segunda-feira, dezembro 05, 2005

A importância do significado atribuído.

Investigadores australianos demonstram impacto do stress na saúde humana
05.12.2005 - 14h08 Lusa

Investigadores australianos do Instituto Garvan de Sydney conseguiram provar cientificamente os efeitos do stress para a saúde humana, que podem gerar desde uma simples constipação ao cancro, indica hoje uma revista médica.
Em períodos de stress, uma hormona libertada no corpo, chamada neuropéptido Y (NPY), afecta o sistema imunitário e torna a pessoa doente, defendem os cientistas.

"Antes havia provas indirectas de uma ligação entre o cérebro e o sistema imunitário. Agora temos a ligação", disse Fabienne Mackay, membro da equipa de investigação.

Durante os períodos de stress, os nervos libertam muito NPY que vai para o sangue, onde inibe as células do sistema imunitário", acrescentou a cientista ao “Journal of Experimental Medicine”.

Herbert Herzog, que também participou na investigação, comentou que o efeito negativo do neuropéptido Y sobre a tensão arterial e o ritmo cardíaco era já conhecido, mas a descoberta do seu impacto no sistema imunitário poderá agora abrir novas portas para combater certas doenças.

A libertação dessa hormona "torna as pessoas mais vulneráveis quando têm uma constipação ou uma gripe e mesmo em situações mais graves, como o cancro", afirmou à estação de rádio ABC.

A artrite reumatóide, a esclerose em placas, a doença de Crohn e a diabetes são também doenças que têm uma ligação ao stress, segundo os investigadores.


Gosto sempre de registar os avanços nesta direcção, a pouco e pouco vão tornando ainda mais obrigatória a abordagem psicossomática da realidade humana que impede o refúgio na velha chaveta espírito/corpo. Mas atenção!, a relação stress psicológico-consequências físicas não é simples e mecânica. Desde logo, por uma razão básica: muitos factores só se tornam stressantes quando o indivíduo os percebe como tal, daí a importância do significado atribuído por cada um às experiências que vivencia.


Nota: como outras vezes, o PortugalDiário pediu a minha opinião sobre dados sociológicos, neste caso do INE sobre casamento e divórcio. As perguntas e respostas descambaram em conversa que, como é óbvio, não poderia ser transcrita na íntegra. O que foi publicado é, assim, asceticamente fiel, excepto num ponto: nunca disse que o divórcio é uma "solução fácil". Jamais o poderia fazer, por experiência pessoal e profissional. Disse, isso sim, que o divórcio é hoje mais fácil por razões culturais e económicas. Mas o divórcio das pessoas de carne e osso muito raramente é um processo isento de dor ou, pelo menos, da frustração pelo fim de um projecto que um dia se julgou com futuro sólido.

61 comentários:

noiseformind disse...

E dizias tu que os psiquitras eram os que tratavam de "nada".
Tás a ver? Olha aqui tanta doença via stress ; )
O que reforça a ideia de que viver é combater ; )

noiseformind disse...

E o Montagnier anda a gritar há 10 anos que há um plasma que é gerado pela sobrecarga de tóxicos na alimentação e respiração que é fundamental para o oportunismo do HIV-1

Anónimo disse...

"Mas o divórcio das pessoas de carne e osso muito raramente é um processo isento de dor ou, pelo menos, da frustração pelo fim de um projecto que um dia se julgou com futuro sólido."

Pois é Prof. Júlio, pois é...

Julio Machado Vaz disse...

Angie,
Não defendo nenhum comportamento a qualquer nível que se traduza pelo sofrimento de "terceiros mantidos no escuro":))), por razões éticas. (Desde já esclareço que não tenho autoridade moral para me armar em exemplo, mas parece-me um princípio aceitável.) Quanto ao outro ponto: existem hoje, por exemplo, pessoas que alternam papéis de género sem desejarem recorrer a cirurgias que as "encaixem" no que seria uma forma de "normalidade". Não creio que as fronteiras estabelecidas com base na orientação sexual sejam fixas, por isso prevejo que o número de bissexuais (mais um rótulo...) cresça no futuro. E eu, filho murconzola da média burguesia portuense, pergunto: onde está a ameaça? Mais uma vez a questão me parece residir no respeito das pessoas pelas pessoas, o direito à indiferença pressupõe a solidariedade activa, sem prejuízo das características de cada um (a palavra opção é perigosa nestas áreas).

Moon disse...

E pronto! (suspiro...)
Até fiquei mais "doente" só de ler.
Então, professor, estou eu aqui a curar a gripe e não só... e dou de caras com este 'post'. Se precisa de um exemplo vivo cá estou eu!
Bem, vou apanhar os bocadinhos que restam de mim e vou de rabinho entra as pernas para a cama. E talvez ponha uma musiquinha para espantar os vírus e não deixar que a parte psicológica influencie a física. E se influencia...
Li um pouco da outra caixa e fiquei deveras triste:((
Bem, boa noite e vamos lá "put a smile upon the face", não é?

River disse...

Em algumas linhas deste post de hoje, encontro "explicações" para minha tão grande dúvida na época que escolhi a Sociologia em detrimento da Psicologia... :o))))

Mas, diz o Professor:
"Mas o divórcio das pessoas de carne e osso muito raramente é um processo isento de dor ou, pelo menos, da frustração pelo fim de um projecto que um dia se julgou com futuro sólido."

Ainda tenho mt dificuldade em entender, como 2 pessoas q caminharam lado a lado com os mesmos objectivos, de um momento para o outro ñ consigam sequer CONVERSAR!!!!!????
Como é possível?
Beijaram-se, amaram-se, "lamberam feridas"... e depois... a violência é de tal maneira rude que faz mais estragos que uma bofetada?!....

Palavra de honra, que tenho (continuo a ter, ao fim de mt anos) dificuldade em compreender tais comportamentos...

Anónimo disse...

bla bla bla... e se o stress para alem de provocar certas doenças evitar outras? sera que esses cientistas tb estudaram essa possibilidade?

noiseformind disse...

Ju, Kinsey disse há uns bons 50 anos que 0 e 6 (atracção heterossexual perfeita e homossexual perfeita) não existiam em nenhum ser humano real ; ) e ainda está para aparecer um questionário não tendencioso que o contrarie

Moon, não vás. Ou se fores não vejas o A,B...Sexo que então é depressão na certa ; ))))))))))) beijinho

Anónimo disse...

JANTAR DO MURCON
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Moon disse...

River,
expectativas goradas! Uma separação (destesto a palavra divórcio) pode bem ser amigável e processada dentro de todo o respeito e não é por isso que deixa de ser dolorosa. A sensação de que se falhou ou de que algo falhou... E a sociedade, já para não falar dos que nos são mais próximos - família e amigos - não facilitam nada. Então os filhos...
Como cantavam os Prefab Sprout há uns aninhos:
"When loves break down the things you do to stop thr truth from hurting you, Whemn love breaks down the lies we tell they only serve to fool ourselves..."

Moon disse...

Noise,
ainda não fui. E quanto ao AB...Sexo vi uma vez e não todo. Era sobre masturbação feminina, acho eu. Não é o tipo de programa que me faça ficar em frente à televisão. Prefiro de longe um bom filme. Olha muito mais "didáctica" é a série "O sexo e a cidade" na sic mulher. Perdi muitos "Estes difíceis amores" à conta da série.
Lá diz o ditado: "Maria enquanto doba não fia."

River disse...

Moon,

I agree... sem dúvida que é sempre uma ruptura mt dolorosa, mesmo q feita c/ todo o cuidado e diplomacia... mas mt, muitas mesmo (acho mm k na maioria) das vezes, é td "arrancado a ferros"... infelizmente!

E a/o bestial vira besta num abrir e fechar deolhos...ou carteiras... :o(

bjs. bom descanço ;o)

Anónimo disse...

Estou a vêr que a saída para a crise portuguesa é prender o stress. Ou pelo menos proibí-lo.
O srtress ataca os empresários, os gestores, o funcionalismo público, os trabalhadores, os soldados, os juízes e até a classe médica.
Estou até a ficar convencido que o fado nos stressa. Assim, morte ao fado. E aos fadistas (sentido figurado, claro).
Se se descobre que o resto das doenças também são causadas pelo stress a solução está à vista.

CLÍNICAS PSIQUIÁTRICAS, deixemos de investimentos em OTAS em TGVS e em Campos de golfe. Vamos promover Campos Psiquiátricos que darão descanso à população portuguesa. Mais, promoveremos o turismo psiquiátrico.
Já temos terreno suficiente para pelo menos dez clínicas com 30.000 lugares cada uma (as do Euro 2004), se necessário utilizaremos as queimadas impulsionadas durante o Verão (ano) anterior para desbravar novos terrenos apropriados para o fim.
O stress é o causador do cancro? Bem me parecia que aquela conversa do(s) governo(s) sobre os malefícios do tabaco não passava de um lobby, não de hotel, mas sim dos fabricantes de pastilhas elásticas.
Bem, vou dormir ;-)

Anónimo disse...

Viva:
Se os auatralianos tivessem olhado para mim com alguma atenção já tinham concluído objectivamente há muito tempo eheheh
:)

Saudações tranquilas (just in case)
Mariadosol

Anónimo disse...

O "AB...Sexo" para mim é uma seca mas ainda vejo.

O "Estes Difíceis Amores" para mim tb era uma seca e normalmente não via.

São «secas» tb pq já domino o assunto...

Agora culturalmente falando, o "Estes Difíceis Amores", tinha claramente nota Bom! Se bem que o programa fosse basicamente o Júlio e as cartas dos leitores, a Gabriela acho que não me dizia nada de especial e a Leonor mais parecia um vegetal.

Curiosidade. Reparei que depois de ouvir algumas horas a Marta Crawford a falar de sexo, saturei e a mulher já não me desperta interesse sexual nenhum, so to speak. (E o QI da Marta Crawford deve estar 20-30 pontos abaixo do do Júlio!)

Pamina disse...

Boa noite,

Claro que li o título do post, "A importância do significado atribuído", no início, mas só tomei consciência do seu significado quando li as últimas frases. Costuma dizer-se que há pessoas que não sabem viver sem stress. Se isso não lhes causa sofrimento, mas prazer, presumo então que este tipo de stress não será (tão) "perigoso".

Relativamente à nota, já vimos noutros posts o Prof.JMV queixar-se que as suas palavras/ideias não foram reproduzidas com exactidão.
Compreendo que seja uma situação sempre aborrecida para o entrevistado, especialmente se a incorrecção modificar completamente o sentido do seu discurso e, obviamente, acho que se deve exigir rigor dos jornalistas, mas penso que se deve distinguir entre uma inexactidão devido a um erro inocente e aquela que é deliberada. No último caso, deve ser uma sensação horrível, uma pessoa sentir-se assim sacaneada.

Anónimo disse...

Boa noite:

A propósito de stress e frustração, sempre é preferível uma certa dose de stress tendo por causa um divórcio - neste caso, ao menos tomou-se uma decisão e só é necessário esperar que a parte emotiva se adapte. Ao invés, o stress associado ao casamento é muito mais desgastante e traumático,porque as situações de impasse, mesmo que ele se deva a oscilações entre expectativa e decepção são, a meu ver, muito mais dolorosas e lesivas.
Embora represente, de facto, a frustração de um projecto de vida (em muitos casos - noutros poderá ser o fim de um devaneio)entendo o divórcio como uma espécie de declaração de "cessar fogo" - se não servir para terminar com a "guerra" em que o casamento se transformou, para que serve? E no caso de haver filhos, é absolutamente necessário que haja tréguas, pois nada há de mais lesivo - e stressante - para as crianças do que a situação de bola de ping-pong em que muitas são transformadas. É por muitos casais utilizarem os filhos como "arma de arremesso", que nas escolas o divórcio dos Encarregados de Educação ainda é visto como uma espécie de handicap, a merecer atenção dos SPO. Os filhos de pais divorciados (só por esse facto) recebem, a priori, atenções redobradas, quando outros que não o são podem, eventualmente, necessitar delas e são olhados com maior descontracção (pelo menos não são logo referenciados nas primeiras reuniões). Ou seja, protegem-se a priori as crianças filhas de pais divorciados, só porque se banalizou a ideia de que o divórcio tem de ser um problema, se não para os pais, obrigatoriamente para os filhos, quando não tem de ser assim. Muitas vezes o maior problema é um casamento que se transformou num campo de batalha diário ou numa montanha de gelo - isso sim, é que provoca úlceras, anemias, insónias, ansiedade, pânico, enxaquecas, etc,etc.
Ao pé disso, um divórcio civilizado é quase equivalente a umas férias nas Bahamas (qual stress!) :)

Lena b

Su disse...

passei para deixar jocas maradas carregadas de NPY:)))))

Julio Machado Vaz disse...

Pamina,
Foi claramente inexactidão.

Julio Machado Vaz disse...

Papeldeparede,
Vou tentar escrever sobre isso logo:).

Manolo Heredia disse...

As mais recentes descobertas sobre as relações entre as emoções (e os sentimentos) e o funcionamento do corpo humano (neurológica e quimicamente) estão a por nervosos os Psicólogos.
Assim como a Kodak iniciou a conversão para máquinas digitais, reconhecendo que essa nova tecnologia era o futuro, os psicólogos deviam desde já aderir a novos métodos de terapia que tenham em conta as ditas descobertas.

noiseformind disse...

papeldeparede, calminha nessas conclusões todas por atacado ; )

Num país em que os homnes ganham em média mais 30% que as mulheres um divórcio em que um dos cônjugues se recusa a pagar a pensão de alimentos ao outro (e podes ir aos processos no DJSI) é óbvio que a alteração de condição económica se fará sentir nos filhos do casal. Daí as alterações de comportamento na criança serem tb mais profundas. Há em muitos divórcios como que uma "despromoção social" da mulher visto ela estar numa posição de rendimento inferior. Não é automático, mas acaba por acontecer. O rendimento do cônjugue que fica com a costódia dos filhos é um factor de estabilidade importante. Eu sei, falar do vil metal num país onde impera o amor romântico parece quase ponográfico, mas a realidade não se compadece com o que achámos estar correcto ou não ; )))))

Moon, esse "doba" não foi escrito com segundas, terceiras ou quartas intenções? ; )

Atenção que a consciência ou não do "stress" não é automática. Por exemplo, o stress está tb associado ao nro de radicais livres no organismo. Não vamos esperar que alguém tenha um ataque cardíaco ou uma úlcera para depois ajudá-la a encontrar ritmos certos de trabalho ; ))))))))))))))))

Manolo,
Mas lá está, os psiquiatras começam a passar os doces por atacado e passado uns mesitos a pessoas está "medicada" e totalmente dependente dos triticuns, medipaxes e quejandos ; ))))))))) portanto... continuo a achar que uma aproximação de aconselhamento sistemática é a melhor solução quando as sintomatologias orgânicas são demasiado subtis. Se são subtis é pq a sua carga sintomatológica não é tão significativa.

noiseformind disse...

"Inconformada, a ora apelante MARIA DA NATIVIDADE ... apresentou recurso contra essa decisão, pedindo a revogação parcial da sentença e a sua substituição por ”... outra que fixe justamente o valor da pensão de alimentos a prestar pelo requerido ao menor ... em pelo menos Euros 125,00 mensais ...” e formulando, para tanto, as seguintes conclusões (fls 67 a 68 - sic):
“a) A douta sentença não considera provadas as despesas e dificuldades da requerida recorrente, quando as mesmas constam dos autos ... .
b) A douta sentença considerou como provado que o requerido apenas aufere Euros 719,00 mensais, quando esse valor reporta a um período de baixa médica.
c) A douta sentença considerou que a actual companheira do requerido apenas aufere Euros 385,00 mensais, quando ... esse valor também respeita a um período de baixa médica.
d) O requerido e a companheira com quem vive não auferem apenas aqueles rendimentos e impunha-se que, no tocante a este ponto, a decisão tivesse sido diferente.
e) Em documentos juntos aos autos consta que a requerida vive em situação económica carenciada, não conseguindo, com o seu vencimento, fazer face às despesas todas suportadas por ela inclusivamente as referentes ao sustento e educação do menor.
f) O requerido tem condições de prestar alimentos ao menor em valor superior a Euros 75,00 por mês e no valor de, pelo menos, Euros 125,00 mensais.
g) A pensão de alimentos a prestar pelo requerido ao menor não foi fixada tendo em atenção o disposto no artigo 2004º do Código Civil, pois não observou, contrariamente ao que refere, o binómio possibilidades do alimentante/necessidades do alimentado."

Cá está um dos milhares de exemplos de processos deste tipo ;(((((((((((((((((((((

Moon disse...

Bom dia!
Noise,
Intenções absolutamente nenhumas. Só estava a tentar dizer que não se podem fazer duas coisas ao mesmo tempo. Quanto a este tema deixa-me "out" :((((((
Retribuo o beijinho

Anónimo disse...

E em que é que isso tem haver com o que o papeldeparede afirmou?

Manolo Heredia disse...

Noise,
Não estava a referir-me concretamente à utilização de medicamentos. O conhecimento por parte do doente dessas descobertas parece-me ser um factor muito importante de tomada de consciência de que os sentimentos, frustrações, etc. não são assim tão incorpóreos. Só temos consciência do medo, por exemplo, porque o nosso corpo se modificou, sendo a consciência dessa modificação o próprio medo.
Não é por acaso que "gurus" como Krisnamurti e Osho, têm tido tanta aceitação junto de pessoas "inquietas", com "incomodidade interior" . Eles, os gurus, centram os seus conselhos na auto observância, que conduz reflexivamente à tomada de consciência da correlação entre os estados do corpo e os respectivos estados psíquicos.
Esta última tomada de consciência é já parte da "cura".

Anónimo disse...

noiseformind 10:41 AM

"Mas lá está, os psiquiatras começam a passar os doces por atacado e passado uns mesitos a pessoa está "medicada" e totalmente dependente dos triticuns, medipaxes e quejandos..."

É pá, essa porcaria do triticum é um autêntico veneno. Por causa do stress causado pela morte de um familiar muito próximo, um colega meu andou a ser medicado com essa jana e até a 'força na verga' perdeu... ;-))

Abaixo o triticum !!!

LR disse...

Professor:
É super simpático da sua parte vir corresponder às invectivas dos bloguistas de plantão. Mesmo muito simpático!
Este aquário de estimação, cheio de “peixinhos” de várias espécies, que quase todos os dias extremosamente (!) alimenta e observa através de uma água sem vestígios de turvo (...)
(...sabiam que os peixes são todos cegos e na realidade não se vêem uns aos outros? Só se pressentem?! Schoking mas.. adequado!)
...este aquário, dizia eu, dá-lhe bem que fazer!!!
Mas.... pronto: I QUIT!
Não dá mesmo!
Não torno aos “discos pedidos”, que é para não ser parvinha.

O “assunto” continua formal, sem ecos de realidade!
Mas o mal não é seu. É MEU (elementar diagnose)..
Quem me manda a mim esquecer que obviamente
– e convenhamos que estas coisas da net têm os seus inconvenientes, porque (por enquanto!) não dá para nos vermos todos uns aos outros, o que facilitaria tremendamente “certas percepções”, poupando muitas palavras apenas com o tiro certeiro de um olhar, para topar o clima ( já agora, para topar o “peixe”...)–
...esquecer, dizia eu, que isto (o blog, quero dizer) não é um terreno genuinamente “virgem” dos tiques do ofício psi?!
E há por aqui quantos? 1-2-3...? Perdi-me!!!
Sim, porque cargas de água o pensamento aqui havia de correr mais cristalino do que em diálogos directos, no cenário e no ritual do “divã”?
E mutatis mutandis a sentença?!
Mas que presunção a minha!
É caso para dizer que tinha idade para ter juízo!
É intransponível esta distância atlântica:
- críptica a pergunta
- críptica a resposta.
(o defeito será da pergunta, indeed...).
Todos os ofícios são assim: nenhum escapa.
Dá-se o melhor, mas quem nos (vos) procura afinal quer resolver o mundo, o seu pequeno mundo, como se a ferramenta disponível fosse 1 poção mágica!
Santa ingenuidade...
É mesmo: todos os ofícios são assim. Esforçados laços com a imperfeição humana a reclamar, tirânica, os milagres de Deus: ele é a a cura, ele é a a ilibação, ele é a vitória processual, ele é a verdade, ele é paz interior...
Demasiada exigência para tão parcos recursos, mesmo na mão de “artistas” de primeira, não é assim?
Bandeira branca: I QUIT!!!!

(essa da “ameaça” foi màzinha, caro professor..! :-()

Manolo Heredia disse...

angie,
Quanta amargura na sua resposta ao Prof.! Pena que ambos não nos deixem perceber do que se trata!

Anónimo disse...

Maralhal
Nesta matéria dos divórcios não me pronuncio. Só conheço os divorçios de amigos. Já todos se divorciaram. Eu e a minha mulher somos os últimos resistentes do nosso circulo. Há 25 anos.
Já aturei muito sobre os divórcios de amigos. É muito dificil ser amigo de ambos, durante o divórcio, de modo a que ambos percebam a nossa posição.
Quando se separam quase que querem separar tudo para além do casamento. É pesado. Nºão conheci nenhum divórcio por mútuo acordo. E de forma civilizada, tem que se lhe diga.
Mas, no fundo, todos sofremos. Mas até hoje nunca nos separámos de nenhum amigo após o divórcio. Conseguimos manter as pontes com todos. Até já conseguimos algumas vitórias no diálogo (pelos filhos) entre alguns. Mas é pesado.
Ninguém sai incolomede um divórcio, nem os amigos.

Anónimo disse...

Alguns já se recasaram e tornaram a descasar. Mais amigos ficaram para nós

River disse...

Professor,
aguardo ANSIOSAMENTE o seu post sobre os assuntos levantados pela papeldeparede!!!!

Noise said:
"... um divórcio em que um dos cônjugues se recusa a pagar a pensão de alimentos ao outro...é óbvio que a alteração de condição económica se fará sentir nos filhos do casal."

COMPLETAMENTE DE ACORDO!!!
(e garanto-vos que sei do que falo, infelizmente...)

LR disse...

papeldeparede:

Concordo:
A civilidade nas atitudes é absolutamente fundamental. Os filhos, o bem a preservar acima de qualquer interesse.Mas com a lucidez necessária a perceber que têm 1 espécie de direito a ser tratados "como avant la lettre", coisas boas e más incluídas, sem "rodriguinhos" nem estatutos especiais(enfim, desde que nas coisas más se inclua apenas a simples experiência de crescer em família, expurgada dos tais aspectos específicos que um casal desententido pode porventura não ter conseguido deixar de fazer reflectir na vida da célula alargada.)
Por mim, acho que a idade dos filhos irá condicionar muito os cenários. Mas digo muita vez: não há idades boas e más para suportar a experiência. Todas são más.
Mas há muito mais para além
do cromo que descreveu.
Já pensou em pessoas 100% civilizadas em que um dos elementos é manipulador? Precisamente o que se quer põr a milhas? (E a quem, entretanto, o outro até dá 1 bilhte de avião em classe navegador para que se pisgue depressa.
Em que 1 dos elementos quer a pele, o filet mignon, os ossos do outro, na medida em que se vitimiza para disfarçar a culpa (sim, a CULPA, arrepiem-se os ortodoxos, a tal palavra proibida no léxico do divórcio)?
Em que vende 1 mentira à sociedade? E aos próprios filhos?
Já pensou que as coisas podem não se resumir a esse figurino simplista do casal à paulada um ao outro, versus casal civilizado?
O sofrimento pode ser muito mais complexo do que esse cromo habitual.A tortura moral pode ser um preço inaceitável a pagar só pela vontade de corresponder à nova moralidade social ( divórcio? Toca a andar, tem de ser, que horror, qual contrato, qual compromisso, quais contas a prestar!)


noiseformind

Tem razão no "flash" que traçou.
Nem lhe vou exemplificar o quanto a lei é primária neste domínio, e a prática judicial em particular. A justiça portuguesa MERECE ser desafiada em matéria de divórcios.
Há quem se dê ao trabalho de.
Mas é tão raro, tão raro, que nessas alturas de combate é que nos apercebemos como o sistema é arcaico e artríticas as mentes dos magistrados! Tudo afinal um espírito de paróquia. Mera aparência. À boa portuguesa. Os casos são XPTO e que se dane aquilo para que o Estado ali os colocou: fazer justiça. Isso deve ser com a secção do lado: no divórcio não há cá justiça nem injustiça, culpados e inocentes, prega-se-lhes com a terapêutica chapa 4 e vou ali e já venho.
E mais não digo porque suspeito que não iria entender.Isto é, empaticamente, entender.
Muito tenho lido sobre isto no último ano. E nem imagina o quanto o nosso direito é um direito atrasado, mesmo quando parece vanguardista. A bibilografia portuguesa é igual à prática judicial: estagnada no tempo do pós abrilismo. Ainda estão todos contentes com eles próprios por terem revogado o Código Civil de 66 e acham que podem descansar por umas boas décadas. Só há uma luz ao fundo do túnel: o que os académicos vão produzindo (e ninguém lê). Aí,sim: encontramos por fim coisa com coisa, percebemos que não estamos malucos e não somos os únicos a fazer o passo ao contrário do resto da parada.
Não vos massacro com o tema: ficariam parvos com o que, por exemplo, tem sido o rumo do direito alemão nos últimos 20 anos!
Apanhariam uma boa(?) surpresa...
Já quanto a estudos sobre a "economia" dos filhos (quanto custa 1 filho): nada. Estrangeiros, só estrangeiros.
Por sorte acedi a um estudo português pioneiro, feito (claro!) por um académico. Que (claro, é académico) o disponibiliza a quem quiser. Mas está em powerpoint... As livrarias não publicam o que "não se vende". E aí já está implícita a medida do nosso atraso!!

fora-da-lei

Nem me fale!! Nunca tomei nada dessas coisas... até um dia destes em que se achou que a pose "combativa" era mera pose... e o poço espreitava perigosamente. Todos sabem que nestas coisas há que atacar com antecipação e o potencial depressivo é como o alcoólico: nunca reconhece a doença...
Ele foi triticum, medipax para dormir, effexor para arribar...Fiquei de rastos. NUNCA MAIS! Vou-me contentando com uns inocentes lexotans, embora não durma! Melhor que comprimidos, bem melhor, é a terapêutica de um ou dois amigos inteligentes que nos ouçam. Isso é que é um bem inestimável e ecológico!!! Pagaremos um dia na mesma (ou noutra) moeda o serviço enorme que nos prestam!!!

Julio Machado Vaz disse...

Angie,
Lamento que a minha resposta não tenha sido satisfatória para si e respeito a sua decisão de partir. Quanto à "ameaça", realmente não a descortino. Muito menos a maldade que lhe pareceu existir numa simples opinião de pessoa como as outras, e não psi.

Anónimo disse...

angie

essa comparação do "aquário de estimação, cheio de “peixinhos” de várias espécies, que quase todos os dias extremosamente (!) alimenta e observa através de uma água sem vestígios de turvo (...)" foi incómoda para os outros comentadores...

já vou mais pelo ... "intransponível (d)esta distância atlântica" ...

e ainda mais na "Demasiada exigência para tão parcos recursos, mesmo na mão de “artistas” de primeira" que são os comentadores de qq blog e os advogados e juristas (e os demais artistas) de qq comunidade...

e ... já exegerei, desculpe

JMV ~~
~~~~~e la NAVE va ~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Anónimo disse...

Os Murcons vão fazer um jantar.
Apoiantes do Professor José Pardal Diabrete inscrevam-se já no jantar do Partido Anti Murcon-PAM!

No jantar do PAM ninguém se verga aos pés dum falso Mahatma anacrónico e balofo!

No jantar do PAM a alpista é para todos!

LR disse...

Professor:
Partir?...- Who said so?!
As confusóes que eu arranjo!
(se calhar mereço)
Queria ver-se livre de mim? Isso é que era bom!!!
Quando disse "I quit" era dos discos pedidos!!
E de resto não tenho nada que me "queixar" das suas respostas, era o que faltava.
Nem foi isso que quis transmitir, mas fui "gauche", tenho que admitir em face do resultado!
A eventual (...) acidez NÃO lhe era dirigida, for Christ's sake! Era a mim, a "minzinha" apenas e somente!
- Então eu vinha agora agredi-lo depois de entrar pela SUA casa sem pedir licença?
Nunca.
E de resto, omo é que eu podia exprimir o que quer que seja que não fosse amigável? Prof: não me inspira outro sentimento que não seja esse.

Quanto à "ameaça", não era metáfora nenhuma, de segundos sentidos:
Quer ver?
" E eu, filho murconzola da média burguesia portuense, pergunto: onde está a ameaça?"
Era ESTA a ameaça!!!
E quando eu dizia (com bonomia) que "essa da ameaça tinha sido màzinha" era apenas porque, caro professor
(e benzo-me já e faço figas para não criar novo mal entendido...god help me)
...então acha que eu ia perder o meu (e o seu..) tempo, que eu ia lá "agachar-me" , se fosse só uma mera ameaça?!:-) :-)

Era só 1 desabafo bem humorado, prof! Não julgo que seja bruxo nem tenha 1 bola de cristal!!!
Bandeira branca!
Dê-me o desconto sff...

Anónimo disse...

angie

sem ameaças... :)),
tenho para mim que a vantagem (incalculável) dos blogs na net é a de, contrariando a expectativa de nos podermos “ver” um dia, a de permitir imaginar os “peixes” (e não facilitar tremendamente “certas percepções”).

Já agora, segundo notícia de ontem na imprensa escrita, caminha-se do banal contacto virtual que aqui experimentamos, para o contacto entre duplos virtuais que ‘podem manifestar-se através de gestos, vozes e expressões faciais humanóides’, numa evolução que permite prever ‘casamentos’ e ‘separações’ online sem relações reais, nos quais as pessoas se ligam e desligam através de identidades online - estranho? Nem por isso.

A utilização destes ‘avatares’, sejam eles uma imagem estática ou uma ‘entidade’ mais avançada, já é REAL.

Stress nos 'avatares'? Claro, afinal, são homens!

Anónimo disse...

angie 3:26 PM

"As confusóes que eu arranjo!

Agora já dá para perceber o(s) porquê(s) da Justiça deste país ter chegado onde chegou... ;-))

Anónimo disse...

"As confusóes que eu arranjo!
Por não saber escrever

Anónimo disse...

“colá boi” triste Pardal Pétreo Eusébio KAPPA PAM …..“Cu honra, mi ê badio”

Anónimo disse...

Hipo! Hipo! …Tálamo

(Alguém quer um “cadito” de chocolate?)

Muita da subjectividade que fragiliza os diagnósticos médicos resultará, em parte pelo menos, do desconhecimento das bases fisico-bio-químicas e dos mecanismos de retroacção que estão na base de determinados quadros clínicos.
A influência das fenormonas, das endorfinas, da exposição à luz, entre outras,... são frequentemente desprezadas ao nível da Saúde Humana (contrariamente ao que se passa no resto do mundo animal: como se não fossemos também nós animais!!!– Eu até sinto o apelo da hibernação! ;P)
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Sobre o stress…
O problema não será andarmos sempre aos saltos: o problema é quando não conseguimos saltar os obstáculos. O problema maior é quando acontece repetidamente e sobre o mesmo obstáculo e não encontramos forma de o contornar! Aí não há sistema biológico que não colapse – e lá pode ir a proteina C-reactiva aos tops…
Agora se no estado de stress se incluir a forma alimentar típica aí a causa –efeito é directa! Por muito cuidado com dietas e ginásios (os radicais livres não brincam em serviço)
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Sobre o divorcio … Vou “ouvir atentamente amanhã”

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Sobre a “Educação Sexual” na escola, Professor gostava taaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanto de o ouvir… Já imaginou a tragédia que se poderá se avizinhar?


Um bom dia para todos

Manolo Heredia disse...

cêtê,

Feed-back de realimentação positiva
Dos ácidos, aminoácidos, proteinas
fechados em células, ou à deriva
A regularem para que não cresça a mais
A regularem para que não cresça a menos
A regularem para que seja assim.

E eu, assisto impotente a este frenesim...

He Lá açucares, compostos de carbono, adrenalina
Guiados por algoritmo incorpóreo, cego, oculto
Deixem de regular a minha sorte
Em tropel, falsa desordem, tumulto...
E de gerir minhas dores, meus amores, meus ais

Se isto é a vida, eu quero a morte !

Ao menos, os ácidos neutralizam as bases; dão sais... ha ha ha ...

a disse...

Há 5 anos que não fico doente, porque não quero! Posso ficar um bocadinho funguenta, dorezita na garganta, mas não deixo que passe daí. Normalmente gozam-me, "sim, ana, és mesmo tu que controlas isso!", mas eu acredito que sim, que a maior parte das doenças são psicossomáticas e assim como eu tenho controlo sobre os meus movimentos também tenho sobre o meu corpo.

AH!... e não tenho stress, nem dou demasiada importância às coisas (isto já é uma decisão mais recente). E sou feliz!

andorinha disse...

Boa tarde.

Júlio,
"...muitos factores só se tornam stressantes quando o indivíduo os percebe como tal..."
Isto é mesmo assim???:)
Pensava eu que uma pessoa podia sofrer de stress e não o identificar como tal...
Um certo grau de stress é indispensável à vida, mas convém não exagerar.:)))
Diz o Noise(9.29) "OLha aqui tanta doença via stress:)
O que reforça a ideia de que viver é combater:)"
Concordo plenamente e diria mais - viver é estar alerta!:)))

Em relação ao divórcio é evidente que nunca será um processo isento de dor ou frustração.
Mas muitas vezes o assumir a ruptura é a única solução; enfrentar a realidade de que a relação se esgotou, assumir isso o mais pacificamente possível e seguir em frente. Mesmo que haja filhos. Nada pior para estes, penso eu, do que assistirem a zangas e discussões constantes por parte dos pais. Os filhos precisam "só" de saber que os pais se divorciam um do outro mas não deles.

a disse...

Relativamente ao divórcio só posso falar da experiência dos meus pais, vista por mim...
Divorciaram-se após 4 filhos e 16 anos de casamento, os últimos 2 de grande sofrimento/ansiedade/stress (para a minha mãe). A mim passou-me um bocado ao lado (na altura tinha 11 anos), só mais tarde, aos 16, é que tive uma fase de revolta contra o meu pai, mas depois acabei por aceitá-lo tal como é.
Mas a minha mãe andou mesmo na fossa e tinha os 4 filhos para criar (com idades entre os 11 e os 16), o meu pai fazia papel de vítima e ainda faz (mas agora é, teve um enfarte há 2 anos e a minha mãe foi buscá-lo para vir cá para casa recuperar).
Depois de 12 anos do divórcio, têm uma relação estranhíssima de se observar.

Anónimo disse...

Prof:Murcon:
O stress faz com o corpo fique indefeso.Por experiencia pessoal tenho familiares e amigos que com desgostos desenvolveram a doença de Alzheimer...Quer acredite quer não eu tenho certezas...
Quanto ao artigo do P.diário em que participei no forum defendo o seu ponto de vista...O aspectointimo é o mais importante na relação...

Acilina disse...

Já vi um passarinho morrer na minha mão, por strees, por o ter apanhado na rua e o ter fechado na minha casa, que era um minusculo T2.

Quanto ao divórcio, eu divorciei-me ao fim de 24 anos de casamento. Sentia que arrancava uma parte de mim, do meu peito, ... mas tinha de ser, senão era eu que morria!

Acilina disse...

Já vi um passarinho morrer na minha mão, por strees, por o ter apanhado na rua e o ter fechado na minha casa, que era um minusculo T2.

Quanto ao divórcio, eu divorciei-me ao fim de 24 anos de casamento. Sentia que arrancava uma parte de mim, do meu peito, ... mas tinha de ser, senão era eu que morria!

Vera_Effigies disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Vera_Effigies disse...

Nós seres humanos somos muito complexos, nenhum igual ao outro. O temperamento de cada um de nós ajuda muito a estar mais ou menos exposto ao stress; por outro lado há também momentos em que somos mais ou menos sensíveis a ele por fragilidades emocionais.
Alguém directamente ligado a mim tem um problema intestinal ainda sem diagnóstico preciso (colite ulcerosa ou crohn, mesmo depois da endoscopia por cápsula, na qual foi detectado diverticulo de Mekel e úlceras no intestino delgado), o certo é que hereditário não parece ser , tanto quanto se pode saber. É uma pessoa extremamente nervosa e em períodos de stress é um caos :( exames escolares etc. etc. Essa causa (stress) pela experiência eu já conhecia... E como conheço! :(


Divórcio é um assunto doloroso, mas inevitável. Para uns o fim da vida, para outros o recomeço.
Na questão de alimentos a filhos dá até vontade de rir vista daqui... Depois de sete anos separada de facto, sem qualquer pensão, resolvi requerê-la ainda sem o divórcio. Não levamos advogados. Se todos os pais (homens) encontrarem um Juiz como aquele nem precisam....eheheheh
O Juiz olhou ambos enquanto mandava escrever o escrivão, e disse olhando-me, "Neste concelho o máximo que estão a dar de pensões de alimentos a filhos é de 10.000$", isto em 1994, eu nem dei tempo a mais delongas e sorrindo disse-lhe "Peço desculpa interrompê-lo Sr. Dr. Juiz, mas a minha filha não anda a esmolas. O pai terá de contribuir nas despesas com metade, caso contrário não fica nada resolvido, quem passou sete anos sem pensão passa mais 20" só depois disto se partiu para o diálogo e se acordaram os itens, até ali tinha sido um monologo. É mais fácil (já era) fazer "copy paste".
Isto parece anedota, mas não é!
:)

Anónimo disse...

CêTê, ainda há chocolate para mim?

Julio Machado Vaz disse...

Angie,
Sou uma besta:).

Fad,
Tenho a certeza que o stress provocado pelos enfartes de meu Pai e o medo de o ver partir apressou o Alzheimer de minha Mãe:(.

Vera_Effigies disse...

Há desgostos insuperáveis, a fragilidade ajuda a que se instalem :(

Anónimo disse...

Excelentíssimo professor:
Ando roída...! Quer fazer o favor de me explicar (e desconfio que a mais umas/uns tantos)como é que arranja tempo para tantas actividades?
É certo que o dia de toda a santa gente tem 24 horas. Mas os seus parece que têm 48!! E ai de mim... Mal tenho tempo para os turnos todos do dia, a saber:
1º- o da manhã, escritório;
2º- o da tarde, escritório;
3º- recolha de crianças;
4º- tachos, panelas, meias e cuecas...
5º- (já a cair de sono) lavar a cara, os dentes e banho, por obrigação/higiene e já não por prazer...! E eu que até gostava de brincar com o sabonete e as bolinhas, da espuma claro!
6- (e este já com caracter facultativo) sexo. Eu disse sexo?? Pronto disse! E eu a pensar que já não havia vida nesse planeta...Isto não há como escrever para soltar a psique.
E pronto, cá está a minha realidade e a de muitas mulheres desta planetazinho azul!
E Deus, eu já nem me lembro se sou mulher ou vegetal, o que vai dar quase ao mesmo. Algures li que o Homem é como as plantas: começa a morrer por cima (a cabeça, pois!) E não é que é mesmo?! E eu leio este post e fico assustada, mesmo muito. Então já não me chegava a minha desgraçada vida e ainda me esperam ao virar da esquina mais uma potencialidade de maleitas? Estou tramada!
E este treta toda para dizer que noutro dia ligo a tv e lá estava vocelência candidamente recostado no sofá, fresco como uma alface e com um ar de quem está de bem com a vida e ainda por cima giro que se farta e eu fico sem saber...
Vá lá seja bonzinho e partilhe o segredo aqui com a malta. Como é que no meio de tanta actividade ainda tem tempo para os concertos e para o prazer (livros, cinema, cultura às carradas e claro o resto...). Professor, não me deixe frustradita, partilhe que a gente precisa e muito! Venha daí essa sabedoria e esse Know how que eu cá sou toda ouvidos. Eu bem vou cantando o "muda de vida" dos Humanos mas na volta a vida está na mesma e por mais voltas que dê as horas não chegam e já me começo a parecer com o coelho da Alice no País das maravilhas: Estou atrasado, estou atrasado, estou atrasado..... Que stress!
Um abraço professor

Anónimo disse...

Caro professor pardal,
Eu cá não creio sofrer de rinite dessa espécie, da outra também não, pelo menos para já.
E pronto, até lhe fazia a perguntita a si uma vez que noto que tem tido uma actividade efervescente, por estes lados, e garanto-lhe que se lhe conhecesse outra(s) actividade(s) extra Murcon ao nível ou ao ritmo do nosso querido professor, até já o tinha interpelado. Mas, sabe, não conheço não. Por isso me dirijo a quem tem obra feita e provas dadas!
Já para não falar que você (e agora perdoe-me) é feio como um raio e nem se cuida enquanto o JMV está ali para as curvas. Desculpe os termos professor. Perante isto que posso eu fazer??????
Olhe lamento....:((((((

Anónimo disse...

E agora vou-me retirar que já estou com os meus horários todos F.... (piiiiiii - censurado!)
Boa noite meus queridos e sejam felizes!
E lá vou cantando: Muda de vidaaaaaa :)))))))))))))))

Anónimo disse...

Adoro o teu blog, muito fixe!!!!!!

Anónimo disse...

Boa noite:

Angie, eu não disse que um divórcio civilizado era coisa fácil de se obter, mesmo entre gente supostamente educada... para dar um exemplo pessoal (sem entrar em muitos pormenores) o grau de civismo que existe actualmente no meu - e que nos permite conversar normalmente sobre qualquer assunto, à mesa do café ou mesmo cá em casa - só foi conseguido ao fim de uns 6 ou 7 anos de divórcio (que já vai nos 15 ou mais)... Mas uma coisa é certa: nunca o filho que temos foi transformado em bola de ping-pong! É óbvio que isso se aprende...

Noise: quanto à pensão de alimentos, estou de acordo que, em famílias carenciadas, a falta dela pese bastante e seja um factor de stress (eu também não a recebo - e se não fosse o apoio da família.... Mesmo assim, fica a dúvida sobre o que é mais lesivo para as crianças? Assistir às discussões diárias dos pais, algumas porventura raiando a violência ou mesmo mergulhadas nela, ou não poder comprar as coisas que os colegas têm, mas viver numa casa sem gritos nem pancada?

(Ainda não li o post que o professor colocou hoje. Vou ler)

Lena b

Arte em Movimento disse...

Olá Júlio

Como ouvinte assídua dos seus programas na Antena1, provem dizer-lhe que o admiro muito.
Admiro-o porque teve coragem para falar ao grande público dos seus, deles, problemas. Sem medos nem tabus. Parabéns!
Ora bem, eu só sou ouvinte, nunca escrevi nem para o programa nem para o seu blog.
E porquê agora neste tema? O Divórcio!
Será porque me separei 5 vezes do meu único e actual marido??
Pois… Louca? Talvez! Amor! Quem sabe! Medo? Muito.
Há razões que a própria razão desconhece!

Beijinhos
Franky

amok_she disse...

...meus deuses, pois se nem o Prof consegue ficar imune a tantos mal-entendidos...oh balham-me todos os deuses!!!:->