quarta-feira, maio 07, 2014

Boa noite, gente.

19 comentários:

Unknown disse...

Prontos. Ganharam! Deixem-me? Trabalhar...

andorinha disse...




Vai ser, sobretudo para nós, vermelhos:)))



bea disse...

Bom Dia:)

Os dias de Primavera traçam seus arabescos no ambiente natural e humano. Mas é nos jovens que mais se explana, muda-lhes de imediato a roupagem - ninguém como eles para a anunciarem através da cor - e gosto de os olhar em naturalidade conquistada a horas de espelho indeciso, a despir e vestir até ao acerto de tudo com tudo. Mas são as conversas que mais se destacam, tornam-se mais sugestivas, digamos. Um destes dias cruzei com um rapaz e uma rapariga que vinham conversando. E ela, "mas tu dizes que não gostas de mulheres muito definidas..." resposta dele, "pois, mas depende da definição"; e não sei porquê lembrou-me outra conversa de há muitos anos, numa mesa ao lado da minha, um grupo de rapazes e raparigas a discutirem o que mais se gostava numa mulher; um dos rapazes, calado e atento nada dizia; quando alguém o interpelou, e a ti, o que te convence? ele resoluto, uma mulher a guiar um carro com mudanças de mão; é supremo. E aproveitando o silêncio espantado dos restantes, todo corado, os óculos a embaciar, apontando o colo de uma das garotas, a mim comovem-me mulheres como ela, com os ossinhos da clavícula a notarem-se sob a pele, fazem uma depressão de concha que apetece beijar.
Eu levei involuntariamente a mão à base do pescoço, ele baixou a cabeça e alguém, "é pá...isso é poesia pura", a garota em causa num sorriso embaraçado, "desconhecia este pormenor da minha anatomia".

E saíram. Alegres e cheios de futuro.

Mas confesso que não alcanço o alcance de "uma mulher definida"; e pareceu-me que o autor já balançava na sua verdade talvez comprada feita.

A Primavera, instalada no discurso, tem sua graça.

Unknown disse...

"Em Terra De Cegos Quem Lê Em Braille É Rei"

Os Vermelhos São Bombeiros
Os Amarelos Andam Em Peregrinação
Os Verdes Fazem O Rancho
Os Azuis Zelam Pela Segurança
Os Brancos E Negros São Conscientes
Os Prometidos São Divididos

andorinha disse...



Bea,


:)))

bea disse...

Bolas, não haver nada que apeteça é bera demais.
doi-me a raiz do cabelo, deve ser grave.
Boa Tarde a todos

andorinha disse...


Ui, Bea, a mim apetecia-me tanta coisa...:))))))))))))))

umas mais realizáveis do que outras...lol

bea disse...

Andorinha

a sério?! Bom eu é que saí da minha natureza. Normalmente apetecem-me. Coisas. Mas hoje sinto-me uma locomotiva a vapor. Acho que tenho uma cá dentro.A chiar feita estúpida
Boa Tarde

andorinha disse...


"Se soubesse que um amigo morreria amanhã procuraria saber se de mim precisava. Estaria com ele, faria o que fosse preciso. Mas é uma falsa questão pois nunca saberei se alguém morrerá amanhã ou depois, qualquer coisa que possa dizer é então uma perda de tempo, um entretém de espírito. Mas se colocar como hipótese, mais do que certa, que qualquer dos meus amigos poderá morrer amanhã, se me convencer dessa verdade absoluta, talvez a minha presença na vida de quem amo seja mais efectiva."


Luís Osório


Porque por vezes agimos como se todos nós fossemos eternos...

bea disse...

Andorinha

Mas é que é assim que temos de agir. Como se fôssemos eternos e com a certeza absoluta de que não voltaremos a nenhum dos momentos que já vivemos. Se tu ages pensando na iminência do não ser, pouco constróis , porque vais morrer não te vão apetecer obras longas; e, mesmo nos afectos, para viveres algumas coisas que julgas importantes para ti, vais aniquilar muita esperança dos outros. A vida foi feita para a vivermos na ilusão da eternidade; ou pelo menos sem pensarmos na morte senão como horizonte. Queiramos ou não, pensamos com futuro.

andorinha disse...


Ok, Bea, mais logo vou reflectir no que dizes.

Inté...:)

andorinha disse...

Vamos lá, Bea, à nossa conversa:)
Começo por dizer que continuo a concordar com a opinião de Luís Osório.
Há promessas que vamos fazendo, aos amigos e a nós próprios que vamos adiando porque há sempre a semana, o mês ou o ano seguinte. Falo por mim, também, que já o fiz. Penso que todos nós o fazemos, uma vez ou outra.

Em relação ao que dizes.

Eu não posso viver ou agir como se fosse eterna. Isso fiz/faz-se aos vinte e tais, quando a vida é uma criança e temos tudo pela frente.


"Se tu ages pensando na iminência do não ser, pouco constróis, porque vais morrer não te apetece obras longas..."

Não necessariamente. Pelo contrário, como não tenho todo o tempo do mundo, tenho que as começar, ou corro o risco de nunca dar aquele abraço, de nunca fazer aquela viagem, de nunca ler aquele livro...


Quando o Féher morreu (um jogador hungaro do Benfica, não sei se te lembras...) eu assisti a essa morte em directo no estádio aqui em Guimarães. Fiquei em choque, chorei já no estádio, quando vim para casa acompanhei as notícias na tv e vi passar em rodapé "Miklos Féher morreu".
Desatei num pranto, lembro-me como se fosse hoje. Ele tinha 24 anos! 24 anos! Não podia ter morrido!
De que valia a pena viver se tudo se podia esvair num segundo? Durante os dias seguintes andei "atordoada", não me saíam as imagens da cabeça.
Ainda hoje as tenho aqui comigo, como se tudo se tivesse passado há instantes.
Mas na altura um amigo, a quem eu contei o que estava a viver e o que sentia, disse-me: "Se nos rendermos à noção de precariedade o sonho deixa de ser possível".
Na altura pensei que eram daquelas palavras "certas" que se dizem porque são as que se "devem" dizer.
Depois interiorizei e vi que esse amigo tinha toda a razão.

Portanto, penso com futuro, sim. Mas sabendo que um dia não haverá mais futuro. E que por isso gostava de viver cada dia como se fosse o último. Não consigo, invejo as pessoas que o conseguem. E não digo viver com sofreguidão, sem saborear nada. Mas viver e não apenas existir.
Há dias em que desapareço de mim, apenas existo...esses deviam depois ser contabilizados como tempo de compensação:))))))))
Tal como no futebol, x minutos de compensação. Aqui, x semanas de compensação:) loooooool

Eu penso com futuro, Bea. Quando não pensamos assim, estamos mortos. Mas penso na forma de melhor aproveitar esse futuro para fazer o que ainda quero fazer.

Tenho uma amiga em Lisboa que ainda não conheço. Ando há semanas ou meses, nem sei bem, a dizer que combinamos um almoço ou jantar da próxima vez que lá vá. Há uma empatia enorme que tem que ser selada com um abraço real ( até parece que é com D. Duarte) loooooooool
Ainda não o fiz, por comodismo, por preguiça, sei lá...mas não quero adiar, porque corro o risco de o abraço ficar por dar.


E pronto, miga:), gostei muito deste bocadinho. Já estava com dores de cabeça, agora então...


:)))))




bea disse...

Estou pasma....escreveste muito.

andorinha disse...


A resposta é isso, Bea?:))))))
Isso não é resposta!


Já houve alturas em que escrevi muito aqui. Quando engato...
E estava a gostar da conversa:)

bea disse...

Quando o Féher morreu (um jogador hungaro do Benfica, não sei se te lembras...) eu assisti a essa morte em directo no estádio aqui em Guimarães. Fiquei em choque, chorei já no estádio, quando vim para casa acompanhei as notícias na tv e vi passar em rodapé "Miklos Féher morreu".
Desatei num pranto, lembro-me como se fosse hoje. Ele tinha 24 anos! 24 anos! Não podia ter morrido!
De que valia a pena viver se tudo se podia esvair num segundo? Durante os dias seguintes andei "atordoada", não me saíam as imagens da cabeça.
Ainda hoje as tenho aqui comigo, como se tudo se tivesse passado há instantes.
Mas na altura um amigo, a quem eu contei o que estava a viver e o que sentia, disse-me: "Se nos rendermos à noção de precariedade o sonho deixa de ser possível".
Na altura pensei que eram daquelas palavras "certas" que se dizem porque são as que se "devem" dizer.
Depois interiorizei e vi que esse amigo tinha toda a razão.

Portanto, penso com futuro, sim. Mas sabendo que um dia não haverá mais futuro. E que por isso gostava de viver cada dia como se fosse o último. Não consigo, invejo as pessoas que o conseguem. E não digo viver com sofreguidão, sem saborear nada. Mas viver e não apenas existir.
Há dias em que desapareço de mim, apenas existo...esses deviam depois ser contabilizados como tempo de compensação:))))))))
Tal como no futebol, x minutos de compensação. Aqui, x semanas de compensação:) loooooool

Eu penso com futuro, Bea. Quando não pensamos assim, estamos mortos. Mas penso na forma de melhor aproveitar esse futuro para fazer o que ainda quero fazer.

Tenho uma amiga em Lisboa que ainda não conheço. Ando há semanas ou meses, nem sei bem, a dizer que combinamos um almoço ou jantar da próxima vez que lá vá. Há uma empatia enorme que tem que ser selada com um abraço real ( até parece que é com D. Duarte) loooooooool
Ainda não o fiz, por comodismo, por preguiça, sei lá...mas não quero adiar, porque corro o risco de o abraço ficar por dar.


E pronto, miga:), gostei muito deste bocadinho. Já estava com dores de cabeça, agora então...


:)))))

andorinha disse...


???????????????????????????
???????????????????????????????

bea disse...

Ó com um caraças... tão...pensava que tinha posto a minha resposta...

Ora bolas. Devo estar ainda um bocadinho apanhada.

Agora lembro só a ideia geral

sintetizando.

Não me parece que eu esteja em contradição contigo ou Luís Osório.

Adiamos coisas aborrecidas, dolorosas, que nos não apetecem. E depois
há coisas de não adiar senão por algum tempo; se adiamos demais pode ser porque talvez não valha mesmo a pena. Não adiamos porque são boas ou mesmo urgentes, ou não sendo boas nem especialmente urgentes nos agradam demais e não fazem mal a ninguém. e a fazer que seja a nós mesmos.

Por que é que não vais visitar a tua amiga? Não é assim tão bom adiar encontros de amigos, até porque apetecem, são comuns de dois; e as amizades são de companhia. Mesmo se em esporádicos encontros, continuam a ser de companhia. E será realmente melhor que com D. Duarte que me parece um alho chocho:))

Em frente, andorinha. Passa-te a dor de cabeça, vais ver.

Pronto tinha escrito muito, mas o meu boby quer o almoço e o passeio higiénico. Portanto.

e biépi

andorinha disse...


Bea,

:)))))))))

Assim está um bocadito melhor. Estava a ver que tinha que me zangar contigo:) lol

Claro que vou visitar a minha amiga. Já decidi e quando decido, ninguém me pára:))))))
Vamos combinar...


A dor de cabeça já está a fugir.
Fiz-lhe cara feia:))))))))))))

biépi 2

Unknown disse...

Isto É Como Eu Nunca Vi