segunda-feira, abril 24, 2006

"Quem cuidaria dos filhos????". Por amor de Deus!

Sarkozy endurece discurso e critica Ségolène Royal



Patrícia Viegas

O líder da UMP (partido no poder), Nicolas Sarkozy, voltou a endurecer o seu discurso político no último fim-de-semana, em Paris, criticando a esquerda e piscando o olho ao eleitorado da extrema-direita.

Exprimindo-se num encontro de novos militantes, o ministro do Interior francês recuperou a crise do CPE para dizer que "a esquerda sabe explorar os erros [da direita]", mas "não tem lições para dar e é responsável pela subida da Frente Nacional [FN/extrema-direita]".

Sarkozy referia-se às eleições presidenciais de 2002, em que o candidato do Partido Socialista (PS) Lionel Jospin foi eliminado na primeira volta, levando o líder da FN, Jean-Marie Le Pen, a disputar a segunda volta com Jacques Chirac, o actual chefe do Estado francês.

Na sua intervenção, o número dois do Governo assinalou ainda a ausência "de ideias" da deputada socialista Ségolène Royal que , de acordo com uma nova sondagem ontem divulgada pelo instituto CSA, venceria Sarkozy na segunda volta das presidenciais de 2007 com 53% dos votos. O líder da UMP obteria 47%.

Tudo está, no entanto, em aberto. Ségolène, a companheira do líder do PS, François Hollande, com quem tem quatro filhos, admitiu recentemente ao Canal + que, "caso a França continue assim", vai provavelmente ser candidata à substituição de Chirac. Mas mais não disse.

A popularidade da presidente da região de Poitou-Charentes, de 52 anos, reflecte-se também nas capas dos vários jornais franceses, pelo menos cinco até agora. No entanto, caso decida avançar com a candidatura, pode ter de deparar-se não só com Sarkozy, mas com uma sociedade considerada algo "machista" e uma parte do PS. Laurent Fabius, o líder que desafiou a orientação oficial do partido e apoiou o "Não" à constituição europeia, disse sobre ela: "E quem cuidaria dos filhos?".

Na reunião da UMP, Sarkozy dirigiu-se ainda claramente ao eleitorado da extrema-direita, afirmando que "quem não gosta da França, que não hesite em abandoná-la". Hollande reagiu, acusando o ministro do Interior de falar como Philippe de Villiers, o líder do MPF (dissidência da FN) que popularizou o slogan: "A França, ou a amas ou a abandonas".

Villiers, que recusou recentemente a oferta de Le Pen para uma candidatura única da direita "popular, social e nacional" em 2007, foi mais longe e, na entrevista ontem publicada no Le Journal du Dimanche, acusou Sarkozy de "plágio".

O mesmo jornal divulgou uma sondagem em que Chirac e o primeiro-ministro Dominique de Villepin, fragilizado pelo CPE, registam níveis recorde de impopularidade: o primeiro tem o apoio de apenas 29% dos franceses e o segundo 24%. Era esta a taxa de aprovação de Jean- -Pierre Raffarin quando foi demitido, após o chumbo da constituição europeia, a 29 de Maio de 2005.

56 comentários:

AQUILES disse...

Em todas as campanhas há exageros ridiculos de linguagem, quer sejam de indole machista, sexual, cultural, etc. O problema é depois não se ter em conta a qualidade das pessoas que disparam esses dislates. E o resultado está à vista. Há uma degradação geral, e não só em Portugal, das pessoas que pululam pelos espaços dos exercício político. E permitam-me uma pequena transcrição do José Gil na Visão nº684:
«Hoje, com outro espírito, e uma situação social muito diferente, sem ideologias nem utopias. Os estudantes vivem uma existência cada vez mais difícil, afunilada pela ausência de possíveis, tendo como único horizonte uma Europa à deriva onde há pouco espaço para sonhar. (…) Os de 68 viviam os possíveis sem poder expressá-los: por isso Maio rebentou. Os de 2006 exprimem-se para poder inventar os possíveis de que não têm nenhum modelo.»

Carlos Sampaio disse...

A atitude “cómoda” de governar ao sabor das sondagens abre terreno de cultivo para aquelas espécies oportunistas e perigosas que medram na desilusão irresponsável. Vai dar asneira... Sarkosy, raposa nova , quer apanhar esse terreno antes dos outros, dos duros mais perigosos.

Essa do “quem trata dos filhos”… é boa para aqueles que acham que Portugal está sempre, por definição, na cauda de tudo. Ninguém em Portugal teria lata para isso e muito menos uma figura referencial dum partido de esquerda.
(por acaso lembrei-me agora do Mário Soares e da dona de casa que lhe roubou a presidencia do PE…!)

noiseformind disse...

Carlos Sampaio,
Mas lá está, ele lá no PE tinha de agradar a esses povos barbaros como os escandinavos (Excepto a Noruega) e outros que dão valor à função doméstica dentro do economato familiar. Mas o mais engraçado é esta divergência quase militarista sempre que as coisas apertam. É preciso apelar aos bons pais de família (não usei as aspas por piada) que estão no café a beber umas cervas e tentando agradar ás amantes e tentando manter as escravas em casa mais ou menos satisfeita.

A ideia de "quem trata dos filhos" é a Fraça profunda a falar assim como o Portugal profundo fala quando uma mulher não tem posse sobre o seu corpo na forma de um projecto de vida. Atiram-lhe os tribunais quase instantaneamente com a custódia dos filhos mas depois para a gravidez o pai tem um papael "inalienável" em termos de decisão. A ver vamos... a ver vamos... em França pouco me interessa. Em Portugal interessa-me muito.

Mas já temos a nossa mulher currupta, já nenhum país nos envergonha em termos de modernidade administrativa ; ))))))))))))) Hã Fatinha, sem ti ainda estavamos na cauda da afirmação feminina ; )))))))))))))

Fora-de-Lei disse...

Carlos Sampaio 12:05 PM

"Ninguém em Portugal teria lata para isso..."

É um facto. Mas isso também pode querer dizer que, em Portugal, somos cada vez mais postiços...

andorinha disse...

Boa tarde.

Pausa para almoço, dou aqui um saltinho e deparo-me com esta "bela" notícia.
Lá está, eu não consigo deixar de ficar furiosa ao ler barbaridades destas.:(
E, claro, como é mulher tem "ausência de ideias"!
Que m.... de mundo este.

P.S. já fiquei com a tarde estragada.:)))

Noise,
Não venhas falar na Fatinha, por que é que vens relembrar que as mulheres podem ser tão corruptas quanto os homens?:)))))))))))

Fora de lei(12.18)
Também pode ser isso...

Até mais logo, gente, não tenho a vossa vida:)

LR disse...

Noise: no intervalo do almoço, deixei-te o meu "direito de resposta" lá em baixo...

AQUILES disse...

Noise
Assuntos sérios. Não me deste resposta ao mail do chá. E é para onde?

maloud disse...

A França interessa-me. Porquê? Porque sim. Não tenho ascendência francesa, não tenho lá família, nunca lá vivi. Mas em jovem ia todas as férias para a Universidade de Dijon passar um mês, e em adulta vou por gosto todos os anos, 2 ou 3 vezes, a França. Este ano serão as nossas oitavas férias na Provença. Agora já sem a prole, mas até há pouco com ela. Troquei há 14 anos o Algarve, pela Provença e pela Itália.
O Sarkozy é um indivíduo perigoso, e deixou o Villepin afundar-se no CPE, para definitivamente se impôr como o natural candidato da UMP. Se ele ganhar, os jovens franceses podem contar com algo bem mais radical que o famigerado CPE.
O PSF é um saco de gatos. Assim de cabeça, surgem-me oito nomes que tudo farão para serem candidatos. Agora o único capaz de provocar verdadeiros estragos, é o autor da "pérola". Não esqueçamos que o PSF fez um referendo interno sobre a Constituição Europeia e essa luminária não aceitou o resultado e fez campanha pelo Não. A Ségolène Royal é uma experte em manobrar os media {está à altura do Sarkozy} e, ao que vou seguindo, será a única que terá possibilidades de derrotar a direita, porque tem um discurso "blairiano" que apanha o centro.
Agora, estou em parte de acordo com o Noiseform, o Laurent Fabius deixou cair essa "graça", para agradar à França profunda. Os franceses nada têm a ver com os parisienses, mas também não são proprimente uma réplica do Portugal profundo. A França profunda é mais culta, lê mais, não tem os nossos níveis de iliteracia, mas é muito arreigada a valores tradicionais. Mas mesmo assim, acho que o Fabius avaliou mal. A França profunda não é assim tão retrógrada. Isso é uma especifidade nossa.

Gostaria de pedir autorização ao Prof. Machado Vaz para posteriormente falar do diferendo que opôs o "bando" ao JPP. É que não foram tricas de outros blogs, mas algo mais grave, do nosso ponto de vista. E que afecta todos os que comentam com um nick ou pseudónimo, como queiram chamar-lhe.

Carlos Sampaio disse...

Boas...

Só para acrescentar que, do que conheço, não me parece que o Sr Fabius o tenha dito como "jogada premeditada" para atingir alguma franja do eleitorado. Acho que o disse mesmo porque achou que era uma graçola engraçadita e que, assim, diminuiria a senhora.

Se fosse o Sarkosy, talvez sim, é bastante mais calculista.

E, por fim, quem quer atingir a França profunda é este último, roçando o jogo de Le Pen. Acho que a França profunda está longe de reagir a piadas duvidosas de “enarques” e, pelo contrário, divorcia-se a olhos vistos desta elite apodrecida.

E a diferença entre França e Portugal mantém-se a nosso favor. Para já, pelo menos para já, não vejo um “Le Pen” passar cá à segunda volta dumas presidenciais.

maloud disse...

Carlos Sampaio
Como sabe a esquerda ganhou a primeira volta das presidenciais e o Jospin só não passou à segunda volta, porque houve aquela profusão de candidaturas folclóricas, com destaque para o Chevènement. Bastava somar os votos deste "artista" aos do Jospin, para que a vergonha não tivesse existido. Aliás a vitória avassaladora do Chirac na segunda volta, em que toda a esquerda votou, apesar da eterna Arlette não ter dado indicação de voto, prova que a França não queria o Le Pen para presidente. Quanto ao Fabius pode, como diz ter sido uma graçola, mas com ele nunca se sabe. Não me merece um pingo de confiança. É tão calculista como o Sarkozy.
Agora eu gostava de ver como reagiria o povo português a um Le Pen luso, se tivesse toda aquela imigração magrebina. Ou estou redondamente enganada, ou arriscar-nos-íamos a ter de engolir o sapo.

LR disse...

E isto na pátria de Beauvoir...
Parece incrível.
Pergunto-me se em Portugal alguém teria coragem para dizer em público, e ainda que em “politiquês” (ou seja, em sede de campeonato de box político), uma coisa semelhante. Vão desculpar-me os socialistas profundos, mas quase parece uma “boca à” Mário Soares...que também mandou umas pérolas semelhantes acerca de Nicole Fontaine, quando acalentou o sonho de competir com ela pela presidência do Parlamento Europeu...Enfim, não chegou a tanto, não chegou a tanto...

O curioso é que numa recente sondagem sobre as personalidades e os partidos políticos, 48% dos franceses gostariam de ver Sarkozy a reforçar o seu protagonismo político. Este chega a ganhar mais 4% de popularidade do que no mês passado, em sondagem idêntica.
Aliás, entre Março e Abril, na direita todos sobem, com apenas 2 excepções: Villepin (que leva 1 rabecada de 7% pela escada abaixo) e um tal Renaud de Vabres, que não sei quem seja.
Na esquerda, Ségolène conta com 53% (sobe só 1% só em relação a Março, será que é a Liga das Mães a actuar?) Hollande sobe de 29% para 31% e até L. Jospin ganha 1 pontito percentual! Mas espectacular espectacular é a subida de Jack Lang (tenho 1 fraquinho por ele, confesso): sobe 7% (de 37 para 44). Pergunto-me o que é que o homem tem andado a fazer...

Carlos Sampaio disse...

Maloud

Obviamente que Chirac ganhou facilmente na segunda volta porque, como disseram muitos franceses, antes votar num aldrabão do que num fascista (ou parecido…). Esses todos ainda são a maioria mas a outra parte tem uma dimensão preocupante.
Agora que Le Pen passou à frente de Jospin, isso é um facto e perturbador, assim como, por exemplo, na Bélgica o crescimento dos xenófobos flamengos.

Sobre a presença dos Magrebinos e o seu impacto é necessário ver o que veio primeiro, se a galinha ou se o ovo. Nós cá (ainda?) não achamos que as casas de uma rua se desvalorizam todas só porque se instalou um marroquino na esquina. Têm uma visibilidade muito menor, o porquê a discutir, e, portanto menor impacto.

Como já passei por magrebino em Marrocos e na Tunísia.. estou à vontade!! ;)

maloud disse...

Ãngie
É fatal. Os ministros da Cultura em França são sempre populares. Este também é da Cultura. Agora veja o Jack Lang não na Cultura, mas na Educação Nacional, no tempo do Jospin, quando substitui o Allègre que caiu pela rua, e talvez deixe de ter o fraquinho por ele. Eu deixei.

Carlos Sampaio
Eu moro nas Antas, um sítio mais ou menos "fino" do Porto. Na fronteira existe um bairro de gente portuguesa, que depois da data que amanhã comemoramos, se juntou, para sair da "ilha" em que viviam, e constituiu uma associação de moradores que em parceria com a Câmara construiu os prédios, onde habitam pacatamente. Posso garantir-lhe que para as pessoas, que por aqui fatalmente vou conhecendo, aquilo é uma nódoa que estraga o cenário. Não vivem lá ciganos, nem brasileiros, nem eslavos. Não há desacatos, nem tráfico de droga.
Lembra-se das milícias populares?
Eu conheço os fenómenos de xenofobia por essa Europa e se nós tivermos os mesmos níveis de imigração, com diferenças culturais "chocantes", teremos o mesmo fenómeno. Os nossos brandos costumes são uma treta, que a História salazarenta nos impingiu, e que a que é ensinada hoje não desmistifica.

CêTê disse...

Delichon urbica, ao poder!

Passa-se em frança, não é? Se fosse na Bélgia não ficariam sem reposta. ;]]]]]


Prof.- A forma como se refere à morte do M. Fehér é, é ...( nem sei como adjectiva-la de tão forte e fotográfica).
Ando a lê-lo às pinguinhas.
(ainda há coisas que não percebo bem mas isso é um elogio à sua I
inteligência e forma criativa de escrever)


sim e

também a isso claro ;[[[[


Boas cafezadas

Carlos Sampaio disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Carlos Sampaio disse...

Maloud

Não acho que sejamos um país de brandos costumes. Quando muito de frouxos costumes, sendo que a frouxidão se pode manifestar de formas diferentes e até mesmo agressivamente covardes.

Também é difícil falar de forma genérica assim do país. Agora sei, e sei mesmo, que é mais fácil a um português olhar para um africano ou para um árabe como um ser humano de igual para igual do que um francês, um inglês ou um belga.

Vivi na Bélgica quando nada de especial se podia apontar à comunidade magrebina que, no entanto, era vista com um repúdio puramente xenófobo. E “amor gera amor”, não é?

E uma pequena nota quanto às milícias. Vivia em Francelos no tempo dessas famosas acções. Obviamente que repudio. Não deixa no entanto de ser irónico que somente após essa vergonha Francelos se tornou um lugar seguro. Dá para reflectir… O importante é não deixar estragar.

maloud disse...

Carlos Sampaio
Eu não partilho as suas certezas sobre o olhar português. Oxalá me engane.
Está a dizer-me que as milícias deram segurança a Francelos? Sabe, eu conheço uma miúda, hoje com 30 anos, que não se atrevia a sair da estação de combóio, com medo das milícias, tendo os pais que a ir buscar, só porque vestia daquela forma a que eles chamam "metaleira". Estranha segurança.

Carlos Sampaio disse...

Maloud

Não foram as milícias que trouxeram a segurança de forma nenhuma!!
Foi o policiamento posterior que, apesar de todas as queixas que se acumulavam, só começou a ser feito depois da crise.
De notar que o “problema” não era a presença de “pessoas estranhas”. Era que as casas eram assaltada a um ritmo preocupante perante a passividade das autoridades.
Por isso dizia que o importante é não deixar estragar.

maloud disse...

Carlos Sampaio
Fico mais descansada. Que alívio!

LR disse...

Carlos Sampaio:
Vou-me meter pelo meio, desculpe lá.
E só a propósito da xenofobia francesa.
Porque e se viveu na Bélgica também se apercebeu concerteza de um fenómeno curioso: o quanto desprezados os belgas são pelos franceses...
Para aversão a estrangeiros, depois dos alemães, não há igual.

Só que, com estes, partilham a própria língua e os territórios contíguos!
Chamam-lhes souris... esses ratos dos belgas!

noiseformind disse...

Maloud e Carlos Sampaio (para citar os com mais linhas),
Que tertúlia é essa, rica e animada, na minha ausência? Snif, snif, snif, acabou-se, vou-me reformar para participar nestas cavaqueiras com a disponibilidade necessária ; ))))))))))))))))))))))

Angie,
Estou a saborear e a reler em papel, isto de conversar a sério tem muito que se lhe diga, não é ler e responder logo. Estou perdoado pelo atraso? ; ))))))))))) mas tenho 7 horas de noite para te responder, e certamente que o farei ; ))))))

Pamina disse...

Boa noite.

Hoje é dia 24 de Abril, mas de 2006! Até parecia um daqueles senhores que "fez" a constituição de 1933. Como é sabido, no antigamente as mulheres não podiam ser embaixadoras ou juízes, por causa da sua natureza e da conservação da espécie (era o que a lei dizia).
A SIC dá às quartas a nova série "Srª. Presidente" com a Geena Davies. Vi na semana passada e gostei.

Bom 25 de Abril para todos.

Nota: Noise, como disse a Angie, também te deixo o meu direito de resposta no post anterior.

Vera_Effigies disse...

Parabéns Sousa!
Afinal conseguiram! ihihih.
Volte homem! Faz falta para animar.

Boa noite a todos
Abraço :)
MJ

noiseformind disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
noiseformind disse...

Peço desculpa por ter apagado o link para música do Sérgio Mendes com os BEP mas fui prontamente informado que a música estava protegida por copyright portanto ; (((((((((( não posso partilhá-la convosco malta ; (((((((((( mas quem quiser mesmo, mesmo, mesmo... ; ))))))))))

Vera_Effigies disse...

Beijinho Noise
Até amanhã
MJ

maloud disse...

Noiseformind,
A ociosidade é no que dá. Reforme-se. Eu fi-lo há 30 anos. Nunca me arrependi.

noiseformind disse...

Maloud,
Eu conto reformar-me aos 40, e recuso-me a trabalhar mais do que 16 horas diárias ; )))))))))))))

Carlos Sampaio disse...

Angie

Só agora vi a sua questão. A questão dos Franceses com os Belgas é no sentido anedótico. O facto é que também os Belgas se põe a jeito muitas vezes… Não considero xenófobo até porque têm culturas próximas.

Uma coisa é o nacionalismo e até a presunção de superioridade sobre os vizinhos. Outra coisa é a aversão ao diferente em cor, religião e mesmo “medo” com a resultante agressividade

andorinha disse...

Noise,
Que inveja é essa da tertúlia?:)))
De certeza que também ocupaste o teu tempo de forma interessante, portanto...mais dias virão, miúdo.:)

A Menina da Lua disse...

Carlos Sampaio

A questão dos franceses com os belgas e principalmente da parte flamenga , é efectivamente anedótica!

Tenho experiência de num restaurante belga (flamengo) por ter falado em francês , os empregados pura e simplesmente não me respondiam nem atendiam...Tive que falar em inglês para ser devidamente ouvida, apesar de eles entenderem perfeitamente o francês e notarem que eu era turista...

Contudo existem rivalidades históricas latentes que ultrapassam o mero folclore...

noiseformind disse...

Mas por exemplo, a França profunda não me parece tão culta como isso, especialmente pela fragmentação que me custa nas gerações mais modernas. Nada me custa mais do que falar com pessoas da minha idade que, em saindo-se dos temas televisivos, ficam logo sem assunto a não ser o sexo desbragadamente alarve. Há uma certa elegância no conhecimento que fica nas pessoas, digam o que disserem. Ter lido Em Busca do Tempo Perdido por exemplo, é algo estruturante para todas as sensibilidades. Nessa obra temos um retrato de época vivo (até pelos termos empregues) que não é passível de ser abstraído de outra forma. Por exemplo "Os Maias". É para as gerações mais jovens um enorme sacrifício. Pudera!!! Ali a tensão vai-se acumulando e construindo enquanto que na ficção actual há sempre a necessidade de um climax por episódio. Rimberg dizia de forma quase profética que o "orgasmo democrático tem essa irritante questão de as pessoas se cingirem a obter um como nova normalidade sem que esse seja o despoletar de uma procura incessante nos corpos" e tinha punhetas de razão (digo isto pq por ejaculação se libertarem biliões de espermatozóides) e todas as formas de democracia têm esta perversidade: mostram que as pessoas quando lhes dámos condições para se afirmarem verticalmente pelo mérito (universidades, ensino, qualificação profissional etc) procuram, na maior parte dos casos a mediania. Pronto, em Portugal há factores acrescidos a lutar contra esta ideia meritocrática de sociedade, mas só deveriam reforçar a revolta dos participíos da sociedade, que somos todos nós ; )))))))))))

Ameninadalua,
Olha que isso acontecia até à bem pouco tempo (e ainda acontece, na época alta em certas zonas) com qq português que se desloque ao Algarve e se atreva a falar... português! ; )))))))))))))) looooooooooooool ; )))))))))))) mas felizmente nesse ponto temos evoluído (dizem-me, que eu e o Algarve estámos divorciados)

Em relação à Bélgica achei preocupantes as manifestações este fds. Manifestações pq uma pessoa foi espancada até à morte por magrebinos. Certamente que muita gente foi espancada até à morte na Bélgica por belgas e ninguém veio para as ruas ás dezenas(???) de milhar para as ruas exigir medidas. Esta constante ideia do "nós" entendido como o Volks alemão de Hitler para mim é a lança mais marcadamente judaizante presente na tradição cristã. A ideia de assimilação igualitária do Império Romano chegará algum dia a ser re-inscrita na sociedade moderna? Quem souber que responda ; ))))))))))

Aquiles,
; ))))))))))) quanto ao chá obrigada pela disponibilidade. Olhe, até vou meter no meu blog umas fotos dos Açores no próximo post, com direito a cozido das Furnas e tudo ; )))))))))))))))))

noiseformind disse...

Que é que a malta fez ao FDL que ele hoje ainda não marcou o ponto? Ou a vitória do Porto no campeonato terá sido demais para ele? ; ))))

Fora-de-Lei disse...

Noisy, here I am... acabadinho de chegar a casa.

25 de Abril, sempre !

noiseformind disse...

Mas reparei agora que nos estámos a desviar do eixo da posta do Boss. A mulher em casa, uma imagem que não faz sentido em termos sociológicos mas que ainda faz os deleites dos eleitores homens. E lá está, se o lugar natural da mulher é em casa a mulher é inferior ao homem em tarefas complexas que envolvam a saída do domicílio. Lembro-me assim de repente de vários filmes franceses (les puppets russes, Femme fatale, les temps qui passant)em que a ideia da mulher ter um passado sexual rico é sempre para os realizadores um tabu. Desde La Belle de Jour que a mulher no cinema francês ficou marcada por esta (passe o palavrão inventado por conveniência pura) domesticalidade. Vejam bem que quer em "ils marient et etent beaucoup d'enfants" quer em 5x2 (dois filmes recentíssimos) há esta ideia peregrina de que ao homem é inerente a multiplicidade de papéis e que à mulher é concedido para escape uma espécie de fantasia tórrida mas não realizada (a fidelidade não-correspondida de "ils marient..." e a infidelidade pontual e delirante de 5x2).
Ou seja, para abreviar-me na minha participação localizada na tertúlia (só cá volto amanhã à noite, malta) eu gostaria de deixar esta ideia de que há papéis na sociedade que são os tais bastiões masculinos tranquilizadores do macho que vai sendo oprimido em toda a linha. A mulher trabalha, mas ganha menos que o parceiro. A mulher cada vez mais participa na vida política, mas não ocupa lugares de decisão efectiva verticais.

Reparem que os nossos ministros conhecem-se quase todos da universidade, são quase todos amigos em privado. E cumulativamente a confiança pessoal reverte em favor da confiança política. É esta genderização da confiança privada que ainda faz das mulheres mais meteoritos do que estrelas no nosso firmamento. Mas com as taxas de adesões aos partidos a reverterem para elas... lá chegaremos malta... lá chegaremos.

Fora-de-lei,
Tens muito por onde lhe pegar pá, até deixei ali uma pontinha de xenofobia jeitosa para te fazeres a ela ; )))))))))))))))
Já para não falar dos pobres dos filhos da senhora que, coitada, acha que pode chegar a Presidente. Vão acabar na droga e com montes de doenças, de certeza ; )))))))

noiseformind disse...

Se o Manolo (o nosso S. Tomás de Aquino) estivesse aqui já tinhamos chegado ao core desta discussão. Vejam que na natureza as únicas comunidades de mamíferos em que as fêmeas mandam e são mais corpulentas que os machos são as hienas, e isso são bichos que só se alimentam de cadáveres e comem até fezes. Portanto a política é a metáfora ideal em relação a esse regime alimentar na sociedade ; ))))))))))))
Pela mesma bitola prevejo que as mulheres dominem a breve prazo na construção civil, advocacia e no futebol ; )))))))))))))))))))

noiseformind disse...

Lusco,
Outro pra ti ; )))))))))
Agora vou-me prá caminha que tá a dar o Vitinho (ou seja, o sino da Igreja bateu as 3 da manhã)

andorinha disse...

Bom dia.

Ainda está tudo a dormir???:)
Fora de contexto, mas...
"Sábado à noite, em plena varanda do Estádio do Dragão, muitos jogadores portistas entoaram um cântico insultuoso para o clube da Luz".
Li isto em A Bola e pasmei!
Os jogadores do Porto não sabem perder nem sabem ganhar.
Enfim, é triste e revelador de toda uma mentalidade tacanha.:(

CêTê disse...

Noise,

Essa das hienas... ;P
(Já viram uma hiena a parir?)

Mas quem é que aspira imitá-las? Só se forem as feministas. LOOOOL

Lá por as mulheres terem mamas e estas constituirem um ponto de fixaçáo vossa não nos reduzam, por amor a Darwin, a qualquer mamífero!

Bom feriado para todos!- Viva a Liberdade de expressão (;]]]]]])


Olhem lá, pessoal: Quem é que mais gosta da cor preta para carros? ;P

noiseformind disse...

Isso da cor preta nos carros depende totalmente do orçamento para lavagem dos ditos ; )))))))) e do risco de riscarem o carro ; ))))) em caso de risco de riscos deve-se optar pelo cinza metalizado brilhante ; ))))))))))))

Quanto à minha fixação por peitos femininos eu diria que não reduz em nada as mulheres, apenas reduz os homens ; ))))))) conheço homens que ficam totalmente reduzidos a monossílabos quando colocados diante de imponentes pares de juggs ; ))))))))))))) alguns chegam ao degragante ponto de usarem a internet para verem fotos tiradas a mulheres apenas e só a mostrarem os ditos, o que é bem demonstrativo da forma como para esses indivíduos as mulheres são pouco mais do que elementos despoletadores de um tipo de excitação mais primária ; )))))))))))))))) looooooooooooooooooooool

Olha que há muitas mulheres que aspiram a um controlo tão cerrado do masculino que eu não sei até que ponto não fantasiam com o pénis dominador da hiena-fêmea Alfa. A estruturação masculina num contexto de baixa capacidade de confrontação maternal é devastadora para muitos homens, que depois precisam dos tais alter-egos violentos e subversivos. Jung (admito que lembrar-me dele poderá ser lapso freudiano despoletado por falar das juggs lá atrás) foi taxativo para além de qualquer dúvida, penso eu, quando falou nos riscos para a construção do "eu" masculino quando a anima e o animus encarnam para o mesmo sujeito na mesma pessoa, provocando disfunções dilacerantes na orientação da líbido e na qualificação dos afectos. Mas é melhor calar-me senão o Boss ainda me dá umas bengaladas por estar-me aqui a meter na coutada dele ; ))))))))))))))))))

Andorinha,
O que são uns "Filhos da #$%#%#" entre amigos? ; ))))))))))) e o Benfica e o FCP são amigos de muito longa data ; )))))))))))) da nossa parte prometemos reagir placidamente a quaisquer palavrões de ocasião cantados pelos vossos jogadores SE eventualmente alguma vez voltarem a ser campeões ; ))))))))))))))

CêTê disse...

(Bolas, bolas! Tenho de repor a glicémia antes de ler;]]]]]])

CêTê disse...

Não sei porquê ;] mas soa-me a fisgada a alvo errado lool mas a leitura rápida não me deixa descortinar se tens sangue a escorrer LOOOOOOOOOl

AQUILES disse...

Andorinha (11:51)

Isso diz muito do que é o mundo do futebol em Portugal. Por isso é que eu não sou adepto de nada do desporto profissional, mas gosto de ver desporto.

Noise

Quanto ao chá eu falava a sério. Há um chá que só é apanhado uma vez por ano, segundo julgo, que é o CHÁ DE PONTA BRANCA, primeira apanha das pontas da folha. É um chá delicado. Só apanhei uma vez lá na fábrica da Gorreana. Conheces?

AQUILES disse...

O cuidar dos filhos é o “drama” da vida moderna e citadina. Tradicionalmente eram as mães que cuidavam da prole. Hodiernamente as condições de subsistência alteraram-se, juntamente com as de segurança, o que levou à partilha dos cuidados pelos pais. Mas isso tem custos muito elevados. Ou os pais podem pagar caro para os depositar numa instituição que cuide deles durante os horários laborais, ou não tendo possibilidades de pagar as crianças têm os cuidados da rua se não têm avós disponíveis. Em ambos os casos há custos pesados para as proles. E então os trabalhos? Há quem invoque as carreiras. E isto faz-me sempre lembrar aquelas senhoras que dizem nas entrevistas que só podem ter a carreira que têm porque há uma outra senhora que lhe toma conta da casa, dos filhos, etc., uma autêntica fada do lar. Esquecendo-se sempre que essa senhora fada do lar também tem o seu, onde não há outra fada para além dela. Se eu agora me distraísse continuava por aí afora. Um bom feriado a todos.

Avó do Miau disse...

Vá até à minha página, porque penso que no primeiro post, alguém lhe fez uma homenagem!
Também gostaria de ter o seu link, mas no meu blog são as visitas que se linkam! Por isso e se for da sua vontade, vá até lá e clique no logotipo do "Páginas Amar-ela", o dos morangos para fazer o registo e adicionar o seu blog!
Um abraço amigo e bom feriado,
Daniela ;)

Tudo isto está no novo endereço:
www.amar-ela.com

andorinha disse...

Noise (12.39)
Não me provoques, olha que eu respondo-te à letra.:)))))))

Aquiles,
Eu gosto bastante de futebol, mas atitudes destas entristecem-me profundamente. Se fosse ao contrário diria a mesma coisa. Quando profissionais do mesmo ofício descem a este nível, está tudo dito.:(

Acredito que cuidar dos filhos hoje em dia seja nalguns casos um "drama" como dizes, e bastante complicado conciliar uma carreira com a educação dos filhos.
Mas impressionou-me o verbo que usaste ( não digo que propositadamente) depositar.
Depositam-se coisas e não pessoas.:)
Mas infelizmente é a atitude de alguns pais neste país; educadores de infancia e professores que os eduquem que eles têm mais que fazer.
É lamentável.

CêTê disse...

Professor,
Caso lhe tenha passado, o sr. Dr. Noise está a cobiçar, para práticas sado-maso, a sua Canadiana.


Noise,
LO...(n---> nºgrande)...OL
Para diagnósticos é de divã para a forca, livra!

mtc disse...

Neste fim de tarde de Abril
e com o sol da alma a luzir

A nos espoirs et à nos illusions...
Joe Dassin
...estou agora a ouvir aqui :)

Uma boa noite para todos

Su disse...

Quem cuidaria dos filhos?

gostei do filme:))))))))
jocas maradas

ASPÁSIA disse...

Suponho que o melhor em amas ou baby-sitters que há agora por aí, é a Nanny McPhee... mas não posso afirmar, é filme que não vi...

CêTê disse...

Vizinhos do sr.Dr. Murcon

Assinalem, com "X", a ou as opções adequadas:
( )- a menina Maria... chegou! ;P
( )- duas esculturais Jeóvas estão desde ontem a catequisar o professor. LOL
( )- a D. Gerturdes anda a arrumar o escritório
( )- os miúdos descobriram o site do homem aranha! ;]


(Informam-se os arrumadores de carros das proximidades que a falta de sinal no blogue não é sinónimo de abandono do lar.)


_ eu a pensar que não valia a pena comprar hoje "O Crime"- e afinal,...

Nem um extra da TVi atiça?

Vera_Effigies disse...
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Fora-de-Lei disse...

andorinha 11:51 AM

"Sábado à noite, em plena varanda do Estádio do Dragão, muitos jogadores portistas entoaram um cântico insultuoso para o clube da Luz."

Quaresma foi um deles.

E já que aqui se falou de xenofobia, deixa-me só dizer-te que o cigano perdeu desta forma todo o hipotético direito de ir à Selecção. Se eu fosse jogador do Glorioso e fizesse parte da Selecção, a esta hora já tinha falado com o Scolari a dizer-lhe que não queria lá gente ordinária.

Vera_Effigies disse...
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Vera_Effigies disse...
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Vera_Effigies disse...

Boa noite!
Agora sem atropelar ninguém :)