quarta-feira, março 05, 2008

Breves.

No Algarve, para falar a colegas de Clínica Geral. Com enorme prazer:). Nesta época de super-especialização desenfreada, eles tornam-se cada vez mais a base da Medicina que acolhe de braços abertos cada nova descoberta tecnológica, mas para a aplicar à relação médico-doente, às narrativas de vida, à visão holística da pessoa que sofre, e não à Doença que habita - por capricho:) - aquela pessoa azarada.

É obsceno que se mantenham os preços das portagens da A1 com quilómetros e quilómetros em obras.

Gosto de Camacho, embora discordemos amiúde a respeito de tácticas e substituições. Também sei o que é pensar de manhã se o nosso Pai sobreviverá mais um dia. Não deve ter sido fácil estar no banco em Alvalade. Daqui lhe mando um abraço.

14 comentários:

thorazine disse...

O camacho lê o murcon?

jejejejeje :)

João Brito de Sousa disse...

Meu Caro Professor

A cidade do Porto deve ter orgulho no texto que publicou.

È de grande homem.

Os meus sinceros parabens pelas suas preocupações.

Aceite os cumprimentos do

JBS

Fora-de-Lei disse...

"Não deve ter sido fácil estar no banco em Alvalade. Daqui lhe mando um abraço."

Mais difícil será - porventura - estar no banco logo à noite, na Catedral. Mas ele vai lá estar.

CêTê disse...

Por acaso os médicos generalistas têm a vida bem complicada no que diz respeito ao diagnóstico das múltiplas doenças- tarefa bem difícil e raramente reconhecida. Pena que cada vez mais se estejam a perder os laços afectivos entre eles e as famílias- outra coisa que não posso aceitar sem protesto.
Uma coisa que não entendo é a aparente acomodação à falta de feed-back dos médicos aos efeitos produzidos pelos tratamentos prescritos aos seus pacientes. (Ou será impressão minha?!) Será excesso de autoconfiança ou desleixo? É que a maioria não volta- ou porque não se sabe queixar nem entender a "evolução" da coisa ou fica mesmo 7,5 palmo abaixo do solo.;P

PILAR disse...

...É posível que o erro esteja em mim...mas das poucas vezes que me dirijo ao que se convencionou chamar "médico de família", tenho sempe a sensação que incomodo! Calo quase tudo do que haveria a dizer e procuro obter respostas noutras fontes. Sou assim uma "doente " que interessa porque não chateia! Por dentro fico triste porque não gosto de incomodar, mas ainda que pouco, lá incomodei um bocadinho... Depois secretamente criei a ideia que possa ser tão importante para um médico quanto ele é para mim...tontinha a rapariga ainda por cima com delírios! Enfim se calhar é a minha experiência no Serviço Nacional de Saúde que não é a mais feliz...mas levo fé! Um dia ainda me vou sentir pessoa lá!

yes! my love! disse...

E por falar em delírios :)

Pilar,

eu ainda há pouco ia jurar que vi um abraço alado do Camacho voando para sul ~~

Laura disse...

Professor, como o compreendo no caso das obras na auto-estradas! Faço sempre o mesmíssimo reparo mal disposto quando isso me acontece (e se estiver a chover… bem, então é feito em estado de fúria!)
Acho simplesmente INCRÍVEL!
Então na A1, em Santarém, isto é cena clássica! E se não vamos bem atentos e tivermos o azar de levar 1 pesado à direita, até falhamos o acesso à área de serviço ( mais o café, o jornal e outras facilities não especificadas...)
É um regabofe pegado, com os 400 ou 500 CV, à mistura com os pesados e os de 80, 100 CV. Uma completa aventura!!! São uns a empatar, outros a querer ir em segurança, outros a querer voar por cima da fila, e os mastronços dos pesados a mandar naquela coisa toda
(Vai daí e se calhar até mantêm a tarifa porque nos fornecem uma componente de “Desporto radical”:):)

De certa forma, também é o retrato do tal país a 2 velocidades. Ou de um Estado com filhos e enteados.
MUITO RIGOR PARA UNS…. e um estatuto excepcional para os privilegiados! As concessionárias, pois, que restauram a via (lá isso é verdade) mas impávidas e soberanas, sempre à custa do explorado do utente...
Coitadas!!! Já ganham tãããão pouco com este serviço público:(

O ACP bem podia explorar as vias legais em nome dos associados! Talvez se gerasse jurisprudência?

PScript - Há uns anos, a Brisa chegou a ser condenada a indemnizar alguns cidadãos teimosos e perseverantes, daqueles duros de roer, que tiveram a coragem e a paciência de persistir o tempo necessário para desafiar o sistema. E ganharam! Mas não por casos idênticos.
Aqui a questão é que, ao pagar a portagem, “aceitamos” as condições contratuais. É o problema dos contratos de adesão.
Mas do ponto de vista das obrigações recíprocas (e do seu equilíbrio) parece um manifesto abuso cobrar o mesmo valor quando o condutor vai encontrar as faixas de rodagem – em certos casos, várias vezes, se a viagem for comprida! -, em condições que não são as normais e as pré-estabelecidas.
Com as várias más consequências possíveis, mesmo óbvias, dada a objectiva diminuição de segurança na faixa estrangulada, o súbito adensamento de tráfego ao pior estilo das EN, e ainda os atrasos enormes que provoca na agenda de quem se desloca.
(estes danos então, quem os vai ressarcir? já sofri alguns!)


Concluindo, até pode bem haver matéria para um acção, mas eles contam com a passividade dos cidadãos, é claro:)!

Sandra disse...

Bom dia Guru,
Se me permite que assim me dirija...podia começar por dizer o quanto o admiro e respeito mas isso fica para outras nupcias, hoje fico-me pelas portagens.
Esta questão é antiga mas não menos vergonhosa, é que além de pagarmos por um serviço mal prestado, perigoso e caro, ainda assistimos ao espectaculo deprimente que é ver a GNR-BT aproveitar essas areas de obras para facturar mais um bocadinho, porque é matematico onde há obras lá estão eles...à pesca!Da petinga claro...
Até qualquer dia...

Anfitrite disse...

Querem que o ACP intervenha? Então esquecem-se que o presidente do ACP é a mesma pessoa que, há uma vintena de anos, foi presidente da comissão que atribuiu as potências no concurso das rádios, tendo ficado com a maior potência a Correio da Manhã Rádio, da qual era dono, e a TSF ficou com muito menos?! Felizmente que a outra já desapareceu.

Nuno Guimas disse...

Oh, que saudades desses tempos das rádios piratas... dos jingles manhosos em cassettes foleiras, gravados com os amigos após noites de folia. Das rádios cujo património musical dependia quase exclusivamente da "malta da rádio", dos discos que se compravam ou que se emprestavam. Das bandas de garagem que pediam para "passar a demo", das trocas de ideias, do desbravar caminhos, da religiosa audição dos programas do António Sérgio, essa inspiração de tantas centenas de radialistas amadores. Bons tempos.
Porreiro,pá. :)

Isabel Victor disse...

Boa noite comunidade murcónica ! :)

É um gosto passar por aqui ...

Abraço

iv

Henrique Dória disse...

O governo mantém as portagens contra uma lei por ele publicada que dispõe o não pagamento nos lanços em que haja mais de 3 Km em obras.
Como sucede em geral o governo dá o exemplo de incumpridor. Mas os cidadãos calam-se e...comem.
O nosso SLB vai de mal a pior. Adeus Camacho. Venha agora o Mourinho para...nada fazer.

Anónimo disse...

Será que o Mourinho tem medo de treinar o Benfica só até ao fim da época? (Ou seja, enquanto está de férias!)

LeniB disse...

É obsceno pagarmos portagens caríssimas estando Portugal a maior parte do tempo em obras!