quarta-feira, outubro 05, 2005

O outro aniversário.

Há cinquenta anos, meu Pai declarava, com exibicionista pompa e circunstância e riso clandestino: "5 de Outubro. Feriado nacional. Sabe porquê? A Senhora sua Mãe faz anos!". (Acho que seria incapaz de brincar a respeito da amada Primeira República por outra razão que não fosse o amor da sua vida...). O facto não me surpreendia, considerava natural que a importância dela extravasasse a casa de Anselmo Braamcamp e inundasse o país:). Hoje visitei-lhe a sombra silenciosa. A boa da D.Maria José tinha posto um dos seus discos a tocar e eu fiquei surpreendido com tão cruel "estereofonia": da mesinha de cabeceira jorrava a voz de minha Mãe, tão cristalina e real que parecia desafiar para dueto e vida a bela senhora de olhos fechados no sofá. A canção não podia ser mais apropriada: "Diz-me onde te perdes, para te ir lá buscar". Eu sei. À superfície no Alzheimer, lá no fundo - ou lá em cima... - nos braços de meu Pai.

105 comentários:

PortoCroft disse...

Caro Prof. m8,

Este sim. Sem lambujices, este é um "post" ao seu melhor nível.

Onde quer que se encontre, a Senhora sua mãe, merece a felicidade e alegria que durante muitos anos transmitiu a muitos de nós.

Anónimo disse...

A Senhora sua Mãe só merece homenagens. E beijos que saberá receber.

lobices disse...

...podes crer, amigo Júlio, que nos braços de teu Pai...
abraço

Anónimo disse...

Um beijo com muito carinho para a tua mãe e outro para ti num dia particular

Anónimo disse...

um beijo também para si!

PortoCroft disse...

Marcha do Vapor
Maria Clara

A bordo ninguém se teme
Aqui ninguém se receia
Que o homem que vai ao leme
Ouç'o canto da sereia

Sereias da marinhagem
Emudeceram aquela
Soltando à branda aragem
A sua canção mais bela

Olé... Olé...
Olé... Olé...

Oh! Noites d'amor
Que as almas seduz
Envolve "O Vapor"
Em ondas de Luz

É cantar sem medo
Ó minha beldade,
O Mar é de rosas,
Viv'á mocidade

Se nos acharmos em guerra
A nossa infantaria
Atira beijos p'ra terra
- Um primor de pontaria!

Lindos olhos do meu par
Vão fazer um servição
Rutilando sobre o mar
Em tempo de serração

Olé... Olé...
Olé... Olé...

Oh! Noites d'amor...


E agora, o Zé vai apertar o laço para outra freguesia. ;)

Anónimo disse...

O Prémio Nobel da Química foi atribuído ao cientista francês Yves Chauvin e aos norte-americanos Robert Grubbs e Richard Schrock. O Nobel premeia o trabalho destes investigadores na área da Química Orgânica, no chamado desenvolvimento da metástese na síntese orgânica.
Segundo a Real Academia sueca de Ciências, as descobertas destes cientistas lançam a base para pesquisas que poderão levar à criação de medicamentos para a doença de Alzheimer, Síndroma de Down, SIDA e cancro.

10.05.2005
sic.sapo.pt

K. disse...

Muito bonito, professor.

Anónimo disse...

Com uma república destas... Viva o rei!!!

Vera_Effigies disse...

Mahatma, estou de lágrima no olho...
O senhor é duma sensibilidade que, talvez por motivo idêntico, me toca.
Um abraço e um beijo na mãe do Doutor que, como muitas mães, hoje, se encontra perdida no labirinto da razão... :(
A rosa que vai na minha imagem de apresentação é para si com muito carinho.
Obrigada pelo ser humano que é.
Bem haja.
Maria José

L'enfant Terrible disse...

...

Parabéns à sua mãe.

...

Manolo Heredia disse...

O Homem
Júlio Guilherme Ferreira Machado Vaz nasceu em 1949 (16-10-1949). Filho único da célebre cantora Maria Clara (“costureirinha da Sé” e o “Zé aperta o laço”) e de um médico professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto. Com os Pais viveu na Rua Anselmo Brancaap, e depois na Rua do Bolhão. É divorciado há muito tempo. Tem dois filhos (Guilherme, arquitecto da FAUP e João, Engenharia Industria da FEUP). E um grande orgulho no neto Gaspar.

Copiado de um blog.

Anónimo disse...

algumas lágrimas, muita ternura,
um beijo

andorinha disse...

Júlio,
Perante este post fico sem palavras.
Tal como diz lusco_fusco, estou de lágrima no olho...
Subscrevo tudo o que ela diz.
Um abraço.:)

Anónimo disse...

hoje é um bom dia :)

Julio Machado Vaz disse...

Manolo,
Se o Tiago o lê..., mata-me a mim com ciúmes!:))))). E imagine você como é a vida: o João engenheiro começa psicologia este mês.

A todos,
Muito obrigado, este blog é hoje parte integrante da minha vida. Nunca o imaginaria, comecei a escrevê-lo como se vivesse num aquário - à vista de todos, mas sozinho. Vocês fizeram o que os meus filhos fizeram ao Avô - saltaram-me para o colo, com a certeza que faziam bem.
E acertaram em cheio:).

_Stardust_ disse...

O aniversário!
Muitos parabéns à sua Mãe, que apesar de ser uma sombra do que foi, continua a irradiar todos os que a querem.

:)

_Stardust_ disse...

E haverá algo melhor que um colinho que nos quer receber? :)

Obrigada, Professor.

_Stardust_ disse...

E não nos faça chorar muito... que no laboratório "contamina-se-me" tudo!!! ;)

papu disse...

Os meus dois avós maternos morreram ambos com a doença de Alzheimer... A minha avó não sofreu tanto como o meu avô, pois quando ela adoeceu já existiam alguns medicamentos que atenuaram os sintomas, e que não existiam ainda quando o meu avô adoeceu... Ou melhor, nós é que se calhar sofremos menos, que não assistimos a uma tão grande degradação de uma vida que amávamos tanto no segundo caso... Agora que ambos já morreram recordo-os mais vivos e bem de saúde do que nos tempos da doença... claro há sempre coisas dolorosas que não esquecemos, mas acredito que as boas recordações prevalecem...
Muitos parabéns à sua mãe, e muita coragem para essa caminhada longa e dolorosa que eu sei que é essa doença.
:*)

Pamina disse...

JMV:
Como sabe, estamos consigo neste momento, ao mesmo tempo, triste e feliz. Que as boas recordações e a convicção expressa na última frase deste post o possam ajudar a ultrapassar a tristeza.
Parabéns pelo aniversário de sua mãe e um beijinho.

Manolo Heredia disse...

JMV,
Confirmados que estão os dados biográficos aí vão os parabéns para sua Mãe, cujas canções e a voz fazem parte das recordações mais queridas da minha infância.

Eu faço hoje 55 anos e sou engenheiro. Não vejo qualquer incompatibilidade entre a engenharia e a psicologia. Pelo contrário. Não é por acaso que Álvaro de Campos foi engenheiro!

Muitas felicidades para o João nesta nova aventura.

Anónimo disse...

Há momentos em que o silêncio ornamentado de afecto.... tudo diz. Um sorriso da Maria.

andorinha disse...

Júlio,
Parafraseando stardust - haverá algo melhor que um colinho que nos quer receber?
Obrigada pelas suas palavras.:)

Manolo Heredia disse...

Não, não é cansaço…
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo…

Não, cansaço não é…
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstracta
Da vida concreta –
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia,
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como…
Isso mesmo, como…

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
que formidável realejo
que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

Álvaro de Campos

Anónimo disse...

Origem: Wikipedia, a enciclopédia livre.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Clara

"Maria Clara, cançonetista discreta mas com qualidades artísticas e humanas. Mãe do médico psiquiatra Júlio Machado Vaz."

Este artigo é mínimo. Um artigo mínimo é um artigo muito pequeno, provavelmente contendo uma frase apenas. Você pode ajudar a Wikipedia expandindo-o.



Professor, penso que tem aqui uma oportunidade simpática para dar a conhecer melhor, a todo o mundo lusófono, o passado artístico da senhora sua mãe. Se calhar, é uma estúpida sugestão da minha parte, mas acredite-me que é com toda a boa intenção.

Os meus sinceros parabéns pelo aniversário de sua mãe !

Anónimo disse...

:)

Anónimo disse...

Prof. JMV,

Esta homenagem que faz à sua Mãe é comovente, talvez seja essa a palavra, não sei. As canções que ouvimos agora são talvez a imagem perfeita para o seu texto, são passado, mas também podem fazer parte do presente. Os meus parabéns à sua Mãe.

Como apenas alguém que passa por aqui habitualmente, agradeço-lhe as suas palavras, mas digo-lhe que não me surpreendem, sempre senti da sua parte enorme afecto. Se eu tivesse que lhe atribuir uma qualidade, não hesitaria em escolher a sua capacidade afectiva, mais do que a inteligência, a criatividade, a pedagogia, a cidadania, o humor, aliás, sem o afecto, qual seria o valor de tudo isso?

Julio Machado Vaz disse...

Manolo,
Fujo-lhe a 16, faço 56:)

Anónimo disse...

Professor
"Diz-me onde te perdes, para te ir lá buscar".Que tocante! como é sensivel e belo um amor que assim sente...
Apesar da fraca saúde, continua a ser sempre muito bom termos a nossa mãe...por tudo!...e tambem por ainda lhe podermos festejar o aniversário. Muitos parabens por isso...

Manolo Heredia disse...

PortoK,
Esta música do laço foi a minha prenda de anos. O re-sentir sensações há tantos anos gravadas na minha carne. Obrigado!

Anónimo disse...

Hoje vi-o a passear "sozinho" com os seus pensamentos perto do passeio alegre e não pude deixar de me questionar se este seria um dia feliz ou nem tanto!?
A dúvida está entre se o alegram todas as recordações boas que carrega consigo ou se o tornam nostálgico e de certa forma triste... cinzento. Independentemente do estado de espírito, que dificilmente se advinhava numa caminhada, espero que os dias continuem cheios de cor e vida!
Parabéns

PortoCroft disse...

Manolito,

Feliz aniversário, com saúde e alegria.

Anónimo disse...

Manolo Heredia
Só agora reparo que tambem faz anos!
Aqui vão os meus parabens e que festeje o seu aniversário em boa companhia e claro com muita alegria...

Julio Machado Vaz disse...

Mermaid,
Hoje foi um dia triste, invadido pela recordação de minha Mãe. Da que tinha uma vida e não se limitava a estar viva:(. Mas fazer exercício também não me entusiasma, devo confessá-lo:), sou muito preguiçoso!

Julio Machado Vaz disse...

Mermaid,
Hoje foi um dia triste, invadido pela recordação de minha Mãe. Da que tinha uma vida e não se limitava a estar viva:(. Mas fazer exercício também não me entusiasma, devo confessá-lo:), sou muito preguiçoso!

andorinha disse...

Júlio,
A preguiça também se combate.:)
Mas se não gosta de fazer exercício sozinho, experimente fazê-lo acompanhado; dá outro ânimo.
Não estou a brincar.:))), falo por experiência própria.

Anónimo disse...

Professor
Uma excelente ideia. Tocante! Escolha bem a companhia. Se arranjar uma horse face, podem pensar que está a passear a mula...

Anónimo disse...

Caro Professor
Ainda bem que existe...
Ainda bem que nos emocionamos ao lê-lo...
A vida tem mais sentido!

Mário Santos disse...

Professor, post magnífico.

Um abraço e um beijo para a mãe (espero que um dia os meus filhos recordem assim o meu amor pela minha mulher).

Maite disse...

Professor
Juntando o princípio deste post “Há cinquenta anos, meu Pai declarava, com exibicionista pompa e circunstância e riso clandestino: "5 de Outubro. Feriado nacional. Sabe porquê? A Senhora sua Mãe faz anos!".
E o post de 20 de Março
"Minha Mãe, atenta, mexeria eficazes cordelinhos para lhe fazer a vontade, qualquer sinal de angústia por parte do seu amor a afligia".
Não há limites neste mundo físico e efémero que possa quebrar a cumplicidade e ternura que os une.

Vera_Effigies disse...

Mahatma Machado Vaz
No meu comentário anterior, com os olhos a verem letras duplas, não escrevi parte do que me propunha.
Fly_away fê-lo e, eu repito-o, uma mãe que educa um filho assim, que lhe transmite os valores que vemos a cada post, só pode merecer todo o respeito, carinho e ternura de conhecidos ou desconhecidos.
Os meus sinceros parabéns para ela, pelo aniversário, mas principalmente, pelo exemplo que deixou reflectido no filho. Mães, como a do Mahatma, nunca estão ausentes. Como filha acho que

Vivem em nós
Com a presença
Que a terceiros escapa...
Um lampejo no olhar,
Ainda que fugaz...
Um sorriso,
Ainda que solto...
Nós somos o elo
De ligação,
As recordações,
Acumuladas e indefinidas
Presentes e vivas
Sem imagens
Somos o todo que as move
Que não cansam de repetir.
Somos... Os filhos!

Sou mãe (também) e não gostaria de ver a minha filha infeliz com a minha desdita... Afinal criei-a e eduquei-a para ser feliz. Baseada nos momentos bons e intensos que vivemos é que deve assentar a vida dela e não na pessoa que possivelmente me virei a tornar...
Sei que não é fácil, como filha, mas os momentos bons vividos podem ajudar a adoçar as nossas vidas.
Ânimo Mahatma
MJ

Anónimo disse...

Mas há outros que não têm / tiveram a mesma sorte...


MOTHER

I wanted you, you didn't want me
So I, I just got to tell you

Father, you left me, but I never left you
I needed you, you didn't need me

Goodbye, goodbye
Children, don't do what I have done

So I, I just got to tell you
Goodbye, goodbye

Daddy come home

John Lenon

Anónimo disse...

Elizabeth
Bom dia Prof Julio Machado Vaz. Depois de tudo o que li fiquei sem palavras.Mesmo com a doença que tem é bom te-la perto. Um grande beijinho para os dois.
Elizabeth

Anónimo disse...

Prefiro pensar que pai e mãe são sempre iguais ao longo da nossa existência, independentemente das alterações que possam sofrer física, ou psiquicamente. Assim teimo ver ainda hoje os meus progenitores: eles jovens, e eu criança.
Beijos e parabéns para a senhora sua mãe, essa bela jovem de voz meiga e cristalina.
Monolo para si, ficam aqui igualmente os meus parabéns.
Um bom dia para todos.

Anónimo disse...

Eu proporia, ainda : «lá em cima, e para sempre, nos braços...».

Anónimo disse...

A maior parte destes comentários deixa-me embasbacado. Pq acham assim tão edificante o facto de JMV gostar de sua mãe? Não será isso normal? O contrário é q seria mt estranho, penso eu de q.

É td só pq se trata de JMV ou será q algumas destas mães estão habituadas a q os seus filhos não gostem delas? Infelizmente, tudo me leva a crer q sim...

lobices disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
lobices disse...

...a derradeira visão que se tem de um ente querido é a que vai ficar marcada para todo o sempre na nossa memória
...o derradeiro olhar naquele momento em que a morte surge do nada e os leva não se sabe para onde nem porquê
...o sentir que nada podemos fazer para os fazer ficar mais um pouco que seja
...sentirmo-nos impotentes perante um poder mais forte e tão cruel que é a partida definitiva
...
...ainda tenho a minha mãe com 90 anos de quem trato o melhor que posso na qualidade de filho único
...ainda me sinto "preso" neste túmulo de silêncio que nos cerca e nos divide ao mesmo tempo
...e faço-o por amor sem o sentir, ou seja, faço-o por humanismo e não por vocação que não tenho
...
...mas sei que amei meu Pai e a derradeira recordação que tenho dele é aquele olhar de desespero a olhar para mim, perdido no tempo e no espaço que nos unia e ali nos estava a separar...
...é aquele olhar no vazio de quem, impotente porque sem forças nem capacidade de reagir, sentia estar a sair do seu templo pela última vez
...e aquele derradeiro olhar ainda hoje me persegue (já lá vão 20 anos) como que numa súplica de quem pede sem poder pedir que não o levem por saber que já não haveria regresso
...acabo de derramar umas quantas lágrimas por meu Pai, enquanto escrevia isto ao som da música de hoje do teu blog, Júlio...

abraço

Anónimo disse...

Prof. (Não consegui postar ontem, pois o blog estava em manutenção)

Estou de lágrima no olho e a pensar se os meus filhos, um dia, falarão assim de mim. Essa relação de amores é comovente!
Os meus parabéns à sua querida mãe e já agora também de minha mãe que, a primeira vez que vimos juntas um programa em que o Prof. participava na televisão (há alguns anos), me disse: este médico é filho da Maria Clara – não sei como sabia.
O que fomos e aquilo em que nos tornamos. Felizmente para nós, talvez não tenhamos consciência disso – para aqueles que nos amam o sofrimento é grande, pois além da “perda”, ainda suportam a impotência de nada poderem fazer.
Não tenho dito que também vivemos de memórias? E quando são boas, como é o caso, ajudam-nos a ultrapassar o sofrimento.
Um abraço especial para si neste dia, por ser o filho que é, e o maravilhoso ser humano em particular.

Débora

Anónimo disse...

Manolo Herédia,

Parabéns para si também, e que possamos partilhar por muito tempo estes nossos afectos, mesmo que virtualmente.

Um abraço.
Débora

Anónimo disse...

JMV
Sometimes silence is as important as words...
Thank you very much for the way you are...

Porty
Thank you for the music you brought this morning...

Did you notice that I never forget to say Thank You? ;))

ram
Are you enjoying the music as much as I am ;))

Anónimo disse...

O tempo histórico é feito de aniversários colectivos e individuais, e não raras vezes, os individuais coencidem com os colectivos, ou vice-versa,decorrência de duas histórias simultâneas, a que aparece nos livros e demais meios de comunicação, e aquela que fica somente gravada na memória, nos corações daqueles que são mais próximos. Tanto uma como outra existem dentro desse fenómeno que se convencionou chamar tempo e ambas fazem parte da existência humana.Uma não pode existir sem a outra, pois, a história colectiva é feita de actos individuais, e o que é importante, é que sejamos capazes de ser o protagonista da nossa própria história.

Os meus humildes parabéns a sua mãe Professor Júlio Machado Vaz e bom dia aos demais murcónicos.

Lobo das Estepes

Anónimo disse...

Porty,

A selecção musical está cada vez melhor - parabéns!

Saudações
Débora

Anónimo disse...

Alguns de nós sabem como é doloroso olharmos, impotentes já, o entardecer definhando de nossos "primeiros amores", e o sentir que vamos sobrevivendo também, a não menos dolorosa dicotomia entre o que tem que ser e o "natural" instinto de nos protegermos.

Parabéns aos aniversariantes, a si Sr. Professor por estar de volta partilhando connosco, (nestes últimos dois posts)
esse magistral pensar traduzido em belíssimas palavras, e parabéns também a Lais de Guia pelo resultado de seu bendito sacrifício.:)))

Anónimo disse...

Também no feriado visitei a minha sogra doente com Alzheimer.
Lá em casa a D.Maria José chama-se Matilde.
Fazia anos a minha cunhada e juntou-se a familia toda à volta dela.
Não nos conhece, já não articula o quase imperceptível "querida ou querido" com que há tempos atrás nos recebia.
Tem um olhar vazio mas ri...ri muito...Interrogo-me de quê e procuro pensar que se sentirá bem.
Saio de lá com o coração apertado e perdida nas imagens de outros tempos.
-----------------------------------
Um desabafo....
Que me perdoem os bloguista com fobia ao anonimato.

PortoCroft disse...

Thank you for the music you brought this morning...

Dreamer,
brought in. brought in.;)

I know. I know. You're very welcome, sweet dreamer. ;)))))))

Débora,
Obrigado.

Anónimo disse...

Porty

...brought in...(I noticed, but then I thought... maybe the "Prontuário" is not around ;)...and...
I was in a hurry to say thank you...just once more ;))

PortoCroft disse...

Dreamer,
Ah!...Pois. Agora vou pregar para outra freguesia. ;)

RAM disse...

Caro PortoCroft,

Obrigado :)))

Anónimo disse...

O resultado de um jurista que pretende escrever sobre sexualidade em www.verbojuridico.com

Melhores cumprimentos
HL

Anónimo disse...

Caro professor:

Devo confessar que sou preguiçosa e fazer exercício também não me entusiasma por ai além!
Mas não há nada como uma caminhada para reflectir, trocar ideias comigo própria, fazer o balanço ou ter uma boa conversa com uma amiga, pois é algo que gosto imenso de fazer!
Curiosamente até nem faço tanto quanto queria... e achei uma coincidência daquelas termo-nos* cruzado com o Professor, logo num dia em que tinha escrito um post que me comoveu.
Não é bom nem imaginar a tristeza e a dor de sentir que perdemos alguém espiritualmente, sendo que tudo o que resta é apenas uma pálida sombra da qual ficam as memórias e os momentos vividos.

com respeito e admiração

* eu e a rainha (http://pela_estrada_fora001.blogspot.com/)

Anónimo disse...

Porty
Gosto muito da tua musica! muito mesmo!...I'm sorry but I do like it!!!

Patrícia Evans disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Patrícia Evans disse...

há 50 anos um celebrava o amor de uma conquista...e agora outro celebra o amor de ter a quem chamar pai e mãe!beijinho e obrigada pelo presente, é um presente este seu texto...obrigada!

PortoCroft disse...

Caro RAM,
Não tem de quê. Mas, há mais... ;)

aameninadalua,
Estás desculpada. ;)

Eva Lima disse...

Faço minhas as palavras do "filhopródigo". Mas mesmo assim, o Prof. deixou-me com a lágrima no canto do alho.

Anónimo disse...

Eva Lima said at 4:08 PM

Com a lágrima no canto do alho? ALHO? Então mas afinal não é a cebola que faz chorar...?

andorinha disse...

Boa tarde!

Lobices (11.37))

Comovente, o teu texto, nele transparece toda a tua enorme sensibilidade.
Felizmente ainda não passei por essa dolorosa experiência, mas senti-me a partilhar contigo essas emoções.
És um grande homem, Quim.:)

Anónimo disse...

Elizabeth
Ainda não se tinha proporcionado uma partilha de experiência. Mas eu que ainda sou relativamente nova trabalhei 12 anos na Santa Casa da Misericordia de Belmonte.Desde o dia 01 de Outubro de 1992 até ao dia 31 de Agosto de 2004. Podia falar muito sobre Idosos. Tenho alguma experiência no assunto, desde Alzheimer, Parkinson,Demencias,AVC, esquisofernias,bom enfim foi a melhor experiência que tive até agora .Cada descrição que eu fize-se seria um relato de dor mas sempre de esperança ,de dar o melhor de contribuir para algo, para suavisar a passagem da doença.
Não é facil trabalhar com os gerontos . Mas quando se faz o que se gosta ,tudo é mais fácil.
Um abraço Elizabeth

Unknown disse...

Boa tarde maralhal.
Peço desculpa pelo atraso, mas tenho estado a organizar a passagem de testemunho. Mas claro que não podia deixar de aqui vir.

Dr. Murcon, antes de mais queria pedir desculpa pelo meu desabafo de 3ª feira no seu blog. Não pretendi tornar-me o foco das atenções, mas de repente senti-me um pouco perdida e pronto agi por impulso. Não gosto muito de partilhar fraquezas, mas este seu post de hoje escrito de alma nua mostrou-me que não é vergonha admitir que também fraquejamos.

"Diz-me onde te perdes, para te ir lá buscar". Eu sei. À superfície no Alzheimer, lá no fundo - ou lá em cima... - nos braços de meu Pai.

Isto é o que destaco de todo o post.
É tão esmagador que me levaria a falar e falar e falar, mas não o irei fazer. Apenas me irei juntar aos outros bloggers, saltar-lhe para o colo e dar-lhe um beijo na testa com o mesmo carinho com que me foi dado um há uns anos pelo seu tio.

andorinha disse...

Olá Yulunga,
Ainda bem que apareceste.
Não andes fugida muito tempo; sente-se a tua falta aqui.
Beijinho.:)

Anónimo disse...

yulunga 5:46 PM

Entretanto, código decifrado - resposta no local adequado.

Unknown disse...

No post anterior eu escrevi:
"Por vezes temos que naufragar e queremos que os amigos nos vigiem nesse naufrágio, mas que nos deixem naufragar."
Li também que o Dr. num dos seus livros escreveu:
"cada um é livre de escolher os seus naufrágios"
Pois esteja à vontade que nós, falo por mim e julgo que por todos que lhe saltam para o colo, estamos de olho.

Não sei se o humor é uma forma de aliviar o mau estar se uma forma de o camuflar, mas para além do beijo permita-me um apalpão na pernoca que fomos privadas de ver este domingo ;-)

Parabéns para a sua mãe.

Parabéns para o Manolo também.

Unknown disse...

fora da lei
Já li. Decifraste. Lá terei que dar um doce ;-) Irei responder com calma, ok?

Unknown disse...

Andorinha
Tentarei, tentarei...
Se não quem assedia o Dr. Murcon?

Anónimo disse...

yulunga 6:09 PM

"Não sei se o humor é uma forma de aliviar o mau estar, se uma forma de o camuflar..."

Cada vez há mais gente a rir só para não ter que chorar.

John Fodewell


Nem sempre sou da minha opinião.

Fora-de-Lei

andorinha disse...

Yulunga,
Candidatas não faltam, mas acho que tu fazes esse papel na perfeição.:))))))))))))

Unknown disse...

Andorinha
Mandar o barro à parede não custa nada ;-)
Candidatas força aí.
E quem não tiver barro que use plasticina, esparguete que passou o ponto, arroz trinca, o que fôr.
Bora lá animar o Dr. Murcon.

Unknown disse...

Até um outro dia maralhal.
Boas blogadas.

_Stardust_ disse...

Até BREVE, Yulunga! :)

PQ disse...

Momentos de humanidade.

Manuela B. disse...

Como eu gostava de dar á luz perolas como estas...lindas, puras e cristalinas ....

Um post divinal....

o meu melhor sorriso para si...

Gabriela disse...

Júlio,

Tenho pouco, muito pouco para lhe dizer.
Só que nós não somos simples e, se a sua Mãe já não pode estar connosco e nós não podemos encontrá-la onde ela está, podemos ou não guardar para sempre os segredos.

Anónimo disse...

Um dos meus avos, que ja morreu,tinha doenca de Alzheimer...nao pode imaginar como este post me comoveu.Acho que e preciso muita coragem para falar de demencia senil e eu louvo a sua
obrigada
Joana

noiseformind disse...

O meu pai...
A minha mãe...
Eh pá. Faço aquele pedido inocente que fiz ao longo do anos que estive longe deles, e por orgulho mútuo não nos falámos:

"Que eu vá primeiro ou que morram os dois no mesmo dia"

Morbido? Sem dúvida! Mas caraças... coisas simples... coisas simples... coisas tão simples...

Su disse...

jvm, deixo-lho um beijo

Su disse...

ops jmv ...engano-me sempreee

amok_she disse...


yulunga disse...
(...)Não gosto muito de partilhar fraquezas, mas (...) não é vergonha admitir que também fraquejamos.
(...)

5:46 PM


...eu não diria, de todo!, vergonha ...muito menos fraquejar ...entendo-o, antes, como um sentido mais apurado de auto-preservar a intimidade...

amok_she disse...

...para uma Yul de férias...;-)

«Os Amigos»

«(...)

Os amigos. Entrariam por uma casa em chamas para nos salvarem. Mentem por nós à nossa própria mãe. Sabem de nós mais do que somos capazes de lhes dizer. Jurariam que à hora do crime estávamos a tomar chá com eles. Mesmo que a polícia nos encontrasse com as mãos sujas de sangue. 'São rosas, senhores. Andei com ela toda a tarde a cortar rosas, senhores. Sangue de espinhos, senhores.'

Eles exigem-nos coisas de nada. As nossas lágrimas. O nosso lenço de assoar. A pele dos nossos inimigos. As batatas fritas do nosso bife. A nossa melhor roupa, por uma noite. Exigem-nos tudo o que nos dão. É preciso regá-los regularmente: é nos ombros deles que cai toda a água dos nossos olhos. Eles espevitam-nos o sentido de humor quando menos nos apetece. E depois ficam connosco quando as luzes se apagam e toda a gente se foi embora. Só aos amigos é dado o espectáculo da nossa miséria.(...)»

A Instrução Dos Amantes, Inês Pedrosa


...pois, "Só aos amigos é dado o espectáculo da nossa miséria."

Anónimo disse...

Não sei bem o q dizer ... li .. senti .. e sei q não há nada q se possa dizer

Mas passar por este post e não dizer nada pareceu-me tb impróprio .. por uma data de razões q não caberiam aqui e q não estão contempladas no alfabeto .. não as saberia escrever

Mas que dizer .. bom .. apesar das circunstâncias não serem de todo felizes .. um aniversário destes é sempre de felicitar ..não pelos anos q se completam ou não, mas pelo nascimento de quem amamos e de q, de outra forma, simplesmente não teriamos tido o privilégio de amar.

Lentamente se fecham as cortinas de um palco .. não importa o fechar das luzes, das cortinas .. importa sim termos assistido a tão grandioso espectáculo

Força! muita força para si!

O perder-se .. em casos como estes, em minha mera opinião, chega a ser uma benção .. mas infelizmente não o é para quem assiste impotente a tal

Nos braços de seu pai .. estou certa disso.

Um beijo para ambos *

Manolo Heredia disse...

Diderot escreveu este lindo texto que eu leio sempre que estou triste. Faço-o para que a tristeza bata no fundo. Na esperança que das suas cinzas nasça um novo alento:

"Le reste de la soirée s'est passé à me plaisanter sur mon paradoxe. On m'offrait de belles poires qui vivaient, des raisins qui pensaient. Et moi, je disais : ceux qui se sont aimés pendant leur vie et qui se font inhumer l'un à côté de l'autre ne sont peut-être pas si fous qu'on pense. Peut-être leurs cendres se pressent, se mêlent et s'unissent. Que sais-je ? Peut-être n'ont-elles pas perdu tout sentiment, toute mémoire de leur premier état. Peut-être ont-elles un reste de chaleur et de vie dont elles jouissent à leur manière au fond de l'urne froide qui les renferme. Nous jugeons de la vie des éléments par la vie des masses grossières. Peut-être sont-ce des choses bien diverses. On croit qu'il n'y a qu'un polype ; et pourquoi la nature entière ne serait-elle pas du même ordre ? Lorsque le polype est divisé en cent mille parties, l'animal primitif n'est plus, mais tous ses principes sont vivants.

O ma Sophie, il me resterait donc un espoir de vous toucher, de vous sentir, de vous aimer, de vous chercher, de m'unir, de me confondre avec vous, quand nous ne serions plus. S'il y avait dans nos principes une loi d'affinité, s'il nous était réservé de composer un être commun ; si je devais dans la suite des siècles refaire un tout avec vous ; si les molécules de votre amant dissous venaient à s'agiter, à se mouvoir et à rechercher les vôtres éparses dans la nature ! Laissez-moi cette chimère. Elle m'est douce. Elle m'assurerait l'éternité en vous et avec vous."

Anónimo disse...

Why?

Over the last six years, something incredible has happened. People all around the world who have no other connection to one other have come together to begin building a giant, free encyclopedia. Because of its quasi-exponential rate of growth, the phenomenon has, in the last few months especially, been subject to some well-deserved attention, not to mention its fair share of scrutiny.

“There’s no way of knowing who wrote it. It’s not backed up – nobody will put their name to it,” this was what I was told by an otherwise liberal-minded professor from Wesleyan University in the United States, when I asked him what he thought of Wikipedia.

There seem to be roughly three identifiable attitudes when it comes to Wikipedia: people who are oblivious to it; people who either use it, contribute to it, or otherwise donate time, money, or goodwill to it; and people like my friend from Wesleyan who, for whatever reason, are not comfortable with it, avoid it, and would certainly never make a contribution to it.

The fact is that people in the last group are probably there because they are unfamiliar with the efficiency of the process by which Wikipedia content is generated and edited – the peer-contribution, open-source model. In fact, this model is an important and legitimate one for the future of the documentation of human knowledge, and those who find it strange should take a second look.

There are two fundamental characteristics of Wikipedia, which are both also essential parts of what defines something as “open source.” The first, crucial, characteristic is that anyone can edit Wikipedia at any time. The second is that people do commit their time to editing and improving Wikipedia, even though they are not being paid or personally rewarded in any conventional sense.

Wikipedia has content in more than 200 languages, allowing it to reach much of the world’s online population. The English language version is still the largest, and contains over 730,000 articles, written and edited collectively by about 430,000 users. But size is not enough. There are around 600 billion pages on the web (though this varies dramatically based on the definition of a “page”), so what would make the information on Wikipedia so much better or more reliable than any other web page?

Supposing I was to make my own website, I could say anything I liked, and unless the information was strongly defamatory or libelous, nobody would be able to stop me or change what I had published. With Wikipedia, however, this is not so. Vandalism and inaccurate information can be removed by one user as easily as they can be put into Wikipedia by another. Wikipedia articles are protected by the same exact characteristic that may appear to make them unreliable in the first place: the fact that anybody can edit them.

So what ensures that the good contributions outweigh the bad? Open source projects always have one thing that keeps their anarchic editing process on track. Simply put, they have a purpose. The goal with Wikipedia, outlined from the very beginning, was to build something closely representing an encyclopedia, though much bigger than any existing one, which was always up to date and endowed each article with a neutral point of view. With Firefox, the goal was to build a browser, and with GNU/Linux it was to build an operating system.

This type of target is very important. For Wikipedia, it means that for every person who commits an act of vandalism, purposefully writes fake or obscene entries, or who simply provides inaccurate information, there are thousands who, with Wikipedia’s goal in mind, set about correcting such problems. As long as an open-source project has a clearly defined goal such as this, the model proves to be highly successful – first for producing software, and now knowledge.

This is not to say that Wikipedia, still only about six years old, has ironed out all of its problems as far as making a model like this work. Various battles of interpretation still rage on. Many pages have had to be temporarily locked by administrators – some against repetitive vandalism, and others such as “George W. Bush” and “Israel” in order to prevent “edit wars.”

In other cases, Wikipedians have simply had to agree to disagree, and Wikipedia has furnished them with a standard template for notifying readers that the content of a particular article is disputed. When I was writing my linguistics thesis, for example, the page on verbal aspect was labeled disputed over an argument about how aspect is reflected In English verbs. Obviously, I decided against using the article to help with my thesis, but upon returning I now see that the page has been completely rewritten and that there are no longer any such conflicts.

But as so many people still cannot fathom, there is still the question of what possesses people to give their time and contribute to something like this without gaining from it personally. Why would somebody rewrite an entire article on grammatical aspect, in the above example, and not even be interested in receiving credit, let alone cash?

The answer to this question is perhaps what best defines the collaborative spirit of the open source movement. Lawrence Lessig, in his article “Do You Floss?” for the London Review of Books (Vol 27#16, 18/08/2005), provides us with the beginning of an answer. He says that although it’s generally quite hard to understand why anybody would give anything away for free, that’s because giving away usually means having less for yourself. However, both software and knowledge (this is perhaps why the open source model can be so well adapted for writing an encyclopedia) are not like that. Knowledge is not like food – if you share knowledge, you don’t have less as a result, but other people potentially benefit and come to know more. Some anarchists, such as Peter Kropotkin would call it “mutual aid.”

You contribute your knowledge to Wikipedia, or code for Firefox, because you want there to be a better encyclopedia, or browser, for everybody to use. It’s a common good, in the purest, most exemplary sense of the phrase. You acknowledge that you know considerably more than the average person about a particular area or field, and fill in that page or pages on the encyclopedia. Meanwhile, you can read and learn from the other parts of the encyclopedia.

And while nobody’s being paid to write for Wikipedia, there is for some people the sense of fulfillment, and even honour, at having been the first or main contributor to an article within their expertise. Eric S Raymond, who first wrote about what drives the open source phenomenon in Homesteading the Noosphere, calls this “peer repute”, or prestige.

If you consider that Wikipedia is akin to Diderot’s Encyclopédie (1772), which called upon the greatest thinkers in French society to build a great encyclopedia from all of their specialist knowledge, then feeling that you have made even the smallest improvement to a Wikipedia article – especially a bigger, higher profile one – is cause enough to get writing. The overwhelming spirit of the project so far is one where people’s edits are based on a genuine desire for the articles they are editing to improve, and on a genuine commitment to the accuracy with which their chosen subject is explained.

As someone who is cynical and very questioning of just about everything that the media asks me to believe, like the “third group” of people I criticised at the beginning of this article, I was slow to realise what an amazing tidal wave had been set in motion by Wikipedia. Rather than trusting specific people with the task of writing about select subjects for a select few, and allowing what they write to remain as private property, we now trust everybody to contribute and write about anything for the common good, in the faith that as long as people are motivated to contribute by the aims of a given project, nobody will ever bother to spend time writing about something they know nothing about.

What the critics of Wikipedia cite as a problem, Wikipedians recognise as strength: an open, peer-editing process, powered by a sometimes near-obsessive passion for improvement. It has worked for software and now it’s working for knowledge, and the more of us that roll up our sleeves and get stuck in the better it will continue to become.


Marcus J. Gilroy-Ware

lobices disse...

...que o sorriso renasça das cinzas frias da vossa tristeza
...que o sorriso aqueça
...que o sorriso amacie
...que o sorriso não feneça
...que o sorriso macio na vossa face vos propicie a leveza da alegria de se ser e estar tal como somos
...que o sorriso receba as lágrimas que vossos olhos brotam
...que o sorriso se alargue a novos horizontes da vossa memória
...que o sorriso seja límpido, cristalino, suave, doce
...que o sorriso vos limpe a mágoa
...que o sorriso sirva para nos sentirmos vivos
...que o sorriso, por fim, faça outro alguém sorrir também

Anónimo disse...

de© (1)

Caro JMV entenda como minhas as palavras do anónimo das 2:40 PM

Lembranças

de

(1) © Copyright 2005 de - ‘registo’ de quem desconfia (mt) do blogger, para ser entendido por quem ‘sabe da poda’

Anónimo disse...

de© os amigos

yulunga em férias

Apreciando tudo o que de específico e pertinente aqui foste dizendo e, creio, sempre saberás dizer, dir-te-ia que haverá sempre dessa injustiça subtil de que foste alvo.

Anima-te porque soubeste criar muitos amigos e … aparece

Lembranças

© Copyright 2005 de

Anónimo disse...

de© os amigos

amok, amiga

Apreciando tudo o que de específico e pertinente continuas dizendo, sempre que te ouço falar sobre todas as ‘coisas’, insisto neste mote: de os amigos até uma litrada de ácido …

Lembranças

© Copyright 2005 de

Anónimo disse...

Ded© (1)

Mes ai!

[A tensão inerente ao trabalho médico quando lida constantemente com o sofrimento humano e situações de vida e morte é intensificada, chegando ao mal-estar, (…)] *

* no ´sitiozinho’ do costume

(1) © Copyright 2005 ded - ded por ded [sem citação] estas palavras são (exclusivamente) para o admirador de ‘coisas simples...’ e descomprometidas

Anónimo disse...

Lobices
Que positivas são as suas palavras!
e tão acolhedoras tambem...
Muito obrigado por elas e tambem pela compreensão e os ensinamentos que elas encerram....

Isa Maria disse...

post divino para falar de uma doença maldita.

Anónimo disse...

Boa tarde, Murcons.
Pois é... outras tristezas, outros outonos...

Prof,
Permita-ma ultrapassar a diplomacia para lhe dar um xi-coração. Por todos os motivos que outros disseram antes de mim, mas especialmente pela angústia de ter que assistir a uma forma de vida de uma pessoa amada que, se calhar, já vida não é.
Não sou da geração da sua Mãe, mas ela é a nossa Mª Clara - é da geração dos meus pais e tudo o que é da geração dos meus pais passou para nós, inevitavelmente. Conhecemo-la lá por casa.
Xi coração

Yulunga
não sei se tenho a certeza da situação que estás a viver. Se for o que penso, tb. por lá já passei.
Sei que não é frequente trocarmos grandes comentários. Mas queria deixar-te um xi coração.

é assim, meus amigos, Às vezes isto é uma animação pegada, outras vezes são quadros de outras cores que se vão pintando.
Sinal de que ainda cá estamos. Será isso?

andorinha disse...

Olá a todos.

Perante tudo o que tem sido dito e que li com atenção, pouco tenho a acrescentar.

Lobices (10.20)
Excelentes palavras; obrigada por as partilhares connosco.

Júlio,
"...que o soriso renasça...".
Estamos todos consigo.
Um forte abraço.:)

Anónimo disse...

Yulunga,

Não sei se nos lerás tão depressa, mas queria deixar-te aqui o meu abraço de solidariedade, pelo que quer que seja que estejas a passar.
Força! Eu sei que és uma mulher forte e vais conseguir dar a volta por cima.

Beijinhos.
Débora

Anónimo disse...

Prof. JMV,

A Elisa Ferreira nunca ganharia, pois era mulher, sem ser santinha, e por esse facto não expurgada do defeito de ser fêmea. Mesmo ou sobretudo as mulheres, nunca votariam nela; sobretudo uma mulher de esquerda (?) e não uma freirática matriarca nascida Avilez, com aquelas mises à Tatcher.
Em que país é que vive?

Cainha disse...

O amor deles, como o narra e recorda, parece bem mais importante que a implantação da republica. E estranhamente é reconfortante para mim, que não os conheço, saber que existem amores assim, alicerçados no tempo.
...porque a esperança se sorve em gotas que pairam em muitos lados...