ou menos hardcore. Continuarei a velar para que mais ano menos ano saia descendente de Muros e que o Boss deixe de bater o pé à tribo sempre que a malta o tenta arrastar para nova tainada. Amén!

JFR disse...

Andorinha:

Injustiça! Ainda hoje sofro com o torcicolo que "comprei" a olhar para o ar vendo se te encontrava a voar.:)))

Agora a sério. Não conheço os "murcónicos" por nunca ter participado numa tertúlia "ao vivo". Tenho vagas imagens de uma visita, feita há muito tempo, às fotos dos jantares. Uma imagem fixei. A do Noise. Por razões entendíveis!:) Que vi (em passo rápido) quando eu ia a sair. Naturalmente, dei dois pasos em sentido lateral.:)))

Precisamos de um adereço (por exemplo um morcão) que nos identifique.:)))

Estava do lado esquerdo, 4ª fila (julgo), 4ª cadeira, acompanhado de minha mulher. Vestia um polo verde, em homenagem ao António (o momento, também, tinha de ser dele).:))

andorinha disse...

JFR,

Não acredito!!!!!!!!!!!!!!!:)
Então estivemos pertíssimo...
Eu fiquei nessa fila na 1ª cadeira, ao meu lado ficou uma cadeira vazia que eu estava a guardar para o Noise, depois uma senhora e então ao lado eras tu???

Os deuses foram cruéis connosco:(
Tão perto e tão longe!
Para a próxima levo um megafone..não escapas:)

Tive muita pena mesmo de não nos termos conhecido e conversado, mas fica para a próxima...havemos de ser mais teimosos do que os deuses.

:)

JFR disse...

Andorinha:

A vida prega cada uma! Mas, afinal, estava tudo previsto nos títulos dos livros publicados pelo nosso anfitrião. Senão vê!:))

Foste “Fio Invisível” e, por isso, estamos condenados a “Conversas no Papel”. Sem estarmos “Olhos nos Olhos”, com tempo para contar “Histórias de Sexo e Vida”. Mas temos “Domingos, Sábados e Outros Dias”. Só precisamos de derrubar os “Muros”, mesmo que provoquem “Estilhaços” e realizar a tertúlia murcónica para que, “Estes Difíceis Amores”, finalmente se encontrem e se aproveite o reflexo que “O Tempo dos Espelhos” permite para vermos que, afinal, “O Amor é...” ter existido “O Sexo dos Anjos” .

andorinha disse...

JFR,

Deixaste-me sem palavras; quando estás inspirado, ninguém te bate:)
Vamos lá derrubar os "Muros"...

:)