"Ao apressar-se a vislumbrar no Acórdão do Tribunal Constitucional uma "porta aberta" para cortar pensões já atribuídas, o Governo parece não ter percebido grande coisa do que disse o Tribunal. Seria melhor que em S. Bento se relesse o Acórdão antes de fazer asneira outra vez. O primeiro passo para compreender a fundamentação do Acórdão do Tribunal Constitucional é perceber que ele vai muito além dos argumentos invocados no requerimento do Presidente da República (cujas limitações assinalei aqui no momento oportuno). Como se esperava, o Tribunal não deu razão ao Presidente na alegação de que o corte das pensões deve ser qualificado como um imposto (que violaria os princípios constitucionais do sistema fiscal). Mais importante, porém, é o facto de o Tribunal ter convocado princípios que o Presidente omitiu e ter concluído pela violação "desproporcionada" do princípio da confiança com base em argumentos decisivos que o Presidente não invocou. Em primeiro lugar, ao contrário do que parece, é um erro pensar que o corte das pensões, proposto pelo Governo, é inconstitucional apenas porque viola o princípio da confiança. O que se passa é que a proposta do Governo só foi confrontada com o princípio da confiança por se ter encontrado, logo aí, uma inconstitucionalidade. Todavia, o Acórdão é claro quando refere que qualquer corte das pensões, para ser constitucionalmente admissível, tem de respeitar também outros limites constitucionais autónomos que derivam do princípio do Estado de Direito, a saber: fundar-se em "motivos justificados", não afectar o mínimo social nem a dignidade da pessoa humana e, ‘last but not the least', respeitar o princípio da igualdade. Assim, qualquer nova proposta de corte pensões, mesmo que venha a cumprir os muito exigentes requisitos do princípio da confiança, tem encontro marcado com a fiscalização do cumprimento de vários outros princípios constitucionais. Em segundo lugar, convém notar que para concluir pela violação do princípio da confiança, o Tribunal Constitucional teve de suprir, e bem, a manifesta escassez de argumentação do Presidente (que se limitara a invocar o desrespeito pelas legítimas expectativas dos pensionistas, remetendo inteiramente para o Tribunal a avaliação sobre a suficiência da justificação invocada pelo Governo).......
(continuação do posto anterior) É o Tribunal - não o Presidente - que desenvolve o tema da insuficiência da justificação para cortar pensões já atribuídas da Caixa Geral de Aposentações baseando a sua conclusão, desde logo, no entendimento de que a medida do Governo não visava propriamente a convergência das pensões (visto que era uma medida reversível, de duração indefinida) mas sim a consolidação orçamental, neste caso prosseguida através de uma medida avulsa de diminuição imediata da despesa: a redução das transferências do Orçamento para financiar o défice da CGA. Ora, não se tratando de alcançar, de forma estrutural, a verdadeira convergência das pensões, nem o equilíbrio intergeracional ou sequer a sustentabilidade financeira da CGA (que, aliás, não poderia nunca obter-se à custa dos respectivos beneficiários, visto que, como aqui também assinalámos, o sistema se tornou fechado, e portanto não autossustentável, por opção do próprio legislador, em nome do interesse geral), a proposta do Governo resumia-se a uma mera medida de corte imediato na despesa, onerando de forma desigualitária os pensionistas da CGA como se lhes fosse exigível um maior contributo para a consolidação orçamental ou como se o seu direito à pensão não merecesse protecção igual à dos demais pensionistas. Nestes termos, a justificação invocada pelo Governo para defraudar a confiança dos pensionistas da CGA não podia, obviamente, ser aceite. Mas, no fundo, ao questionar a justificação apresentada pelo Governo o Tribunal mobilizou já uma importante ponderação do valor constitucional da igualdade. É certo que, fiel ao seu entendimento não absoluto da protecção da confiança, o Tribunal Constitucional admite que, "eventualmente", um corte das pensões até pode ser compatível com a Constituição desde que devidamente justificado e inserido numa reforma estrutural, sistémica e justa do sistema de pensões, respeitadora do princípio da igualdade e concretizada de modo suficientemente gradualista. Conhecendo a jurisprudência do Tribunal Constitucional, confundir esta exigente prova de obstáculos com uma "porta aberta" é sinal de que em S. Bento não se compreendeu ainda nem o Acórdão, nem a Constituição."
"Quando se chega a uma certa idade e mais um ano passa, o que mais dói é cair sobre nós as ausências de tantos que partiram. Partiram para onde? Ah, esse partir sem deixar endereço, e a falta que nos fazem!"
"...é que os jovens vivam intensamente cada tempo. Na dignidade livre e na liberdade com dignidade. O que deveria ser norma para todos. Que vivam com atenção e intensidade, pois tudo passa muito rápido."
Mais um excerto do texto do Padre Anselmo Borges no DN.
O pragmático. Tenho um neto de doze anos que se debate com um dilema existencial: não quer que algum dia eu morra, mas tem pressa de herdar Cantelães:). Quando lhe fiz notar que pai e tio se perfilam antes dele na sucessão encolheu os ombros e disparou - "esses tenho-os controlados". E esta hein?, como diria o Pessa:).
Quando o amor morrer dentro de ti, Caminha para o alto onde haja espaço, E com o silêncio outrora pressentido Molda em duas colunas os teus braços. Relembra a confusão dos pensamentos, E neles ateia o fogo adormecido Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido Espalhou generoso aos quatro ventos. Aos que passarem dá-lhes o abrigo E o nocturno calor que se debruça Sobre as faces brilhantes de soluços. E se ninguém vier, ergue o sudário Que mil saudosas lágrimas velaram; Desfralda na tua alma o inventário Do templo onde a vida ora de bruços A Deus e aos sonhos que gelaram.
"Já eleito líder do PSD, diria Cavaco Silva: "A política não é nem pode ser uma viagem de recreio" - não sendo de excluir que viagens de recreio possam dar início a uma marcante carreira política."
Andorinha Esta frase é reconhecível “"Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos actualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos." (Der Antichrist).
Admito que o nosso 1º Ministro, ou se calhar, algum spin-doctor (entenda-se – doutores especializados no engano) que o aconselha, partilhe deste pensamento. Quero dizer que um dia a história (segundo os spin –dcotors) dará razão e o real tributo ao novo Salazar, quero dizer ao Passos Coelho. Só que o 1ºM vê-se forçado a internacionalizar o azeite (leia-se oliveiras) e a cortiça (leia-se sobreiros): talvez não seja má estratégia, mas não chega. Há que substituir importações por produção nacional e aqui há que fazer investimento, ou criar condições para que o mesmo seja feito por população nacional. Depois, haveria que explicar aos spin-doctors que o paradigma concentacionista (tudo nos grandes centros) está ultrapassado e que há muitos anos para cá já se descobriu que o paradigma territorialista (larga ocupação do território) trás vantagens embora as grandes superfícies comerciais não gostem muito dele. Mas Roma e pavia não se fizeram num dia e para isso é preciso ter visão estratégica e o raios dos spin – doctors só pensam em ganhar eleições pois coitados, mais nada estudaram na universidade. Visão estratégica, era tão bom que tivéssemos alguém com isso. Enfim, tenhamos esperança e oremos…. E digo isto porque a definição do objectivo, aquilo que precede, nos códigos da gestão, a visão estratégica, está inequivocamente definido e é “Portugal é uma Nação que deve continuar a existir como Nação, pois é das mais antigas na Europa, como Nação e tem um passado histórico de que orgulha e que poucos países da UE podem apresentar no seu CV”
Fui bastante nacionalista? Se calhar fui, mas há alturas em que tal não fica mal… Abraço IMPIO
Por que havia de ficar mal a visão nacionalista? Ora essa, homem!:)
Só não percebi porque puseste tanta coisa entre parenteses como se eu não entendesse do que falas:) loooooool
Visão estratégica precisa-se e não há.
Não sei se algum dos nossos (des)governantes entenderia Nietzsche. Palpita-me que não. Precisamente porque alguns homens já nascem póstumos. E a História nunca dará razão aos spin doctors.
É de muito mau gosto, para não dizer mais, estares a publicar aqui, como se fossem tuas, coisas que são da autoria de outros. Já fizeste isso comigo e agora com o Júlio.
Se tivesses um mínimo de bom senso e de respeito pelas pessoas, apagavas.
Concordo com o Ímpio nos vários opinativos que deixou, anda-me a irritar a posição do governo face à clara decisão do TC, fazendo ou querendo fazer parecer que seja evasiva ou titubeante; com brechas.
E temos que ser nacionalistas, sim; se queremos continuar a ser e ter nação. Li essa mesma afirmação noutro lado. Ou será que só a ouvi? Ó santos deuses que fizesteis com a minha memória? Quê?! Não fosteis vós? É a idade? Os anos? A velhice? Ora bolas.
Andorinha
Só cerca de 24 horas. Não mais:)
João Pedro
Eu até que. Mas a incubadora é muito atrás demais. Se bem que tenhas razão, falta-me alguma coisa, devo ter ficado mal acabada, fazer o quê agora?
Ser monja é que era, rezar de hora em hora, devotamente, espero que não descalça – pelo menos no inverno - que as lajes de convento são frias e as constipações espreitam. E o resto do tempo seria silente e pensativo.
Dantes, algumas senhoras, quando iam para a idade, tornavam-se freiras de clausura. A quem se perguntará se é isto ainda possível; é que não sei. Posso ver no Google. Amanhã que hoje não me apetece.
Pronto. Parvoei um nadinha desmasiado. Estou melhor. Mais leve.
Durmam bem. Rezo por vós – mas não de hora em hora. E bem sei que hoje deus está de benevolente. Deu-lhe para ali. Aqui. E em todo o lado:)
A quem tanto e tão longamente me acompanhou ao longo dos altos e baixos de 2013, um bom ano de 2014.
Aos que tiveram a bondade de me ler mesmo nos escritos mais longos, bem hajam; é-nos grato que alguém passe os olhos pelas letras que juntamos.
A quem acreditou que valia a pena comentar um comentário, muito obrigada; tanta vez uma palavra nos faz bem.
A todos os que colocam aqui novidades ou apenas coisas bonitas (para mim, quase tudo é novo), estou a agradecer à chinesa - parece-me agradecimento delicado, em jeito de gratidão florida.
Aos pelejadores da política, que não vos esmoreça a voz. Se não falarmos ou escrevermos, rebentamos. Estou convosco.
A quem deixou as críticas sociais, as lutas pelas minorias e o mais que também é luta e nem sempre dá certo mas pertence e faz parte: Obrigada
Ao senhor professor que suporta isto tudo e outras coisas que decerto não sabemos, longa vida e sapiência qb. E que não lhe pesemos demais.
Tive um natal que mais teve a ver com o Carnaval. E os mais fáceis eram quando me tinha dito que o Pai Natal não existe! Se fiquei convencido? Claro que não...
Não me parece que 2014 seja melhor; o dia não tem cara de nada de bom; o lado húmido da vida invadiu-nos e é um dó, a atmosfera está saturada de gotinhas mínimas; apetece-me dormir mas não é hora nem momento e tenho coisas a fazer que a gente transporta o trabalho de uns anos a outros. Não me aguça o incógnito 2014. Esta alma de inverno é secante, vou ali ver se a dispo que escorro água e ainda me constipo e não dá jeito nenhum (pode que o champanhe a tenha empapado e bastem umas horinhas de lareira; hummmm...).
Blasfemo, o uso comum de óculos é bastante recente. Para se poder ver a escrita das primeiras cópias da tipografia! O problema é que passamos a ver melhor mas a cheirar pior da boca?
Não seja mázona. Deixa-nos uma canção a despedir-se quase, diz que nem sabe se volta (por acaso não reencontrei esse comment, mas vi-o; ou estaria a alucinar? ou procurei mal que isto está um tamanhão...). E fica-nos uma garotinha de caracóis desesperados - o que lhe destoa da idade - cantando por si. Ora, ora, Anphy! A gente já não tem idade para se despedir de quem gosta para nunca mais. Isso é para quando ainda há mil anos luz à nossa frente; para quando o futuro não acaba; para quando a morte é estranha - é sempre estranha -, vaga e longínqua. Aos amores e amizades da nossa já curta vida dá-se-lhes o calor possível, amornam-se os ambientes, acalmam-se os fulgores das lâmpadas que a vista já aguenta pouco; protegem-se e aconchegam-se os bem querer. Porque tudo que deles nos vem é ganho. E lhes somos gratos. De infinito.
Mas faça como queira. Ou ache melhor. É tudo vida, Anphy. Pode cortar-nos do seu calendário. Sobrevivemos todos. Mas garanto que não é a mesma coisa:))
E as suas doenças? Afogou-as? Foram de água abaixo? Oxalá. Não lhe sei deixar canções para o caminho. Mas quem sabe, se parta, não nos leva umas palavrinhas para aquecer as mãos. Ponha um cachecol, luvinhas e não se esqueça da touca de folhos, ok? andam aí umas gripes perigosas.
E saúde da boa.
Um beijinho de ano Novo. Onde quer que decida ir. Que a vida não a trate mal.
Andorinha
estava-te precisando ouvir. quer dizer, ler. :)
terei de ir a um sitio onde não gosto; num dia de chuva detestável; fazer uma coisa que abomino e até me dá nervos. Mas tem de ser. porque tem de ser.
E vejam lá se não apoquentam a Anphy se ela apareça; anda fugidia que nem uma enguia (rimei).
Ainda estão a ressacar?:)))))) Hoje é que me parece o café deserto...
Bea,
Gostei do que escreveste à Anfy. É de um tão grande bom senso o que dizes. Os amigos são de guardar bem juntinho ao coração. E aconchegá-los e mimá-los. Ou não os merecemos.
Ontem também vi aqui um comment dela com um link que não cheguei a ver e a dizer que não vinha mais porque sempre que vem o anfitrião foge (??!!) Hoje já não está o comentário. Sempre detestei que se apagassem comentários. Quem responde fica a falar no ar...e sinceramente, não entendo.
Anfy,
Anda cá. Está-me a apetecer discutir com alguém e contigo já estou mais habituada. E fazemos um bom dueto:) lol
Bea? Vê como ficaram três professores a ver passar navios! Com uma pequena memória descritiva.
1999
Enquanto dava um passeio, encontrei um bilhete com indicações estranhas. Peguei e guardei-o no bolso. Fomos para casa, mas demorou algum tempo até ele me fazer perceber que o nosso destino era outro.
Virámos para Norte, sempre junto ao mar em direcção ao Alto Minho. Depois de Viana, em Vila Praia de Âncora viramos para Ponte de Lima, acompanhando o rio, até que este passou por debaixo de nós, virando em direcção ao monte.
Com o rio para trás, fomos levados a sair da estrada principal e seguir o caminho florestal. Pouco tempo passado, deixamos o carro para seguirmos o caminho a pé. Depois de curvas e chegámos ao local que o bilhete me tinha revelado naquela tarde.
O Rio que passara por debaixo de nós silenciosamente, agora corria irrequieto e barulhento. A jusante o meu moinho de infância desaparecera e no seu estava um construção estranha. A montante estavam as duas quedas de água que já não via há anos, desde o tempo em que lá passava as tardes de Agosto nos dias em que apesar do sol, a nortada nos tirava da praia.
Decidi aproximar-me dos Pinchos (nome dado a estas quedas de água), descalçar-me e atravessar sozinho, por entre paus e pedras, onde caiu o bilhete, que se perdeu na corrente. Cheguei à outra margem e calcei-me. Olhei para o "moinho", que de moinho tinha pouco e aproximei-me. Uma esfera pouco maior que eu impunha-se no lugar da mó e sobrepunha-se a um elemento inclinado. Este elemento inclinado nascia da outra margem, ganhava conteúdo, encostava-se à esfera, prolongava-se e interrompia-se de imediato, deixando cá fora um pedaço de chão que vinha do seu interior.
Antes de aceitar o convite da porta mal fechada, passei a mão pela esfera e senti a sua textura suave e a sua cor quente.
Já no interior perdia-me a noção inclinada. Ao fundo um elemento transparente parecia acompanhar a corrente.
Ao olhar para cima, um vidro com uma malha de arame protegia-me dos galhos e das folhas que caiam na minha direcção. Ao abrir os painéis que escondiam as caixas que inclinavam este elemento, descobri o sanitário, a cozinha, os livros, a roupa lavada e a cama.
Já cansado e com fome, fui à cozinha comer alguma coisa, tirei a roupa e deitei-me.
Só adormeci quando comecei a ouvir muito longe um estranho som, que sentia cada vez mais forte e primitivo. Aproximei-me dele, fechei os olhos e secalhar comecei a dançar, o meu coração começou a correr como as pessoas `minha volta.
Passaram muitas horas e quando e quando abri os olhos, estava só e em silêncio dentro da esfera. O cansaço fez-me procurar a cama, mas esta já não estava lá. Sentei-me no chão a descansar, senti o correr da água, os reflexo de um Rio e uma melodia de um Lugar, feita de vários sons e silêncios de um instrumento de vento, água, pedras e folhas.
O tempo fez-me pensar na razão de estar alí, no caminho percorrido, na chegada e no sonho que ainda não tinha acabado.
Aí acordei, quando iria fazer tudo o que se pode fazer quando ainda se está a sonhar. Uma brisa irritante assobiava por uma porta que ainda por cima abria para lado nenhum. Talvez aberta desse para molhar os pés na corrente.
Foi isso que fiz, fechei a cama, sentei-me no chão e sentia a água mais quente que no dia anterior. Quando o sol deixou de aquecer, lavei a cara vesti a roupa e fui-me embora.
309 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 201 – 309 de 309Bartolomeu,
Concordas? Eu tinha vergonha de assim! Ainda bem.
Bea. Come um alho para limpar as fossas nasais! Nas passagens de anos?
Bea,
Volte para a encobadora a ver se cresce alguma coisa, fique com os cinco que aqui me espera outro.
Publicado no jornal i (vidé http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/alemanha-cortes-retroactivos-nas-pensoes-proibidos)
Assunto: Alemanha: Cortes retroactivos nas pensões proibidos.
Saravá
IMPIO
Pedro Silva Pereira, Diário Económico, 27/12/2013
"Ao apressar-se a vislumbrar no Acórdão do Tribunal Constitucional uma "porta aberta" para cortar pensões já atribuídas, o Governo parece não ter percebido grande coisa do que disse o Tribunal.
Seria melhor que em S. Bento se relesse o Acórdão antes de fazer asneira outra vez.
O primeiro passo para compreender a fundamentação do Acórdão do Tribunal Constitucional é perceber que ele vai muito além dos argumentos invocados no requerimento do Presidente da República (cujas limitações assinalei aqui no momento oportuno). Como se esperava, o Tribunal não deu razão ao Presidente na alegação de que o corte das pensões deve ser qualificado como um imposto (que violaria os princípios constitucionais do sistema fiscal). Mais importante, porém, é o facto de o Tribunal ter convocado princípios que o Presidente omitiu e ter concluído pela violação "desproporcionada" do princípio da confiança com base em argumentos decisivos que o Presidente não invocou.
Em primeiro lugar, ao contrário do que parece, é um erro pensar que o corte das pensões, proposto pelo Governo, é inconstitucional apenas porque viola o princípio da confiança. O que se passa é que a proposta do Governo só foi confrontada com o princípio da confiança por se ter encontrado, logo aí, uma inconstitucionalidade. Todavia, o Acórdão é claro quando refere que qualquer corte das pensões, para ser constitucionalmente admissível, tem de respeitar também outros limites constitucionais autónomos que derivam do princípio do Estado de Direito, a saber: fundar-se em "motivos justificados", não afectar o mínimo social nem a dignidade da pessoa humana e, ‘last but not the least', respeitar o princípio da igualdade. Assim, qualquer nova proposta de corte pensões, mesmo que venha a cumprir os muito exigentes requisitos do princípio da confiança, tem encontro marcado com a fiscalização do cumprimento de vários outros princípios constitucionais.
Em segundo lugar, convém notar que para concluir pela violação do princípio da confiança, o Tribunal Constitucional teve de suprir, e bem, a manifesta escassez de argumentação do Presidente (que se limitara a invocar o desrespeito pelas legítimas expectativas dos pensionistas, remetendo inteiramente para o Tribunal a avaliação sobre a suficiência da justificação invocada pelo Governo).......
(continua no post seguinte)
(continuação do posto anterior)
É o Tribunal - não o Presidente - que desenvolve o tema da insuficiência da justificação para cortar pensões já atribuídas da Caixa Geral de Aposentações baseando a sua conclusão, desde logo, no entendimento de que a medida do Governo não visava propriamente a convergência das pensões (visto que era uma medida reversível, de duração indefinida) mas sim a consolidação orçamental, neste caso prosseguida através de uma medida avulsa de diminuição imediata da despesa: a redução das transferências do Orçamento para financiar o défice da CGA.
Ora, não se tratando de alcançar, de forma estrutural, a verdadeira convergência das pensões, nem o equilíbrio intergeracional ou sequer a sustentabilidade financeira da CGA (que, aliás, não poderia nunca obter-se à custa dos respectivos beneficiários, visto que, como aqui também assinalámos, o sistema se tornou fechado, e portanto não autossustentável, por opção do próprio legislador, em nome do interesse geral), a proposta do Governo resumia-se a uma mera medida de corte imediato na despesa, onerando de forma desigualitária os pensionistas da CGA como se lhes fosse exigível um maior contributo para a consolidação orçamental ou como se o seu direito à pensão não merecesse protecção igual à dos demais pensionistas. Nestes termos, a justificação invocada pelo Governo para defraudar a confiança dos pensionistas da CGA não podia, obviamente, ser aceite. Mas, no fundo, ao questionar a justificação apresentada pelo Governo o Tribunal mobilizou já uma importante ponderação do valor constitucional da igualdade.
É certo que, fiel ao seu entendimento não absoluto da protecção da confiança, o Tribunal Constitucional admite que, "eventualmente", um corte das pensões até pode ser compatível com a Constituição desde que devidamente justificado e inserido numa reforma estrutural, sistémica e justa do sistema de pensões, respeitadora do princípio da igualdade e concretizada de modo suficientemente gradualista. Conhecendo a jurisprudência do Tribunal Constitucional, confundir esta exigente prova de obstáculos com uma "porta aberta" é sinal de que em S. Bento não se compreendeu ainda nem o Acórdão, nem a Constituição."
Saravá
IMPIO
Quantas pessoas morreram? Para alimentar! Este blogue.
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Mais Vale Perder Um Dia Na Vida Que A Vida Em Um Dia
George Clooney winning Best Supporting Actor
http://www.youtube.com/watch?v=NqDbG9h-f7c
Bom diaaaaa:)
Impio,
"Alemanha: Cortes retroactivos nas pensões proibidos."
Pois...aqui também é assim...:(
O resto não li. É muito extenso para quem acaba de acordar:) lol
Inté...
"Quando se chega a uma certa idade e mais um ano passa, o que mais dói é cair sobre nós as ausências de tantos que partiram. Partiram para onde? Ah, esse partir sem deixar endereço, e a falta que nos fazem!"
Padre Anselmo Borges
E como dói!...
"...é que os jovens vivam intensamente cada tempo. Na dignidade livre e na liberdade com dignidade. O que deveria ser norma para todos. Que vivam com atenção e intensidade, pois tudo passa muito rápido."
Mais um excerto do texto do Padre Anselmo Borges no DN.
Para reflectir...e concordar:)))
Vendo a Branca de Neve ou os 101 Dalmatas em "Super 8" ao contrário. Rapidamente! Eram mais de mil os comentários?
"Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de prisão"
http://www.youtube.com/watch?v=nipsQQdpGoQ
Passados 7. Dias! Já parece os pecados imorais?
Impio,
"...é sinal de que em S. Bento não se compreendeu ainda nem o Acórdão, nem a Constituição."
Eu até penso que em S.Bento compreendem a Constituição. Não gostam dela, o que é diferente.
Chateia-os e dificulta-lhes um bocado a vida...:)))
Três foi a conta que Deus fez:
7 de Janeiro de 2014, terça
-feira
"December 25 on the Julian calendar currently corresponds to January 7 on the internationally used Gregorian calendar."
Omeudeus
Duzentos e vinte e dois
Andorinha? Venham as dificuldades! Os inimigos são os meus melhores amigos.
Querem mais? Arroz! De. Pardal...
"Mais uma virgula para o testamento"
O pragmático.
Tenho um neto de doze anos que se debate com um dilema existencial: não quer que algum dia eu morra, mas tem pressa de herdar Cantelães:). Quando lhe fiz notar que pai e tio se perfilam antes dele na sucessão encolheu os ombros e disparou - "esses tenho-os controlados". E esta hein?, como diria o Pessa:).
JPB? Tens! Uma sósia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone
às 12:42 AM Ou Pm
vHavia que encher o badulho com alguma coisa
Quando o Amor Morrer Dentro de Ti
Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram.
Ruy Cinatti, in “Obra Poética”
Dream it again >Sam
O Murcon fica para a história do PS
http://www.adobe.com/pt/products/photoshop.html
Vamos lá festejar o São Pedro desta época em condições...
"Já eleito líder do PSD, diria Cavaco Silva: "A política não é nem pode ser uma viagem de recreio" - não sendo de excluir que viagens de recreio possam dar início a uma marcante carreira política."
Andorinha
Esta frase é reconhecível “"Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos actualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos." (Der Antichrist).
Admito que o nosso 1º Ministro, ou se calhar, algum spin-doctor (entenda-se – doutores especializados no engano) que o aconselha, partilhe deste pensamento. Quero dizer que um dia a história (segundo os spin –dcotors) dará razão e o real tributo ao novo Salazar, quero dizer ao Passos Coelho. Só que o 1ºM vê-se forçado a internacionalizar o azeite (leia-se oliveiras) e a cortiça (leia-se sobreiros): talvez não seja má estratégia, mas não chega. Há que substituir importações por produção nacional e aqui há que fazer investimento, ou criar condições para que o mesmo seja feito por população nacional. Depois, haveria que explicar aos spin-doctors que o paradigma concentacionista (tudo nos grandes centros) está ultrapassado e que há muitos anos para cá já se descobriu que o paradigma territorialista (larga ocupação do território) trás vantagens embora as grandes superfícies comerciais não gostem muito dele. Mas Roma e pavia não se fizeram num dia e para isso é preciso ter visão estratégica e o raios dos spin – doctors só pensam em ganhar eleições pois coitados, mais nada estudaram na universidade.
Visão estratégica, era tão bom que tivéssemos alguém com isso.
Enfim, tenhamos esperança e oremos….
E digo isto porque a definição do objectivo, aquilo que precede, nos códigos da gestão, a visão estratégica, está inequivocamente definido e é “Portugal é uma Nação que deve continuar a existir como Nação, pois é das mais antigas na Europa, como Nação e tem um passado histórico de que orgulha e que poucos países da UE podem apresentar no seu CV”
Fui bastante nacionalista? Se calhar fui, mas há alturas em que tal não fica mal…
Abraço
IMPIO
2x3=http://eondoicheritage.blogspot.pt/
Impio,
Por que havia de ficar mal a visão nacionalista? Ora essa, homem!:)
Só não percebi porque puseste tanta coisa entre parenteses como se eu não entendesse do que falas:) loooooool
Visão estratégica precisa-se e não há.
Não sei se algum dos nossos (des)governantes entenderia Nietzsche. Palpita-me que não. Precisamente porque alguns homens já nascem póstumos.
E a História nunca dará razão aos spin doctors.
Abraço
João Pedro,
É de muito mau gosto, para não dizer mais, estares a publicar aqui, como se fossem tuas, coisas que são da autoria de outros.
Já fizeste isso comigo e agora com o Júlio.
Se tivesses um mínimo de bom senso e de respeito pelas pessoas, apagavas.
Mas tu se calhar não sabes o que isso é...:(
Boa Noite
Dorminhocos
Concordo com o Ímpio nos vários opinativos que deixou, anda-me a irritar a posição do governo face à clara decisão do TC, fazendo ou querendo fazer parecer que seja evasiva ou titubeante; com brechas.
E temos que ser nacionalistas, sim; se queremos continuar a ser e ter nação. Li essa mesma afirmação noutro lado. Ou será que só a ouvi? Ó santos deuses que fizesteis com a minha memória? Quê?! Não fosteis vós? É a idade? Os anos? A velhice? Ora bolas.
Andorinha
Só cerca de 24 horas. Não mais:)
João Pedro
Eu até que. Mas a incubadora é muito atrás demais. Se bem que tenhas razão, falta-me alguma coisa, devo ter ficado mal acabada, fazer o quê agora?
Ser monja é que era, rezar de hora em hora, devotamente, espero que não descalça – pelo menos no inverno - que as lajes de convento são frias e as constipações espreitam. E o resto do tempo seria silente e pensativo.
Dantes, algumas senhoras, quando iam para a idade, tornavam-se freiras de clausura. A quem se perguntará se é isto ainda possível; é que não sei. Posso ver no Google.
Amanhã que hoje não me apetece.
Pronto. Parvoei um nadinha desmasiado. Estou melhor. Mais leve.
Durmam bem. Rezo por vós – mas não de hora em hora. E bem sei que hoje deus está de benevolente. Deu-lhe para ali. Aqui. E em todo o lado:)
Ciau
Bea. Quem começa também acaba! Posso fazê-lo por si?
JESUS
SÃO
ÉPOCAS
PRIMEIRO
NA
BARRIGA
DE
ALGUÉM
E
OUTRAS
ÉPOCAS
VIVEMOS
EM
ESPAÇOS
DIFERENTES
E QUE HAJA
ABRIGOS
DECENTES
PARA TODOS
João Pedro
quando se quer acabar alguma coisa, não se pergunta. Acaba-se e pronto.
Não acabas nada por ninguém. Não podes.
Como diria o Ruy Bello depois do céus mergukhos invernais...
e eu quem sou para te dizer o que acabas ou começas...és livre, sempre foste; e espero que continues.
Um beijinho
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=3610277
Sabem qual é a idade do armário? Onze! Claro que é uma opinião pessoal, já que aquele roupeiro de 22 fechaduras.
P.S: A Idade Do Espelho Deve Ser Da Idade Do Chumbo
Para todos*, desejo que 2014 seja
um Bom Ano.
Abraço "à andorinha".
A
IDADE
DO
CABIDE
AINDA
NÃO
HAVIA
O
REINO
ANIMAL
NO
PLANETA
SÓ
FLORES
Beatles - Yellow Submarine
http://www.youtube.com/watch?v=krIus0i9xn8
Têzinha:)
Pela parte que me toca, obrigada.
Desejo-te o mesmo, assim como a todos os amigos que por aqui passam.
Bom Ano!
Seja...um abraço dos meus:)))
Bom dia.
Ia jurar que tinha deixado aqui um comentário há pouco ... ;(.
Um Bom Ano de 2014 para todos.
Um abraço "à Andorinha" ;)
Bjnhs.
"Su"
Fiz um. Achado arqueológico! Fantástico?
P.S.: http://eondoic-murcon.blogspot.pt/
A quem tanto e tão longamente me acompanhou ao longo dos altos e baixos de 2013, um bom ano de 2014.
Aos que tiveram a bondade de me ler mesmo nos escritos mais longos, bem hajam; é-nos grato que alguém passe os olhos pelas letras que juntamos.
A quem acreditou que valia a pena comentar um comentário, muito obrigada; tanta vez uma palavra nos faz bem.
A todos os que colocam aqui novidades ou apenas coisas bonitas (para mim, quase tudo é novo), estou a agradecer à chinesa - parece-me agradecimento delicado, em jeito de gratidão florida.
Aos pelejadores da política, que não vos esmoreça a voz. Se não falarmos ou escrevermos, rebentamos. Estou convosco.
A quem deixou as críticas sociais, as lutas pelas minorias e o mais que também é luta e nem sempre dá certo mas pertence e faz parte: Obrigada
Ao senhor professor que suporta isto tudo e outras coisas que decerto não sabemos, longa vida e sapiência qb. E que não lhe pesemos demais.
Cê_Tê ;). Foi uma bofetada de luva branca! Continuo a saber, quem é a minha mãe?
"cANSEIROSO"
Com o dia que está hoje. O Alzeimar! Devia pôr factor 30?
"A velha guarda ainda está cá para as curvas"
http://www.youtube.com/watch?v=p9RuY37lHns
Eondoic
Eondoic
Eondoic
http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Michael
Bea? Nunca fui livre! Estive sempre preso à vida.
Um abraço sólido a todos, ao mergulharmos neste, ainda futuro, ano de 2014.
Aquiles,
Estou com pingo no nariz. Uma lágrima ao canto do olho! Quando é quinta-feira?
Já estão preparados para fazer o quatro. Que o três tirou dez anos de folga! Esperemos que 2015 seja melhor que este?
Tive um natal que mais teve a ver com o Carnaval. E os mais fáceis eram quando me tinha dito que o Pai Natal não existe! Se fiquei convencido? Claro que não...
"Surprise"
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_e_tsunami_do_Oceano_%C3%8Dndico_de_2004
Já canta um melro lá fora. Já cantou o galo! Terá sido um avião? E o vento continua...
Eu ainda estou em 2013. Só Quando o sol estiver a Pique! Faço a passagem de anos?
DE pois da tuberculose de à 60 anos... O Cancro roubou-lhe a cadeirinha. A esquizofrenia espera a geração que agora nasce para se alapar! Querem mais?
"Saudinha"
http://www.youtube.com/watch?v=rE_nw8VGVYE
SÓ PARA ME DIVERTIR
Quim Barreiros O Melhor Dia Para Casar
http://www.youtube.com/watch?v=iVwnOp81FDI
"CHEGA A HAVER ANOS EM QUE HÁ 366 DIA EM QUE CADA UM É NATAL"
http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2014/01/01/numero-de-bebes-mortos-na-china-apos-vacinacao-contra-a-hepatite-b-subiu-para-14?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
E ANDA O CRISTIANISMO A CAIR QUE NEM UMA PINTA DEPOIS DE JESUS SE SALVAR DA CRUZ
São Pedro? Pede ao São João! Mais musica.
Alá? E não houve nenhum natal feliz! Que pena.
Exijo uma indemnização por direitos de autor.
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JÁ
Bom Dia:)
Não me parece que 2014 seja melhor; o dia não tem cara de nada de bom; o lado húmido da vida invadiu-nos e é um dó, a atmosfera está saturada de gotinhas mínimas; apetece-me dormir mas não é hora nem momento e tenho coisas a fazer que a gente transporta o trabalho de uns anos a outros. Não me aguça o incógnito 2014.
Esta alma de inverno é secante, vou ali ver se a dispo que escorro água e ainda me constipo e não dá jeito nenhum (pode que o champanhe a tenha empapado e bastem umas horinhas de lareira; hummmm...).
Que todas as gotas vos sejam luminosas e alegres.
Beijinhos e Bom Ano para nós. Todos
Bea? Estou preso na alFândega à espera do ano novo! Volto já.
Blasfemo, o uso comum de óculos é bastante recente. Para se poder ver a escrita das primeiras cópias da tipografia! O problema é que passamos a ver melhor mas a cheirar pior da boca?
Já estava desconfiado... Que tanta generosidade. Era passageira! Venham as caneladas?
Para mim? Jesus morreu numa quinta! Para também fazer um homem e uma mulher. Pelo menos...
P.S. "Coisas da concorrência"
Anfitrite.
Estou a brindar. A ano novo! Na casa que é de todos?
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Um bom ano novo. Que o antigo já dizia! Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades?
Bom dia:))))))))))))
Beijinhos e Bom Ano para nós. Todos.
Estou-te a repetir, Bea, mas é do coração.
Amanhã regresso em força ao bosso cumbíbio
Inté...
Pomba Branca,
Depois de dizer a verdade na Radio Nova... Ganhar Popularidade na televisão. Lavar a alma com a Antena 1?
P.S.: "Qualquer dia é Nobel da Paz"
HABEMOS PAPA DA MESMA FORMA QUE MUITOS CRISTÃOS SÃO MAIS AGNÓSTICOS QUE MUITOS ATEUS
Boa noite:)
vim só deixar uns auspícios a atapetar as esquinas do sono, e que a noite vos seja propícia; e descansem.
Andorinha
amanhã ou noutra altura; precisamos é que não te esqueças de voar por cá.
E lá eu me esqueço, Beazita?:)
Não sabes que não passo sem vocês?
Bons sonhos.
EsTE pOST. jÁ ESTÁ lACRADO! sEGUE EM CORREI AZUL OU cORREIO NORMAL?
Amdorinha,
Eu passo bem sem vocês. Não passo muito bem! É sem mim?
Leia-se. Que me refiro! Quando estou a dormir? Bons sonhos...
Xutos & Pontapés - Contentores
http://www.youtube.com/watch?v=4QDrLKp-GBM
Obri.Ga!Da?
De?Na!Da.
Bom Dia
Anphy!!!
Não seja mázona. Deixa-nos uma canção a despedir-se quase, diz que nem sabe se volta (por acaso não reencontrei esse comment, mas vi-o; ou estaria a alucinar? ou procurei mal que isto está um tamanhão...). E fica-nos uma garotinha de caracóis desesperados - o que lhe destoa da idade - cantando por si. Ora, ora, Anphy! A gente já não tem idade para se despedir de quem gosta para nunca mais. Isso é para quando ainda há mil anos luz à nossa frente; para quando o futuro não acaba; para quando a morte é estranha - é sempre estranha -, vaga e longínqua. Aos amores e amizades da nossa já curta vida dá-se-lhes o calor possível, amornam-se os ambientes, acalmam-se os fulgores das lâmpadas que a vista já aguenta pouco; protegem-se e aconchegam-se os bem querer. Porque tudo que deles nos vem é ganho. E lhes somos gratos. De infinito.
Mas faça como queira. Ou ache melhor. É tudo vida, Anphy. Pode cortar-nos do seu calendário. Sobrevivemos todos. Mas garanto que não é a mesma coisa:))
E as suas doenças? Afogou-as? Foram de água abaixo? Oxalá.
Não lhe sei deixar canções para o caminho. Mas quem sabe, se parta, não nos leva umas palavrinhas para aquecer as mãos. Ponha um cachecol, luvinhas e não se esqueça da touca de folhos, ok? andam aí umas gripes perigosas.
E saúde da boa.
Um beijinho de ano Novo. Onde quer que decida ir. Que a vida não a trate mal.
Andorinha
estava-te precisando ouvir. quer dizer, ler. :)
terei de ir a um sitio onde não gosto; num dia de chuva detestável; fazer uma coisa que abomino e até me dá nervos. Mas tem de ser. porque tem de ser.
E vejam lá se não apoquentam a Anphy se ela apareça; anda fugidia que nem uma enguia (rimei).
É Pá? Tantas reacções! À de Bea.
Natais? Fáceis! Só para os jovens.
http://www.publico.pt/desporto/noticia/jorge-jesus-nao-e-por-o-presidente-dizer-que-a-prioridade-e-o-campeonato-1618194
"Há cada... Video-Clip. Mais! Fatela? VEJAM SÓ PARA REFRESCAR NOVAS IDEIAS DE UM FUTURO POST"
https://www.youtube.com/watch?v=_IgPr6JICkc
Boa noite:)
Ainda estão a ressacar?:))))))
Hoje é que me parece o café deserto...
Bea,
Gostei do que escreveste à Anfy. É de um tão grande bom senso o que dizes. Os amigos são de guardar bem juntinho ao coração. E aconchegá-los e mimá-los. Ou não os merecemos.
Ontem também vi aqui um comment dela com um link que não cheguei a ver e a dizer que não vinha mais porque sempre que vem o anfitrião foge (??!!)
Hoje já não está o comentário.
Sempre detestei que se apagassem comentários. Quem responde fica a falar no ar...e sinceramente, não entendo.
Anfy,
Anda cá. Está-me a apetecer discutir com alguém e contigo já estou mais habituada. E fazemos um bom dueto:) lol
Bea? Vê como ficaram três professores a ver passar navios! Com uma pequena memória descritiva.
1999
Enquanto dava um passeio, encontrei um bilhete com indicações estranhas. Peguei e guardei-o no bolso. Fomos para casa, mas demorou algum tempo até ele me fazer perceber que o nosso destino era outro.
Virámos para Norte, sempre junto ao mar em direcção ao Alto Minho. Depois de Viana, em Vila Praia de Âncora viramos para Ponte de Lima, acompanhando o rio, até que este passou por debaixo de nós, virando em direcção ao monte.
Com o rio para trás, fomos levados a sair da estrada principal e seguir o caminho florestal. Pouco tempo passado, deixamos o carro para seguirmos o caminho a pé. Depois de curvas e chegámos ao local que o bilhete me tinha revelado naquela tarde.
O Rio que passara por debaixo de nós silenciosamente, agora corria irrequieto e barulhento. A jusante o meu moinho de infância desaparecera e no seu estava um construção estranha. A montante estavam as duas quedas de água que já não via há anos, desde o tempo em que lá passava as tardes de Agosto nos dias em que apesar do sol, a nortada nos tirava da praia.
Decidi aproximar-me dos Pinchos (nome dado a estas quedas de água), descalçar-me e atravessar sozinho, por entre paus e pedras, onde caiu o bilhete, que se perdeu na corrente.
Cheguei à outra margem e calcei-me. Olhei para o "moinho", que de moinho tinha pouco e aproximei-me. Uma esfera pouco maior que eu impunha-se no lugar da mó e sobrepunha-se a um elemento inclinado. Este elemento inclinado nascia da outra margem, ganhava conteúdo, encostava-se à esfera, prolongava-se e interrompia-se de imediato, deixando cá fora um pedaço de chão que vinha do seu interior.
Antes de aceitar o convite da porta mal fechada, passei a mão pela esfera e senti a sua textura suave e a sua cor quente.
Já no interior perdia-me a noção inclinada. Ao fundo um elemento transparente parecia acompanhar a corrente.
Ao olhar para cima, um vidro com uma malha de arame protegia-me dos galhos e das folhas que caiam na minha direcção. Ao abrir os painéis que escondiam as caixas que inclinavam este elemento, descobri o sanitário, a cozinha, os livros, a roupa lavada e a cama.
Já cansado e com fome, fui à cozinha comer alguma coisa, tirei a roupa e deitei-me.
Só adormeci quando comecei a ouvir muito longe um estranho som, que sentia cada vez mais forte e primitivo. Aproximei-me dele, fechei os olhos e secalhar comecei a dançar, o meu coração começou a correr como as pessoas `minha volta.
Passaram muitas horas e quando e quando abri os olhos, estava só e em silêncio dentro da esfera. O cansaço fez-me procurar a cama, mas esta já não estava lá. Sentei-me no chão a descansar, senti o correr da água, os reflexo de um Rio e uma melodia de um Lugar, feita de vários sons e silêncios de um instrumento de vento, água, pedras e folhas.
O tempo fez-me pensar na razão de estar alí, no caminho percorrido, na chegada e no sonho que ainda não tinha acabado.
Aí acordei, quando iria fazer tudo o que se pode fazer quando ainda se está a sonhar.
Uma brisa irritante assobiava por uma porta que ainda por cima abria para lado nenhum. Talvez aberta desse para molhar os pés na corrente.
Foi isso que fiz, fechei a cama, sentei-me no chão e sentia a água mais quente que no dia anterior. Quando o sol deixou de aquecer, lavei a cara vesti a roupa e fui-me embora.
Não percebi
Bea & Andorinha? As marcas nem sempre deixam vestígios! Boa sorte.
AO FIM DE TANTOS ANOS
SERÁ QUE A ALEMANHA
PERDEU A GUERRA
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