quinta-feira, maio 19, 2011

O "outro eu".

Hoje na RTP mostraram-me a minha "página não oficial" no Facebook. E eu fiquei consternado, porque embora a informação lá esteja, vários textos demonstram sem margem para dúvidas que os autores acreditam que eles serão lidos por mim e talvez suscitem uma eventual resposta. Sem qualquer responsabilidade no espaço ou ressentimento para com quem o criou, não deixei de sentir um bem pouco vago desconforto:(.

90 comentários:

Cê_Tê ;) disse...

Prof, é o preço que paga qualquer figura pública que tem fãs. Imagino que não seja uma coisa muito agradável mas qualquer pessoa com pouca experiência sabe que aquele sítio não é seu e que o professor não interage lá. Eu acho assim meio foleiro mas acho que ver tanta gente a gostar da sua página é sinal que lá tem gente que o aprecia....
É um canal de comunicação fantástico- Mas como tudo: depende de quem e como se utiliza.
Aqui neste espaço sinto falta do "like".

Talvez os seus netos o ensinem pensar "like" do FB. ;P

Cê_Tê ;) disse...

"sua página" é como quem diz.

Anónimo disse...

Abre uma conta no Twitter e ficam os problemas de identidades, autenticidade e originalidade resolvidos resolvidos;(.

Cristina disse...

Francamente, ficaria mais preocupado com o facto de estar a ser identificado com a testemunha X, do mais recente e controverso acórdão da Relação do Porto.

Confesso que como sua ouvinte de uns cerca de 15/20 anos, as declarações vertidas no acórdão, deixam-me perfeitamente chocada.

Julio Machado Vaz disse...

Cristina,

Sugiro-lhe, como a outros, que consulte o esclarecimento que dei na altura aos murcónicos. Uns jornais dizem que tentei desculpabilizar, outros que condenei. É o preço de ter respondido honestamente a todas as perguntas.

andorinha disse...

Júlio,

Quanto à sua "página não oficial" confesso que vou lá espreitar de vez em quando, mas acho aquilo assim meio foleiro, como diz a Cêtê.
Lá por ser figura pública tem que ter Facebook?!
E há lá declarações que parece que o querem forçar a ter mesmo uma página oficial. Não se respeita o direito de qualquer um a aderir ou não...
Entendo o seu desconforto.

Quanto ao acordão só lhe digo que tem uma paciência de santo:)))

Julio Machado Vaz disse...

Andorinha,

De santo não digo, mas alguma acho que sim. Você é "sócia fundadora" do Murcon e já passou o tempo suficiente para dizer isto - a mim, o julgamento só trouxe chatices. Pelas interpretações rigorosamente opostas - o que é extraordinário! - de vários órgãos de informação sobre a influência do meu testemunho e porque fui obrigado a cortar relações com um ex-aluno. Não pelo que fez ou não no consultório, mas porque me contou uma versão falsa dos acontecimentos. Significa isto obrigatoriamente que existiu uma violação? Não. Mas significa que se mentiu a alguém que nos recebeu trinta anos em sua casa sempre que foi preciso desabafar. O meu conceito de amizade não permite tal comportamento. Como vê, tudo perda. Tudo não! O Colectivo declarou o meu depoimento verosímil precisamente pelas incertezas que expus como perito. É sinal que me ouviram e acreditaram que estav de boa fé. Obrigado pelo carinho.

Anfitrite disse...

Professor,

Mas qual é o espanto, se já várias vezes tínhamos referido isso aqui?
Embora a CT diga que qq um percebe logo, a verdade é que as pessoas não vão ligar a uma chamada de atenção que está de lado, e falam e fazem perguntas como se se estivessem dirigindo ao professor. Eu pp já tinha dito aqui que o prof. mantém a situação porque gosta de ser elogiado. Há duas páginas em seu nome, embora a outra tenha menos movimento.

Cristina,

É pena que as pessoas falem sem saber. Qualquer pessoa pode indicar outra para ser sua (dela) testemunha, ou será que não sabe?
Olhe que neste momento pode estar a correr um processo onde tenham indicado o seu nome.
Por outro lado pergunto-lhe que culpa tem o professor da sentença de um tribunal? E já agora, e não sabendo do que se passa, afirmo o que disse em julho de 2010. A pessoa podia estar doente, mas era ela que se deslocava a casa (consultório) do médico, e os juízes agora limitam-se a dizer que ninguém forçou ninguém.(Se quiserem que eu pense de outra maneira digam-me como é que as coisas se passaram). É que às vezes o diabo tece-as sem a gente dar por isso. E quando se apercebe há desfeixos inesperados. Pedem-se indemnizações, fazem-se ameaças, há arrependimentos, há suicídios, etc e tal...

E como agora ninguém põe música
ponho eu para provocar um nortenho.

http://www.youtube.com/watch?v=zbx3O7YrnMM

Caidê disse...

Professor
Cito:
"...significa que se mentiu a alguém que nos recebeu trinta anos em sua casa sempre que foi preciso desabafar. O meu conceito de amizade não permite tal comportamento. "

A minha sincera admiração por sentir assim.

Existem partes de nós nucleares: só lhes podemos ser fiéis.

Às vezes é perder por fora, mas ganhar por dentro.

ana b. disse...

Prof:

Desconhecia que se podia ter uma pagina no facebook sem consentimento do próprio. Ele há coisas bizarras...:)))

Mas como sou muito cusca, fui logo espreitar. Mas antes não tivesse ido:( Sabe porquê? Porque fiquei a saber que esteve cá em Lisboa, na Feira do Livro, domingo passado, e não disse nada a ninguém.Amiguinho...pois!:)

ana b. disse...

E eu com o meu livrinho, o primeiro a ser comprado, mortinho por um autógrafo:) Cá se fazem, cá se pagam:)

andorinha disse...

Júlio,

Entendo-o perfeitamente, a mentira é insuportável. Quando não se espera ainda mais dói e não há outra coisa a fazer a não ser cortar.

Quanto ao Colectivo também entendo até por razões que o Júlio já aqui explicou.

O carinho não se agradece, quantas vezes tenho que lhe dizer o mesmo?:)))
O Júlio, pela pessoa que é, merece todo o carinho do mundo.

Anónimo disse...

Eu já vi na televisão O professor Julio Machado Vaz dizer que não tinha nenhum blog. Brincamos ou colemos cartazes.

Anónimo disse...

Mas a ideia foi genial e bastante cuidadosa! Se algúem abriu um blog com uma falça identidade porque não abrir uma página numa folha publicitária usando a identidade de outra pessoa. Que haja um clube de fãs tudo bem mas assim penso que não é correto. A verdade é perante a ocasião o discurso verbal ainda é muitp limitado. "um blog de fãs de Julio Machado Vaz" podia ser o subtitulo do Murcon era mais honesto.

Manuel disse...

Para os que não lêem o jornal «Expresso», esta semana traz um artigo vasto sobre as redes sociais (e o Facebook em particular), e as consequências no quotidiano das pessoas. Põe o problema que o Prof. nos pôs no seu Post e outros concomitantes. Traz ainda 5 declarações de várias figuras públicas, 2 absolutamente contra, 3 a favor.
Transcrevo o que disseram 3 deles (2 contra e 1 a favor), os outros 2, políticos banais, só dizem banalidades:
Miguel Sousa Tavares, jornalista ─ «Não frequento nenhuma rede social por razões pessoais. Gosto muito da minha vida privada. Acho uma devassa da vida alheia. Não ando à procura de namorada. Estes fóruns são uma ameaça à Humanidade, são de uma impunidade absoluta e defendo a responsabilidade de opinião e não a libertinagem. Houve uma pessoa que criou uma conta no Facebook em meu nome! As pessoas que querem ter ma vida virtual tenham-na fora do local de trabalho. É uma justa causa de despedimento e de divórcio.»
Alberto Gonçalves, sociólogo ─ «Não tenho nenhuma razão de princípio para não usar o Facebook. Tenho uma razão prosaica: não lhe reconheço qualquer utilidade. Dito isto, dado que não o frequento ou sou por ele frequentado, o Facebook e as “redes sociais” não me afectam em nada. Quem poderá ser afectado são os empregadores, que vêem a produtividade descer proporcionalmente ao uso da geringonça. Ou os pais e professores, que vêem as criancinhas crescer num meio hostil à concentração e ao raciocínio.»
André Freire, sociólogo ─ «É uma maneira simples e prática de comunicar, mas reconheço o risco de poder ser aditivo. Utilizo o Facebook para divulgar informação, chamarem-me a atenção para notícias que não vi e como espaço de discussão. A proibição no local de trabalho não me parece a solução. Não vejo necessidade de limitações se as pessoas cumprirem o trabalho no espaço previsto. Mas se houver abusos não me choca. É preciso sensatez e responsabilidade.»

Anónimo disse...

Cada um tem o que merece!

Julio Machado Vaz disse...

Ana,

Volto a Lisboa para o lançamento a 8 de Junho. Depois... só em Outubro:).

ana b. disse...

Prof:

Lá estarei! E na primeira fila:)

Anónimo disse...

:). para o professor virtual e que a selecção treine muito e bem para ganhar um Mundial.

Anónimo disse...

http://youtu.be/GzBlNWprJLw

Anónimo disse...

http://youtu.be/DCDXTccZuBs

Anónimo disse...

http://www.bbc.co.uk/news/world-us-canada-13450481

Anónimo disse...

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
PEGA ESTO EN TU MURO SI TU PAIS NO DEJA QUE ACAMPES
POR TUS DERECHOS, PERO SI PARA VER A JUSTIN BIEBER. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

Anónimo disse...

http://digg.com/

Anónimo disse...

Já faz muito tempo que não se fala de Sexualidade! ;(.

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=qzfo4txaQJA ;)...

Anónimo disse...

Boas Voltas!

Bartolomeu disse...

Facebook... is that a big lie???
... must we nead to live a lifetime immersed in big lies?
http://www.youtube.com/watch?v=L_1PiLvqLi8&feature=related
;)

$hort disse...

E se o perfil, neste caso de Prof.JMV, ou do MST, tiver sido criado pela sua editora? Ou por alguma outra entidade que faça usufruto dos seus 'direitos de autor'? O FB é um canal de transmissão de publicidade e logo, por definição LIXO, eu tenho perfil de FB para poder "like" as intervenções da minha entidade patronal. É um instrumento de massificação da ignorância, ou não, eu "like" montes de museus, montes de pintores, montes de bibliotecas e iniciativas culturais... É um sinal dos tempos, Aristóteles era contra os livros porque degradavam o ensino oral, Almeida Garrett contra os comboios... Acabei de ler o último do Umberto Eco e estou um bocado sensível a estes temas :)

Se calhar foi um Cataro que lhe criou um perfil

LLLLLLLLOOOOOOOOOLLLLLLLLL

A Menina da Lua disse...

Tambem espreitei umas tantas vezes o seu "outro eu" :) no Facebook mas confesso que não subscrevo a ideia de alguem criar uma página em nome de outra; gera confusão e confunde muitas pessoas que lá se dirigem estando convencidas que é a si que falam.
Claro que compreendo as boas intenções, aprecio o entusiasmo e o carinho de muitos deles mas não me parece nada transparente...

Quanto ao dito caso e ao contrário do que se possa dizer, eu pensei logo no seguinte: se o Professor se expôs nesta situação muito "cabeluda" só pode ser por uma boa razão e uma delas, será estar presente em situações de obrigatoridade de justiça porque como disse e bem a Anfitrite "Qualquer pessoa pode indicar outra para ser sua (dela) testemunha". A finura do seu posicionamento tem como prova a leitura oposta das pessoas; "Uns jornais dizem que tentei desculpabilizar, outros que condenei."

Professor pode indicar-nos o local do lançamento no dia 8 de Junho? Pessoalmente gostaria de estar presente e colecionar mais uma das suas simpáticas dedicatórias:)

Anfitrite disse...

Professor,

Se eu falo deste modo meio destrambelhado é porque se o senhor não acaba com aquilo é porque não quer. Não lhe vou dar as dicas aqui, mas não é difícil. A não ser que queira incriminar quem a criou, e aí já é mais moroso e terá de meter justiça, porque concerteza deve ter sido criada num lugar público, num emprego por exemplo, mas o IP é a coisa mais fácil de encontrar. Eu ontem estive quase para o fazer, mas achei que não devia.
O FB a semana passada até bloqueou a minha conta porque tinha havido uma tentativa de intrusão na m/ conta, e para a desbloquear tive de alterar todas as palavras passe, que estavam ligadas aos emails.
Para já até nem acho bem que o professor torne público o seu mail. Devia ter um pessoal e outro com um heterónimo para blogues e coisas do género.

Apesar de eu falar para o professor desta maneira, deve entender que, se eu tenho seguido todos os seus programas, lido e comprado os seus livros e por aí fora, é porque o admiro, embora eu só chame a atenção para o que eu não concordo, porque o que está bem deixai-o estar. O senhor sabe melhor do que eu, que na sua posição, anda muito lambe-botas à sua volta.

Chinezzinha disse...

porque não cria uma página mesmo sua no facebook?
beijinho

Condessa de Til disse...

Como não conhecia a página fui ver por curiosidade. Achei estranho que haja lá tantas mensagens pessoais, quando se pode ver claramente à esquerda a indicação "Esta página não é mantida pelo Professor Julio Machado Vaz", seguida do endereço do Murcon. Aquelas pessoas provavelmente pensarão que apesar da página não ser oficial as suas mensagens serão lidas, pois muitas fazem perguntas directas e até há uma senhora que pede para ser aceite no círculo de amigos!

A propósito desta história dos amigos do Facebook, vou aproveitar a oportunidade para expressar a preocupação de muitos pais e professores (com quem tenho falado) relativamente a este sistema que é menos "inocente" do que à primeira vista poderá parecer.
Penso que a maioria conhecerá a engrenagem, mas para quem não sabe como funciona o mecanismo (e cheira-me que o Prof., não sendo muito dado a estas coisas, talvez não saiba), quando se tem uma página no Facebook é suposto receber-se pedidos de pessoas que querem ser amigos, cabendo ao dono da página aceitar, ou não, essa pessoa, podendo até aceitá-la durante algum tempo e depois removê-la dos amigos, ou como se diz na gíria "defriend". Deste modo, é fácil de imaginar que, especialmente entre os adolescentes:

1º- O objectivo principal é ter muitos amigos, pois isso significa que se é "o maior". Quem tem poucos sente-se "sem valor", sofrendo naturalmente com a sua falta de popularidade (pública!).
2º- Quando se é recusado como amigo ou quando se é defriended (algo que acontece frequentemente devido às zangas, ciúmes, etc. normais entre miúdos), as consequências podem ser terríveis, chegando inclusivamente a levar ao suicídio em casos de grande fragilidade emocional. Dir-se-á que aqui caberá aos pais estar atentos. Claro que sim. Mas de qualquer modo, essa recusa (mais uma vez saliento, pública!), numa idade tão vulnerável, será sempre um drama e poderá causar graves problemas de auto-estima.

Por tudo isto (para não falar de problemas de segurança, embora esses comuns a outras utilizações da internet), é um sistema que não me agrada.

Chinezzinha disse...

também não entendo como tendo isto bem visível"Acerca de
Página não-oficial. Esta página não é mantida pelo Professor Julio Machado Vaz. Entretanto se o Professor aderir ao facebook esta página será desactivada! Blog do Prof. JMV: http://murcon.blogspot.com/" haja quem mande mensagens como se fossem para si.

não cliquei no gosto, porque nem sei quem está por detrás daquela página. mas julgo que o Prof. não iria ter nenhum problema no FB porque é uma pessoa de bem e muito estimada.

beijinho:)

Chinezzinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Chinezzinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Chinezzinha disse...

Condessa,
não concordo nada com a tua opinião"O objectivo principal é ter muitos amigos, pois isso significa que se é "o maior". Quem tem poucos sente-se "sem valor", sofrendo naturalmente com a sua falta de popularidade (pública!)."
isso até poderá ter sentido para figuras públicas. agora para mim por exemplo estou pouco me lixando para o nº. tenho até eliminado muita gente e vou eliminar mais. vão ficar poucos.apenas aqueles que conheço.
quanto ao problema da privacidade, é só ter cuidado ao definir a privacidade que queremos.
mas diga-se a verdade.estou a ficar farta do FB.qualquer dia elimino a conta.

ana b. disse...

Condessa,

Também não acho muita piada à geringonça. Não tenho, nem lhe sinto a falta:)
Mas não tenho nenhuma objeção ao seu uso. E acho que os seus efeitos dependem essencialmenete do uso que se dá ao mesmo. Por isso, partilho da sua preocupação, no que às crianças e jovens diz respeito.
E eu disse crianças, sim. A minha filha tem 8 anos e muitas das suas amiguinhas da escola já têm facebook. Por enquanto tem sido fácil convencê-la da dispensabilidade do dito. O facto de não o ter, dá-me credibilidade e torna mais fácil a tarefa. Até quando é que não sei.

andorinha disse...

Também não sou aficionada. Não tenho nem tenciono ter.
E daí? Se em vez de cinco/seis amigos passar a ter duzentos ou trezentos se calhar não é má ideia:)))))


Mudando de assunto: Mulher de ministro da justiça reclama da sua decisão de anular remuneração extra.

Se fosse eu pedia já o divórcio!:) Loooooooooooooooooooooool

Isto é de loucos!

Condessa de Til disse...

Na minha opinião a ou o A trata este assunto com demasiada ligeireza. Para um adulto mais ou menos equilibrado:) poderá não fazer a mínima diferença ter 5 ou 5000 amigos na sua própria página e ser defriended várias vezes em páginas de outras pessoas, mas, pelo que me dizem vários professores (não só portugueses), este tipo de problemas põe-se com bastante acuidade em turmas/escolas por esse mundo fora, com consequências obviamente muito negativas para as crianças ou adolescentes afectados.

andorinha disse...

Condessa,

Tens toda a razão, os miúdos levam isto muito a sério e se algo de negativo acontece, pode ter efeitos verdadeiramente nefastos.
É a sua imagem que fica afetada e isso, nessas idades é tremendo.

Anónimo disse...

Parece conversa de tontos!

Anónimo disse...

Olá!

Bom dia A todos!

(Peter North)

:))

Sónia disse...

Professor,

Compreendo a sua indignação. Nada pior que nos darem autoria de palavras que não nos pertencem! Já as que nos pertencem nem sempre são lidas(ou ouvidas!)
Eu não sou de todo adepta das redes sociais. Estamos a viver numa era ligados a laços virtuais! Detesto quando me dizem que não têm tempo para nada e passam horas nas redes sociais a actualizar comentários e fotos.
Perde-se o gosto de descobrir alguém pois está tudo definido nas linhas do Facebook: os gostos, os ódios,as saídas,pratos predilectos,desgostos amorosos,motivos de alegria.
Por isso agora não se pergunta ou descobre...vai-se espreitar ao Facebook!
Eu continuo a gostar de olhar alguém nos olhos enquanto converso! De uma boa conversa com um bom jantar! Nada substitui a real presença de quem nos dá o prazer de partilhar connosco sábias(ou não!) palavras!
Por isso Professor, que se danem os plagiadores e ladrões de identidade ! Continue igual a si próprio e o resto que se dane!
Quanto ao resto...saiba que tem e terá sempre uma prole de seguidores que muito o admiram!

Pinecone Stew disse...

Have a super weekend !

Bartolomeu disse...

Não segui, nem sinto curiosidade em saber aprofundadamente os contornos dessa polémica do depoimento. Na minha opinião, é um caso que foi tratado em sede própria e que por aí deverá manter-se.
Quanto à outra, a do facebook, tambem não me parece que deva merecer especial atenção, a menos que o caro professor Júlio, entenda que lha deva atribuir.
De resto, e do meu ponto de vista muito particular, entendo que existem questões que, pela sua relevância, merecem muitíssimo mais a nossa atenção e dedicação, tal como, a amizade e unidade universal.
A propósito, concluo com a citação de um pensamento do cientista Richard Feynman «entendo que é na admissão da ignorância e da incerteza que ha esperança para uma evolução contínua dos seres humanos numa direcção que não fique confinada ou mesmo permanentemente bloqueada»
;)

Anónimo disse...

Fonix, Bart: O teu ultimo comentário parece um discurso presidencial! Não vou pegar em assuntos delicados (Monárquico do Camano):)

Anónimo disse...

;)

Anónimo disse...

http://animaltales.info/files/2011/05/112.jpg

Bartolomeu disse...

Peter, meu amigo, acredito que tenhas confundido monárquico com anárquico.
;)
Mas... quem te garante que eu não esteja já a fazer campanha para suceder a Cavaco Silva, na presidência do país, hmmm?
às tantas até aproveito o "Murcon" para apresentar o meu programa eleitoral...
Mas deixa lá, não te rales, que na altura certa, não me irei esquecer de ti... talvez para um lugarzinho de assessor... qué que dizes, boy?!
Entretanto, ofereço-te um tema do teu omónimo e... convido-te a ir quebrando umas regras... assim como quem não quer a coisa... e tal...
http://www.youtube.com/watch?v=fyv-Q3cIhvs
;)))

Tangerina disse...

O Facebook é o que fizermos dele. Para alguma coisa existe a possibilidade de criar listas de amigos e definir diferentes privilégios para cada uma delas. Só há que saber usá-lo.

Corre de tudo por lá e é uma excelente forma de obter informação extremamente actualizada. As notícias correm à velocidade de um click.

Para quem estiver interessado, aqui segue informação sobre movimentos que se esperam semelhantes aos que estão a acontecer em diversas cidades espanholas:

- Spanish revolution - http://www.facebook.com/SpanishRevolution?sk=wall&filter=1

- Portuguese revolution - http://www.facebook.com/pages/Portuguese-Revolution/201017953273879?sk=wall&filter=1

- Portugal Uncut - http://www.facebook.com/PortugalUncut?sk=wall


Concentrações hoje, 21 de Maio:
- Lisboa - Praça do Rossio - 22:00
- Porto - Praça da Batalha - 20:00
- Coimbra - Praça 8 de Maio - 15:00.

T.

Chinezzinha disse...

Condessa...
quanto às crianças estamos de acordo mas não me referia a elas.

Anfitrite disse...

Peço desculpa, mas não me sentiria bem com a minha consciência se não emendasse um comentário que aqui fiz, quase na brincadeira, porque me pareceu um situação surrealista, ou então concebida de antemão com determinados fins.
Mas como vi que o caso tomou certas proporções, resolvi tentar aperceber-me do que se passava. Então cheguei à triste conclusão(ainda bem que não fui para médica ,nem para advogada porque sabia que não tinha estofo par lidar com certas situações) de que para se considerar que houve violação uma pessoa tem de lutar até à morte, esfaquear-se, mandar-se pelas escadas abaixo, sei lá que mais.
Por isso, vos deixo aqui o artigo 164.º, n.º 1, do CP, para se prevenirem, porque ainda estou arrepiada com o que li no acordão.

I - O crime de Violação, previsto no artigo 164.º, n.º 1, do CP, é um crime de execução vinculada, i.é., tem de ser cometido por meio de violência, ameaça grave ou acto que coloque a vítima em estado de inconsciência ou de impossibilidade de resistir.
II – O agente só comete o crime se, na concretização da execução do acto sexual, ainda que tentado, se debater com a pessoa da vítima, de forma a poder-se falar em “violência”.
III – A força física destinada a vencer a resistência da vítima pressupõe que esta manifeste de forma positiva, inequívoca e relevante a sua oposição à prática do acto.
IV – A recusa meramente verbal ou a ausência de vontade, de adesão ou de consentimento da ofendida são, por si só, insuficientes para se julgar verificado o crime de Violação.


Afinal acabo por pensar que mais valia estar nos E.U., onde todo o cidadão é tratado por igual, perante a justiça, não há tratamentos de preferência, seja qual for o status social ou humano.

Quanto ao FB volto a dizer que só está lá quem quer, e qq pessoa pode escolher, ou descartar-se de quem não quiser, e pode pôr, ou não, a sua informação à diposição só de quem quiser. Quanto às criancinhas, não vejo porque hão-de ficar traumatizadas perante os outros, visto que só elas é que sabem se foram ou não rejeitadas por alguém. Há realmente pessoas que apresentam milhares de amigos, como se fosse possível interagir com todos eles. Faz-me lembrar alguns bloguers que dizem estar a seguir quase centenas de outros blogues, como se houvesse tempo para tudo isso.

Manuel Henrique Figueira disse...

Dado que o Post do Prof. fala de uma situação de uso indevido do seu nome no Facebook, e dado que aquele instrumento de interacção social (como outros) tem por lá muito lixo, e como o lixo provoca poluição, é preciso estar-se atento.
Enquanto nos distraímos a produzir lixo (seja ele virtual, como no Facebook, ou retórico, noutros veículos de comunicação), não nos apercebemos da verdadeira dimensão do lixo real.
Notícias na imprensa dão-nos conta de que, só no Pacífico, há uma ilha flutuante de embalagens de plástico e de lata, a que chamam «sopa de plástico», do tamanho dos EUA.
Aqui vos deixo para o resto do fim-de-semana 2 musiquinhas de pendor ecológico:

«Rosalinda»: Fausto
http://youtu.be/2O1xO-PqIMk

«Gaivota dos Alteirinhos»: Jorge Palma
http://youtu.be/6ouEpjcKecE

Anónimo disse...

Manuel,

Comentário muito completo.

Andorinha, vi hoje pela primeira vez Andorinhas este ano.

É fixe :).

Tangerina fui ver o uncut e parece-me uma versão bastante pacifica das histórias de Anarquismo. Talvez numa idade de legendas estejamos a assistir a um novo movimento neo-anarquista. Parece assustar embora deixando de parte os revolveres e os punhais parece-me boa a ideia das tesouras e agulhas de cozer.

Anfitrite,

O teu comentário está muito elucidativo e não vou cair no erro da livre associação.

Hoje regressava a casa (espera)

O tema Violação trocou-me todo. Sem ser brincadeira penso tratar-se apenas de uma matriz de acção assim com as ordens do momento. Cada um trata de desenhar sobre esta o que mais importante pensa ser.
Eu sugiro que a leitura da Justiça não seja somente vista pela vertente de um Código Penal ou de Leis. Em Portugal a Liberdade está na Constituição e penso que temos essa Liberdade se não cometer-mos nenhum acto que ponha em causa esse mesmo principio.

Não faço um pedido de desculpas ou provavelmente deveria fazer. E assim faço "Desculpe-me, para quem quiser aceitar!".

E procurando a origem. A as redes sociais são um modo de expressão assim com os blogues. Da mesma forma que os telefones com fio. Ou qualquer momento que estejamos a passar pode levar-nos para duas ou mais direcções.

É uma forma de partilha e cabe a cada um saber receber e saber transmitir a batata.

Tive um professor que uma vez disse algo assim parecido: "Uma boa ideia bem trabalhada dá um bom trabalho e uma má ideia bem trabalhada também dá um bom trabalho. Pode ser que esta insatisfação com os perfis contrafeitos de qualquer pessoa se limitem a ser uma sombra da pessoa viva. Uns momentos bem marcada noutros bem difusa assim como uma nuvem que passa ou uma luz que aparece depende muito do receptor.

E uma coisa me parece evidente (com tantos homens a lutar pelos direitos das mulheres. Quando aparece uma Mulher a lutar pelos direitos do homens. Se quisermos ver tudo a duas cores mas há uma escala de cinzas que nos recusamos a considerar.

A rede social de zeros e uns funciona e a de odores e continuidade funciona se não funciona-se era bastante pior.

Está tudo vivo. não está?! O problema vai ser esse e vem aí um fenómeno interessante. Com a morte do perfil real o perfil contrafeito continua e assim a comunicação permanece. Talvez uma grande descoberta: os perfis contrafeitos.

Caidê disse...

Anfi
Não conhecia tal articulado da lei e fiquei quase em transe.

Questiono: quem (mulher) numa situação de vítima de violação (por homem) pode ter a certeza que a medida do risco que corre não centuplica ou n-plica, lutando implacavelmente contra o ato e contra o agressor, até ao ponto em que deixa de poder ter controlo sobre o desenlace do ato? Em termos de força física estarão em desigualdade. Se não conhece as características psicológicas do agressor/daquele agressor pode estar a arriscar-se a sair sem vida. Violência suscita mais violência, que para onde? Agir com inteligência pode ser a única saída - se a houver. Mas saindo sem marcas físicas atrozes significa que não foi violentada/violada?

O agir selvagem ainda está muito protegido - isso sim.

E em muitos casos, mesmo muitos, é a vítima que é vítima até ao fim dos processos.

Enquanto as vítimas saírem de tais processos com o amargo de boca e interrogação de se terá valido a pena conduzir os processos de defesa até ao fim muito mal vai o panorama da justiça.

"Direito é uma coisa e justiça é outra" - de há muito que ouço os advogados fazerem esta afirmação...sempre me incomodou.

Não descuro o facto de não existirem apenas agressores e agredidos, numa leitura simples e linear. A figura da vítima provocadora não pode ser reduzida a simples vítima: a manipulação das ocorrências pode estar a ser conduzida por tal figura. Quem tem trabalhado na área do bullying tem chamado a atenção para este aspeto.

A psicologia/psiquiatria forense é muito complicada - não será para todos - mas é um campo teórico que considero ainda assim apaixonante. Lidar com casos reais é que será "o cabo dos trabalhos" - suponho.

Continuaria a optar por ver Hitchcock

Quanto à criação de um Face usando o nome de outrem, creio que usar o nome de alguém, seja em que ato for é ilícito. Se é um ato público deve ser publicamente reposta a verdade, embora se saiba que não se possa com isso chegar a todos os canais onde chegou a primeira versão. No caso concreto a que nos reportamos não lhe daria mais realce quanto isso. Afinal não nos podemos colocar sempre como quem endireita o que está torto. Não teríamos energia para tanto !...Importante será filtrar por onde despendemos nossas energias.

Anónimo disse...

Julio Machado Vaz e Miguel Sousa Tavares já não são apenas um nome passaram a ser uma marca com Cola-Cola, Spryte, Phanta ou Trinaranjuns.
O Porto ainda não se faz em modo contrafeito. Porque será?

Anónimo disse...

Retiro o meu ultimo comentário. Depois de ler a Caidê.

Anónimo disse...

http://ow.ly/4ZWE8

Anónimo disse...

(procura-se Links_(DJ) - com experiência:

http://youtu.be/_OBlgSz8sSM

Para a Anfy, publicamente.

Anfitrite disse...

Publicamente para o Peter, do Peter

http://www.youtube.com/watch?v=Qu_rItLPTXc

Manuel disse...

Para quem não viu o último «Prós e Contras», aqui vão 4 links com intervenções de Marinho Pinto.
Numa delas ele diz que se a vítima de violação o for sem muita (ou mesmo com pouca) violência (imaginem um monte de músculo com 1,90m e 120Kg e uma jovenzinha adolescente com 1,60m e 50 Kg, que violência física é necessário empregar para a dominar?), nesse caso, à face da lei portuguesa não há violação.
Ele fala também do célebre acórdão da Relação de Faro (ou do Sul, não sei bem) que, perante a violação de 2 turistas nórdicas que se passeavam em minisaia, dizia: «mas o que é que elas estavam à espera, a passearem-se daquela maneira na coutada do macho latino»?
Que grandes juízes, e que grande justiça que nós temos em certos casos.

(Justiça)
http://www.youtube.com/watch?v=Fn-VuJmIa_4&feature=related

(Dívidas)
http://www.youtube.com/watch?v=WNxtYowPpYU&feature=related

(Justiça Social - Equidade)
http://www.youtube.com/watch?v=HjPghr-KfkA&feature=related

(A dívida do país)
http://www.youtube.com/watch?v=WGo0bcqvyZM&feature=related

Manuel disse...

Ao colar o comentário anterior, não sei como, talvez por causa dos links, perdi duas perguntas que queria deixar no ar.
1.ª - No caso destas duas decisões judiciais, ambas de tribunais superiores (da Relação), em que medida é que as declarações de qualquer testemunha influenciaram as decisões finais dos juízes?
2.ª Em que medida é que o quadro legal vigente influenciou as decisões finais dos juízes? (No 1.º caso até houve 2 decisões contraditórias de 2 tribunais: condenação e absolvição. No segundo só conheço esta pérola de fundamentação da decisão da Relação)
Gostava que as(os) caras(os) companheiras(os) murcónicas(os) me respondessem, pois posso estar a ver mal as coisas ao perecer-me que se tratou apenas de erros básicos (quase obscenos) de ponderação por parte dos juízes.

ana b. disse...

Manuel,

Que pena não ter visto o Prós e Contras. Fiquei fã do Marinho Pinto desde que ele pôs na ordem a Manuela Moura Guedes; acho-a detestável, como jornalista entenda-se.
Admiro imenso a coragem deste homem de chamar os bois pelos nomes. Mais uma vez foi assertivo e disse aquilo que muitos de nós pensam e não têm a coragem, o talento e/ou a oportunidade de o fazer, de forma tão clara e objetiva.
Quanto às suas perguntas, parece-me que o que está na base destas decisões judiciais, é a mentalidade daquele ser humano (o juíz) a ìnterpretar a lei. Confesso, que deve ser das coisas mais dificeis de fazer, julgar outras pessoas. Porque as nossas ideias, os nossos preconceitos interferem com esse julgamento. Para se ser realmente justo é necessário ter uma capacidadede enorme de insenção, o que é extremamente dificil. Aí radica, a meu ver, a qualidade e mérito de um juíz: na capacidade de isenção no julgamento.
Parece-me que foi o que aconteceu. A decisão foi contaminadissima pelo seu parecer pessoal nesta matéria. E digo, parece-me, porque tenho sempre muito receio de fazer juizos de valor baseada em factos que desconheço; apenas sei o que veio para os media. Infelizmente tenho sempre alguma desconfiança e ceticismo sobre as mesmas- frequentemente estão deturpadas.

Quanto à lei em si e na necessidade de provar alguma violência fisica para se inferir que houve violação, reconheço alguma dificuldade ao legislador em definir os limites. Ocorre-me por exemplo, sexo consentido entre duas pessoas que de repente, e pelos mais diferentes motivos, viram queixa de violação. É que também temos que contar que também há mulheres sem escrúpulos.

andorinha disse...

Os casos de violação aqui referidos e outros provavelmente, assemelham-se muito à fundamentação ou não da marcação de um penalti num jogo de futebol.
Tem que se ver se houve intenção ou não (por exemplo no derrube de um adversário, ao jogar a bola com a mão, etc); tem que se averiguar também se a força utilizada foi a necessária e suficiente para derrubar o adversário ou se este é muito fraquinho das "canetas" e se deixou cair, caso em que é ele o penalizado.

Claro que andar de minissaia ou de decotes também não ajuda...

Enfim, é triste o panorama e ainda muito machista, o que é f.....:)

andorinha disse...

Ana,

Também já fui fã de Marinho Pinto, precisamente pela sua frontalidade e por chamar os bois pelos nomes. As suas opiniões pareciam-me uma pedrada no charco neste país de brandos costumes. Ultimamente o homem tem-me desiludido bastante. Insulta praticamente tudo e todos, defende coisas como a abstenção total nas próximas eleições, insultou de forma vergonhosa Manuel António Pina, colaborador como ele no JN, para além de muitas bacoradas que solta sempre que abre a boca.
Quando a pessoa se começa a achar a única detentora da verdade é muito mau sinal.

"É que também temos que contar que também há mulheres sem escrúpulos."

Claro que há. E essas devem ser criminalizadas. Acusar alguém de violação injustamente é grave. E quem calunia deve ser responsabilizado por isso.
Mas isso não pode por em causa o direito à justiça de todas as outras.
São necessários métodos de averiguação e investigação bastante completos e juízes competentes.
Parece-me que vai por aí muita incompetência, negligência ou desleixo, sei lá...fico parva com certas decisões.

Manuel disse...

Andorinha,

A comparação com o futebol tem algum sentido, em ambos os casos se trata de julgar, mas o futebol é um divertimento (cada vez mais uma indústria lucrativa que às vezes se presta a coisas execráveis) e a Justiça uma função social nobre e imprescindível.
Não podemos comparar justiça (com letra pequena) com a Justiça (com letra grande).
É por vezes a vida das pessoas que está em causa, pelo que, para além de boas leis devemos ter bons juízes.
Quando o cidadão comum não compreende a lógica (ou o absurdo) de certas decisões, e esse sentimento atinge o grau de generalização que temos hoje, algo vai muito mal na nossa Justiça.
É da formação (pode julgar-se com a maturidade dos 25/26 anos)? É das más leis? É da má gestão do sistema? É da falta de avaliação do trabalho dos magistrados? Talvez um pouco de tudo isto.
Não podemos é desviar a atenção para o acessório (os depoimentos das testemunhas, a acção dilatória dos advogados, a falta de tonner nas secretarias dos tribunais ou o programa informático da Justiça).
Tem que haver mais para além disto.

ana b. disse...

Andorinha,

Eu apenas alertei para a enorme dificuldade que é definir exatamente e com rigor em lei o que é uma violação. Longe de mim desculpabilizar o agressor. Nem acho que uma atitude sedutora, consciente ou não, sirva de argumento para legitimar o ato de violação. Toda a pessoa tem o direito de seduzir e parar com o jogo desde que assim o entenda. Assim como tem o direito de ir trabalhar sem ter que se sujeitar aos arroubos eróticos de colegas, superiores hierárquicos ou hóspedos de hotel.
Contudo, isso não me impede de reconhecer que é preciso algum cuidado na avaliação destas situações. Se a lei definir como violação todo a ato sexual realizado contra a vontade expressa da vítima, porque no fundo a violação é isso mesmo, reconheço a enorme dificuldade em provar que não houve consentimento da vítima. Tal como disse há mulheres sem escrúpulos, mal formadas que não hesitariam um minuto em incriminar um homem pelos mais diversos motivos: vingança, protagonismo, beneficios económicos, etc,etc.
Embora noutro contexto ocorreu-me de repente a alienação parental que algumas crianças são vítimas numa tentativa de punição de antigos parceiros. Infelizmente algumas mulheres não ficam muito bem neste retrato.

Com isso eu naõ estou a dizer que é necessário marcas de violência física na vitima para se inferir que houve violação. Longe de mim tal ideia. Por isso acho que é dificil o ato de julgar porque tem que se entrar com a lei ( a parte mais fácil de aplicar, em meu entender) mas também com uma enorme sensibilidade para saber identificar aquelas situações pouco claras em que tem que se entrar com o bom senso mas sem contaminações com os nossos valores. A meu ver, é aqui que residem as características principais que estão presentes num bom juíz. Um bom juíz é aquele que consegue equilibrar estas diferentes vertentes.Dificilimo, a meu ver. Parece-me que nesse caso em análise, e sublinho o parece-me, porque detesto ajuizar sem estar na posse de todos os dados, terá havido erro de avaliação porque muito eventualmente o juíz não soube ajuizar mantendo a insenção e não entrando com os seus preconceitos pessoas. Ele errou ao contaminar a sua decisão com as suas ideias pessoais sobre o conceito de violação. Mas isso é o que eu acho analisando os dados fornecido pela comunicação social. Que poderão ou não corresponder à realidade dos factos.

andorinha disse...

Manuel,

Quem me conhece sabe que estava a ser irónica e sarcástica. Fiquei tão revoltada com o que li que tentei ironizar.
Nunca na vida iria comparar uma violação a um penalti. Logo eu que acho que todos os abusadores deviam ser condenados a penas pesadas...

Quanto ao que dizes da justiça, concordo contigo, ela anda pelas ruas da amargura, necessita de uma urgente reforma para bem de todos nós.

Moon disse...

Bem, se alguém fizesse uma página na net em meu nome eu não ia gostar mesmo nada!

O Prof. parece ter bom feitio e às vezes a pacatez em demasia não é muito boa decisão.

Mas vamos ao que aqui me trouxe.

Estive na Fnac com o seu livro novo na mão.

Eu adoro-o, Júlio, por isso espero que não fique magoado, mas confesso que não me seduz particularmente este tipo de livro, embora tenha textos de rara beleza.


Já o anterior, no mesmo registo, não me deixou entusiasmada.

Embora, como fã (ou groupie, como já me chamaram aqui) me seja agradável mais um autógrafo seu.

Lê-lo é muito bom. Já me deliciei com alguns dos seus livros.

Mas ouvi-lo, isso sim!, isso é puro deleite.

Morro de saudades do programa com a Leonor Seixas e a Gabriela Moita.

A sua capacidade de prender as pessoas pelas palavras é notável e única.

Por isso, não consigo compreender essa aparente insegurança face aos antepassados.

Será mais respeito, direi eu!

andorinha disse...

Ana,

Claro que alguns são casos difíceis de julgar, não discuto isso. Outros haverá em que a violação é óbvia, com sequelas físicas e psicológicas evidentes e imediatas.
Nos primeiros há que se proceder a uma investigação exaustiva do que se passou, penso que é para isso que existe o sistema de justiça.

Uma mulher pode ficar paralisada e nem sequer reagir e isso não faz com que não tenha havido violação. Aí um bom advogado salva o tipo, penso eu, dado que vivemos ainda numa sociedade com muito de machista.
Se não reagiu, gostou, ponto.
Já nem falo em violação dentro do casamento, aí então, não sei como se conseguirá provar...

Mas não falaste do MP, onde reside a minha discordância.

Eu acho que tu em vez de médica és advogada, só abordas o que te interessa e deixas o resto de fora:)))

ana b. disse...

Andorinha,

Eu não abordei o Marinho Pinto por não ver motivo para tal. A Andorinha tem toda a legitimidade de estar ou não em sintonia com as ideias que ele expressa, de apreciar ou não o seu estilo. Este assunto, a meu ver, não oferece discussão.
Tanto assim é, que quando li o seu comentário julguei que se estava a referir ao Ministério Público (MP), pelo que fiquei por momentos atarantada sem saber exatamente o que queria dizer com aquilo.

Quanto a ser advogada, jamais! Seria incapaz de defender uma pessoa que tivesse praticado atos que entrassem em conflito com os meus valores. Não tenho essa capacidade.

Anónimo disse...

Ainda não li os comentários. Um dia podia-se fazer uma entrada com a temática das doenças neuro degenerativas.

http://www.dailymotion.com/video/x4242r_era-um-redondo-vocabulo-abril_music

Ouvi esta musica na rádio com voz masculina. E lembrei-me desta página branca.

Anónimo disse...

Depois de ler e concluir a leitura lembro-me "agora" do (habla con ella) do Almodovar. Este é fantástico.

Unknown disse...

Vá lá: um recorte por dentro dos temas da composição musical portuguesa.

http://www.youtube.com/watch?v=Edu-6hzNuy4&feature=grec_index

É um género um nadinha diferente dos teus dois últimos temas, Manuel. Se bem que o Jorge Palma...

Resta-me desejar-vos quer um início de semana cheio de lugares e momentos gratificantes, quer um bom berço para marcar o termo de mais um fim-de-semana.

E como dizia RS "Façam o favor de ser felizes!". rsrsrsrsrs....

Anónimo disse...

Boas recuperações.

E para béns a essa coisa que se deixa passar pelo nome de Andorinha :) e digo isto na boa é claro.

Ainda pensei que o Guimarães ia recuperar. Só vi a primeira parte. 10 minutos fulminantes que valeram o jogo. Parabéns ás duas equipes.

Bom serão a dormir ou não.

Fiquemos bem.

Caidê disse...

Bé é heterónimo de Caidê - bolas!
Ainda não descobri como vou ali parar.

Anónimo disse...

Anfitrite,

Permite-me concordar contigo. As pessoas que recebem muitas cartas electrónicas deviam ter um perfil publico para desbaratinar. Assim como a presidência da Republica. Estou a brincar é claro mas como alguém já disse são os ossos do oficio. Não ficamos bem em todas as fotografias e o preço que se paga sejamos uma pessoa com muito destaque nos media ou não. Qualquer dia abrem uma conta no Hi!(five). Era uma grande abertura de espirito. Por vezes gostava que o murcon tivesse uma despedida em grande. Agora até estou a gostar.

Anfitrite disse...

Como vêem nem os juízes se entendem. Mas podem ter dúvidas em relação à lei, mas em relação aos factos, como pode uma mulher grávida de 8 meses, agarrada de costas pelos cabelos, libertar-se dum indivíduo destes? O médico já tinha posto a doente, sentada, a masturbar-se à sua frente de determinada maneira, dizendo-lhe que era uma nova técnica suiça.
Também dizem que ele já tinha sequestrado a mulher.
Seja como for, qualquer relação de um médico com uma paciente, no seu consultório, para mim, é um crime em que devia ser aplicado de imediato, o código de Hamurabi. Isto é: Castração imediata!
Se não fosse o poder do dinheiro e dos conhecimentos e esta sociedade machista, as coisas não se passavam assim. Até um juíz desembargador ele deu, como testemunha de abonação, e escolheu o melhor advogado para de fender criminosos, como os casos do apito dourado, fátima felgueiras, etc.

http://www.asjp.pt/2011/05/14/absolvicao-de-psiquiatra-do-porto-divide-juizes/

ana b. disse...

Para um tranquilo inicio de semana:

http://youtu.be/qcebJ37cZKQ

Manuel disse...

Aqui vos deixo duas para o serão, ou não, também as podem ouvir amanhã:

«Encosta-te a mim»: Jorge Palma
http://youtu.be/Tu9HPz__3ys

«Mariazinha»: José Mário Branco
http://youtu.be/PoWj1EvUhxc

Anfitrite disse...

Pedro,
por amor de deus não me fale em presidência da república. É pessoa que eu prefiro ignorar, que existe. É a maior aberração da nossa história.
Mas a gente só recebe aquilo que quer. Pode-se filtrar tudo. E só tem conta quem quer, porque a nossa identidade não pode ser usada por outro, porque é crime.
A não ser que a gente se goste de ver nas páginas sociais.
Neste momento estou tão bem disposta, depois de ter visto o humano escritor, com o seu bom humor, no Câmara Clara, Onésimo Teotónio Almeida, que apesar de ter um nome esquisito nunca usou pseudónimo.

Já agora uma voz fabulosa de que ninguém se lembra.


http://www.youtube.com/watch?v=bkIsX5G8WyQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=yBrw0ETv_i8&feature=related

Anónimo disse...

Anfitrite,

Até podes ter 18 anos. És muito mãmã ou vóvó. Ainda me ri com o comentário do desacordo.

Beijinhos

:)

Vou fazer competição e deixar uma musica de embalar. Vou tentar:

Eu não gosto ou talvez passei a gostar:

http://youtu.be/pyhCT56UvW0

Anónimo disse...

Boa Noite,

http://www.votoutil.es/

Pedros

Anfitrite disse...

Manuel,

Li a suas perguntas, mas entretando disse outras coisas e esqueci-me de dizer o que penso, ou + ou- sei.

Um tribunal superior limita-se a apreciar se foi feita a interpretação correcta da lei. Se foram cumpridas todas as diligências e se o processo está em ordem. Não interessa praticamente o que se passou ao nível dos acontecimentos entre os beligerantes. Logo, daqui se infere que, o depoimento duma testemunha não tem relevância. Teria mais relevância se uma testemunha arrolada não tivesse prestado depoimento e não o justificasse. A este nível o tribunal só se preocupa com a interpretação formal da lei. Claro que uma lei é feita para ser interpretada de várias maneiras, que é para dar trabalho aos advogados, magistrados e juízes, por isso poderá haver sempre uma margem para interpretações pessoais, e é baseando-se nessa interpretação, que sai depois a setença, neste caso acórdão.
Se por acaso o processo nas instâncias inferiores não tivesse seguido todos os trâmites, a Relação, simplesmente mandava o processo parta trás, para ser repetido o julgamento, ou suprir o que estava em falta. É o que que lhe sei dizer sobre o assunto, e já não é pouco para uma leiga na matéria, mas que tem a mania de se meter sempre onde não é chamada para saber o que se passa.

Não há dúvida nenhuma que este indivíduo devia ser condenado,
até porque mentiu em tribunal e por outras coisas, mas seriam outros processos, mas pelo pior de todos é capaz de se safar, se não houver juízes com tomates que entendam que é usar de violência, agarrar uma mulher grávida, doente, de 8 meses, pelos cabelos de costas e entalá-la num divã para ele ejacular. Para mim, isto acontecer no consultório de um médico, com uma paciente, já devia ser um crime de alto grau. E ainda por cima ganhou dinheiro pelo trabalho que fez.

A Menina da Lua disse...

Aqui vos deixo o mundo aberto para o Conhecimento e o Saber:)

http://www.wdl.org/pt/

Professor

Desculpe insistir mas pode dizer-nos qual o local do lançamento do seu livro em Lisboa no dia 8 de Junho?
Ou não pode dizer!!? :)


Boa semana para todos!

Manuel disse...

Anfi,

Nós sabemos que o nosso mundo está muito longe da perfeição, nem sei se esta seria desejável, certamente nunca será possível.

Mais do que as eventuais (ou reais) mentiras dos réus ou das testemunhas, as dilações dos advogados e outras peripécias que tais, eu preocupo-me com as sentenças, a sua justeza e aceitação social.

E essa tarefa de avaliação correcta das situações para eliminar o supérfluo e apurar o essencial cabe aos juízes.

Também não exijo a infalibilidade destes, mas quando a discrepância entre a decisão e o razoável socialmente raia o escândalo (como nos 2 casos que exemplifiquei), algo de muito mal vai no reino da Justiça.

E a Justiça é fundamental, não para criar o Reino dos Céus na Terra, mas para ajudar ao convívio decente entre as pessoas, (para fazer justiça, não injustiça).

Quanto aos pormenores técnicos que referiu, não entro por eles, não tenho formação jurídica, mas penso que os tribunais superiores vão para além de questões formais, de direito, vão às questões substanciais, alterando as condenações. Não acrescentam é novas questões de facto.

Não aprecio por aí além a Dulce Pontes, acho que tem uma voz muito esganiçada. Gosto, no entanto, de algumas coisas dela:

«Los Pastores»: Dulce Pontes & Estrella Morente
http://youtu.be/pgbRk766TLU

«Se esta rua»: Dulce Pontes & Estrella Morente
http://youtu.be/I0ql6sILTIg

ana b. disse...

Murcons:

Para um serão tranquilo:)

http://youtu.be/dcZY6TzzU0I

Anfitrite disse...

Manuel,

Eu estava a referir-me ao caso em apreço, já que não havia testemunhas oculares, ou sei lá que mais. Apenas houve testemunhas para ajudar a definir o carácter do réu, ou definir tecnimente a situação, já que eu não abri ainda os seus links, por falta de tempo.
Normalmente são as testemunhas e as declaraçôes dos envolvidos, que determinam o rumo das sentenças. Por essa razão é que pagam a testemunhas falsas.

Anónimo disse...

http://youtu.be/4Xf_ZIBD9ic